Hana
Me sinto cansada, desgastada e fadigada. É realmente assim que tenho me sentindo ultimamente. Depois do que aconteceu na escola de Daisy me sinto acabada e incapaz ao perceber como Ivan afeta negativamente a vida da minha filha e isso acontecerá eternamente.
Layonel tentou aproximação um dia depois do ocorrido, mas estou mantendo distância. Na empresa ele tenta puxar assuntos não relacionados a trabalho, mas não deixo que isso aconteça.
Ele está abatido e entristecido por não poder ver Daisy esses dias, porém não posso fazer nada.
Sim, estou afastando lentamente os dois, mas parte do meu coração está despedaçado ao ver como Daisy pede magoada por uma visita de Layonel e como ele se mostra abatido por não poder vê-la. Me sinto péssima ao ver o sofrimento da minha filha e ao mesmo tempo o dele, mas é
Ele franze as sobrancelhas em uma expressão de dor e sofrimento e ao fixar seus olhos nos meus, todas as minhas esperanças se esvaem ao ver o abismo profundo e a solidão em seus belíssimos olhos verdes esmeralda. -Eu jamais te julgaria pelos seus erros. -Não consigo conter as lágrimas que escorrem pelo meu rosto. Cruzo os braços magoada o suficiente para querer sair dali e não voltar mais, porém me controlo. -Até quando se esconderá nas diversas faces que criou para fugir Layonel Lincoln Drevitch? Seu corpo estremece quando pronuncio seu nome completo. -Seu segundo nome é lindo, mas você odeia quando o usam. Você não me contará o que aconteceu certo? –O observo com um pequeno fio de esperança, mas recebo apenas o seu doloroso silêncio. Vendo que aquela conversa não chegaria a lugar algum suspiro, enxugando minhas lágrimas com as costas das mãos o deixando ali perdido em seus pensamentos. -Eu não posso continuar com isso. –Camin
Ao sair do banho Layone havia partido, pois tinha uma reunião importante.Corro para o quarto e agradeço mentalmente por ter separado a roupa que iria usar na parte da manhã, uma meia calça cor da pele e um vestido verde musgo com saia rodada, não era uma peça chamativa e sim delicada. Sorrio ao me olhar no espelho e ver que se encaixou perfeitamente em minhas curvas, além de realçar o meu quadril e marcar delicadamente minha cintura.Seu decote é comportado, mas opto por deixar os cabelos soltos para tampar minha pele exposta pelo pequeno recorte que tinha atrás, não era nada exagerado, mas não me sinto confortável em mostrar meu corpo dessa maneira ainda mais em jantar onde falaríamos de negócios.Faço uma maquiagem leve e rápida, um batom claro para não chamar a atenção, abuso no rímel que marcam meus cílios
Um forte calafrio passa pelo meu corpo quando procuro Layonel pelo salão e meus olhos se prendem em duas esmeraldas vorazes em um canto mais afastado do salão. Ele mantém a postura relaxada na ponta da mesa onde contém vários homens conversando alvoroçados, mas sua atenção e seus olhos estão visivelmente decepcionados.Meu coração dispara, minha pulsação acelera e me remexo incomodada na cadeira. Ele não deveria estar aqui, muito menos me acusar por estar com Juan. Me sinto frustrada e magoada, sabia que esse restaurante era uma péssima escolha assim que coloquei meus olhos no luminoso do lado de fora.Apesar de Layonel manter uma postura relaxada é visível em sua face o cansaço. Ele está desgastado, mas a raiva estampada em seu olhar é nítida para qualquer um.Se não bastasse o ódio explicito em seu olh
