- Carlos! Você tem três segundos para se desculpar com Eunice! - Ademir se levantou lentamente, com uma expressão sombria no rosto.- Pedir desculpas? Quem diabos você pensa que é? Só porque você diz para pedir desculpas, eu vou pedir? Além disso, ela não é nada mais do que uma vagabunda. Se eu bati, é porque eu posso. O que você vai fazer sobre isso? Fala mais besteira e eu te dou uma surra também! - Carlos emanava uma aura ameaçadora.- Você é irredimível! - Ademir soltou um grunhido frio e acertou um chute no estômago de Carlos.Ele soltou um grito esganiçado e saiu voado pelo salão, causando um grande estrago com sua queda.- Você ousa bater no meu filho?! Você é um monstro! Você está acabado! - Eduarda primeiro ficou atordoada, depois explodiu de raiva e avançou.Começaram a arranhar e agarrar um ao outro, em um verdadeiro espetáculo de baixaria.- Saia daqui! - Ademir sacudiu seu corpo e uma força invisível empurrou Eduarda para trás.Como resultado, ela perdeu o equilíbrio e caiu
O descontentamento acumulado saiu do seu peito e o deixou mais leve.- Você, você está falando bobagens! Eduarda não acreditava nem um pouco e se tornou ainda mais beligerante. - O que você fez para nos ajudar? Se minha filha chegou aonde chegou, é por mérito próprio! Não tem nada a ver com você! E não pense que você é tão incrível. Foi você que só conseguiu chegar aonde está por usar uma mulher! Se não fosse pela Srta. Gabriela protegendo você, a família Mendes teria te cortado há muito tempo! Portanto, não fique tão animado. Homens inúteis como você, mais cedo ou mais tarde, serão chutados por mulheres mais poderosas. E, então, você se tornará um cão de rua que todo mundo quer chutar!Ao ouvir isso, Ademir apenas balançou a cabeça e sorriu. Claro, não importava o que ele falasse, aquelas pessoas simplesmente não acreditariam nele. Na impressão fixa da família Silva, ele sempre foi um mediador sem nome. Claro, ele também não se importava mais.- Chega, não quero perder tempo falando
O vídeo mostrava uma cena de Ademir agredindo pessoas. Primeiramente, ele chutou Carlos e, em seguida, empurrou Eduarda, fazendo-a cair e bater a cabeça na porta.O vídeo concluía com Ademir dando dois tapas em Carlos. A gravação havia sido editada para excluir o áudio, mostrando apenas as imagens.Depois de assistir, Beatriz estava paralisada. Antes, ela se recusava a acreditar, mas agora que tinha visto o vídeo, não podia mais ignorar a verdade.- Irmã, você viu, não é? Essas são as provas de que ele é um agressor! Nossa mãe já está velha, como ela pode suportar tal abuso? Já fomos ao hospital e o médico disse que o trauma cerebral dela é grave. Ela pode desenvolver demência e ainda quebrou alguns ossos. Ela terá dificuldades até para cuidar de si mesma daqui para frente. Você ainda pode confia em um homem assim? - Carlos disse, cerrando os dentes com um olhar de indignação.- Por quê? Por que ele fez isso? – Beatriz estava pálida, suas mãos tremendo.O relacionamento deles estava ap
- Não tem nada para dizer, né? Eu sabia que você estava mentindo! Por quê? Por que você se tornou assim? Por que continua a testar os meus limites?! Você só vai parar quando nos tornarmos inimigos mortais?! - O rosto de Beatriz estava cheio de decepção, completamente desanimada.- Não fui eu quem mudei, é que você nunca acreditou em mim, nem antes, muito menos agora. Se você não confia em mim, então realmente não temos nada para discutir. Farei o melhor para retribuir o favor que você fez ao velho. - Ademir se despediu."Podemos... voltar ao que éramos?""Não podemos."Aquela foi sua resposta para ela na noite anterior.- Ademir! O que você quer dizer com isso? Você vai cortar todos os laços comigo? Você...Antes que Beatriz pudesse continuar, ele desligou o telefone.O desapego e a indiferença dele a fizeram sentir como se uma faca estivesse atravessando seu coração. Ela não entendia, por que eles não podiam simplesmente conviver pacificamente? Por que causar dor um ao outro?Por quê?
