Sob o olhar surpreso de todos, Antônio caminhou em direção à porta e parou ao passar por Mário.- O que ela disse para você?Antônio perguntou a Mário, querendo saber a verdade. Mário contou a ele as palavras de Francisca, sem omitir nada.Antônio não fez mais perguntas e saiu apressadamente. Não demorou muito para que alguém que estava brincando junto com eles contasse a história para Catarina.Catarina estava ocupada lidando com a repercussão online, tentando controlar a situação. De repente, ela ouviu sobre uma mulher que estava interessada em Antônio, e seus olhos se encheram de frieza.- Obrigada. - Disse Catarina, discando um número no celular. - Dê uma lição em uma mulher chamada Emilia do Clube Sênior Zé.Quem essa vadia pensa que era para tentar roubar Antônio? A Catarina de agora não era mais a garota pobre que era facilmente intimidada. Agora que se tornou uma grande estrela, ela tinha seus próprios métodos....Na mansão Oásis.Quando Antônio voltou, as luzes da sala estava
Na manhã seguinte, quando Francisca acordou, viu uma figura ocupada na cozinha.Camisa clara, calça comprida cinza, avental amarrado na cintura. A imagem de um homem que cozinhou deixou Francisca surpresa.Ela nunca tinha visto Antônio cozinhar.A única coisa que ela sabia era o que ouviu de Catarina, que ele sabia cozinhar e já havia preparado refeições para ela.Antônio ouviu passos vindo do andar de cima e olhou para cima.- Acordou? Venha comer. - Disse Antônio, colocando ovos fritos e pão na mesa.Francisca não percebeu que havia muitos ovos mal cozidos empilhados na pia.Os dedos longos e bonitos de Antônio estavam vermelhos devido às queimaduras. Ele nasceu em berço de ouro, não sabia cozinhar nem lavar pratos, era um inútil na vida. Aprender a fazer ovos fritos foi algo que ele improvisou seguindo as instruções da internet.Antônio olhou para suas mãos vermelhas e pensou: cozinhar não é tão difícil.Ele não sabia por que teve a ideia impulsiva de acordar cedo para aprender a fa
À tarde, Claudia soube da hospitalização de Francisca e correu para lá.Antônio não estava lá.Claudia olhou para Francisca, coberta de manchas vermelhas, sentindo uma grande compaixão:- Por que você é tão tola? Por que comeu algo que não podia?Francisca a tranquilizou:- Não se preocupe, fiz exames antes e a alergia não é tão grave, não é uma questão de vida ou morte.- Você está falando bobagem, eu sei muito bem que uma alergia grave pode ser fatal! Se você fizer isso de novo, eu... - Claudia pensou por um momento, sem saber como ameaçar Francisca, e acabou dizendo. - Eu também vou arranjar uma alergia.Francisca não pôde deixar de rir:- Bobinha, eu realmente não estou mentindo para você. Apenas tenho sintomas muito visíveis, mas realmente não é uma ameaça à minha vida. Agora eu tenho Fábio e Breno, como posso brincar com a minha própria vida?Claudia estava confusa:- Então, por que você se sujeitou a isso?- Antônio sempre desconfia de mim e me despreza. Eu não sei como fazer co
Breno estava um pouco frustrado por ter se escondido no carro por tanto tempo sem que Claudia percebesse.- De manhã, ouvi você ligando para minha mãe e fiquei preocupado, então entrei no carro.- Seu pestinha, não faça mais isso, é muito perigoso. - Repreendeu Claudia.Claudia fez Breno sentar na cadeirinha infantil e o levou de carro até a creche.- Fique tranquilo, sua mãe está bem, ela apenas teve uma reação alérgica.- Por que minha mãe teve uma alergia?Breno se lembrou de que sua mãe não podia comer ovos e, além disso, não tinha alergias. Era que alguém colocou ovos em sua comida?Inicialmente, Claudia havia prometido a Francisca que não contaria a Breno, mas agora ele já tinha descoberto tudo. Ela teve que confessar tudo para ele. O garotinho ouviu atentamente, com preocupação em seus olhos.- Tia Cláudia, quando posso visitar minha mãe?Breno queria muito abraçar sua mãe e dizer a ela que ela estava ali ao lado de mãe.- Você não pode ir agora, espere mais alguns dias. - Respo
