Samara correu até o boneco de neve, saltitando. Scooby empurrou a bola de neve de volta.Ela pegou a grande bola de neve, ficou na ponta dos pés e recolocou a "cabeça" no lugar. Scooby balançava o rabo animadamente, circulando a bela garota e se esfregando aos seus pés.— Hahaha... Scooby, você não está com frio? Vou te tricotar um suéter um dia desses!— Au au! — Scooby parecia entender, balançando o rabo ainda mais rápido, e pulou em cima de Samara, lambendo seu rosto macio.— Hahaha... Isso faz cócegas! Scooby, para com isso! — Samara caiu na neve, rindo enquanto brincava com o cachorro.Benjamin observava a cena com carinho, seus olhos fixos nela com uma ternura que ele mesmo não sabia que possuía.Ele pensava que nunca teria uma vida simples e feliz assim. Mas Samara trouxe isso para ele.Tudo o que os outros homens tinham, ele também tinha agora.— Sr. Benjamin, quem diria que o Scooby, que sempre foi tão arisco, só obedece ao senhor e se dá tão bem com a Srta. Samara? — Stéphani
Samara balançava a cabeça freneticamente, sentindo o coração disparar como um tambor.— Tá... Tá bom, eu entendi. Daqui pra frente, só vou fazer isso com você, tá bem? Não fica bravo comigo, por favor.Nos últimos dias, Benjamin tinha sido maravilhoso com ela, comprando várias roupas lindas, aquelas que ela só via sua irmã usando, mas nunca tinha tido.A comida ali também era deliciosa, embora não fosse tão boa quanto a da cunhada Olívia, ainda assim era ótima.Além disso, Benjamin ajudava a secar o cabelo dela, dava comida na boca, e até dormia na mesma cama com ela. Apenas dormia.Benjamin a mimava e cuidava dela de um jeito que ela não queria de jeito nenhum magoá-lo.— Querida.Os olhos dela brilhavam como estrelas, e Benjamin, sem conseguir se conter, teve vontade de beijá-la. De repente, se deu conta do que estava fazendo e se arrependeu profundamente, quase se punindo.Será que ele estava manipulando-a emocionalmente?Mas ele realmente queria que aquela garota ficasse ao seu lad
— De qualquer forma... Eu nunca vou deixar aquela idiota ser minha cunhada! Ou ela morre ou eu morro! — Dalila abriu a porta do carro com raiva. Vendo que Asher não se mexia, perguntou surpresa. — Você não vem comigo?— Desculpe, Srta. Dalila. Eu... Como sou subordinado do Sr. Benjamin, não posso aparecer. — Asher parecia desconfortável.— Entendi. Fique tranquilo, não contarei a ninguém sobre sua ajuda. Mas você também precisa ficar de olho nas ações do meu irmão daqui pra frente!Dalila tinha um olhar sombrio, em total contraste com sua aparência. — Se fizer bem o seu trabalho, vou recompensá-lo.Asher balançou a cabeça, mostrando lealdade. — É um prazer servir à Srta. Dalila!Dalila saiu do carro e bateu a porta com força, murmurando: — Humpf, você quer dar um passo maior que a perna. Se não fosse porque você ainda tem alguma utilidade, só de respirar o mesmo ar que você já me dá nojo.Ela, acompanhada de alguns seguranças e sua secretária, marchou até a porta da mansão e bateu c
— Ah! Solta! Solta! — A secretária gritou de dor, soltando a mão que segurava Samara.Dalila também ficou paralisada de medo, recuando rapidamente.A secretária chutava e esmurrava Scooby, mas ele não soltava de jeito nenhum! —Não bata no Scooby... Não! — Samara abraçou o Doberman, usando seu corpo frágil para protege-lo.Dalila, tomada pela raiva, aproveitou a confusão para dar mais um chute em Samara. — Dalila!Uma voz fria e cortante atingiu as costas de Dalila como uma lâmina. Seu pé ainda estava no ar quando sua ação cruel foi descoberta!Ela virou a cabeça lentamente, o pescoço rígido, e seu coração quase saltou pela boca, sufocando-a de medo! — Irmão... Irmão...Benjamin estava lá, ereto como uma espada, exalando uma raiva gelada e infernal.Seu peito subia e descia violentamente, e seus olhos vermelhos estavam cheios de fúria.Samara, sem saber da chegada dele, ainda segurava Scooby com força, olhos fechados, encolhida e tremendo.A secretária, com os olhos escurecendo, esqu
Dalila ficou totalmente paralisada, seu rosto pálido aos poucos se tornando sombrio, como se tivesse sido atingida por várias descargas de trovão.— Irmão... O que você está dizendo... Você não me reconhece mais como sua irmã... Irmão...Benjamin parecia não ouvir nada, apenas acariciava as costas trêmulas de Samara em seus braços.— Não tenha medo... Eu voltei, vou te proteger, ninguém mais vai te machucar, ninguém!Mas desta vez, Samara não estava mais obediente como antes. Ela parecia um ouriço, com seus espinhos eriçados, e até sua respiração ofegante demonstrava resistência a Benjamin.— Não... Você não pode me proteger, você é o irmão da Dalila... — Suas mãos fracas e delicadas empurravam o peito robusto do homem, cada toque era como uma punhalada em seu coração. — Me deixe ir... Eu quero voltar para casa... Eu quero encontrar meu avô, eu quero ir para casa!— Samara, fica calma, fica calma... — Benjamin disse, com o coração apertado, mas ainda tentando apaziguá-la.— Me solta...
