- Você está se sentindo mais confortável agora? – Perguntou William, apoiado na porta, ao ver Liliane com uma expressão irritada.Liliane respondeu com um simples “Sim.”- Vamos, vou te levar a um lugar. – Disse William, se inclinando. Liliane ficou confusa.Já passava das 21h, para onde ele a levaria?...No norte da cidade, na encosta da montanha.Após duas horas de viagem de carro, Liliane já estava dormindo no banco.William estacionou o carro, olhou para a pessoa encolhida no banco do passageiro e seus olhos suavizaram.A maneira como ela dormia não parecia tão fria e dominadora.Observando as mechas soltas de Liliane, William estendeu a mão para ajeitá-las.Ao tocar o rosto de Liliane, William ficou surpreso.A sensação úmida em suas pontas de dedo era notavelmente evidente.- Mãe... Não vá embora, eu vou te ouvir, não serei mais a amante, por favor, não vá embora... – Murmurou Liliane.Ouvindo os murmúrios de Liliane em seu sono, o coração de William se contraiu abruptamente.E
Ouvindo as palavras de William, Liliane sentiu um arrepio percorrer seu corpo. Ela fechou os olhos, um sorriso resignado surgiu em seus lábios. Se ela explicasse, ele acreditaria nela?- Fale! – Gritou William, explodiu em um grito repentino.Liliane olhou para ele com indiferença. - William, você acreditaria no que eu dissesse? Se não acreditar, minhas explicações serão inúteis! – Disse Liliane.- Eu não quero ouvir esse tipo de conversa! Só quero que você explique! – Falou William, com os olhos começando a ficar vermelhos, quase parecia capaz de queimar Liliane com sua ira.- Com essa atitude, o que mais posso explicar? – Retrucou Liliane, virou a cabeça, olhando pela janela do carro.Ela não queria se explicar! Trabalhando como sua secretária por três anos, se ela quisesse roubar segredos, já teria feito! Por que esperaria até agora?William estendeu a mão, girando bruscamente o corpo de Liliane para encarar ele. Ele rangou os dentes, a pressão de sua aura quase impediu Lilian
Finalmente, ela desceu da serra.Liliane, segurando a cabeça pesada e o enjoo no estômago, levantou as pernas entorpecidas e caminhou em direção à luz.Mal deu dois passos e tudo escureceu, ela caiu pesadamente na neve.Jardim Azul.Mavis, um pouco distraída na sala, ouviu Pablo dizer que a venda confidencial não aconteceu de jeito nenhum!Agora, ele precisava que ela arranjasse dinheiro para enviar a ele.O prazo máximo era de três dias para reunir quinhentos mil reais.Pensando em como falar com William, ela ouviu um barulho do lado de fora da mansão.Mavis se levantou apressadamente, ao ver William com uma expressão furiosa, desistiu imediatamente de pedir dinheiro.Ela se aproximou rapidamente, segurando o braço de William.- William, o que aconteceu? Por que você está com essa expressão terrível? – Perguntou Mavis, com carinho.- Largue. – Disse William, apático, assustando Mavis, que rapidamente retirou a mão.Ela olhou para ele de forma tímida. - William, não faça isso, estou c
Exausta, Liliane se mexeu na cama, virando as costas para William. Ela não queria mais olhar para ele, cada olhar a fazia sentir uma dor insuportável! No entanto, a movimentação de Liliane fez o homem que estava lendo documentos erguer a cabeça de repente. Ele se levantou apressadamente, se aproximando da cama, movendo os lábios, mas sem saber como começar. Após um breve momento, ele virou as costas e saiu do quarto, chamando Lucinda para subir.- Srta. Liliane? – Chamou Lucinda, com uma voz suave, trazendo comida.- Está bem. – Respondeu Liliane, indiferente, abrindo os olhos lentamente.- É bom que tenha acordado. Levante-se e tome um pouco de sopa, nesses dias você ficou apenas com nutrição intravenosa, seu estômago deve estar desconfortável. – Disse Lucinda. Liliane ficou perplexa e se virou para ela. - Quanto tempo eu dormi? - Perguntou Liliane.- Três dias. Nestes três dias, o Sr. William mal fechou os olhos e a cada hora vinha pessoalmente com uma toalha quente para cuida