Francisca olhou para o cheque diante dela e sentiu um especial senso de ironia.- Seu filho me disse para pagar a dívida antes de poder partir. E agora você está me oferecendo dinheiro para sair. Não sei o que fazer.- O que você quer dizer com isso? - Você deveria perguntar ao seu filho.Sílvia pensou por um momento, não continuou a questionar, e decidiu apelar para os sentimentos.- Francisca, você está casada com Antônio há mais de três anos e nem sequer lhe deu um filho. Você sabe como as pessoas o veem lá fora? Espero que você considere os outros, não seja egoísta.Egoísta.Francisca se ironizou interiormente, quem era realmente egoísta? Quando não tinha filhos, por que ela não pensou em perguntar ao próprio filho dela?- Eu já disse, você deveria falar com Antônio, não é que eu não queira partir. - Afirmou Francisca.Sílvia não esperava essa atitude dela, se aproximou de Francisca e disse:- Essa é a forma como você fala com os mais velhos?Ela terminou a frase, levantou a mão p
Sílvia não desconfiou da criança e se aproximou de Breno, se agachando:- Você lembra onde mora? Posso te levar de volta?A gentileza de Sílvia surpreendeu Breno. Embora sua mãe nunca tivesse mencionado a avó, ele já havia investigado.Sílvia era uma mulher forte. Após se casar com seu avô, ela cuidou sozinha do filho, já que seu avô não se envolvia com os assuntos da Família de Pareira, e nunca mostrou um sorriso em público.Enquanto Breno estava perplexo, Sílvia continuou:- Se você lembrar do telefone do seu pai ou da sua mãe, posso ligar para eles.Breno se recuperou e fez uma reverência:- Obrigado, você poderia me levar até o ponto de ônibus na avenida principal? Eu sei como pegar o ônibus de volta.O comportamento educado e inteligente de Breno fez Sílvia gostar ainda mais dele. Ela suspirou, se apenas Antônio tivesse ouvido-a, seu neto estaria tão grande agora.- Certo, entre no carro, vou te levar até o ponto de ônibus.Afinal, ela era a avó de sangue de Breno, e ele não estav
Antônio levantou o olhar em direção a Francisca.- O que ela veio fazer aqui?Francisca entregou a Antônio um cheque em branco que Sílvia havia dado a ela.- Dê-me o cheque, deixe-me partir.Antônio olhou para o cheque e perguntou:- Você concordou?Bastava preencher um valor no cheque e ela pagaria imediatamente a dívida.Francisca balançou a cabeça:- Não, já que eu fiz um acordo com você, é claro que não vou pegar esse dinheiro.Se ela fosse embora agora, como poderia estar grávida de trigêmeos? E como poderia salvar Fábio?Francisca entregou o cheque a ele: - Devolvo a você.Antônio pegou o cheque, deu apenas uma olhada e o jogou na lixeira. Seu olhar então caiu sobre o rosto de Francisca, marcado pelas alergias, e seus olhos estavam profundos.- Sua escolha está correta, mesmo que você preencha um valor nesse cheque, eu não o honrarei.Ele queria acabar com qualquer esperança de saída que Francisca pudesse ter!Ao ouvir isso, Francisca apertou um pouco mais a mão que segurava na
Antônio puxou Catarina para o lado.- Antônio, obrigada. - Agradeceu Catarina, olhando com satisfação para Francisca. Catarina estava um pouco arrependida de ter escolhido se casar com Antônio, percebendo que teria sido melhor não tê-lo escolhido. Se não se casasse com ele, poderia impor qualquer condição e ele geralmente concordaria.Ela se sentiu sortuda por ter sido ela mesma que a pessoa fingiu salvar Sílvia no passado...Francisca percebeu o orgulho de Catarina e ficou indiferente.A mansão Oásis era grande, com muitos quartos, e Catarina escolheu um quarto próximo ao quarto principal, deixando claro o seu significado.Enquanto Catarina arrumava seu quarto, Francisca se preparava para retornar ao seu quarto.Antônio estava sentado na sala e a chamou.- Venha aqui.Francisca não sabia o que ele queria, então foi até ele e perguntou: - O que foi?Antônio observava sua expressão. Ele sempre lembrava que, depois do casamento, Francisca havia dito que a mansão Oásis seria o lar deles