ÍrisAquele menino não me sai da cabeça.— O que você faz aqui?— Perguntou o menino do outro dia.Ele realmente é lindo, e acho que é bastante parecido com o Liam, será que é filho do meu cunhado? O rosto dele me faz lembrar alguém mas não sei quem.— Eu vim ver você, faz um tempo que não nos vemos— Falei— A senhora veio cá só para me ver?— Perguntou surpreso.— Claro, sai da clínica e me lembrei de ti, como não te vi do outro lado da rua, achei melhor vir ver como você estava — falei sorrindo.Ele me abraçou intensamente. O que surpreendeu, então abracei ele de volta.— Nunca nenhuma mulher me disse isso, tirando a minha avó— falou ele, ainda me abraçando.— Se quiseres eu podemos ser amigos! Que tal? Também não tenho muitas pessoas para contar além das minhas irmãs e alguém especial— falei.— Eu aceito—falou ele, entusiasmado.Eu sorri.Ele estava de uniforme parecia estar a sair do colégio, e pelo emblema dele, era um colégio da Elite.— Vamos passear?— Perguntei.Tinham segurança
Luz Eu estava me trocando quando ouvi um barulho de alguma coisa caindo ao chão e partindo, e parecia ter vindo do quarto da Íris, não dei muita importância, a minha desastrada irmã está sempre quebrando coisas, até que ela sai do quarto gritando. — Porquê estou nesse quarto? Porquê? — gritou ela. Como se estivesse com raiva de alguma coisa. Será que ela lembrou de alguma coisa?Ela gritava muito alto, parecia perturbada e entrando em pânico. — Íris? O que aconteceu? — perguntou a Mayra. — Ela está tendo um ataque de pânico— falou o Orian, que parecia ter acabado de tomar.Ela ficou sem ar que acabou desmaiando. O meu cunhando carregou ela ao colo e levou-a para o quarto de baixo. Ela ficou desacordada durante algumas horas e quando acordou parecia não ter acontecido nada outra vez. Quem me dera estar no lugar dela, não lembrar das coisas que a atormentam eu não sei se iria querer esquecer o Hélio ou a Gabriela, mas de certeza que iria querer o meu filho aqui comigo. Ele estava
ÍrisOuvi um estrondo na parte de cima, parecia vir dos quartos. Mas achei que não fosse nada de importante, quando a empregada grita por ajuda. — Senhora Íris a senhorita Luz está sangrando— gritou a empregada, correndo pelas escadas.Eu subi o mais rápido que consegui, o Luís o motorista e o Daniel o mordomo também foram ao seu socorro. Nesse momento, o Kevin acaba de chegar.— O que está acontecendo? — Perguntou confuso! — A senhora Luz, ela está desmaiada e sangrando — Falou a empregada. — Oquê? O Kevin correu pelas escadas, e quando chegamos em seu quarto vimos ela deitada inconsciente e sangrando, ao seu lado, o seu celular com a foto do Hélio e a Gabriela na cama! Era o nudez perfeito para mandar para a esposa. Realmente as amantes são um máximo.Pega a ambulância e vamos logo. O bom de ser dono de um hospital, é que os serviços especiais não atrasam para ti. Levamos ela até ao helicóptero ambulância direito para o hospi
Luz A minha bebê se foi, ela me deixou, ela não está mais aqui comigo. A minha bebê já não vai chegar ao mundo com vida! Por ter te amado tanto eu perdi a minha bebê. Fiquei a noite toda acordada esperando ele chegar. O que eu faço com ele? Será que o mato? Finalmente ele chega e eu fecho os olhos, mas penso naquela mulher naquela foto, em tudo o que aconteceu nessas 7horas. Onde ele estava se divertindo. Antes de me tocar ele foi para o banho. De certeza que estava com ela. Colocou o pijama, e veio deixar ao meu lado, pegou em minha barriga como sempre, e não sentiu nada. Ele ficou assustado e me virou bruscamente. — O que é isso? — perguntou assustado. — Me deixa dormir por favor — falei, virando outra vez — eu estou cansada, o dia foi muito cheio. — Você só pode estar de brincadeira comigo Luz, cadê o meu bebê? — Eu não sei onde foi, mas ele não está comigo, não mais. — Você fez um aborto? — É tão fácil pensar assim não é? Me
