- Mas por dentro, o durião é macio e tem um sabor doce e perfumado. - Gilbert disse com um sorriso, tocando delicadamente o nariz dela com a ponta dos dedos. - Bem parecido com a nossa irmãzinha.- Humph! - Olívia virou o rosto fingindo estar brava, mas a expressão dela era adorável.- Vivia, de qualquer forma, você não pode mais cair nas mentiras do Charles! Nenhum homem presta! - Arthur advertiu, temendo que a irmãzinha pudesse se apaixonar novamente pelo homem.- Eu... Eu sou uma exceção, Sr. Arthur. - Breno defendeu-se timidamente.- Eu também. - Gilbert acrescentou prontamente.- Sim, sim... Os homens da família Bastos certamente não são ruins. - Arthur rapidamente concordou.- Hum, nem todos são perfeitos, sempre tem um que deixa a desejar! - Olívia brincou, cruzando suas belas pernas.Os três homens se entreolharam, e um nome surgiu simultaneamente em suas mentes - Érico!…- De jeito nenhum! - Ao ouvir que Olívia queria que ela ajudasse Charles, Maia ficou furiosa, e seu rosto
- Vivia, me fala a verdade, você está começando a gostar daquele cara de novo por causa dessa história? - Maia perguntou preocupada.- Não. - Olívia respondeu com firmeza. - Eu não sou boba, não vou cair na mesma armadilha duas vezes. Só não gosto de sentir que estou devendo algo a alguém.De repente, um leve nervosismo surgiu em seu coração, mas ela logo se acalmou.- Que bom, que bom... Se você pensar em voltar com ele, não terá mais família. - Maia a olhava friamente. - Quer família ou quer um canalha? A escolha é sua.Olívia esfregou os braços, sentindo um arrepio.- Vivia! Maia! - Nesse momento, Aurora bateu na porta e entrou com passos largos. - O vestido de festa da Glória chegou! Venham me ajudar a escolher! Eu não entendo nada desses trajes chiques, afinal, até no meu casamento usei jeans.- Vamos, vamos agora! - Olívia, com medo das perguntas de Maia, puxou-a para ir até Glória....As três mulheres chegaram apressadas ao quarto de Glória.Uma fila de araras móveis estava rep
Embora sua mãe tivesse falecido no final, não se podia negar que foi graças à ajuda de Glória que ela conseguiu viver mais um ano. Um ano a mais de felicidade na infância, com a companhia da mãe.Mais tarde, quando perdeu o filho que teria com Charles, foi Glória quem esteve ao seu lado, cuidando dela como uma verdadeira mãe.Aos poucos, Olívia deixou de sentir rancor.Afinal, quem poderia guardar rancor de alguém que cuidou dela com tanto carinho por vinte anos? Nem sua mãe guardava rancor, então por que ela deveria?- Tia Glória, faça como o Érico quer. - Olívia segurou o braço de Glória com carinho, como se fosse sua própria filha, e sorriu. - Não é só ideia do Érico, é minha também. Em todos esses anos, você nunca teve uma festa de aniversário decente. Eu sempre me senti mal por isso.- Garota boba, o que você está dizendo! - Glória arregalou os olhos, surpresa. - Eu nunca gostei de festas, isso não tem nada a ver com você!- Então, por favor, realize meu pequeno desejo e aceite qu
Finalmente, Maia entregou a Olívia os dois novos medicamentos desenvolvidos pela empresa farmacêutica da família, um para tratar lesões internas e outro para lesões externas.No dia seguinte, Olívia enviou Breno para entregar os remédios a Charles.Charles, por orgulho e ressentimento, não queria mostrar sua fraqueza diante de Breno, que ele via como um rival. No entanto, ao perceber que Breno estava sozinho e que Olívia não havia vindo, seu coração cheio de expectativa despencou, e sua fachada de força se desfez.- Cadê a Srta. Olívia?Charles, com sua figura esbelta e encantadora apoiada na cabeceira da cama, exalava um ar de melancolia que o tornava ainda mais atraente. Mas, infelizmente, Olívia não estava lá para ver.- A Srta. Olívia está ocupada e me pediu para trazer os remédios para você. - Breno colocou os medicamentos caros e raros na cabeceira da cama, olhando friamente para o rosto pálido de Charles. - A Srta. Olívia disse que um dos remédios deve ser aplicado externamente
