- Tá bom, tá bom, para de bater! Vamos primeiro entender o que aconteceu?Eduarda parecia desolada.- Na verdade, eu também não sei exatamente o que aconteceu... - Carlos falou com uma expressão abatida. - Bebi até apagar ontem à noite com amigos. Quando acordei, eu já estava dentro do carro, cercado por destroços de outros veículos. Alguém até foi morto no acidente. Fiquei com muito medo na hora e fugi do local. Infelizmente, fui pego ainda naquela noite.- Bebeu, causou um acidente, matou uma pessoa e ainda fugiu? Você tem noção da gravidade do seu crime? Você não sairá da prisão em menos de dez ou vinte anos! Beatriz parecia muito irritada.- O quê? - Ao ouvir isso, Carlos ficou pálido como folha sulfite. - Irmã, eu sou jovem, eu não quero ser preso. Por favor, me ajude!- Quando erramos, temos que pagar o preço. Você matou alguém. Você acha que sairá ileso na justiça?Beatriz suspirou.Ela também estava angustiada com a situação do irmão, mas não havia nada que pudesse fazer.- Mã
- Tudo bem, eu aceito...Num clube exclusivo, ao ouvir a voz do outro lado do telefone, Martim sorriu involuntariamente:- Beleza, então nos vemos esta noite. Lembre-se, eu não quero mais problemas.Terminou e desligou o telefone.Neste momento, alguns jovens estavam sentados ao seu lado. Após saberem o que havia acontecido, todos levantaram os polegares em aprovação.- Sr. Martim, você é impressionante! Com um pequeno truque, conseguiu deixar aquela bela mulher completamente submissa!- Disse um rapaz, claramente impressionado.- Se eu não tivesse mandado o irmão dela para a prisão, como ela se renderia? Uma mulher como essa não pode ser desperdiçada. - Martim respondeu com um sorriso malicioso.Nenhuma mulher que ele desejava jamais escapou de suas investidas. Bastava um pouco de esforço e manipulação. Mesmo Beatriz, que parecia uma mulher virtuosa e forte, podia ser facilmente controlada através de seus amigos e familiares.- Sr. Martim, eu tenho uma curiosidade. Você pode brincar à
A primeira chamada não foi atendida.A segunda também não.Somente na terceira chamada houve uma resposta.- Alô, Beatriz, você não tinha dito que eu poderia te convidar para jantar esta noite? Onde você está? Por que ainda não chegou? - Ademir tomou a iniciativa.- Desculpe, estou presa em um compromisso e não posso sair agora. - Beatriz soou hesitante.- Ah, entendi. Tem alguma ideia de que horas conseguirá chegar? - Ademir perguntou novamente.- Vou jantar com um cliente; provavelmente não conseguirei vir hoje. Desculpe. -A voz de Beatriz soava estranha.- Tudo bem, o trabalho vem primeiro. Então, vou deixá-la resolver seus assuntos. - Ademir foi muito compreensivo. Ficou um pouco decepcionado, mas entendeu o caso.- Certo, eu te convido para jantar outra hora.- Combinado.Ademir esboçou um leve sorriso e quando estava prestes a desligar o telefone, do outro lado da linha, uma familiar voz masculina interrompeu:- Beatriz, com quem você está falando? Venha logo aqui e me faça compa
Dentro da suíte presidencial.Eduarda acomodou Beatriz na cama e retirou seus sapatos e meias.Em seguida, encheu uma bacia com água quente para limpar seu corpo.- Mãe, estou me sentindo mal, quero beber água. Beatriz jazia lá, sentindo a boca seca e a língua áspera.- Água não vai ajudar, vou comprar um copo de leite para você. Espere um momento.Depois de encontrar uma desculpa, Eduarda saiu rapidamente.- Como está Beatriz?Logo após sair, deparou-se com Martim, que a seguia.- Nada sério, ela vai ficar bem depois de um bom sono. - Eduarda respondeu com um sorriso forçado.- E o que você está fazendo aqui fora? - Martim indagou.- Vou comprar um copo de leite para aquecer o estômago dela, evitar que se sinta desconfortável.- Entendi. - Martim deu um sorriso significativo. - Mas não há lugar para comprar leite nas proximidades, você terá que ir mais longe, provavelmente voltará só mais tarde.- Sério? Achei que tinha visto um supermercado bem abaixo do prédio.Eduarda respondeu co
