- Por mim? Ele te machucou gravemente? - Olívia não conseguiu mais segurar a raiva e soltou uma risada fria. - Ah, ele usa a capa da justiça para cometer injustiças. Que ele não diga mais que faz isso por mim, porque eu não suporto mais essa vergonha!- Olívia! - A voz de Charles estava carregada de amargura, sentindo o coração apertado, prestes a explodir. - Eu não quero justificar minhas ações, não quero me defender. Só quero te fazer uma pergunta. Para você... O que eu sou, afinal?Olívia prendeu a respiração, sentindo uma pontada no peito.Ao redor, a escuridão era profunda, mas ela pôde ver claramente a luz quebrada nos olhos dele, acompanhada de uma dor profunda.Diogo fixou seu olhar no rosto pálido de Charles, seus olhos afiados como punhais, perfurando a cabeça do rival!- Se você parar de me perseguir e não interferir mais na minha vida, talvez no futuro possamos ser parceiros de negócios. Mas, se continuar insistindo, seremos inimigos.Dizendo isso, Olívia não deu mais um ol
A casa de Diogo tinha todos os móveis novos, era evidente que ele havia se mudado recentemente. A decoração da mansão seguia um estilo minimalista em preto, branco e cinza. Olívia percebeu de imediato que todos os móveis e eletrodomésticos eram de marcas renomadas, exibindo um luxo discreto. Assim que entrou, ela sentiu um leve frio e encolheu os ombros suavemente.Não era por falta de aquecimento, mas o espaço vazio combinado com as cores monótonas transmitia uma sensação visual de frieza opressiva.- Vivia, está com frio? - Diogo perguntou gentilmente, enquanto pegava um par de pantufas de pelúcia brancas do armário de sapatos, ajoelhando-se para colocá-las aos pés de Olívia. - Coloque essas, eu vou aumentar o aquecimento.Os longos cílios de Olívia tremeram enquanto ela deslizava seus pés brancos e delicados nas pantufas quentinhas. Eram macias e confortáveis.As pantufas eram novas e o tamanho parecia perfeito, como se fossem feitas sob medida para ela.- Senhor, o senhor voltou
Olívia, comovida, caminhou até Verônica e se ajoelhou diante dela, levantando seu belo rosto com um sorriso radiante. - Dona Verônica, não se preocupe, o Diogo tem minha companhia.Verônica acariciou gentilmente a cabeça de Olívia. - Que bom, minha querida. Fico mais tranquila sabendo que ele tem uma amiga como você.Diogo tirou o paletó, revelando sua figura alta e esbelta vestida com uma camisa branca e um colete cinza, exalando uma aura de sofisticação enquanto se dirigia à cozinha.Embora Olívia fosse uma convidada, sentiu-se um pouco desconfortável ao ver o jovem herdeiro da família Moura, Diogo, preparando o jantar para ela.Por isso, ela o seguiu até a cozinha.- Deixe-me ajudar. Vocês não têm um cozinheiro? Com tanta comida, isso vai demorar uma eternidade. - Disse Olívia, ao ver os ingredientes finos sobre a mesa, arregaçando as mangas com determinação.- Não se preocupe, está tudo pronto. Frutos do mar são rápidos de preparar. - Respondeu Diogo, olhando para ela com um semb
O jantar foi um sucesso, repleto de risadas e momentos agradáveis. Diogo tinha preparado uma garrafa de vinho tinto de coleção, mas Verônica insistiu que Olívia bebesse sucos. Então, Olívia passou a noite bebendo suco de laranja, uva, abacaxi... Sentia que seu estômago poderia virar um pomar.Após o jantar, Paloma levou Verônica para brincar, criando uma oportunidade para que o jovem senhor e seu interesse amoroso ficassem a sós.Diogo levou Olívia para conhecer a sua casa, mostrando suas coleções de antiguidades e pinturas. Entre elas, estavam obras de artistas como Joseph Rodefer, com seu “September Afternoon”, e Mary Cassatt, com “Lilacs in a Window”, além de um bule de chá francês em ouro puro com alto-relevo, pertencente à realeza francesa.Esses tesouros, se levados a leilão, alcançariam preços astronômicos!Olívia, debruçada sobre uma mesa, usava uma lupa para admirar as pinturas, seus olhos brilhavam de entusiasmo, revelando sua paixão.- Você gostou? Se quiser, pode levar. -
