Lucinda cuidou das duas crianças por cinco anos e elas já consideravam Lucinda como a pessoa mais próxima delas.Ao ouvir sobre a morte de Lucinda, as crianças ficaram tão tristes quanto Liliane.- No dia 2 de janeiro, será o enterro de Lucinda. Vou tirar folga para levar vocês lá. - Disse Liliane, soltando as duas crianças.As duas crianças concordaram com lágrimas nos olhos.Vila Norte Verde.Mavis foi convidada por Miguel para passar a noite lá.Ela estava sentada no quarto de Miguel, observando que o prazo de dois dias estava prestes a acabar, mas Miguel ainda não mostrava nenhum interesse em checar o celular.Mavis não se atrevia a perguntar abertamente, então ela foi para o banheiro pegar roupas limpas para tomar banho.Quando ela entrou no banheiro e tirou as roupas, seu celular tocou.Mavis pegou o celular e viu que era uma ligação do Sr. Giovane, então ela atendeu imediatamente.- Alô? Sr. Giovane? - Mavis disse enquanto se aproximava da porta do banheiro. Ela queria ouvir se
Breno pensou que William talvez não concordasse.Mas ele não esperava que o pai respondesse prontamente:- Claro.Os olhos de Breno se iluminaram lentamente. - Obrigado, pai.William sorriu com tristeza. Ele não imaginava que apenas concordar com um pedido tão pequeno faria Breno tão feliz.Ao meio-dia. William levou Breno para almoçar e depois passearam de mãos dadas pelo shopping.Breno já tinha em mente o que queria comprar, então quando encontraram as lojas, ele foi direto.Ele escolheu um lenço para Liliane, uma garrafa térmica para Ian, porque Ian adorava beber água, e um grande urso de pelúcia para Alice, que ela poderia abraçar enquanto dormia.Por fim, Ian comprou uma gravata para William.Ao receber o presente, William ficou claramente surpreso. - Para mim?- É Ano Novo, então o papai também precisa de presentes. - Concordou Breno.William se agachou com satisfação e acariciou a cabeça de Breno. Um sorriso apareceu em seu rosto bonito. - Obrigado. Breno olhou para Willia
Ian pegou o copo térmico da mesa e deu uma olhada. - Eu sei quem deu isso. Liliane se aproximou e pegou a caixa de presente com o lenço de seda. - Foi o Breno, né? Ian concordou com a cabeça, perguntando: - Mamãe, eu também tenho um presente para Breno, você pode encontrar alguém para entregar? - Mamãe, eu também tenho um presente para o Breno! - Alice disse. - Certo. - Concordou Liliane, enquanto pensava em quem poderia fazer a entrega, Dora se aproximou. - Eu posso fazer isso! - Disse Dora, sorrindo. - Eu vi o senhor que veio esta tarde! Ele parece um pouco distraído, tem olhos grandes e é bastante bonito.Liliane entendeu que Dora estava descrevendo o assistente Jorge. Mas ela não esperava que Dora descrevesse ele como um pouco distraído... Liliane olhou para as crianças e disse: - Vão pegar os presentes, também há um relógio na mesa de cabeceira, por favor, tragam também. Alice olhou para Liliane com um olhar travesso.- Mamãe, você comprou em segredo presentes para Br
Kerry não queria sair. - Se esse canalha te machucar? Liliane olhou para eles. - Não vai acontecer, estamos no cemitério. Quando viram que Liliane estava determinada, as outras pessoas não disseram mais nada e foram em direção ao outro corredor para sair. Assim que saíram, William se aproximou do túmulo. Liliane o encarou com frieza, sem dizer nada, apenas deu um tapa no rosto a ele. O som nítido fez Jorge arregalar os olhos. - Srta. Liliane! - Você tem coragem de vir aqui? - Questionou Liliane, contendo a raiva. William se virou com uma expressão sombria, seu olhar era tão frio quanto a raiva em Liliane. - Você sabe o que está fazendo? - A voz dele era gélida e ameaçadora. - O que estou fazendo? - Liliane se aproximou dele. - Eu quero saber o que você fez! As veias na testa de William pulsaram. - Você, explique direto!- Você fez o médico me procurar para consentir com a cirurgia da Lucinda! E o resultado da cirurgia? Lucinda morreu! - Os olhos de Liliane ficaram avermel
