Capítulo 106Nas Asas da ObsessãoUma semana depois.Khaled, sentado em sua mesa, observava Helena com seu olhar fixo e possessivo, enquanto ela dançava no palco. Quando ela desceu, ele se aproximou com um sorriso enigmático.Khaled: "Helena, amanhã quero te levar a um lugar especial, algo diferente de tudo que já viu. Será uma surpresa inesquecível. Podemos sair às 10h? Assim, você estará de volta antes do Alberto chegar."Helena, encantada com a proposta, sorriu e concordou. "Está bem, Khaled. Te encontro aqui às 10h."O hotel de luxo em Orlando exalava sofisticação e exclusividade. Khaled havia reservado a suíte presidencial, um espaço opulento decorado com mármore, cristais e obras de arte raras. Cada detalhe parecia cuidadosamente planejado para impressionar Helena, que entrou no ambiente com os olhos brilhando de deslumbramento.Helena sentou-se em um dos sofás de couro, cruzando as pernas e observando Khaled com um sorriso confiante. “Você sempre me surpreende, Khaled. Este lug
Capítulo 107Um pedido de socorro Khaled: "Você não vai gritar por ele. Você é minha, Helena! Minha!"Helena se debatia, mas seu corpo estava fraco demais. Suas tentativas de se libertar tornaram-se cada vez mais lentas, enquanto o peso de Khaled e a falta de ar a dominavam. Suas lágrimas escorriam pelo rosto, e sua visão começou a escurecer.Finalmente, ela desmaiou, seu corpo sem forças sob o peso da brutalidade de Khaled. Khaled observou Helena desmaiada no colchão, seus olhos fixos no corpo imóvel dela. A raiva e a obsessão o consumiam por completo, deixando qualquer traço de racionalidade para trás. Ele se aproximou novamente, com um sorriso frio e perturbador.Khaled: "Você é minha, só minha. Não de mais ninguém."Com movimentos bruscos, ele rasgou as roupas dela, expondo sua pele pálida e ainda trêmula. Sua boca percorreu o corpo desmaiado de Helena, beijando cada centímetro, como se quisesse marcar sua possessão.Khaled: "Você nunca voltará para ele. Nunca mais."Ele se enca
Prólogo: Os ecos de uma promessa esquecidaO som de risos e música preenchia o ar, mas havia algo errado. Calysta sentia o calor das chamas da fogueira próxima, mas o brilho vibrante parecia mais sombrio, como se a luz lutasse contra sombras que rastejavam pelas margens do acampamento. As saias coloridas das mulheres ciganas dançavam ao vento, mas seus rostos estavam indistintos, como se a alegria fosse apenas um reflexo vazio.Ela estava lá, com apenas 10 anos, observando tudo com olhos curiosos, mas uma sensação de desconforto a dominava. Algo estava prestes a acontecer. Ao seu lado, sua mãe, Rosa, ajustava o lenço em seu cabelo com mãos trêmulas. A voz da mãe parecia ecoar, distorcida:— Você está linda, minha filha. Lembre-se de quem você é. Nunca esqueça. Nunca esqueça.As palavras repetiam-se como um mantra, ficando cada vez mais rápidas e inaudíveis. Calysta olhou ao redor, mas a visão parecia turva, como um vidro coberto de névoa. Ela viu Mihai no centro da roda, um garoto de
CAPÍTULO 1O Nascimento de uma EstrelaA noite estava silenciosa na pequena aldeia cigana, com o luar iluminando as tendas espalhadas pelo campo. Dentro da maior tenda, o som de gemidos e respirações ofegantes rompia o silêncio. A anciã Diana, a parteira da aldeia, trabalhava com habilidade e paciência. Do lado de fora, Joaquim andava de um lado para o outro, ansioso e cheio de nervosismo, tentando ouvir qualquer palavra que indicasse o desfecho do parto de sua esposa, Rosa.— Calma, Joaquim! — chamou um dos amigos da aldeia, tentando tranquilizá-lo. — A anciã está lá dentro. Ela nunca erra.— Mas e se algo acontecer? — Joaquim respondeu, inquieto, passando a mão pelos cabelos desgrenhados. — Eu não posso perder Rosa. E a criança… e se ela não resistir?Dentro da tenda, Rosa gritava de dor. A cada contração, ela agarrava os lençóis finos que cobriam o chão.— Respire, menina, respire! — orientava Diana, com a voz firme, mas acolhedora. — Está quase. Seu corpo sabe o que fazer. Confie
