Íris
Ouvi um estrondo na parte de cima, parecia vir dos quartos.Mas achei que não fosse nada de importante, quando a empregada grita por ajuda.— Senhora Íris a senhorita Luz está sangrando— gritou a empregada, correndo pelas escadas.Eu subi o mais rápido que consegui, o Luís o motorista e o Daniel o mordomo também foram ao seu socorro.Nesse momento, o Kevin acaba de chegar.— O que está acontecendo? — Perguntou confuso!— A senhora Luz, ela está desmaiada e sangrando — Falou a empregada.— Oquê?O Kevin correu pelas escadas, e quando chegamos em seu quarto vimos ela deitada inconsciente e sangrando, ao seu lado, o seu celular com a foto do Hélio e a Gabriela na cama! Era o nudez perfeito para mandar para a esposa. Realmente as amantes são um máximo.Pega a ambulância e vamos logo.O bom de ser dono de um hospital, é que os serviços especiais não atrasam para ti.Levamos ela até ao helicóptero ambulância direito para o hospiLuz A minha bebê se foi, ela me deixou, ela não está mais aqui comigo. A minha bebê já não vai chegar ao mundo com vida! Por ter te amado tanto eu perdi a minha bebê. Fiquei a noite toda acordada esperando ele chegar. O que eu faço com ele? Será que o mato? Finalmente ele chega e eu fecho os olhos, mas penso naquela mulher naquela foto, em tudo o que aconteceu nessas 7horas. Onde ele estava se divertindo. Antes de me tocar ele foi para o banho. De certeza que estava com ela. Colocou o pijama, e veio deixar ao meu lado, pegou em minha barriga como sempre, e não sentiu nada. Ele ficou assustado e me virou bruscamente. — O que é isso? — perguntou assustado. — Me deixa dormir por favor — falei, virando outra vez — eu estou cansada, o dia foi muito cheio. — Você só pode estar de brincadeira comigo Luz, cadê o meu bebê? — Eu não sei onde foi, mas ele não está comigo, não mais. — Você fez um aborto? — É tão fácil pensar assim não é? Me
Luz Ele está relutante em sair! Faz uma semana que eu mandei ele sair de casa, mas ainda continua em nosso quarto. — Luz, podemos falar? — perguntou, enquanto andava atrás de mim nos corredores do hospital.Eu fiquei em silêncio. Acho que ainda não percebeu que a sua presença me faz mal. — Eu… eu juro que não fiz nada com ela, me ouve por favor. — Se conseguires trazer a minha filha de volta eu volto com você. Caso contrário de-me o divorcio.— Você sabe que não pode me pedir isso — puxou o meu braço, fazendo-me parar.— Nós podemos sempre fazer mais! Eu sei que o teu corpo ainda está frágil então vamos esperar mais um pouco, e te dou outro filho. Isso mexeu comigo. De tanta raiva que eu estava ele ainda me falava de outro filho. Só faz uma semana que a nossa bebê se foi e ele está falando de outro. — Tenho trabalho! Para fazer, quer filho? Vá para a Gabriela. Ela sabe como fazer, se é que ela já não fez. — Amor por favor! Para com isso, eu amo você! Eu olhei para ele e me so
ÍrisAs regras da família nem são a pior parte delas. Mas os castigos. Além de humilhantes são dolorosos. — O que a senhora pensa que está fazendo? — perguntei após os seguranças soltarem-nos. — Não se esqueçam quem é a autoridade dessa família e de todas as empresas Sharonstone — respondeu a velha Laura— Para onde a senhora levou ela? Devolva a minha esposa agora mesmo. — Você nem consegue ser homem para exigir autoridade sobre a tua própria mulher, e acha que tem o direito de exigir de mim? — Não importa! Ela é minha esposa e nem pensa em tocar nela, se não eu…— Para de encher o peito, não vais fazer absolutamente nada — Falou a Elena— você não faz ideia de onde ela foi mesmo? — riu.— Qual é a graça? — perguntou o Hélio. — Ela vai ficar lá por um bom tempo! — Diz a tia Liliana. — A culpa é toda tua! Se você não tivesse hipnotizado ele — falei apontando para o Hélio — ele jamais teria voltado para Luz. — Ela recuperou a memória? — perguntou a velha Laura.— Não— respondeu a
LuzFaz um tempo que não vejo a luz do sol, eu não faço ideia de quanto tempo se passou desde que cá cheguei. Os constantes açoites têm me impedido de pregar o olho, e como se não bastasse ainda me jogam aguá com gelo no corpo todo.Em alguns momentos sou alimentada com pão e água só para aguentar a dor, mas de tudo que tou passando aqui, eu não consigo deixar de pensar em como devem estar as minhas irmãs e na raiva que tenho por não ter dado ouvidos a Íris quando ela disse que isso não teria como acabar bem, e obvio que seria do lado muito mais fraco, o meu.Como se não bastasse, toda a tortura, ainda tinha as visitas da velha.— Como tens te aguentado minha adorada neta? — Perguntou a velha bruxa Laura.— Estou sendo muito bem tratada, não tenho motivos aparetes para me queixar — zombei.— Vejo que ainda pode aguentar mais um pouco — falou.— Eu prometi para mim mesma que sairia viva daqui só para poder me divorciar daquele homem.— Vejo que está decidida Luz, achava que a Íris
