Layonel
Peço para Victor entregar o lanche para Hana, pois ela realmente parecia faminta. Aproveito esse tempo para ir a um supermercado que fica em uma esquina próximo a clínica. No caminho liguei para Leonardo e pedi que me enviasse a ficha completa de Hana o mais rápido possível.
Ao chegar no supermercado compro alguns salgadinhos, água e um refrigerante para ela, acabei comprando um pacote de MM por não resistir à tentação de comer doces.
Fico perambulando pelas gondolas mais tempo do que gostaria por estar indeciso do que levar para ela. Eu não sei as coisas que ela gosta de comer então acaba sendo difícil escolher, por fim opto por coisas do meu gosto na esperança de que ela também goste.
Ela poderia facilitar as coisas para mim, mas entendo sua insegurança ao descobrir que ela foi traída. O seu ex-marido deve
-Não precisa me olhar com essa expressão de raiva, só acho que você deve parar de se oprimir... -O que acabei de falar Victor? –O observo com irritação. –Não coloque mais bobeiras na cabeça de Hana, ela já tem problemas demais e não precisa de mais um. –Falo com um tom de irritação. -Ok, se acalme. –Ele suspira. -Dei um calmante para ela e com certeza ela só acordara daqui algumas horas. –Diz em sua defesa. Volto a encostar minha cabeça na parede fechando os olhos. -Só mais uma dúvida, você anda explorando exageradamente sua secretaria Lincoln? Ela parecia realmente cansada. –Ele se aproxima para observa-la. -Já terminou? Então pode sair. –Falo rudemente. -O intruso aqui é você. -O que você quer Victor? Pergunte de uma vez você sabe que odeio essa enrolação. –O encaro. -Quero saber se pode me apresentar sua secretaria algum dia desses. –Ele sustenta um sorriso irritante. Passo a mão pela testa a coçando e depois
-Me desculpe por mais cedo. –Hana sussurra.-Acho que ultimamente estamos pedindo bastante desculpas um para o outro. –Sorrio.Ela faz uma careta desviando o olhar.-Muito obrigada por ter me ajudado, se não fosse você eu não sei o que teria feito, não sei como te agradecer.-Tudo bem, eu só queria entender um pouco mais sobre você. –Fixo meus olhos nos dela e vejo tristeza domina-los.-Bom, eu também queria te entender. –Ela ri.-Eu não sou tão interessante assim Hana. –Falo com sinceridade.-Nem eu Layonel, então porque insiste tanto em saber sobre mim? –Pergunta curiosa.Vejo que Daisy estava entretida com os doces fazendo desenhos com as pequenas bolinhas. Antes que eu possa responder sua pergunta Victor entra no quarto me observando próxima a Hana. Posso ver um vislumbre de sorriso em seu rosto o que me faz ter vo
Hana RavalloMais uma vez tive o dia de folga e aproveitei para ajudar Ellen a organizar e arrumar a casa enquanto separávamos o que poderia ser vendido. Estou pensando seriamente em colocar a casa a venda para comprar uma menor.Deixei Daisy faltar da escola hoje e estava pensando em leva-la na praia, mas como as coisas são caras e crianças quando veem brinquedos desnecessários quer, então preferi não me arriscar.Deixo que ela fique brincando dentro de casa longe do Bob, pelo menos até sua crise de asma se estabilizar. Eu sei que é errado ter um animal de estimação sabendo que ela tem asma, mas priva-la disso seria ainda pior.De todas as maneiras tento dispersar meus pensamentos de Layonel ou do nosso beijo e que beijo, suspiro ao me lembrar.Precisei tomar um demorado banho gelado depois que cheguei em casa e só de me lembrar sinto minhas pernas
