- Espere...- O que é agora?Noêmia parou e olhou para trás, visivelmente impaciente.- Você ainda não pagou. Esse frasco de medicamento é precioso demais. Agora eu acho que dez milhões seria mais apropriado. - disse Ademir, de forma despreocupada.- O quê? Um frasco de medicamento vale dez milhões? Por que você não vai assaltar um banco?!Noêmia estava visivelmente indignada.Embora ela fosse rica, não era tola.- Assaltar um banco é mais trabalhoso, não acha? Se você acha caro, então pode devolver o medicamento.Ademir estendeu a mão, como se estivesse pedindo de volta.- Você é realmente desprezível!Noêmia rosnou, mas finalmente deixou um cheque de dez milhões.Ela saiu do lugar, fervendo de raiva.Ela já tinha decidido: se a doença de sua mãe não fosse curada, ela faria Ademir pagar cem vezes o valor!Meia hora depois.Noêmia dirigiu de volta ao hospital.Quando entrou no quarto, viu que já estava cercado por vários médicos.Todos balançando a cabeça e suspirando.Sua mãe, Lucian
Observando a vivaz Luciana, os médicos se entreolharam, incrédulos do que viam. A enfermidade que os deixara impotentes, especialistas que eram, havia sido curada por uma única e pequena pílula? Isso era absurdo. Aquele objeto sem aparência notável poderia mesmo ser algum tipo de panaceia mágica?- Desculpe, mas o que era aquela pílula? Você poderia nos deixar estudá-la? - Perguntou o médico calvo, recuperando-se do seu espanto inicial.- Estudar o quê? Saiam daqui! - Noêmiao chutou com tal força que o médico calvo gemeu de dor. Consciente de sua falha, ele não ousou permanecer no ambiente, se virou cabisbaixo com seu grupo de colegas e saíram do quarto.- Quem diria que uma simples pílula teria efeitos tão milagrosos? É realmente algo para se ver! - Eduarda ficou maravilhada. Embora a pílula fosse visualmente desagradável e tivesse um odor forte, ela teve de admitir que era eficaz.- Custou dez milhões, mas valeu cada centavo! - Noêmia disse, bastante satisfeita.- O quê? Dez milhões
- Tá bom, tá bom, para de bater! Vamos primeiro entender o que aconteceu?Eduarda parecia desolada.- Na verdade, eu também não sei exatamente o que aconteceu... - Carlos falou com uma expressão abatida. - Bebi até apagar ontem à noite com amigos. Quando acordei, eu já estava dentro do carro, cercado por destroços de outros veículos. Alguém até foi morto no acidente. Fiquei com muito medo na hora e fugi do local. Infelizmente, fui pego ainda naquela noite.- Bebeu, causou um acidente, matou uma pessoa e ainda fugiu? Você tem noção da gravidade do seu crime? Você não sairá da prisão em menos de dez ou vinte anos! Beatriz parecia muito irritada.- O quê? - Ao ouvir isso, Carlos ficou pálido como folha sulfite. - Irmã, eu sou jovem, eu não quero ser preso. Por favor, me ajude!- Quando erramos, temos que pagar o preço. Você matou alguém. Você acha que sairá ileso na justiça?Beatriz suspirou.Ela também estava angustiada com a situação do irmão, mas não havia nada que pudesse fazer.- Mã
- Tudo bem, eu aceito...Num clube exclusivo, ao ouvir a voz do outro lado do telefone, Martim sorriu involuntariamente:- Beleza, então nos vemos esta noite. Lembre-se, eu não quero mais problemas.Terminou e desligou o telefone.Neste momento, alguns jovens estavam sentados ao seu lado. Após saberem o que havia acontecido, todos levantaram os polegares em aprovação.- Sr. Martim, você é impressionante! Com um pequeno truque, conseguiu deixar aquela bela mulher completamente submissa!- Disse um rapaz, claramente impressionado.- Se eu não tivesse mandado o irmão dela para a prisão, como ela se renderia? Uma mulher como essa não pode ser desperdiçada. - Martim respondeu com um sorriso malicioso.Nenhuma mulher que ele desejava jamais escapou de suas investidas. Bastava um pouco de esforço e manipulação. Mesmo Beatriz, que parecia uma mulher virtuosa e forte, podia ser facilmente controlada através de seus amigos e familiares.- Sr. Martim, eu tenho uma curiosidade. Você pode brincar à
