Eduardo sorriu ao pegar a deixa, — Alice se parece comigo.A mão de Liliane hesitou por um momento, antes dela soltar uma risada, — Esqueci de dizer, mãe, este é meu irmão, você sabia, não é? Você esteve na família Lima por tanto tempo, com certeza cuidou do irmão também.— Alice?Assim que Liliane terminou de falar, Lan, que estava em silêncio até então, falou.Liliane virou-se, seguindo o olhar de Lan, e olhou para Alice parada ali, perguntando, — Alice? O que foi?Alice estendeu a mão, querendo apontar para a fotografia, mas depois pensou melhor e abaixou a mão.— Não é... nada. — Alice sacudiu a cabeça.Ela sentia que a pessoa na fotografia lhe era muito familiar, como se a tivesse visto em algum lugar antes.Mas não conseguia lembrar onde.Seria em um sonho?Alice inclinou a cabeça, fixando o olhar na fotografia até Liliane terminar o que tinha que fazer.Então, Liliane se levantou e disse, — Irmão, ao lado há outro cemitério, onde a tia Marta está enterrada, quero prestar homenag
Liliane corou. O que ela estava pensando mesmo??— Eu vou com meu irmão, — Liliane respondeu. — Ele está me esperando no carro.William ficou em silêncio, pegou seu celular e fez uma ligação.Assim que a ligação foi atendida, ele disse, — Siga o carro de Liliane, vou com eles.Depois de desligar, ele olhou para Liliane e disse, — Você se importa se eu pegar uma carona?Liliane o encarou, sem palavras. Ele tinha seu próprio carro, mas insistia em pegar uma carona sem sequer pedir sua permissão.Ela ainda poderia recusar?Quando ambos entraram no carro, William se surpreendeu ao ver três crianças também presentes.Liliane explicou, — Ainda bem que hoje viemos de motorhome, senão não haveria lugar para você. Eu trouxe as crianças para que elas também pudessem visitar meus pais.Ela então se virou para Eduardo e explicou, — Irmão, ele queria prestar homenagens, afinal, ele é o pai de Breno.Ouvindo isso, Eduardo não disse mais nada.Durante a viagem, Alice ficou grudada em William, que por
Após limpar o túmulo, Eduardo segurou a mão de Liliane e se curvou diante do túmulo.Eduardo disse, — Pai, mãe, trouxe minha irmã para vê-los. Não se preocupem, eu a encontrei.Liliane olhou para a foto no túmulo e um sentimento inexplicável de afeição surgiu.No entanto, Liliane não conseguiu dizer nada, apenas seguiu com um simples — Pai, mãe.Eduardo sorriu para Liliane, — Não fique tão tensa, eles ficarão felizes em vê-la.Liliane não sabia o que dizer, então apenas desviou o olhar para as crianças.Ela acenou para Breno e Lan, e então olhou para Alice, que estava escondida nos braços de William.Ela hesitou por um momento, — Alice?A cabeça pequena de Alice se mexeu, mas ela não mostrou seu rosto.William olhou para Liliane, — Ela está com frio.A mente de Liliane de repente foi inundada pela fala de Vasco, mas em um instante, ela descartou a ideia absurda.Ela pegou as mãos de Lan e Breno, fazendo-os se curvar diante do túmulo.Eduardo explicou, — Pai, mãe, estes são os filhos da
— Você não acha que está distorcendo a boa vontade alheia? — Liliane o confrontou.William, — Eu não acho!— O amuleto poderia ter algum vírus, por acaso? — Liliane perguntou retoricamente, — O Velho Senhor não parece ser uma pessoa descuidada!Ouvindo a discussão, Breno e Lan se olharam.Eles suspiraram levemente, decidindo não se envolver.William estava prestes a rebater quando Eduardo rapidamente interveio.— Tudo bem, é só um amuleto, conheço Vasco, ele é uma boa pessoa.Eduardo sabia que se não intervisse para suavizar a situação, os dois poderiam acabar discutindo novamente.Por causa disso, William e Liliane continuaram irritados um com o outro até chegarem à Mansão Baía.Ao saírem do carro, William virou-se e foi embora com Jorge.Eduardo, carregando Alice, e Liliane, guiando os outros dois pequenos, entraram juntos.Depois de colocar Alice para baixo, Eduardo disse, — Lili, não fique chateada. Preciso voltar, então não vou demorar.Liliane assentiu, — Tudo bem, entendi.Depoi