Daisy não para de tagarelar do lado de fora e depois de alguns minutos que eu fico encarando a porta absorta em meus pensamentos, vejo Layonel entrando e minhas pernas ficam bambas instantaneamente ao vê-lo parado na porta segurando Daisy no colo. Seus olhos verdes intensos se fixam em mim analisando meu corpo, ele estava sem óculos o que deixa seus olhos ainda mais verdes do que o normal, intensos, quentes e ferozes.Me coração dispara em meu peito me causando uma súbita onda de claro, ele está impecável em seu terno escuro, mas suas roupas estão brancas de farinha. Faço uma careta prestando atenção na sua calça social com as marcas das mãos de Daisy.-Daisy. –A chamo brava e ela me olha assustada. –Você sujou as roupas dele. –Falo brava.-Está tudo bem. –Layonel a defende.-É claro que não está. &ndas
-Melhorou?-Sim.-Viu. –digo vitoriosa –Precisou de todo o drama?Dou risada saindo do banheiro, mas paro ao ver uma sacolinha dependurada em minha frente.-Eu trouxe os remédios da Daisy. –Balança a sacolinha no ar.Seguro a sacola me virando para ele.-Porque você comprou os remédios? –Pergunto brava.-Porque eu quis. –Diz indiferente.-Layonel você não precisa fazer isso, você não tem obrigação.-E você acha que eu não sei? Fiz porque eu quis Hana, não tem nada a ver com obrigações ou com qualquer outra coisa que sua mente orgulhosa crie. –Ele diz irritado.-Eu não sou orgulhosa. –Rio irônica. –Apenas não quero que pense coisas erradas sobre mim. –Falo constrangida.Ele fecha a porta do banheiro a trancando, pois nossas vozes
Layonel passou a tarde toda brincando com Daisy, me surpreendi ao ver a felicidade estampada nos olhos dele ao passar horas com minha filha.Minhas intuições dizem que depois que ele conheceu Daisy algo dentro dele mudou. Ele está mais cheio de vida e menos carrancudo. As suas mudanças constantes de humor têm se amenizado e isso me surpreende.Bom, não sei o que está acontecendo, mas sei que Daisy lhe faz bem e não vou impedi-lo de ver minha filha. A minha única preocupação é que ela acabe o associando a uma figura paterna e isso é preocupante.Tento não focar nesses pensamentos me concentrando nas cartelas de vinho a minha frente e nos inúmeros preços que vinham junto com eles. Eu gosto de mexer com números, mas sinceramente hoje não estava com cabeça para organizar tantas planilhas de uma única vez.Um dia de descans
-Por favor não fique brava. –Ele sussurra enquanto caminha.-Por que eu ficaria? –Semicerro os olhos.-É um almoço com Lívia e eu não queria vir sozinho. –Paro no meio do caminho o fitando incrédula.-Você me trouxe para almoçar com Lívia? E só me contou agora? Poderia pelo menos ter dito antes para eu ter a oportunidade de estar mais apresentável. –Solto seu braço irritada.Não acredito que vou ter que ver Lívia novamente e dessa vez em um almoço particular. Eu odeio essa mulher e tudo que envolve sua falsidade.-Hana, por favor. –Ele suplica.-Você poderia pelo menos ter me avisado, eu não recusaria te acompanhar, mas dessa maneira foi um completo absurdo. –Caminho a passos decididos para entrada até sentir suas mãos envolverem minha cintura.Nesse exato momento n&atil
-Você prefere vinhos tintos ou brancos? –Pergunto a analisando e Layonel apenas me observa.-Estava pensando em vinho seco, mas estou com dúvida devido a cardápio escolhido. –Diz incerta.-Então sirva vinho tinto suave e vinho branco. –Dou a ideia e ela fica pensativa. –Não há como erra com vinho suave. –Afirmo.-É uma boa escolha. –Agora ela aparenta estar um pouco mais animada.-Dependendo do tipo de uva escolhida você pode optar por um cardápio mais leve ou mais pesado. –Exponho novamente minha ideia e a vejo ponderar a situação.Layonel me observa satisfeito e eu acabo percebendo que estou tomando a frente da conversa. Envergonhada faço uma careta para Layonel decidindo permanecer em silêncio, mas como em nenhum momento ele me cortou ou disse que eu estava errada acredito que acertei em minhas escolhas.-A mer