Luz Ele está relutante em sair! Faz uma semana que eu mandei ele sair de casa, mas ainda continua em nosso quarto. — Luz, podemos falar? — perguntou, enquanto andava atrás de mim nos corredores do hospital.Eu fiquei em silêncio. Acho que ainda não percebeu que a sua presença me faz mal. — Eu… eu juro que não fiz nada com ela, me ouve por favor. — Se conseguires trazer a minha filha de volta eu volto com você. Caso contrário de-me o divorcio.— Você sabe que não pode me pedir isso — puxou o meu braço, fazendo-me parar.— Nós podemos sempre fazer mais! Eu sei que o teu corpo ainda está frágil então vamos esperar mais um pouco, e te dou outro filho. Isso mexeu comigo. De tanta raiva que eu estava ele ainda me falava de outro filho. Só faz uma semana que a nossa bebê se foi e ele está falando de outro. — Tenho trabalho! Para fazer, quer filho? Vá para a Gabriela. Ela sabe como fazer, se é que ela já não fez. — Amor por favor! Para com isso, eu amo você! Eu olhei para ele e me so
ÍrisAs regras da família nem são a pior parte delas. Mas os castigos. Além de humilhantes são dolorosos. — O que a senhora pensa que está fazendo? — perguntei após os seguranças soltarem-nos. — Não se esqueçam quem é a autoridade dessa família e de todas as empresas Sharonstone — respondeu a velha Laura— Para onde a senhora levou ela? Devolva a minha esposa agora mesmo. — Você nem consegue ser homem para exigir autoridade sobre a tua própria mulher, e acha que tem o direito de exigir de mim? — Não importa! Ela é minha esposa e nem pensa em tocar nela, se não eu…— Para de encher o peito, não vais fazer absolutamente nada — Falou a Elena— você não faz ideia de onde ela foi mesmo? — riu.— Qual é a graça? — perguntou o Hélio. — Ela vai ficar lá por um bom tempo! — Diz a tia Liliana. — A culpa é toda tua! Se você não tivesse hipnotizado ele — falei apontando para o Hélio — ele jamais teria voltado para Luz. — Ela recuperou a memória? — perguntou a velha Laura.— Não— respondeu a
LuzFaz um tempo que não vejo a luz do sol, eu não faço ideia de quanto tempo se passou desde que cá cheguei. Os constantes açoites têm me impedido de pregar o olho, e como se não bastasse ainda me jogam aguá com gelo no corpo todo.Em alguns momentos sou alimentada com pão e água só para aguentar a dor, mas de tudo que tou passando aqui, eu não consigo deixar de pensar em como devem estar as minhas irmãs e na raiva que tenho por não ter dado ouvidos a Íris quando ela disse que isso não teria como acabar bem, e obvio que seria do lado muito mais fraco, o meu.Como se não bastasse, toda a tortura, ainda tinha as visitas da velha.— Como tens te aguentado minha adorada neta? — Perguntou a velha bruxa Laura.— Estou sendo muito bem tratada, não tenho motivos aparetes para me queixar — zombei.— Vejo que ainda pode aguentar mais um pouco — falou.— Eu prometi para mim mesma que sairia viva daqui só para poder me divorciar daquele homem.— Vejo que está decidida Luz, achava que a Íris
Nas urgências e emergências encontrei uma escapatória, foi a área onde eu mais me identifiquei, nenhum médico de elite aceitaria estar aqui, mas eu, não preciso ser da elite, pessoas formam as elites. Numa noite fatídica de terça-feira centenas de ambulancias chegando com inumeros pacientes com ferimentos graves e tenho certeza que alguns acabam de dar o seu último suspiro ao serem transportados em macas. — Doutora Iris o que vamos fazer? São muitos pacientes — diz a enfermeira ao meu lado assustada. — Vamos cuidar de todos e deixar o minimo, o mais minimo de mortos possível, faça o impossível para salvar a maioria, ou o que der — disse, segurando o estestocópio e colocando em torno do pescoço – anda, vamos trabalhar– Vamos a isso pessoal – gritei. - Sim Doutora – responderam todos. Enquanto cuidavamos de todos os pacientes, viam mais enfermeiros de outras áreas do hospital, para ajudar, além de colegas de trabalho acredito que somos uma família. - Iris! – Diz uma voz at