O nome de Charles, até hoje, continuava a ser uma presença inescapável na vida de Olívia.Quando Diogo viu que era o rival ligando, seus óculos dourados reluziram com um brilho gelado. Ele chamou suavemente: - Vivia.Os olhos de Olívia escureceram por um momento, mas ela escolheu atender. - Alô.Imediatamente, os olhos de Diogo se encheram de decepção, e seu coração transbordou de raiva por Charles.Naquele momento, Charles olhava para a janela iluminada. Ele não sabia se Olívia estava do outro lado, nem se a veria. Sua voz era grave e rouca:- Vivia, está nevando. Esta é a primeira neve do inverno em Yexnard.- Sim. - Olívia respondeu sem expressão. - Então, por que você ligou?Charles ficou sem palavras por alguns segundos, mas então, reunindo coragem, perguntou sinceramente: - Posso te convidar para assistir à neve comigo esta noite?- Presidente Charles, você é um peixe? Sua memória dura apenas sete segundos? - Olívia franziu a testa, surpresa.- Não sou.- Qual é a nossa relaçã
No momento em que ela caiu, Diogo a segurou firmemente em seus braços.Seus olhos profundos e sombrios estavam cheios de veias de raiva, cada vez mais intensas.…Charles estava sozinho na neve, com a cabeça e os ombros cobertos por uma camada branca.Ele esperava pacientemente, preparado para ficar ali a noite toda.De repente, o portão de ferro da mansão se abriu.Charles, imediatamente revigorado, sentiu uma onda de esperança!Mas no segundo seguinte, seu coração afundou.O homem que caminhava em sua direção, pálido e sombrio, era Diogo.- Onde está a Vivia? - Charles perguntou, cerrando os punhos e encarando-o intensamente.Diogo ajustou os óculos, esboçando um sorriso frio, com olhos cheios de arrogância de um vencedor. - Ela vai passar a noite na minha casa. Não vai voltar e muito menos sair para ver a neve com você. Ela já está descansando. Se você ainda tem um pouco de dignidade, deveria ir embora agora. Eu vou voltar para ficar com ela.Charles sentiu-se como se tivesse sido
Na manhã seguinte, Olívia ainda estava com a mente enevoada, um pouco desorientada.De repente, ela abriu os olhos e se sentou na cama de um salto!O quarto decorado em tons de preto, branco e cinza, com um suave aroma calmante no ar, fazia com que ela se sentisse relaxada e confortável.- Um quarto masculino... Diogo?Imediatamente, uma dor de cabeça intensa a atingiu, como se tivesse levado uma pancada.Na noite anterior, ela só se lembrava de ter discutido com Charles, mas depois disso, sua mente estava em branco, como se tivesse bebido demais.O coração de Olívia batia acelerado, ela se levantou rapidamente e deixou o quarto.Na cozinha, Diogo, vestindo uma camisa branca impecável, com as mangas arregaçadas até os cotovelos, preparava o café da manhã para Olívia no balcão.A luz suave da manhã que entrava pela janela envolvia o homem, dando uma aparência etérea e refinada ao seu rosto bonito, como uma pintura delicadamente colorida.Ele costumava cozinhar, mas nunca usava avental.
- Vivia, estou com Pietro, Vasco e Breno aqui fora da casa do Diogo. - A voz de Gilbert soava como um trovão distante.Não disse uma palavra a mais.Mas a sensação de segurança e a pressão eram palpáveis!- Irmão Gilbert, estou bem. Vocês não precisavam fazer todo esse alarde... - Olívia massageou as têmporas doloridas, já imaginando a cena de um exército cercando a casa.- Alarde? Vivia, você passou a noite na casa de outro homem! Não voltou para casa! Nós estávamos quase chorando de preocupação! - Pietro gritava, sua voz quase falhando.- Vivia, aquele idiota do Diogo te tocou? Foi por vontade própria ou ele te enganou? Tenho algemas prontas para ele! - Vasco, o policial de sangue quente, parecia prestes a invadir a casa e prender Diogo.- Calma! Todo mundo, calma! Olívia, apressada, calçou os saltos altos e saiu porta afora.Do lado de fora, várias luxuosas SUVs cercavam completamente a casa de Diogo.- Srta. Olívia! - Breno, com os olhos vermelhos, foi o primeiro a correr até ela,