A primeira chamada não foi atendida.A segunda também não.Somente na terceira chamada houve uma resposta.- Alô, Beatriz, você não tinha dito que eu poderia te convidar para jantar esta noite? Onde você está? Por que ainda não chegou? - Ademir tomou a iniciativa.- Desculpe, estou presa em um compromisso e não posso sair agora. - Beatriz soou hesitante.- Ah, entendi. Tem alguma ideia de que horas conseguirá chegar? - Ademir perguntou novamente.- Vou jantar com um cliente; provavelmente não conseguirei vir hoje. Desculpe. -A voz de Beatriz soava estranha.- Tudo bem, o trabalho vem primeiro. Então, vou deixá-la resolver seus assuntos. - Ademir foi muito compreensivo. Ficou um pouco decepcionado, mas entendeu o caso.- Certo, eu te convido para jantar outra hora.- Combinado.Ademir esboçou um leve sorriso e quando estava prestes a desligar o telefone, do outro lado da linha, uma familiar voz masculina interrompeu:- Beatriz, com quem você está falando? Venha logo aqui e me faça compa
Dentro da suíte presidencial.Eduarda acomodou Beatriz na cama e retirou seus sapatos e meias.Em seguida, encheu uma bacia com água quente para limpar seu corpo.- Mãe, estou me sentindo mal, quero beber água. Beatriz jazia lá, sentindo a boca seca e a língua áspera.- Água não vai ajudar, vou comprar um copo de leite para você. Espere um momento.Depois de encontrar uma desculpa, Eduarda saiu rapidamente.- Como está Beatriz?Logo após sair, deparou-se com Martim, que a seguia.- Nada sério, ela vai ficar bem depois de um bom sono. - Eduarda respondeu com um sorriso forçado.- E o que você está fazendo aqui fora? - Martim indagou.- Vou comprar um copo de leite para aquecer o estômago dela, evitar que se sinta desconfortável.- Entendi. - Martim deu um sorriso significativo. - Mas não há lugar para comprar leite nas proximidades, você terá que ir mais longe, provavelmente voltará só mais tarde.- Sério? Achei que tinha visto um supermercado bem abaixo do prédio.Eduarda respondeu co
Se ele realmente a forçasse a ficar com ele, ela preferiria morrer a passar por essa humilhação.- Tanto faz se eu te pressionar um pouco. Você é uma mulher casada, não fique agindo como se fosse uma virgem na minha frente! Tire sua roupa agora mesmo! - Martim ordenou em um tom severo.- Eu não vou!Beatriz mordeu o lábio, aguentando o desconforto físico, e cambaleou para fora da porta.- Você acha que vai conseguir fugir assim?Martim riu maleficamente e foi atrás dela imediatamente.Justo quando Beatriz estava prestes a chegar ao elevador, Martim acelerou pra cima dela e a derrbou no chão.Então, ele começou a rasgar sua roupa desesperadamente, ali mesmo.Nesse momento, as portas do elevador se abriram abruptamente.Ambos olharam instintivamente e ficaram paralisados.Ademir, com um semblante frio, saiu do elevador.- O que vocês estão fazendo?!Ele rangeu os dentes, irradiando intenções assassinas.Ao falar ao telefone mais cedo e perceber que Beatriz estava gaguejando, ele sentiu q
- Perdeu as palavras? Então, você está admitindo, certo?Ao ver que Beatriz permanecia em silêncio, a última centelha de esperança no coração de Ademir se extinguiu completamente.Ele lhe deu a chance de se explicar, mas infelizmente, não obteve a resposta que desejava.- Me desculpe, eu tenho meus motivos.Beatriz sentiu como se seu coração estivesse sendo esmagado, e até sua respiração se tornou difícil.- Motivos? - Ademir soltou uma risada sarcástica. - Que tipo de motivos poderiam justificar você se vender? Que tipo de motivos fazem você incapaz até de proferir uma explicação?- Me desculpe, me desculpe...Lágrimas caíam como chuva dos olhos de Beatriz, sua mente um caos.- Não me peça desculpas, já estamos divorciados. Você é livre para fazer o que quiser, e eu não tenho nada a ver com isso. Portanto, você não tem que se desculpar comigo.O rosto de Ademir ficou cada vez mais frio.- Mas, por favor, não me incomode mais no futuro. Meu coração é feito de carne e não aguenta esse t