- Quando estávamos saindo, vi Liliane dando um tapa em William. - Lembrou Carlos, com suavidade. - Caramba! - Kerry ficou chocado. - Ela deu um tapa direto no canalha? - Ela acredita que a morte de Lucinda está relacionada a William. - Assentiu Eduardo. - Se fosse eu, também pensaria assim. - Disse Marcela, engolindo um camarão. - Porque a equipe médica é do chefe. Todos olharam para Marcela.Marcela olhou para eles de forma vaga. - O que foi?- O pensamento das mulheres é tão simples. - Comentou Kerry, estalando a língua. - Se o canalha quisesse se vingar de Liliane, por que usaria métodos tão óbvios? - Problemas físicos durante a cirurgia não são incomuns. - Acrescentou Carlos.- Pode haver complicações durante a cirurgia, mas não podemos descartar a possibilidade de alguém ter sabotado. - Disse Eduardo.Kerry ficou confuso com a conversa. - Vocês estão falando de um jeito tão estranho, será que estão lendo muitos romances de suspense? - E daí? - Eduardo olhou para ele.Kerr
- Ele disse que se quisesse morrer, que morresse de uma vez, sem deixar vestígios para que ele não tivesse nenhum resquício de simpatia. Minha mãe acabou não conseguindo fazer isso, porque sabia que se ela também partisse, eu ficaria completamente sozinho. Mas ela nunca mais se recuperou desde então, começou a gastar o dinheiro que meu pai deixou com bebida e cigarros. Sempre que bebia, se automutilava. Em apenas dois anos, seus braços e pernas estavam cheios de cicatrizes. O que eu mais temia naquela época era voltar para casa, tinha medo de encontrar minha mãe morta lá, e tinha ainda mais medo de ouvir seus soluços. Esses dias torturantes se estenderam por cinco anos, até que minha mãe desenvolveu um tumor maligno. Implorei para que buscasse tratamento, mas ela segurou minha mão com sua mão magra e cheia de cicatrizes, dizendo que não queria mais ser um peso para mim, e deixou o último dinheiro para que eu pudesse crescer. Não guarde rancor do meu pai, não vá procurá-lo, porque ele é
Eduardo curvou os lábios em um sorriso. - Obrigado por isso. A mulher resmungou:- Você sabe que não gosto de ouvir isso, por que não tenta me agradecer de outra forma? O sorriso nos lábios de Eduardo desapareceu devagar. - Desculpe...- Se entregar a mim é tão difícil para você? - Disse a mulher. - Tudo bem, vou te deixar escapar dessa vez, afinal, nada está completamente decidido ainda. - Você está me fazendo um favor. - O que está dizendo? Estou muito feliz agora! Não tem dinheiro que pague minha felicidade! - Dê uma descansada. - Vou brincar com ele por um tempo! Depois disso, a mulher desligou o telefone.Eduardo olhou para o celular, balançando com resignação a cabeça, prestes a desligar o computador, quando a porta do escritório se abriu.João entrou, assentindo para Eduardo antes de fechar a porta.Eduardo se levantou, chamando com respeito: - Tio. João se aproximou, se sentando em frente a Eduardo, com uma expressão séria. - Eduardo, você precisa me dar uma explic
Além disso, com a caligrafia graciosa dela, como ela poderia não reconhecer?A diretora do departamento de moda estava com uma expressão séria. - Sra. Liliane, a Novitex contratou um estilista de renome internacional. Com a reputação de Jason, se não tivermos cuidado, nossas vendas serão significativamente afetadas pela Novitex em menos de um mês.Liliane franziu o cenho. Por que a mestra escolheria ir para a Novitex?Como diabos eles conseguiram convencer ela?Não era de admirar que a mestra não tivesse entrado em contato com ela recentemente, pois estava ocupada indo para o lado do William.Liliane apertou os lábios, não se importava com qual empresa a mestra escolheria trabalhar, mas ser mantida no escuro assim era difícil de engolir.Vendo Liliane em silêncio, o departamento de vendas começou a se preocupar.- Sra. Liliane, o que devemos fazer sobre isso? Liliane ficou em silêncio por um momento e, ao levantar os olhos, mostrou determinação e confiança.A mestra tinha suas razões
