Quando o olhar de Samuel varreu o ambiente, um calafrio incontrolável percorreu pelo corpo de toda a família Ribeiro. Um medo insuportável os invadiu.O tom dele era tranquilo, sem qualquer flutuação.Entretanto, apenas aquele olhar já era suficiente para aterrorizar as pessoas.Por um momento, todos sentiram como se estivessem sendo observados por uma fera.- Não entenda mal, a garota falou sem pensar. - Disse Edson, lançando um olhar severo para Gabriela. - Pare de fazer escândalos e volte para o seu quarto agora!- Gabriela! O casamento entre as duas famílias não é brincadeira. Não faça nada imprudente! - Úrsula, alarmada, rapidamente alertou.Até agora, algumas bravatas já foram feitas na frente de Carina, mas fazer o mesmo diante de Samuel, poderiam causar consequências graves.- Não estou causando nenhum escândalo, nem sendo imprudente. - Gabriela permaneceu firme. - Samuel, eu sei que você é excelente, mas o amor não pode ser forçado. O casamento forçado não é feliz. Espero que
- Gabriela! Você realmente não tem vergonha! Esta desprovida de toda moral familiar! - Carina exclamou, batendo na mesa.A fama e o status de seu irmão jamais permitiriam que ele se casasse com uma mulher não virgem.- Você está tentando me irritar? - Samuel franzia ligeiramente a testa, antes de responder calmamente. - Mesmo que você tenha perdido sua virgindade, eu não me importo.- O quê?Ao ouvir isso, todos ficaram chocados mais uma vez.Todos pareciam ter visto um fantasma, especialmente os membros da família Gomes.- Se você não se importa com a perda da virgindade, o que você diria sobre uma gravidez? - Gabriela lançou outra bomba. - Não vou esconder de vocês, eu já estou grávida. Estou carregando um filho da família Pereira!Assim que essas palavras foram ditas, o lugar inteiro foi tomado pelo caos.- Desgraçada! Você realmente é uma desgraçada!- Gabriela! Você jogou fora toda a reputação de nossa família!- Está grávida de um filho ilegítimo e ainda aceita um casamento arran
- Quer usar a força?Edson e os outros se olharam atônitos, como se estivessem vendo um louco.Desafiar a família Gomes à força? Não seria isso um convite à morte?- Ademir, se você quer arriscar a sua vida, isso é problema seu, só não nos envolva nisso! - Úrsula falou, franzindo a testa.Para ela, a atitude rebelde de sua filha, até mesmo o rompimento público do noivado, era tudo culpa de Ademir.Então, ela sentia um certo rancor.- Samuel não é um mero herdeiro de uma família comum. Ele é talentoso em literatura e em combate, é corajoso e astuto, e ainda ocupa um posto de general. Forçá-lo a recuar seria tão difícil quanto escalar aos céus.Edson balançou a cabeça.- Todos têm um ponto fraco. Encontre ele e você pode virar a mesa. Ainda temos dez dias, eu definitivamente vou resolver isso. - Ademir afirmou, confiante.- Jovem, seja prudente em suas ações. Não seja teimoso para causar um desastre mortal.Edson disse com um rosto sério.Ele era grato a Ademir, então não queria que ele
Samuel estava encostado em seu assento com os olhos fechados, emanando uma aura sinistra por todo o seu ser.- Irmão! Essa Gabriela é insuportável, precisamos dar uma lição nela!Carina, sentada ao lado, ainda parecia bastante irritada.Seu irmão era o orgulho do céu; casar com a família Ribeiro era uma bênção que Gabriela tinha acumulado em sua vida passada. Por que agora ela ousa romper o noivado em público?Era uma humilhação!- Irmão, você vai falar algo ou não? Essa mulher te traiu! Você não está irritado?Ao ver que Samuel permanecia silencioso, Carina ficou ainda mais enfurecida.Sua noiva estava grávida de outro pessoa. Que tipo de homem suportaria isso?- Ficar irritado não tem sentido para mim - Samuel respondeu, indiferente. - Eu ia me casar com Gabriela não porque gosto dela, mas por causa do seu potencial. Então, o fato de ela estar grávida ou não é irrelevante.- Irmão, você está falando sério? Mesmo assim, isso não importa?Carina começou a duvidar se tinha ouvido direit