- Presidente Charles... Presidente Charles? - Dante estava apavorado, apertando o botão de chamada ao lado da cama enquanto tentava, desajeitadamente, limpar o sangue dos lábios de Charles com um lenço de papel. - Presidente Charles! Você não pode continuar assim! Pare de brigar com a Sra. Marques! Já que ela mandou os remédios, por favor, tome-os!- Não. - Charles lutava contra a dor intensa no peito, mas sua determinação permanecia firme, com um olhar triste e resoluto. - Este é meu... Meu único jeito de fazer com que ela venha até mim, a única chance de estar com ela. Mesmo que custe minha vida, eu preciso ver Olívia. Vou arriscar tudo por isso!...- O quê? Aquele desgraçado se recusa a tomar os remédios? Por quê?Olívia estava no meio de um jantar com sua família quando Breno a chamou para fora do restaurante para lhe dar a notícia. A raiva a fez perder o apetite instantaneamente.- Ele disse que só tomará os remédios se ver você. - Breno estava furioso, seus olhos quase saltando
Benjamin lembrou que estavam no hospital e, por isso, não acendeu o cigarro, apenas o segurou entre os lábios para satisfazer a vontade.Charles permaneceu em silêncio por um momento, respirou fundo e, com os lábios secos, murmurou suavemente: - Benjamin, acho que... Acho que eu estou apaixonado por ela.O quê?O cigarro nos lábios de Benjamin quase caiu enquanto ele quase pulava de surpresa! Embora qualquer um pudesse ver que Charles estava encantado por Olívia há muito tempo, ouvir ele admitindo isso em voz alta era como uma satisfação indescritível, como finalmente se livrar de uma constipação crônica!- Eu me apaixonei por Olívia, e quero que ela volte para mim. Quero tentar... Conquistá-la. - Charles levantou a cabeça de repente, sua voz trêmula ao expressar seus sentimentos.Os olhos naturalmente sedutores do homem estavam agora profundos e sérios.- Você? Conquistando uma mulher? Tem certeza? - Benjamin levantou uma sobrancelha, incrédulo, e disparou uma série de perguntas.-
Após a saída de Benjamin, apenas Charles e Olívia permaneceram no quarto.Quando Olívia entrou, ouviu Dante dizer que Charles havia vomitado sangue novamente, e em grande quantidade, o que a deixou bastante apreensiva. Se Charles não conseguisse superar essa crise, ou se ficasse com alguma doença permanente, ela nunca conseguiria pagar essa dívida e viveria diariamente com a culpa.Com o rosto sério, ela se aproximou da cama para verificar o estado de saúde de Charles, sem esconder a irritação.Charles abriu os olhos e viu Olívia concentrada, como se fosse uma médica experiente tratando-o.- Seu estado de saúde não está nada bom. Você precisa tomar a medicação imediatamente. Amanhã pode ser tarde demais!Olívia estava furiosa e prestes a soltar a mão de Charles quando ele, rapidamente, segurou a mão fria dela na sua, envolvendo-a com firmeza.Olívia se assustou e seu ritmo respiratório acelerou.- Mão tão fria, está muito frio lá fora, né? - Charles, com os dedos ásperos, acariciou su
Olívia ficou sem fôlego, dando um passo para trás instintivamente. Ouvir aquele homem declarar seu amor provocou nela um turbilhão de emoções que só ela podia compreender. O quarto estava silencioso, e ambos podiam ouvir o som acelerado de seus próprios corações.- Charles, se você tivesse me dito isso há três anos, eu teria aceitado sem hesitar. Mas agora, não estamos mais naquele tempo. Eu já te disse antes, nosso amor expirou. - Olívia olhou para ele com uma frieza distante, como alguém que já viu de tudo. - Eu não te amo mais.- Desculpe, sei que é tarde demais, mas estou decidido e não vou desistir! - Charles estava suando de nervoso, querendo se aproximar, mas com medo de que ela fosse embora de vez. - Não importa se você não me ama. Desta vez, eu vou me esforçar. Eu vou... Te amar.Ele nunca tinha dito a palavra “amor” nem para Rafaela, mas agora não conseguia evitar de dizer isso para Olívia!- Basta! Eu não preciso do amor de alguém que eu não amo! Quantas vezes vou ter que