-Podem ficar à vontade estou quase terminando o molho da carne assada. –Ela mexe na panela com uma mão e acaricia o cabelo de Daisy com a outra.
-Daisy sente-se e comporte-se como a mamãe ensinou. –Peço para ela educadamente e como uma linda menina faz o que mando.
Sentada em uma cadeira balançando as pernas observando a casa em silêncio. Ela parece um pouco intimidada por estar em lugar desconhecido, mas tenho certeza que não demorara muito para se familiarizar.
-Mãe eu “tô” com fome. –Pede.
-Espere mais um pouquinho. –Ela concorda cantarolando a música de Frozen.
Layonel abre a geladeira e começa a procurar algo lá dentro Maria lhe acerta a bunda com a colher de pau fazendo ele se assustar e bater a cabeça na geladeira, não consigo controlar a risada e até mesmo Daisy ri.
-Pare de procurar doces. &ndash
-Não. –Mordo os lábios.-Você está me deixando apreensivo. –Balança a perna ansioso.-Estou tentando achar as melhores palavras. –Faço uma careta.-Penas fale.-Eram duas cobranças uma da escola de Daisy e outra do banco.-Explique. –Pede inquieto e nervoso e acabo suspirando apreensiva.-Fazia sete meses que havia me separado de Ivan e nesses sete meses ele não pagou as mensalidades da escola. A dívida acumulou e o preço com os juros ficaram altos, mas isso é o de menos conversei com a diretora e consegui acertar mais da metade das parcelas. -Sorrio sem ânimo.-E sobre o banco? –Ergue a sobrancelha.-Essa é parte mais complicada. Ivan fez um empréstimo no banco em meu nome antes de terminarmos. Eu nem mesmo sabia desse empréstimo, mas ele tinha a minha assinatura. Juan meu advogado descobriu que
-O que você esconde Layonel? –Pergunto olhando em seus olhos.-Muitas coisas. –Diz sério.-Por que não me conta? –Analiso seus olhos perdidos em magoas e tristeza.-Ainda não é a hora. –Ele sorri entristecido.-E quando será?-Quando você estiver preparada. –Ele encosta a testa na minha.-Eu estou preparada.-Você está sobrecarregada demais para levar consigo os meus erros. –Afaga os meus cabelos.-Eu quero te ajudar. –Falo com sinceridade.-Você já ajuda e não faz ideia do quanto.Suspiro o observando sabendo que não adiantaria lutar quando ele não quer se abrir, então apenas desisto no momento. Não vou lutar contra a sua vontade, se ele não se sente seguro em me contar no momento não posso força-lo, infelizmente não posso me aproximar de
-Maria pode acordar. –Tento me levantar, mas ele se posiciona em cima de mim.-Pare de fugir Hana. –Seus olhos me consomem lentamente enquanto seus lábios passeiam por meu pescoço.Passo minhas mãos por seus braços e por suas costas mesmo sobre aquela grossa camada de tecido.-Quero te sentir por completo. –Sussurro próximo ao seu ouvido.Ele se ergue me observando indeciso e em silêncio, então se levanta erguendo a braguilha da calça. Me sinto um pouco frustrada, mas percebo que essa é a melhor opção.-Vem. –Segura minha mão, mas me recuso.-Não. –Recuso chateada.-Hana eu não estou te dispensando apenas venha. –Pondero a situação e acabo segurando sua mão.Ele me ajuda a levantar e sinto minhas pernas bambas devido ao orgasmo intenso. Layonel me pega no colo dando vár
LayonelEstou deitado com Daisy no chão da minha sala enquanto lhe apresento minha coleção de carros miniaturas que ficam atrás dos meus livros, ela se encanta com uma das motos e sorrio com seu jeito meigo e delicado.-Você gostou dessa? –Pergunto animado.-Sim. –Ela sorri vendo os detalhes da réplica de uma Harley Davidson miniatura.-Quer brincar?-Podemos? –Pergunta ansiosa.-É claro que sim.Lhe entrego a moto e me sento no chão para observa-la enquanto ela engatinha pela sala fazendo barulhos com os carinhos e motos, no final acabo sendo sua pista de corrida enquanto ela usa meu corpo para brincar.A princípio tive medo dessa aproximação, mas agora não consigo me desgrudar dessa pequena sapeca. Daisy é uma menina desinibida e muito inteligente a cada dia que se passa me surpreendo com sua do&c
