Exausta, Liliane se mexeu na cama, virando as costas para William. Ela não queria mais olhar para ele, cada olhar a fazia sentir uma dor insuportável! No entanto, a movimentação de Liliane fez o homem que estava lendo documentos erguer a cabeça de repente. Ele se levantou apressadamente, se aproximando da cama, movendo os lábios, mas sem saber como começar. Após um breve momento, ele virou as costas e saiu do quarto, chamando Lucinda para subir.- Srta. Liliane? – Chamou Lucinda, com uma voz suave, trazendo comida.- Está bem. – Respondeu Liliane, indiferente, abrindo os olhos lentamente.- É bom que tenha acordado. Levante-se e tome um pouco de sopa, nesses dias você ficou apenas com nutrição intravenosa, seu estômago deve estar desconfortável. – Disse Lucinda. Liliane ficou perplexa e se virou para ela. - Quanto tempo eu dormi? - Perguntou Liliane.- Três dias. Nestes três dias, o Sr. William mal fechou os olhos e a cada hora vinha pessoalmente com uma toalha quente para cuida
O nome de Eduardo piscou na tela e Liliane, que um tanto cansada, atendeu o telefonema. - Sr. Eduardo, algum problema? – Perguntou Liliane.A voz ligeiramente fatigada de Eduardo ecoou do outro lado. - Liliane, onde você está? – Perguntou Eduardo.- Sr. Eduardo, diga o que precisa. – Respondeu Liliane.- Não acho que Mavis é minha irmã. – Disse Eduardo, depois de permanecer em silêncio por um tempo.- O que isso tem a ver comigo? – Disse Liliane, com frieza.- Você está no Jardim Azul, certo? – Perguntou Eduardo.- Sim, estou. – Respondeu Liliane, apática.- Liliane, você se importaria de fazer um exame de DNA comigo? – Perguntou Eduardo. - Sr. Eduardo, por que não fizeram o DNA com Mavis? Se já fizeram, ela é sua irmã. Por que me envolver nisso e me expor ao ridículo? – Questionou Liliane, mantendo a calma.- Não acredito que Mavis seja minha irmã. Se preferir não participar, posso continuar investigando. – Respondeu Eduardo, resignado.Liliane, agora com dor de cabeça, não entendi
Mavis parecia atingida por algo íntimo, sua expressão mudou drasticamente. - O que é da sua conta? Quem você pensa que é para falar assim comigo aqui? – Zombou Mavis.- Pelo menos eu não sou como você, sem vergonha, flertando com outros homens enquanto o Sr. William está por aí. – Retrucou Marcela, sem hesitar. O rosto de Mavis se contorceu de raiva. - Repita isso e vou rasgar sua boca! – Disse Mavis.- Vamos lá, estou aqui. Vejamos quem rasga quem. As pessoas da família Lima devem estar cegas para aceitar alguém como você como neta! Quem sabe se você, com suas artimanhas, não fez um DNA falso de propósito! – Falou Marcela, imperturbável, erguendo o queixo.A ira fez Mavis tremer. - Cale a boca! – Repreendeu Mavis.Marcela soltou um “oh”.- Você está desesperada! Meu Deus, é uma falsificação! – Provocou Marcela.- Marcela, não vale a pena brigar com ela, não é necessário. – Interveio Liliane, incomodada com a briga.Marcela mudou o tom num instante. - Vou ouvir você, se eu continu
- William! William, me salva, ela enlouqueceu! Ela vai me matar! – Implorou Mavis.Ela segurava seus próprios cabelos, implorando a William por ajuda.William avançou rapidamente, segurando a mão de Liliane e forçando ela a soltar Mavis. - Por que você está batendo nela? – Questionou William, com a voz fria.Liliane olhou sem expressão para ele. - Eu quis bater, e daí? Vai defender ela agora? – Zombou Liliane, com isso, ela se aproximou de William. - Estou aqui na sua frente, ajuda ela a se vingar. Faça o que quiser, não posso resistir. Já enfrentei a morte, o que mais tenho a temer? William estreitou com frieza os olhos. - Liliane, pode falar de forma educada? – Disse William.- Não posso! – Recusou Liliane, apontando para Mavis, acrescentou. - Se tiver coragem, me tire daqui, caso contrário, cada vez que a ver, vou bater nela! Suas palavras fizeram William ficar ainda mais sombrio.- Sr. William, por favor, não culpe a Srta. Liliane. Foi minha culpa, não chamei Srta. Mavis de Sr