Beatriz franziu ligeiramente a testa, mas rapidamente compreendeu a situação. Olhando para Eduarda, que estava cheia de energia, ela ficou perplexa:- Mãe, você não disse que tinha fraturado os braços e pernas? Como consegue ficar de pé?O rosto de Eduarda se enrijeceu e ela forçou um sorriso.- Acabei de encontrar com Quitéria, fiquei um pouco empolgada e esqueci a dor. Vou me deitar novamente. - Dizendo isso, ela subiu na cama mancando.Mas sua péssima atuação não enganava mais ninguém.- Mãe! Você realmente se machucou ou está só fingindo? - O semblante de Beatriz se tornou sério.- Como eu poderia não ter me machucado? Você não viu Ademir me bater? Minha cabeça está começando a doer de novo! - Eduarda levou a mão à cabeça, fazendo drama novamente.- Você falou em concussão e ossos fraturados, onde estão os relatórios médicos? Me mostre! - Beatriz exigiu.- Bem...Eduarda e Carlos trocaram olhares e ficaram sem palavras.- Então vocês dois estavam me enganando esse tempo todo? Por q
- Ademir? Como pode ser ele?!Depois de descobrirem a verdade, Eduarda e os demais trocam olhares de incredulidade. Ninguém poderia acreditar que o salvador de Quitéria não era Gustavo, mas a pessoa que, aos seus olhos, não sabia ser grato. Isso era uma verdadeira bofetada!- Então, Ademir nunca incriminou Quitéria. Vocês o difamaram de propósito? - Beatriz permanece paralisada, o rosto tão pálido quanto papel.- Quem difamou ele? Acho que ele é o culpado, sabia que estava errado e tentou compensar! - Eduarda retruca, resistindo.Acostumada a mandar e desmandar, ela jamais admitiria um mal-entendido. Isso seria muito humilhante.- Mãe, você ainda vai tentar justificar isso? - Beatriz mordeu o lábio, seu coração se contraindo.- Como estou me justificando? Se Ademir não tivesse incriminado Quitéria, por que ele a salvaria? No fim das contas, ele deveria estar com a consciência pesada! - Eduarda exclamou indignada.- Exato! Se não foi ele, por que ele a salvaria? - Carlos acrescenta.-
- Jovem, recomendo que pense bem antes de tomar essa decisão. Não gosto de ser rejeitado. Tudo o que eu desejo, de uma forma ou de outra, acabo conseguindo. - Marco começou a se expressar. - Se aceitar minha proposta, você não só receberá uma quantia considerável, mas também se tornará um amigo da família Cunha. E caso precise no futuro, a família Cunha estará ao seu lado. No entanto, se recusar, será considerado nosso inimigo. Agora, eu lhe pergunto: deseja ser amigo ou inimigo da família Cunha?Ao ouvir isso, Ademir não pôde conter um sorriso:- Não sou de ser intimidado. Se é assim que você coloca, então seremos, inevitavelmente, inimigos.Marco, com um semblante mais fechado, questionou:- Você tem certeza de sua escolha, rapaz?- Absoluta. - Ademir confirmou com um aceno.Marco, com um olhar severo, advertiu:- Não pense que está imune rapaz, mesmo com o apoio da família Ribeiro. Vou ser franco: tenho muitos meios de lidar com alguém como você. Se for teimoso, estou disposto a um
Após desligar o telefone, Ademir começou a limpar a Clínica do Bem-Estar com Eunice. Embora ela não reclamasse, ele percebeu que a morte do gato de estimação a tinha afetado muito. Seus olhos permaneciam vermelhos, embora ela segurasse as lágrimas. A jovem sofrida vivia de forma tão humilde e cautelosa que nem sequer se permitia chorar. Uma maturidade de partir o coração.Depois de muito esforço, finalmente conseguiram deixar a clínica limpa. Momentos depois, um Bentley prateado estacionou em frente à clínica. A porta do carro se abriu e Gabriela, vestida em um traje de festa vermelho, desceu.- Srta. Gabriela? - Eunice, ao vê-la, fez uma reverência imediatamente. - Já falei tantas vezes para você não ser tão formal, Eunice. Me considere como sua irmã mais velha.Gabriela sorriu e acariciou a cabeça de Eunice.- Sim. - Eunice assentiu obedientemente, mas continuou com as formalidades. - Srta. Gabriela, posso ajudá-la em algo? - Ademir saiu de um dos cômodos.- Não posso vir te ver se