O nome de Eduardo piscou na tela e Liliane, que um tanto cansada, atendeu o telefonema. - Sr. Eduardo, algum problema? – Perguntou Liliane.A voz ligeiramente fatigada de Eduardo ecoou do outro lado. - Liliane, onde você está? – Perguntou Eduardo.- Sr. Eduardo, diga o que precisa. – Respondeu Liliane.- Não acho que Mavis é minha irmã. – Disse Eduardo, depois de permanecer em silêncio por um tempo.- O que isso tem a ver comigo? – Disse Liliane, com frieza.- Você está no Jardim Azul, certo? – Perguntou Eduardo.- Sim, estou. – Respondeu Liliane, apática.- Liliane, você se importaria de fazer um exame de DNA comigo? – Perguntou Eduardo. - Sr. Eduardo, por que não fizeram o DNA com Mavis? Se já fizeram, ela é sua irmã. Por que me envolver nisso e me expor ao ridículo? – Questionou Liliane, mantendo a calma.- Não acredito que Mavis seja minha irmã. Se preferir não participar, posso continuar investigando. – Respondeu Eduardo, resignado.Liliane, agora com dor de cabeça, não entendi
Mavis parecia atingida por algo íntimo, sua expressão mudou drasticamente. - O que é da sua conta? Quem você pensa que é para falar assim comigo aqui? – Zombou Mavis.- Pelo menos eu não sou como você, sem vergonha, flertando com outros homens enquanto o Sr. William está por aí. – Retrucou Marcela, sem hesitar. O rosto de Mavis se contorceu de raiva. - Repita isso e vou rasgar sua boca! – Disse Mavis.- Vamos lá, estou aqui. Vejamos quem rasga quem. As pessoas da família Lima devem estar cegas para aceitar alguém como você como neta! Quem sabe se você, com suas artimanhas, não fez um DNA falso de propósito! – Falou Marcela, imperturbável, erguendo o queixo.A ira fez Mavis tremer. - Cale a boca! – Repreendeu Mavis.Marcela soltou um “oh”.- Você está desesperada! Meu Deus, é uma falsificação! – Provocou Marcela.- Marcela, não vale a pena brigar com ela, não é necessário. – Interveio Liliane, incomodada com a briga.Marcela mudou o tom num instante. - Vou ouvir você, se eu continu
- William! William, me salva, ela enlouqueceu! Ela vai me matar! – Implorou Mavis.Ela segurava seus próprios cabelos, implorando a William por ajuda.William avançou rapidamente, segurando a mão de Liliane e forçando ela a soltar Mavis. - Por que você está batendo nela? – Questionou William, com a voz fria.Liliane olhou sem expressão para ele. - Eu quis bater, e daí? Vai defender ela agora? – Zombou Liliane, com isso, ela se aproximou de William. - Estou aqui na sua frente, ajuda ela a se vingar. Faça o que quiser, não posso resistir. Já enfrentei a morte, o que mais tenho a temer? William estreitou com frieza os olhos. - Liliane, pode falar de forma educada? – Disse William.- Não posso! – Recusou Liliane, apontando para Mavis, acrescentou. - Se tiver coragem, me tire daqui, caso contrário, cada vez que a ver, vou bater nela! Suas palavras fizeram William ficar ainda mais sombrio.- Sr. William, por favor, não culpe a Srta. Liliane. Foi minha culpa, não chamei Srta. Mavis de Sr
Do outro lado da ligação, Marcela ficou em silêncio por um momento. - Liliane... – Hesitou Marcela.O coração de Liliane afundou, seus olhos piscaram duas vezes.- Diga. – Falou Liliane.- O celular dela foi inserido em algum sistema, todas as chamadas e mensagens são destruídas imediatamente após o envio. As transferências em sua conta estão limpas, sem nenhum vestígio suspeito. Suspeito que ela nem mesmo usou o próprio cartão para transferir... – Explicou Marcela.Liliane conseguiu ouvir as primeiras palavras de Marcela, mas depois perdeu o restante. Sua mente ficou em branco e um zumbido ressoava em seus ouvidos.Por que isso estava acontecendo...Vendo as evidências contra Mavis desmoronarem diante de seus olhos, percebeu que tudo foi em vão. Além disso, ela trouxe problemas para si mesma.- Lili... – Chamou Marcela, preocupada.Liliane controlou a voz trêmula. - Marcela, obrigada. Eu vou desligar agora. – Disse Liliane.- Está bem, mas não se preocupe, vou continuar procurando