Do outro lado da ligação, Marcela ficou em silêncio por um momento. - Liliane... – Hesitou Marcela.O coração de Liliane afundou, seus olhos piscaram duas vezes.- Diga. – Falou Liliane.- O celular dela foi inserido em algum sistema, todas as chamadas e mensagens são destruídas imediatamente após o envio. As transferências em sua conta estão limpas, sem nenhum vestígio suspeito. Suspeito que ela nem mesmo usou o próprio cartão para transferir... – Explicou Marcela.Liliane conseguiu ouvir as primeiras palavras de Marcela, mas depois perdeu o restante. Sua mente ficou em branco e um zumbido ressoava em seus ouvidos.Por que isso estava acontecendo...Vendo as evidências contra Mavis desmoronarem diante de seus olhos, percebeu que tudo foi em vão. Além disso, ela trouxe problemas para si mesma.- Lili... – Chamou Marcela, preocupada.Liliane controlou a voz trêmula. - Marcela, obrigada. Eu vou desligar agora. – Disse Liliane.- Está bem, mas não se preocupe, vou continuar procurando
- Há algo mais importante do que a criança? – Repreendeu Gilberto, furioso, puxando os pelos da barba. Ele tirou o celular do bolso, acrescentou. – Tenho que contar ao Guilherme! Deixe ele lidar com seu próprio filho! Minha neta não pode ser maltratada assim!Mavis, nervosa, se levantou. - Vovô, por favor, não ligue, William... – Disse Mavis, nervosa.Ao meio da frase, Mavis mordeu os lábios e abaixou a cabeça. Eduardo, com sua aparência elegante, ficou sério. Se suas suspeitas estivessem corretas, William devia estar com Liliane. Mavis estava claramente tentando prejudicar Liliane.- Vovô, acho que seria melhor ligar para William primeiro. Mavis não disse nada a ele sobre isso e talvez ligar diretamente para o Sr. Guilherme não seja a melhor ideia. – Disse Eduardo, ao Gilberto.- Hmm, talvez seja melhor ligar para William primeiro. – Concordou Gilberto.Dizendo isso, Gilberto ligou para William. - William, você está ocupado? – Perguntou Gilberto, quando ele atendeu.William, chate
William parou, se virando com um rosto frio. - A segurança de Liliane não é da sua conta. – Disse William.Eduardo agarrou sua mão de repente. - Se algo acontecer a ela, eu não vou te perdoar! – Ameaçou Eduardo, furioso.- Você está interessado na pessoa que é minha? – Zombou William, em tom frio, curvando os lábios.- Não ultrapasse os limites! – Disse Eduardo, o rosto dele ficou ainda mais frio. - Mavis ainda está no quarto do hospital, grávida do seu filho! Não posso interferir na situação dela, mas se você não pode proteger Liliane, eu vou encontrar uma oportunidade para tirar ela daqui! Um olhar gélido surgiu nos olhos de William. - Você pode tentar. – Falou William.Dizendo isso, os olhos de William se voltaram de repente para algo à distância. Eduardo seguiu seu olhar e viu Guilherme se aproximando com uma expressão séria.Ele chamou Guilherme, mas ele o ignorou e foi direto até William, repreendendo ele. - Por que você não me contou sobre a gravidez da sua noiva? Você não
Liliane ficou sem palavras.Mestre?Liliane examinou com cuidado o velho, notando alguma semelhança nos traços com William. Seria ele o avô de William? Liliane estava confusa, afinal, ela esteve ao lado de William por três anos, mas ainda não conhecia todos os membros da família Gabaldo.Com perplexidade, Liliane caminhou até o sofá e se sentou. Guilherme a examinou. - Até que você é bonita, mas parece que não sabe o seu lugar. – Criticou Guilherme, com uma voz frio.Liliane franzia de leve as sobrancelhas, se perguntando como tinha desagradado aquele senhor. - Me desculpe, senhor, o que fiz de errado para merecer palavras tão duras? – Perguntou Liliane, sem alterar a expressão.- Palavras duras? – Resmungou Guilherme, com frieza. - Já que você acha que são duras, então afaste-se do William! - Eu gostaria de sair, mas William não permite. – Disse Liliane, com um sorriso sarcástico.- É William que não deixa você ir, ou você usou alguma artimanha para enganar ele? – Pressionou Gu