Stéphanie ainda não tinha terminado de falar quando sentiu uma dor lancinante no pulso!Os olhos de Benjamin, vermelhos de raiva, pareciam prestes a lançar chamas destruidoras. De repente, ele levantou a mão e jogou longe o celular de Stéphanie!— Sr. Benjamin, por favor, acalme-se. — Stéphanie recuou rapidamente, fazendo uma profunda reverência.Mas o homem, envolto em uma aura ameaçadora, já tinha se levantado e saído porta afora.Lá embaixo.Dalila, suando frio, estava sentada no sofá, cercada por quatro seguranças, sem conseguir sair do lugar.— Se...Senhorita... O Sr. Benjamin está furioso... O que vamos fazer? — A secretária se ajoelhou aos pés dela, agarrando suas pernas em desespero.— Você me pergunta? Como eu vou saber!Passos pesados e frios ecoaram pelo ambiente.Benjamin, seguido por Stéphanie, se aproximou, e uma onda de frio infernal tomou conta da sala.— Irmão... — Dalila chamou, com uma voz fraca.Ela sabia que não adiantava mais fazer birra, então tentou parecer inoc
— As pessoas ao meu redor conhecem bem o meu temperamento. A coisa que eu mais detesto são os traidores. — Benjamin acendeu um cigarro com a mão coberta por uma luva preta, ergueu o queixo e soltou a fumaça branca antes de perguntar calmamente. — Irmãzinha, quem te contou que eu e Samara estamos morando aqui?Dalila sentiu um nó na garganta, seu rosto ficou pálido e ela não conseguiu dizer uma palavra. Esse era o irmão que a mimara e amara desde pequena?No entanto, naquele momento, tudo o que ela sentia por ele era medo e pavor.— Você não sabe? Não importa, eu sei quem foi.Assim que ele terminou de falar, dois seguranças arrastaram para dentro um Asher quase morto, coberto de sangue.Dalila cobriu a boca em choque.O caminho pelo qual Asher foi arrastado deixou um rastro de sangue pelo chão da sala.— Asher, você está comigo há dez anos. Sempre fui generoso com você. Se não fosse por mim, já teria sido morto na rua há muito tempo. — Benjamin se sentou calmamente na cadeira que Stép
Olívia e Breno arrumaram as malas e pegaram o remédio que Maia lhes havia dado, prontos para voltar a Yexnard.— Vivia, você está com pressa para ir? Não quer ficar para o almoço? A comida já está quase pronta. — Glória, vestida com um avental, veio apressada.— Não precisa, tia Glória, estou com pressa para voltar. — Olívia foi ao encontro dela, segurando o rosto de Glória, marcado pelo tempo e pelas labutas na cozinha, entre as mãos. — Tia Glória, seu aniversário está chegando. Descanse nesses dias, deixe os afazeres de lado. Vá fazer um SPA, se cuidar. No fim de semana, você tem que ser a aniversariante mais linda do mundo!— Aniversário, que nada. Para ser sincera, nem quero comemorar. Só de pensar nas pessoas que vou ter que receber no domingo, já me sinto cansada. — Glória suspirou, resignada. — É só para agradar seu pai.— Não é você quem agrada meu pai, é meu pai que quer agradar você. Na verdade, todos nós queremos comemorar seu aniversário. — Os olhos de Olívia brilharam com