Se ele realmente a forçasse a ficar com ele, ela preferiria morrer a passar por essa humilhação.- Tanto faz se eu te pressionar um pouco. Você é uma mulher casada, não fique agindo como se fosse uma virgem na minha frente! Tire sua roupa agora mesmo! - Martim ordenou em um tom severo.- Eu não vou!Beatriz mordeu o lábio, aguentando o desconforto físico, e cambaleou para fora da porta.- Você acha que vai conseguir fugir assim?Martim riu maleficamente e foi atrás dela imediatamente.Justo quando Beatriz estava prestes a chegar ao elevador, Martim acelerou pra cima dela e a derrbou no chão.Então, ele começou a rasgar sua roupa desesperadamente, ali mesmo.Nesse momento, as portas do elevador se abriram abruptamente.Ambos olharam instintivamente e ficaram paralisados.Ademir, com um semblante frio, saiu do elevador.- O que vocês estão fazendo?!Ele rangeu os dentes, irradiando intenções assassinas.Ao falar ao telefone mais cedo e perceber que Beatriz estava gaguejando, ele sentiu q
- Perdeu as palavras? Então, você está admitindo, certo?Ao ver que Beatriz permanecia em silêncio, a última centelha de esperança no coração de Ademir se extinguiu completamente.Ele lhe deu a chance de se explicar, mas infelizmente, não obteve a resposta que desejava.- Me desculpe, eu tenho meus motivos.Beatriz sentiu como se seu coração estivesse sendo esmagado, e até sua respiração se tornou difícil.- Motivos? - Ademir soltou uma risada sarcástica. - Que tipo de motivos poderiam justificar você se vender? Que tipo de motivos fazem você incapaz até de proferir uma explicação?- Me desculpe, me desculpe...Lágrimas caíam como chuva dos olhos de Beatriz, sua mente um caos.- Não me peça desculpas, já estamos divorciados. Você é livre para fazer o que quiser, e eu não tenho nada a ver com isso. Portanto, você não tem que se desculpar comigo.O rosto de Ademir ficou cada vez mais frio.- Mas, por favor, não me incomode mais no futuro. Meu coração é feito de carne e não aguenta esse t
Ao retornar à "Clínica do Bem-Estar", Ademir sentia uma agitação que não conseguiu acalmar por um longo tempo. As palavras de Beatriz haviam sido um duro golpe para ele. Jamais imaginou que ela fosse esse tipo de pessoa. Se aproximou dele com intenções vingativas. Em vez de se separarem de forma pacífica, a situação havia escalado para uma hostilidade brutal.- Meu amigo, parece que você está com problemas, não é? - Moisés saiu do quarto de hóspedes, cauteloso em suas palavras. - Se precisar de minha ajuda, é só falar.Depois de alguns dias de tratamento, sua ferida abdominal já estava praticamente fechada. Embora ainda não tivesse recuperado toda a sua força, Moisés já estava bastante satisfeito.- Vamos tomar uma?Ademir pegou duas garrafas de bebida de debaixo do balcão. Com Ivo por perto, nunca faltava álcool em casa.- Claro.Moisés prontamente aceitou o convite e se sentou. Em silêncio, começaram a beber, um copo após o outro. O ambiente estava carregado de tensão.Após algumas d
O homem olhou ao redor com uma certa arrogância em seu olhar.- Sou Ademir, o que você quer?Ademir levantou o olhar por um momento, e continuou a beber.- Sou o mensageiro da Porta de Basalto. Vim aqui conforme as regras sociais para lhe entregar um desafio. Você matou meu irmão de aprendizado, Mário. Este assunto deve ser resolvido. Portanto, meu mestre veio pessoalmente a Cidade A para te enfrentar em um duelo de vida ou morte!O homem falava de forma presunçosa, até atirando uma carta de desafio no meio. Sendo de uma família respeitada, mesmo para vingança, tinham que agir com dignidade. Esta era também uma oportunidade para demonstrar o prestígio da Porta de Basalto.- Devolva sua carta de desafio, não estou interessado. Ademir nem sequer olhou, rejeitando imediatamente.- O quê? Está com medo? - O homem riu com desdém. - Você não estava agindo de forma tão arrogante quando matou meu mestre, estava? Agora, ao ouvir o nome do meu grande mestre, você se acovarda?- Não se iluda. Eu