Após uma profunda reverência, Jorge olhou para Liliane. - Srta. Liliane, Sr. William não é o tipo de pessoa que você está descrevendo. Você esteve ao lado dele por três anos, quando o viu usar táticas tão sombrias? Sr. William investiu muito esforço e recursos para trazer essa equipe médica. Srta. Liliane, você realmente passou dos limites hoje. - Depois de dizer isso, Jorge saiu.Liliane ficou em silêncio diante do túmulo.Ela foi longe demais?Ela não queria acreditar que ele não estava sinceramente tentando salvar Lucinda?Mas qual foi o resultado? Lucinda morreu sob a faca dos médicos que ele trouxe!Ele nem sequer teve a coragem de fazer um juramento. Como ela poderia acreditar que ele não estava se sentindo culpado?Depois de ficar ali por um tempo, Liliane seguiu na direção do túmulo de Fátima.Chegando lá, ela colocou o buquê de flores preparado com antecedência na frente do túmulo.Então, pegou um lenço e se ajoelhou para limpar o túmulo.- Mãe, estou aqui. - Liliane sorriu c
- Quando estávamos saindo, vi Liliane dando um tapa em William. - Lembrou Carlos, com suavidade. - Caramba! - Kerry ficou chocado. - Ela deu um tapa direto no canalha? - Ela acredita que a morte de Lucinda está relacionada a William. - Assentiu Eduardo. - Se fosse eu, também pensaria assim. - Disse Marcela, engolindo um camarão. - Porque a equipe médica é do chefe. Todos olharam para Marcela.Marcela olhou para eles de forma vaga. - O que foi?- O pensamento das mulheres é tão simples. - Comentou Kerry, estalando a língua. - Se o canalha quisesse se vingar de Liliane, por que usaria métodos tão óbvios? - Problemas físicos durante a cirurgia não são incomuns. - Acrescentou Carlos.- Pode haver complicações durante a cirurgia, mas não podemos descartar a possibilidade de alguém ter sabotado. - Disse Eduardo.Kerry ficou confuso com a conversa. - Vocês estão falando de um jeito tão estranho, será que estão lendo muitos romances de suspense? - E daí? - Eduardo olhou para ele.Kerr
- Ele disse que se quisesse morrer, que morresse de uma vez, sem deixar vestígios para que ele não tivesse nenhum resquício de simpatia. Minha mãe acabou não conseguindo fazer isso, porque sabia que se ela também partisse, eu ficaria completamente sozinho. Mas ela nunca mais se recuperou desde então, começou a gastar o dinheiro que meu pai deixou com bebida e cigarros. Sempre que bebia, se automutilava. Em apenas dois anos, seus braços e pernas estavam cheios de cicatrizes. O que eu mais temia naquela época era voltar para casa, tinha medo de encontrar minha mãe morta lá, e tinha ainda mais medo de ouvir seus soluços. Esses dias torturantes se estenderam por cinco anos, até que minha mãe desenvolveu um tumor maligno. Implorei para que buscasse tratamento, mas ela segurou minha mão com sua mão magra e cheia de cicatrizes, dizendo que não queria mais ser um peso para mim, e deixou o último dinheiro para que eu pudesse crescer. Não guarde rancor do meu pai, não vá procurá-lo, porque ele é
Eduardo curvou os lábios em um sorriso. - Obrigado por isso. A mulher resmungou:- Você sabe que não gosto de ouvir isso, por que não tenta me agradecer de outra forma? O sorriso nos lábios de Eduardo desapareceu devagar. - Desculpe...- Se entregar a mim é tão difícil para você? - Disse a mulher. - Tudo bem, vou te deixar escapar dessa vez, afinal, nada está completamente decidido ainda. - Você está me fazendo um favor. - O que está dizendo? Estou muito feliz agora! Não tem dinheiro que pague minha felicidade! - Dê uma descansada. - Vou brincar com ele por um tempo! Depois disso, a mulher desligou o telefone.Eduardo olhou para o celular, balançando com resignação a cabeça, prestes a desligar o computador, quando a porta do escritório se abriu.João entrou, assentindo para Eduardo antes de fechar a porta.Eduardo se levantou, chamando com respeito: - Tio. João se aproximou, se sentando em frente a Eduardo, com uma expressão séria. - Eduardo, você precisa me dar uma explic