- Registro Comercial e Polícia. - De repente, William entrou no quarto, dizendo indiferente.Todos olharam imediatamente para William.- Não sabia que você tinha o hábito de escutar atrás das portas. - Eduardo franziu as sobrancelhas. William lançou um olhar para a porta. - A porta estava aberta. Não precisei escutar escondido. Rebeca não se importou com isso e perguntou a William: - O que você quis dizer com Registro Comercial? William se sentou em uma cadeira e acrescentou: - Se foi assassinato, é possível que o pai da Liliane tenha se envolvido em algo que não devia. Liliane franziu a testa. - Você quer dizer que meu pai pode ter tocado nos interesses de alguém. Se for uma questão de concorrência comercial, todos os contratos de licitação estão registrados. Podemos começar a investigar por aí, certo? William assentiu. - Exato, a secretária aprendeu bem. Liliane ignorou o comentário de William e disse a Eduardo: - Edu, você pode verificar os registros de licitação da époc
Ao digitar a senha, uma conversa apareceu na tela. Era uma mensagem de Mavis.“William, não se preocupe demais, Breno e eu estamos esperando você voltar.”Liliane ficou paralisada, olhando para a mensagem.Esse era... O celular de William...Ela nem percebeu, simplesmente digitou a senha. A senha era a data de aniversário dela. William usava isso como senha. Que surpresa! Ainda por cima viu a mensagem de Mavis. Ela e Breno estavam esperando William voltar. Mas Breno era o filho dela e Mavis maltratou ele! Ainda assim, ele permitia que Mavis ficasse com ele! Então, por que ele dizia aquelas palavras para ela, pedindo para baixar a guarda?! Ele não percebia o quão irônico era isso?!Liliane colocou o celular de volta na mesa de cabeceira e olhou para a comida à sua frente, se sentindo sem apetite.A dor em seu peito trouxe ela de volta à realidade.Ela não devia acreditar nas palavras e gestos falsos dele!Alguns minutos depois, William voltou ao quarto.Vendo Liliane com uma expressão f
Pensando, William pegou o celular e os documentos da mesa e saiu do quarto a passos largos.Antes de sair, ele instruiu Jorge a ficar e cuidar de Liliane.Jorge também ouviu a briga lá dentro.Vendo a figura solitária de seu chefe se afastando, Jorge se virou e entrou no quarto. Ele tinha um monte de coisas para dizer para a Srta. Liliane! Chegando perto de Liliane, ele falou com voz firme: - Srta. Liliane, eu não sei por que você está tratando o Sr. William assim. Desde que o Sr. William soube que você estava em apuros, ele abandonou tudo e veio voando para o município de Serenidade. Quando ele te viu deitada na UTI, ele quase não saiu do lado de fora, ficou esperando você acordar. Ele não comeu, não bebeu, não dormiu, só ficou ali por você. Então por que você está tratando o Sr. William assim? Eu não entendo, Srta. Liliane!- Pare com isso. - Liliane baixou a cabeça, dizendo com a voz rouca. - Você também pode sair.Ela não queria ser a terceira pessoa. Ela também não queria ser a a
Liliane se virou lentamente, colocando a mão esquerda sobre os olhos. - Parece que eu e ele realmente não combinamos. Marcela apoiou o queixo na mão. - Teoricamente, William não teria mais contato com a Mavis, afinal, Mavis tratou o Breno tão mal, como é que o William poderia aguentar?- E se houver sentimentos envolvidos? - Liliane zombou.- Isso é ainda mais impossível! - Marcela analisou. - Veja, se o Carlos maltratasse seu filho, você iria gostar dele? Ou, por exemplo, se você descobrisse que o Carlos roubou todas as identidades do William, você ainda iria gostar dele? - Não iria. - Liliane respondeu sem hesitar.- Então tá resolvido, né? - Marcela disse.Liliane deixou o braço cair, franzindo a testa. - Então qual é a situação atual entre William e Mavis? - Bom ponto! - Marcela olhou para Liliane sem entender. - Por que você não pergunta qual é a situação? - Eu resisto muito em discutir com ele sobre a Mavis. - Liliane sabia que tinha algumas sombras de mágoa.Marcela não s