Layonel L. Drevitch Depois de dispensar Juan voltei para mesa onde os empresários me esperavam e com rapidez terminei aquela reunião sem nem ao menos prestar a devida atenção no que realmente estavam falando.Era para ter fechado um grande contrato com uma filial de mercados, mas minha falta de atenção e interesse acabou dispersando meus pensamentos e a reunião precisou ser remarcada, ou melhor dizendo a visão de Hana sendo guiado por Juan pelo restaurante me tirou a paz.Depois daquela visão desconcertante não consegui mais focar no trabalho.Aperto o volante entre os dedos ao recordar a imagem das mãos de Juan tocando as de Hana com suavidade, seus olhos fixos nos dela com grande atenção e carinho. Um advogado não deveria se envolver com seus clientes dessa maneira.Automaticamente bufo irritado e vejo os olhos preocupados e cansado
-Vem logo Lincoln. –Meu segundo nome saindo de seus lábios daquela maneira faz os pelos do meu corpo se eriçarem.Sempre odiei meu segundo nome e depois de Valéria as coisas pioraram, mas Hana tem um efeito contrário em mim.Sou possessivo, arrogante e territorial.O que é meu, simplesmente é meu e de mais ninguém e Hana com toda certeza é minha, mas ela consegue driblar todos esses sentimentos os usando contra mim.Vê-la com Juan me causou todos os sentimentos possessivos existente, mas depois de toca-la e ver o desejo explícito em seus olhos junto dos seus gemidos, aquele ódio momentâneo passou e aqui estou eu em um emaranhado de sentimento que nem mesmo eu consigo controlar.Mordo os lábios tentado a apertar sua bunda enquanto subimos as escadas e resolvo não mais passar vontade.-Layonel.... -Ela se vira batendo em minha mão.
-Os ternos e gravatas é visível, mas a administração eu nunca imaginei.-Porque mesmo odiando eu aprendi a me adaptar aquele ambiente, me escondendo atrás de um homem que não sou e acredito que nunca serei. –Suspiro mexendo os dedos inquietos. –Não sei como começar.-Você já começou apenas continue. –Ela sorri me dando forças.Acendo todas as luzes do quarto para poder observar melhor sua reação diante das minhas confissões.-Sinceramente não sei se conseguirei contar tudo, mas vou tentar pelo menos a maior parte.-Já é um ótimo começo, sinta-se à vontade para contar aquilo que seu coração está preparado, mesmo eu querendo saber de tudo já fico feliz em saber que está confiando em mim para contar aquilo que seu coração permite. –A su
Hana RavalloSurpresa acaricio seu peito observando as diversas tatuagens que recobriam sua pele levemente bronzeada. Layonel apesar de usar seus diversos ternos tem um tom de pele moreno natural, nada forçado, mas a cor da tinta escura em contraste com sua pele macia o deixa incrivelmente sensual. Passo suavemente meus dedos pelos riscos em sua pele caminhando ao seu redor para analisar de perto cada tatuagem que recobre seu corpo musculoso.Layonel tem um corpo escultura, seus músculos são torneados, mas nada exagerado, algo leve que o deixa incrivelmente charmoso e belo.Todas as suas tatuagens são lindas e não consigo entender o motivo que os faz esconde-las com tamanho vigor.Mordo os lábios acariciando suas costas e seus ombros. A maioria de suas tatuagens são lindas e seguem por toda a extensão de seu tronco até seus punhos. O engraçado é ver como as tatua
-Eu quero te contar tudo. Quero te contar quem foi Agatha ou quem deveria ser.-Então eu ouvirei tudo. -Sorrio o confortando e deixo ele a vontade para caminhar e expressar toda sua dor e desespero, pois sabia que reviver o passado que lhe causava tanta dor não seria fácil.-Eu tinha vinte e cinco anos na época, estava com Valéria a quase quatro anos. Nessa época nosso relacionamento não estava tão bom, ela acabou se viciando nas drogas e eu queria lhe pagar um tratamento, mas ela jamais aceitou que eu fizesse isso. -Suspira chateado. -Valéria não queria sair daquela vida, ela gostava do que ela era e era feliz daquela forma. -Seu corpo estremece.-Ela não queria sua ajuda, não se culpe por isso.-Eu não me culpo por isso, mas ela estava grávida. -As palavras saem como um fio de voz de seus lábios me fazendo arregalar os olhos e imaginar o pior.