Ao meio-dia, dentro do restaurante.- Beatriz, olha só, a capital é realmente diferente. Qualquer restaurante é sofisticado. Já decidi, vou me mudar para cá. É um lugar grande e agitado, muito melhor do que nossa pequena Cidade A! - Eduarda sentava-se elegantemente, olhando ao redor. Beatriz não sabia bem o que falar. Originalmente, ela planejava vir sozinha para a capital, mas sua mãe e irmão insistiram em acompanhá-la também. Diziam que era bom ter alguém da família por perto, especialmente se alguém ficasse doente.- Mãe, a tia não mora perto daqui? - Carlos, que estava ao lado, perguntou de repente.- Sim, já marquei de encontrá-la para almoçar. Ela deve estar chegando. - Eduarda assentiu.Enquanto as duas conversavam, a porta do restaurante se abriu e três pessoas entraram. À frente estava uma mulher de meia-idade, vestida de forma vistosa, com colares de ouro, brincos e anéis. Uma verdadeira visão da riqueza. A pessoa era Rosana Almeida, a irmã de Eduarda. Atrás dela vinham Qu
- Senhores, eu tenho certa influência aqui na capital. Se tiverem problemas no futuro, podem contar comigo.Breno estendeu um cartão de visitas.Enquanto falava, ele lançou um olhar cheio de brilho, especialmente para Beatriz."Essa mulher é simplesmente deslumbrante." – Pensou ele.Não só o corpo, mas o rosto era impecável. Ela era a definição de beleza suprema."Muito melhor do que Quitéria, sem comparação." – Continuou Breno.- Breno é realmente generoso, vamos, vamos, sentem-se. - Eduarda acenou sorrindo. - Garçom, traga a comida!- Espera. - Nesse momento, Beatriz interrompeu. - Ainda falta uma pessoa.- Oi? Quem mais?Eduarda olhou em volta, um pouco confusa.Justo quando Beatriz ia falar, a porta do restaurante se abriu novamente.Ademir entrou de forma imponente.- Estou aqui.Beatriz se levantou para acenar.Quando todos viraram a cabeça, franziram as sobrancelhas instantaneamente.- Por que ele veio?Eduarda parecia descontente.Por preconceitos antigos, ela ainda olhava Ade
- Amigo, esse salário mensal não é nada mal. Se você se sair bem, pode até ganhar uma gorjeta. - Breno disse em tom zombeteiro.- Ademir, ter a chance de ser motorista do meu namorado é uma oportunidade que você não deveria desperdiçar! - Quiteria afirmou, com um ar de superioridade.- Exatamente! Breno é gerente da Grupo Batista. Ele tem um futuro brilhante. Se aceitar, você terá uma vida de luxo. Por que não? - Rosana acrescentou, concordando.- O Grupo Batista é tão impressionante assim? - Ademir não se mostrou impressionado.- Você não conhece o Grupo Batista? É uma empresa gigante, vale bilhões! Um mero fio de cabelo de lá seria suficiente para sustentá-lo pelo resto da vida! - Rosana falou, desdenhosa."Esse cara é mesmo um caipira, não sabe de nada." – Pensaram.- Desculpe, nunca ouvi falar. - Ademir balançou a cabeça novamente, demonstrando desconhecimento quanto ao mundo dos negócios da cidade grande.- Se você nunca ouviu falar do Grupo Batista, deve ao menos conhecer o Sr. E
- Lembrar de mim faria o quê? O que você pode fazer comigo?Breno riu de forma zombeteira, sem nenhum sinal de perceber o perigo iminente.- Eu sou Eusébio, você trabalha sob a bandeira do meu grupo. O que você acha que eu poderia fazer com você? - Eusébio disse friamente.- Continue atuando, você acha que vou acreditar nessa lorota?Breno zombou.- Breno, estou te notificando formalmente que você foi demitido do Grupo Batista. Não precisa aparecer no escritório amanhã.Eusébio não tinha paciência para mais conversa.- Me demitir? Você é muito bom mesmo! - Breno soltou uma gargalhada estrondosa. - Só para te informar, tenho protetores dentro do Grupo Batista. Nem mesmo o Sr. Eusébio tem a autoridade para me demitir, muito menos um impostor como você.- É mesmo? E quem seria essa pessoa que está te protegendo? - Eusébio questionou com frieza.- Quem me protege é algo que você ainda não tem o direito de saber. Em resumo, sou alguém que você não pode se dar ao luxo de ofender. - Breno dec