Ela respirou fundo e chamou: - Sr. Guilherme.Guilherme hesitou, com a mão cheia de comida para os peixes, olhou para Mavis de lado e continuou alimentando os peixes.Quando Mavis se aproximou dele, ele finalmente falou: - Nunca pensei que você tivesse coragem de me procurar. Mavis disse sorrindo:- Sr. Guilherme, não entendi muito bem o que o senhor quer dizer. Guilherme bufou, com um tom mais sério: - Não pense que eu não sei o que você fez com o meu neto!Mavis arqueou uma sobrancelha e continuou:- Isso já é passado, agora eu sou a pessoa que salvou a vida do Breno. Foi também por causa disso que Guilherme não recusou a entrada de Mavis.Ele colocou a comida dos peixes em uma mesaao lado e se sentou em um banco de pedra. - Fale, o que você veio fazer aqui. Mavis também se sentou, falando diretamente: - Eu vim procurar você por causa do Miguel. Guilherme olhou indiferente para Mavis, como se já soubesse tudo sobre ela e Miguel.- Miguel não tem nada a ver com você, o que v
Mavis também não estava com pressa, apenas se sentou com calma tomando seu chá.Após um tempo, Guilherme disse: - Se você conseguir fazer William não resistir à entrada do Miguel na empresa, eu posso deixar Miguel se casar com você. Embora ele tivesse dito isso, Guilherme já tinha seus planos em mente. Deixar Mavis entrar na família Gabaldo era absolutamente impossível! Mas essa mulher poderia ser útil. Além disso, ele ainda tinha a evidência de Mavis armando para Liliane, a qual poderia usar para recusar a entrada dela na família.- O senhor é realmente um ancião direto. Então, vamos esperar até que Liliane volte e podemos começar a planejar. - Mavis sorriu....À noite.Depois de jantar com Liliane, Marcela voltou para o hotel para arrumar suas coisas e descansar.Por volta das oito horas, Liliane recebeu uma mensagem de Ian, dizendo que eles já estavam em casa e que Dora tinha os levado para dar uma volta.Liliane trocou algumas palavras com as crianças e depois mandou uma mensage
- A Srta. Liliane, não precisa de ninguém para ficar de olho nela? - Jorge perguntou de novo.Com um som, a porta do elevador abriu.William saiu do elevador a passos largos. - Chama o Joaquim pra ficar lá.- Entendi, Sr. William.Dez minutos depois.William chegou na frente da delegacia de polícia do município de Serenidade.Ao entrar, viu imediatamente Vinícius, com a cabeça baixa e o rosto machucado.Do outro lado, estavam os três homens com quem Vinícius tinha brigado. Eles também estavam machucados.William caminhou até Vinícius, que levantou a cabeça e, balançando, olhou para ele. Ao reconhecer William, Vinícius riu.- William, você veio.- Você realmente tem talento! Brigando até em outra cidade! - William, irritado, repreendeu. Depois disso, ele disse para Jorge. - Vai lá e paga a fiança dele.- Um momento. - Disse o policial. - Eles ainda não chegaram a um acordo.William puxou a gravata e, irritado, se sentou ao lado de Vinícius.Vinícius imediatamente se agarrou a William.
Depois de deixar Vinícius no hotel, William fez uma rápida visita ao hospital. Mas ao ver Liliane dormindo, ele decidiu não perturbar ela.No dia seguinte, Marcela e Eduardo chegaram cedo ao hospital para ajudar Liliane com os procedimentos de transferência. Às nove em ponto, tudo estava resolvido.Marcela começou a arrumar as coisas de Liliane e comentou: - Está quase tudo pronto, você não trouxe muita coisa mesmo.Liliane estava sentada em uma cadeira, absorta em seus pensamentos, parecendo não ouvir Marcela.Eduardo, ao lado dela, chamou sua atenção: - Lili? No que está pensando tão profundamente?Liliane voltou ao presente.- Nada, vocês já terminaram de arrumar? Edu, onde estão tio e tia?- Eles estão esperando no carro, lá fora está muito frio. - Respondeu Eduardo. Dizendo isso, ele colocou o novo casaco de plumas recém-comprado em Liliane, depois ainda pegou um gorro e um cachecol para ela.Após tanta confusão, Liliane parecia um urso coberto de tantas camadas. Mas a cabeça