Eduardo afastou com raiva a mão de Joaquim, dizendo: - William! Um dia você se arrependerá das suas ações hoje! A decisão de Liliane de não voltar para você está certa! Porque você nunca deu a ela um pingo de confiança! Após essas palavras, Eduardo se virou, entrou no carro e partiu levando Liliane consigo. William permaneceu imóvel, seu rosto bonito estava envolvido em uma sombra de dor indescritível.Se não fosse pelos atos de Liliane, como ele poderia simplesmente ignorar ela?William apertou os lábios, respirou fundo, depois de desviar o olhar, se dirigiu ao carro. Sua figura solitária e ereta acrescentava uma pitada de melancolia invisível.Liliane foi levada para o hospital. Ao ser transferida da sala de emergência para o quarto, sua cabeça e corpo estavam envoltos em ataduras. Durante o processo de costura dos ferimentos, Liliane parecia não ter sensação de dor, permaneceu silenciosa, sem expressar uma palavra, nem mesmo franziu a testa.Eduardo estava angustiado, sem saber
- Vá para cima, precisamos conversar. - Disse Ian, com indiferença, saltando da cadeira.Marcela, seguindo os três pequenos como se estivesse enfrentando um interrogatório, foi questionada por Ian, com uma voz frio. - Por que mentiu sobre a internação da mamãe? Alice concordou, com voz chorosa: - Quero ver mamãe, nós vimos nas câmeras, ela foi gravemente ferida.Breno, com preocupação nos olhos, perguntou: - Você já foi visitar a mamãe no hospital? As perguntas das crianças atingiram Marcela como uma série de marteladas na cabeça. Ela queria chorar, mas não tinha lágrimas nos olhos, desesperada, ela disse: - Não me dificultem as coisas, a Lili pediu para não contar a vocês, com medo de que se preocupassem.- Então você não pretendia nos contar a verdade sem que perguntássemos? - Resmungou Ian.- Madrinha, como está a mamãe afinal? - Perguntou Alice.Breno apertou os lábios, seus olhos estavam fixos em Marcela, aguardando uma resposta.- Quando fui vê-la, ela estava bem, comendo e
Vinícius entrou na sala de estar envolta pela fumaça e se sentou no sofá ao lado de William. Prestes a perguntar sobre a situação, notou os hematomas nos lábios de William e os olhos cheios de vasos sanguíneos.Vinícius ficou em silêncio, se servindo de uma bebida. - Beber sozinho não é divertido. Eu te faço companhia. - Disse Vinícius, brindando seu copo ao de William.Após tomar o primeiro gole de uma vez, Vinícius encheu seu copo novamente em silêncio. - Você veio aqui para saber sobre a Liliane, não é? - Perguntou William, encarando ele por um momento.- Eu sou o tipo que se intromete nos assuntos alheios, ignorando o bem-estar do meu amigo? - Disse Vinícius, olhando para ele sem jeito.- Realmente não é, mas isso não impede a sua curiosidade. - Disse William, soltando um sorriso irônico.- William. - Vinícius franziu a testa, continuando. - Eu sei que você está chateado, mas suas palavras podem me machucar. William pausou o copo, com os olhos fixos em algum lugar, dizendo com i
- William, só porque eu estava ao lado da sua mãe, você suspeita que foi minha culpa? Isso me traria algum benefício? Apenas a satisfação momentânea da vingança? - Retrucou Liliane, com um sorriso irônico.- E se não for? - Perguntou William, de volta. - Eu não sou estúpida! - Respondeu Liliane. - Com suas habilidades, você não poderia descobrir quem fez isso? Por que eu arriscaria fazendo algo assim? William observou Liliane como se estivesse buscando alguma mentira em seu rosto, mas não encontrou sinais. Ao ver a hesitação de William, Liliane continuou sem energia: - Eu não teria razão para me vingar de você. Você não fez nada que me machucasse. Há cinco anos, quando você não me salvou por causa de Mavis, eu não guardei ressentimentos, só queria me afastar de você, preferencialmente sem nenhum contato! Ao ouvir isso, o coração de William doeu profundamente, dizendo:- Certo, mesmo que você não seja a causadora disso, eu quero saber por que você deixou minha mãe andar na roda-gi