William e Vinícius estavam parados no quarto do hospital, observando enquanto uma agulha era inserida no braço de Breno.Depois de colocar o soro, o médico disse a William: - Sr. William, o soro está sendo administrado. Pode haver efeitos colaterais de náuseas durante o processo, pode ser um pouco doloroso. William franzia o cenho enquanto olhava para Breno, que ainda não mostrava nenhuma reação. - Breno, você consegue aguentar? - Perguntou ele.- Desde que isso ajude meu corpo a melhorar, posso suportar qualquer dor. - Breno acenou com a cabeça. Ele queria ter um corpo saudável, um corpo que não fizesse sua mãe e seu pai se preocuparem.William se sentou ao lado da cama, sua mão quente tocava a cabeça de Breno. - Isso é o que se espera de um homem. Vinícius, ao lado, estava emocionado a ponto de deixar lágrimas caírem. Ele enxugou os olhos úmidos, dizendo: - William, Breno tem apenas cinco anos, ele ainda não é um homem. William deu um olhar frio para Vinícius. - Se você diss
Mavis disse sorrindo:- Você não precisa ficar tão na defensiva comigo, não vou te fazer mal. Beatriz deu um sorriso frio para ela. - Então devo te agradecer, é isso? - De fato, deveria me agradecer. - Mavis cruzou os braços, com uma atitude de superioridade. - Afinal, fui eu quem ajudou seu pai a entrar na empresa. - Você não precisa ficar batendo sempre nessa tecla! - Beatriz a encarou com raiva.- Se não quer falar sobre isso, então não fale. Por que está tão nervosa? - Se não tem nada para fazer, por favor, não fique no meu caminho. - Disse Beatriz, furiosa.Depois de falar, ela tentou sair, mas Mavis deu um passo para bloquear seu caminho novamente, dizendo:- Sabe, é engraçado, eu realmente não estava pensando em deixar você fazer nada, mas depois que você mencionou, agora tenho uma ideia. Isso enfureceu Beatriz ainda mais. - Mavis, você é desprezível! Forçar-me a fazer coisas repetidamente com essa história, afinal, quem você é?Mavis olhou indiferente para as unhas recém
Depois de encontrar Alice e Ian, Liliane os levou para o carro. Liliane estava prestes a perguntar sobre Breno, mas antes que pudesse falar, Alice se adiantou:- Mamãe, hoje Breno não veio para a escola. Eu e Ian pegamos alguns colegas e perguntaram a eles, disseram que Breno também não veio ontem. Liliane achou engraçado o termo “pegamos” usado por Alice. Ela perguntou: - Ele mandou alguma mensagem para vocês dizendo para onde foi? O celular estava com Ian, e ele balançou a cabeça respondendo: - Não, não recebemos nenhuma mensagem do Breno. A única mensagem foi um “Feliz Ano Novo” no Ano Novo.Liliane abaixou os olhos, para onde Breno poderia ter ido? Será que William ficou zangado com o que aconteceu antes e transferiu Breno de escola?Liliane pegou o celular e enviou uma mensagem para Breno. “Breno, você mudou de escola?” Enquanto isso, no hospital.Breno estava tão fraco que mal conseguia abrir os olhos, depois de vomitar várias vezes. Seu rosto estava pálido, totalmente sem
Liliane se sentou à mesa, explicando: - O lucro dos comerciantes é uma lei eterna e imutável. Eu mesma já me intrometi e conquistei a posição de número um em vendas de moda na América do Sul, não é mesmo? Kerry mordiscou os lábios pensativo, depois disse:- Você não está errada ao dizer isso. - Dora, você não precisa fazer o meu jantar amanhã à noite. - Liliane disse, olhando para Dora. - Para onde você vai? - Antes que Dora pudesse perguntar, Kerry interveio.Liliane respirou fundo e disse com determinação nos olhos:- Vou para a família Lima. ...À noite, às nove e meia.Depois de cuidar das crianças, Liliane entrou no escritório e enviou uma mensagem para Carlos.“Estou planejando ir para a casa da família Lima amanhã à noite.” Ela pretendia ir no Ano Novo, mas devido aos problemas de Lucinda, teve que adiar por alguns dias.Ela não queria chamar Carlos, mas tinha prometido e não podia desistir.Liliane colocou o celular na mesa e abriu o computador para acessar o documento cr