HanaJá se passaram três dias, após ter sucumbido aos meus desejos e ter dormido com Layonel. A sensação de seus toques e o calor de seu corpo ainda continuam presentes em minha mente e a vontade de tê-lo novamente está me consumindo lentamente enquanto luto contra os meus desejos e vontades de toca-lo.Respiro profundamente me lembrando do desenho que Daisy me entregou.Ela desenhou uma família e o que me preocupa nesse momento é que Layonel assumi completamente o lugar de Ivan e isso está tornando as coisas complicadas e difíceis, pois está acontecendo o que eu mais temia.Depois que ela passou a noite na casa de Layonel me pede todos os dias para vê-lo e fica triste ao saber que não é todos os dias que ele tem disponibilidade para ir brincar com ela em minha casa -o que eu agradeço porque é difícil encara-lo e n&at
LayonelMe perco em alguns corredores da escola por ser grande demais e acabo pedindo ajuda ao faxineiro que me explicar onde fica o pátio.Ao passar pelas portas vejo minha princesa sentada em um banco embaixo de uma árvore grande com a cabeça baixa, ela balança as perninhas enquanto abraça sua mochila com força.Me aproximo, mas ela evita erguer a cabeça ignorando minha presença.-Princesa. -A chamo.Rapidamente seus olhinhos vermelhos e inchados de tanto chorar se voltam para mim e assim que me vê pula do banco abraçando minhas pernas chorando ainda mais. Acaricio os seus cabelos castanhos tentando acalma-la.-Ei minha princesa o que aconteceu? -Pergunto com um tom de voz calmo, mas ela esfrega o rosto em minha calça se recusando a falar.Me abaixo ficando a sua altura e ela envolve os braços pequenos em meu pescoço escondendo
HanaMe sinto cansada, desgastada e fadigada. É realmente assim que tenho me sentindo ultimamente. Depois do que aconteceu na escola de Daisy me sinto acabada e incapaz ao perceber como Ivan afeta negativamente a vida da minha filha e isso acontecerá eternamente.Layonel tentou aproximação um dia depois do ocorrido, mas estou mantendo distância. Na empresa ele tenta puxar assuntos não relacionados a trabalho, mas não deixo que isso aconteça.Ele está abatido e entristecido por não poder ver Daisy esses dias, porém não posso fazer nada.Sim, estou afastando lentamente os dois, mas parte do meu coração está despedaçado ao ver como Daisy pede magoada por uma visita de Layonel e como ele se mostra abatido por não poder vê-la. Me sinto péssima ao ver o sofrimento da minha filha e ao mesmo tempo o dele, mas é
Ele franze as sobrancelhas em uma expressão de dor e sofrimento e ao fixar seus olhos nos meus, todas as minhas esperanças se esvaem ao ver o abismo profundo e a solidão em seus belíssimos olhos verdes esmeralda. -Eu jamais te julgaria pelos seus erros. -Não consigo conter as lágrimas que escorrem pelo meu rosto. Cruzo os braços magoada o suficiente para querer sair dali e não voltar mais, porém me controlo. -Até quando se esconderá nas diversas faces que criou para fugir Layonel Lincoln Drevitch? Seu corpo estremece quando pronuncio seu nome completo. -Seu segundo nome é lindo, mas você odeia quando o usam. Você não me contará o que aconteceu certo? –O observo com um pequeno fio de esperança, mas recebo apenas o seu doloroso silêncio. Vendo que aquela conversa não chegaria a lugar algum suspiro, enxugando minhas lágrimas com as costas das mãos o deixando ali perdido em seus pensamentos. -Eu não posso continuar com isso. –Camin