Nas urgências e emergências encontrei uma escapatória, foi a área onde eu mais me identifiquei, nenhum médico de elite aceitaria estar aqui, mas eu, não preciso ser da elite, pessoas formam as elites. Numa noite fatídica de terça-feira centenas de ambulancias chegando com inumeros pacientes com ferimentos graves e tenho certeza que alguns acabam de dar o seu último suspiro ao serem transportados em macas. — Doutora Iris o que vamos fazer? São muitos pacientes — diz a enfermeira ao meu lado assustada. — Vamos cuidar de todos e deixar o minimo, o mais minimo de mortos possível, faça o impossível para salvar a maioria, ou o que der — disse, segurando o estestocópio e colocando em torno do pescoço – anda, vamos trabalhar– Vamos a isso pessoal – gritei. - Sim Doutora – responderam todos. Enquanto cuidavamos de todos os pacientes, viam mais enfermeiros de outras áreas do hospital, para ajudar, além de colegas de trabalho acredito que somos uma família. - Iris! – Diz uma voz at
É sempre bom estar de volta ao hospital, embora que fique mais tempo do que o normal, eu sei que não tenho o que reclamar, é um previlégio poder trabalhar perto da minha família e de médicos com grandes experiências. Quero me especializar na área dos meus pais! Neurocirurgias e como a minha família é dona do hospital, o mínimo que eu posso fazer é estudar mais que os outros. Poucas dos meus colegas sabem que sou a Luz Sharonstone, a menor da família e uma das herdeiras. E se depender de mim, ninguém vai ficar sabendo. — Luz! — diz uma voz familiar atrás de mim — preciso da tua ajuda!Diz a minha irmã mais velha, Mayra. — Oque foi? — pergunto, me aproximando dela.— Podes ir ao escritório da Íris? — perguntou ela.— por quê? Aconteceu alguma coisa?— Não aconteceu, mas vai acontecer, está na hora de conhecer o seu adorado noivo — diz ela, baixinho.— Então fala com ela— digo.— Você sabe o que ela pensa sobre isso! É capaz de surtar.— E no que eu posso te ajudar? — Fala tu com e
Mais um final de expediente, confesso que estou cansada, tanto que sinto o meu coração acelerar.Sem corrida nem nada.Assim que chego em casa, encontro a minha irmã Mayra na sala.— Eu já marquei o vosso encontro — diz ela sentada na sala. — Que encontro? — pergunto sonolenta.— Com o seu querido noivo — diz ela.— Você não seria capaz de fazer isso — Digo.— Sinto muito, você sabe da regra da nossa família e tens passado muito dos limites, já tens 24 anos Íris, o teu noivado já tinha que estar marcado.— Não é pra tanto Mayra, o Limite é até aos 25 anos, não?— O noivado também conta! Vamos cumprir as regras por favor.— Claro, quem é ele?Ela me entregou um envelope com arquivos dentro.— O que é isso??— Toda informação que você precisa de saber sobre ele.Abro a pasta e me deparo com uma foto de um cara muito feio.— Ele não deveria ser mais velho? — digo, lento todas as informações.— Ele é, vê a data de nascimento dele.— Mas ele parece um adolescente nerd — digo incrédula.—
O turno foi cansativo, e ainda tenho que estudar para a cirurgia daqui a dois dias, eu me sinto muito carregada. Entro na sala dos médicos e encontro todo mundo a arrumar as suas coisas para ir embora. Olho para o celular e vejo, são 09h da manhã, o próximo turno já vai entrar daqui a meia hora, vejo o dia e me lembro. — Hoje é o dia do encontro da Íris — sussurro — será que ela está animada? Enquanto falava sozinha, vinha atrás de mim a minha amiga, que acaba me assustando. — Com quem estás a falar? — sussurrou no meu ouvido. — Aí Gabriela, quer me matar de susto? — pergunto. — Desculpa, não sabia que estava tão distraída assim — diz ela, abrindo o seu cacifo do outro lado da parede. — Hoje a Íris finalmente vai ter o seu tão odiado encontro, quero saber como será. — De certeza que não será romântico — retruca. — Estou mesmo curiosa para saber como será o Americano, a única que o conhece e a Mayra — Digo. — Americano? —Sim, eles todos têm uma coisa em comum conosco, d