Capítulo 2 O Despertar de CalystaA noite caiu sobre a aldeia com a serenidade típica das terras ciganas. O ar estava fresco, perfumado pelas ervas que cresciam ao redor das tendas. Na maior delas, Calysta dançava ao som de uma melodia tocada por seu pai, Joaquim. Seus pés deslizavam suavemente sobre o chão de terra batida, enquanto sua saia colorida rodopiava ao seu redor. Seus movimentos eram precisos, como se o ritmo fluísse naturalmente em suas veias.— Ela nasceu para dançar, Rosa, — disse Joaquim, orgulhoso, observando a filha de longe. — Veja como ela se conecta com a música. É como se a alma dela estivesse no ar junto com o som.Rosa, sentada ao lado dele, sorria, mas seu olhar estava atento. Ela sabia que Calysta era especial, que havia algo além de sua beleza e talento natural.Do lado de fora, a anciã Diana observava em silêncio. Seu olhar era penetrante, quase como se pudesse enxergar dentro da alma da jovem. Nos últimos dias, Calysta vinha lhe contando sobre sonhos estra
CAPÍTULO 3 Reunião dos Anciãos. A Decisão pela UniãoO vento noturno soprava suavemente entre as árvores ao redor da clareira onde os anciãos das tribos Sinti e Romani Calon estavam reunidos. A atmosfera era solene, carregada pelo peso da responsabilidade que traziam consigo. Sentados em um círculo em torno de uma fogueira central, os líderes e anciãos discutiam o futuro dos seus povos.Dragomir, o Barô dos Sinti, levantou-se primeiro. Sua presença era imponente, e sua voz grave reverberava entre os presentes.— Nossas tribos enfrentaram tempos de escuridão. As invasões, as perdas, a separação de nossas famílias... Muitos de nós ainda carregam as cicatrizes desses dias. Mas hoje, temos uma chance de mudar isso. A união de Mihai, meu filho, com Calysta, a estrela dos Romani Calon, pode marcar o início de uma nova era para todos nós.Diana, a anciã dos Romani Calon, respondeu com um tom sereno, mas firme:— Concordo, Dragomir. Calysta é especial. Desde seu nascimento, os sinais mostrar
CAPÍTULO 4Os Preparativos para o Noivado e o Início da FugaA Conversa com CalystaNa tenda dos Romani Calon, Rosa e Joaquim sentaram-se ao lado de Calysta, que brincava com bonecos de madeira ao lado de Helena. Rosa acariciou os cabelos negros da filha e suspirou antes de falar.— Calysta, precisamos conversar.A menina largou os bonecos e olhou para os pais com curiosidade.— O que foi, mãe? Você parece preocupada.Joaquim pegou as pequenas mãos de Calysta.— Minha estrela, você sabe que é especial, não sabe? Que nasceu com dons únicos. Esta noite, os anciãos decidiram que você será prometida a Mihai, da tribo Sinti. Em três dias, haverá uma cerimônia para selar essa aliança.Os olhos de Calysta se encheram de confusão.— Prometida? Mas eu nem conheço ele direito! Ele não é aquele menino que fica sério o tempo todo?Rosa sorriu, tentando aliviar a tensão.— Sim, ele é sério. Mas é porque ele também carrega muitas responsabilidades, como você. Calysta, essa união não é apenas sobre
CAPÍTULO 5Nos vemos no futuro.Calysta e Mihai foram levados ao centro do círculo formado pelos convidados. Ela segurava um pequeno buquê de flores silvestres, enquanto ele carregava o anel prateado que simbolizaria sua promessa.Diana, a anciã dos Romani Calon, ergueu as mãos para silenciar a multidão.— Esta noite, celebramos não apenas a união de duas almas, mas também de duas linhagens que foram separadas pelo destino e agora se encontram novamente. Que Calysta e Mihai sejam o símbolo de força e esperança para todos nós.A multidão aplaudiu, enquanto Mihai se aproximava de Calysta com uma postura confiante. Ele segurou sua mão delicadamente, seus olhos escuros fixos nos dela.— Calysta, eu prometo estar ao seu lado, protegê-la e honrar este compromisso. Hoje, damos início a um novo caminho juntos.Ele deslizou o anel no dedo dela, enquanto Calysta, ainda tímida, sorriu e balançou a cabeça, sem saber ao certo o que dizer.— Eu prometo... fazer o meu melhor, — respondeu, arrancando