— Febre?!Liliane apressou-se a tocar o rosto de Alice e pediu a Lan que trouxesse um termômetro de testa.Ao medirem, viram que a temperatura estava a trinta e nove graus.Liliane apressadamente pegou Alice no colo, — Dora, vá ligar o carro, vamos ao hospital.— Hospital?De repente, a voz de Kerry ecoou da escada, — No primeiro dia do ano novo vocês já vão ao hospital? Quem está se sentindo mal??Liliane olhou ansiosamente para Kerry, — Alice está com febre, precisamos levar ela ao hospital imediatamente.— Meu Deus!Kerry correu escada abaixo, escorregou e caiu diretamente da escada.Todos ficaram assustados com ele, mas mesmo assim, ele se levantou, ignorando a dor e correu até Alice para pegá-la.— Rápido, me dê a criança, Dora, vá ligar o carro!Dora, — Certo!Ao chegarem ao hospital, Alice continuava delirando, falando coisas que Liliane não conseguia entender.Liliane procurou um médico, e depois de examinar Alice, sugeriu que eles fizessem um exame de sangue.Meia hora depois,
— Sim. — Liliane descascou um ovo para Breno. — Breno, vou precisar cuidar da sua irmã, então lembre-se de tomar seu remédio direitinho, tá bom?Breno assentiu. — Eu sei, mãe. Agora a Alice é o mais importante.Lan tomou um gole de leite. — Mãe, a gente devia voltar ao hospital, né?— Sim. — Liliane assentiu. — Se a febre não baixar à tarde, levarei Alice novamente ao hospital....Num piscar de olhos, já era uma da tarde.A febre de Alice não apenas não havia baixado como tinha aumentado para quarenta graus.Liliane ficou inquieta e pediu para Kerry carregar Alice enquanto se preparavam para ir ao hospital.Ao ver que estavam de saída, Dora pensou por um momento e se adiantou, — Liliane, deixa eu ir com vocês. É melhor ter mais alguém para ajudar.Liliane olhou para seus dois filhos. — Sem você em casa, fico preocupada com Lan e Breno.— Eduardo está a caminho. — Dora colocou o casaco e disse.— Você falou com ele? — Liliane perguntou.Dora assentiu. — Sim, estou preocupada com a Ali
— É uma longa história! — Liliane olhou para Dora e disse, — Melhor você voltar agora, eu vou levar Kerry comigo.Dora, — Tudo bem, vá logo!...A caminho do cemitério, Liliane parou no supermercado para comprar duas caixas de leite, dois maços de cigarros e duas garrafas de cachaça para levar consigo.Ao chegar, Liliane viu luzes tênues brilhando através das frestas das janelas da pequena casa.Kerry, carregando Alice, desceu do carro e, ao ver a paisagem desolada ao redor, bem como as fileiras de túmulos na encosta, não pôde evitar um arrepio.— Nix, onde está esse Velho Senhor? — Kerry perguntou, olhando ao redor, cauteloso.Liliane pegou os presentes e disse, — Venha comigo.Eles se aproximaram da porta da pequena casa, e Liliane chamou, — Vasco, você está aí?— A porta está encostada, entre. — A voz de Vasco veio de dentro.Liliane empurrou a porta com o ombro e viu Vasco sentado sozinho à mesa, mas havia quatro conjuntos de pratos e talheres sobre ela.Havia um frio penetrante no
Liliane rapidamente se adiantou, apoiando Alice em seus braços.— Abra a boca dela, faça-a beber a água.Liliane fez como instruído, e Vasco lentamente verteu a água na boca de Alice.Antes mesmo de beber algumas goladas, Alice engasgou-se e abriu os olhos.Ao ver Vasco, ela cuspiu tudo de uma vez.Depois de gritar, Alice rapidamente se aninhou nos braços de Liliane.— Mamãe! — Alice chorou, — Mamãe, me abrace!!Vendo Alice assim, o peso no peito de Liliane de repente aliviou.Ela abraçou Alice apertado, olhando para Vasco com um pedido de desculpas, — Desculpe, minha filha ela...— Não tem problema. — Vasco levantou-se, olhando para o atônito Kerry.Percebendo o olhar, Kerry virou-se estupidamente para encarar Vasco.— Será que eu... também carrego algum tipo de entidade impura?? — A face de Kerry empalideceu.— Não. — Vasco disse, — Mas este ano você deve evitar dirigir ou pegar carros, e ficar o mais longe possível de lugares com água.— Ah?? — Kerry ouviu confuso.Liliane tossiu le