Naquele momento, os três pequenos estavam prestes a ir para a escola após o almoço, quando viram William aparecer diante deles. Os três ficaram surpresos e até Marcela piscou os olhos confusa. - Sr. William. - Cumprimentou Marcela. O olhar de William passou por Marcela, acenou de leve com a cabeça, em seguida, olhou para Breno. Com uma voz profunda, ele disse: - Breno, venha comigo. Breno apertou a alça da mochila, apertou os lábios e ficou parado, até mesmo desviou o olhar. William franziu o cenho, sem entender por que Breno estava hesitante. Antes, bastava dizer para ele ir e ele iria de imediato. Será que em poucos dias sem vê-lo, ele desenvolveu o hábito de não responder quando chamado? - Breno! - A voz de William ficou mais fria, com uma expressão desagradável no rosto. - Não chame mais! - Alice encarou William com olhos vermelhos, dizendo. - Toda vez que você aparece é para levar Breno embora, mesmo sabendo que ele também é filho da mamãe! William estreitou os olhos, d
- Vamos! - Disse William.Breno avançou, segurando a manga de William, seus lábios apertados, dizendo: - A gente está indo! Ao testemunhar isso, a expressão de William se tornou assustadora aos poucos. Parecia que ele havia acusado Liliane injustamente por toda a situação de sua mãe! Será que ela era tão boa em se disfarçar? Disfarçada ao ponto de fazer as crianças acreditarem que ela estava dedicando todo o seu coração e alma à sua mãe? Então, por que ela permitiu que sua mãe subisse sozinha na roda-gigante? William recuperou seu olhar frio e deixou a mansão. De volta ao carro, Breno olhou desapontado para William, dizendo:- Foi por minha causa que mamãe não subiu, porque eu tenho medo de altura! Se eu não tivesse isso, agora todos nós estaríamos mortos! Ao ouvir isso, os olhos negros de William se contraíram num instante. As imagens que Breno descreveu também surgiram em sua mente. Mas ele não acreditava! Desde que a verdade sobre a humilhação de sua mãe foi divulgada pel
Liliane mexeu os lábios, prestes a dizer que “realmente não gostava dele”, mas mudou de ideia: - Nós dois não somos próximos, não há nada para gostar ou não gostar. - Oh? - Miguel ficou intrigado, perguntando. - Posso presumir que você não acredita nas coisas que estão circulando na internet? - Se eu acredito ou não, tanto faz. - Respondeu Liliane. - Mas é verdade que eu realmente não gosto da família Gabaldo. - Como assim? - Perguntou Miguel, com seus olhos sombrios.Liliane soltou um sorriso leve, olhando para ele e dizendo: - Você não vê as feridas no meu corpo? Tudo cortesia do seu pai. Miguel, desconhecendo os detalhes, perguntou com a testa franzida: - Pode me contar o que aconteceu? Liliane pensou por um momento e contou a Miguel sobre o fato de Guilherme ter entendido mal ela.- Sinto muito, meu pai está envelhecendo e talvez tenha agido de forma extrema demais. - Miguel expressou seu pesar. Liliane permaneceu em silêncio. Após um momento, ele perguntou novamente. -
Com um gesto rápido, Mavis se virou, prestes a perguntar quem era, quando a porta se abriu. A figura de Beatriz surgiu na entrada, franzindo o cenho com desagrado e zombando: - Você está se fazendo de difícil, não é? O vovô te chamou várias vezes e você nem ouviu? O rosto de Mavis mudou num instante, assumindo uma expressão dócil e dizendo:- Desculpe, estava no telefone e não ouvi. O vovô precisa de alguma coisa? - O vovô não pode chamar você se não houver nada? - Grunhiu Beatriz, de leve.Mavis sorriu e deu um passo à frente. - Nada disso, venha, vamos descer e ver o vovô.- Não precisa! - Recusou Beatriz.Ela colocou os braços em volta do peito e se encostou na porta, bloqueando o caminho de Mavis.Mavis olhou para a postura de Beatriz e perguntou com paciência: - Você quer falar comigo sobre alguma coisa? - Sim! - Beatriz olhou para o sofá. - Não vai me convidar para entrar e se sentar? - Entre, por favor. - Disse Mavis, se afastando.Beatriz entrou no quarto e se sentou