Ele finalmente chegou.William olhou para Liliane, que estava agachada no chão, seus olhos revelando um frio aterrorizante. Ele olhou com raiva para Carvalho.- Você não é nada mal, ousando levar embora a minha pessoa.Carvalho se levantou rapidamente e, tremendo, gaguejou: - Tio... Tio William!William deu alguns passos em direção a ele e, com um olhar semicerrado, disse: - Você ainda sabe que eu sou seu tio? Carvalho estava apavorado e engoliu em seco. De repente, ele parecia perceber algo e seus olhos se fixaram em Liliane. - Tio William! Fui eu quem a trouxe até aqui, mas foi por sua causa! Você não entende, acabei de descobrir! Essa mulher tem más intenções em relação a você! Ela te odeia, a ponto de querer te envenenar, tio William! Você tem que acreditar em mim!William olhou de relance para Liliane, que estava de pé ao seu lado, como se nada estivesse acontecendo, e ele esboçou um sorriso irônico. - Se você é tão prestativo, é claro que eu, como tio, devo lhe dar um pres
“Seu pai esteve aqui esta noite, teve uma grande discussão com sua mãe e até conseguiu tirar o dinheiro dos remédios dela do hospital.”, disse Carlos.“Como está minha mãe?”, perguntou Liliane, franzindo a testa.“Estou aqui para ela, não se preocupe. Dei mil reais para ele e ele parou de causar confusão.”, respondeu Carlos.“Como ele tem coragem de aceitar dinheiro de Carlos?!” , pensava Liliane, com surpresa.Embora Liliane não gostasse da atitude arbitrária de Carlos, decidiu não dizer muito, afinal, ele estava fazendo isso pela sua mãe.Mas sabia que, uma vez feito isso, poderia se repetir inúmeras vezes.Ela decidiu, então, dar um toque.“Dr. Carlos, obrigada por ajudar minha mãe desta vez, mas da próxima vez, por favor, não dê dinheiro ao meu pai. Se ele aparecer novamente, peça para ele falar comigo, por favor.”, disse Liliane, depois de transferir mil reais para Carlos.Carlos não recusou, sabia que Liliane não gostava de dever favores.“Entendi. Quando você poderá voltar?”, pe
Mesmo diante de todos, ela ainda mantinha um semblante suave e virtuoso. Algumas horas depois, eles chegaram à Serafim. Desta vez, William não deixou Jorge levar Liliane de volta ao Jardim Azul, em vez disso, foram juntos para a empresa. Ao retornar ao seu escritório, Liliane olhou com surpresa para a parede de vidro que havia sido removida. O que antes a separava do escritório do CEO agora estava integrado. A alegria de Liliane ao voltar para a empresa desmoronou ao ver aquela cena. Ele estava realmente monitorando cada palavra e ação dela? Liliane avançou com raiva em direção a William, que estava sentado à mesa. - Você está passando dos limites! - Disse Liliane, furiosa.- Está descontente? - Perguntou William, erguendo os olhos.Descontente? Como ele ousava perguntar isso? Será que ele ficaria contente sendo monitorado assim?- Não vou mais trabalhar! Vou embora! - Disse Liliane, apertando os dentes.A expressão de William ficou séria. - Quer aproveitar minha ausência pa
- Então, por favor, a partir de agora, cuide dela. Não venha me provocar por qualquer motivo! - Disse Liliane, sorrindo de leve.Dizendo isso, Liliane saiu apressada pela porta, deixando William franzindo a testa em seu escritório.Momentos depois, William pegou o celular e ligou para Jorge. - Como está a investigação? - Perguntou William.- Sr. William, não conseguimos confirmar a morte da vice-diretora do orfanato, mas descobrimos a professora que acompanhou a Srta. Mavis na época. Ela disse que Srta. Mavis foi vítima de bullying, sofrendo algum trauma psicológico, mas o orfanato abafou o assunto. - Respondeu Jorge.William ficou com a expressão séria. - Há mais alguma coisa. - Continuou Jorge.- Diga. - Disse William.- O diretor disse que a garota com uma pinta na orelha se chamava Lívia. Srta. Mavis provavelmente mudou de nome após ser adotada. - Explicou Jorge- Já conseguiram contato com os pais adotivos? - Perguntou William, franzindo a testa. - Antes já tentamos, mas quando
A conversa chegou a aquele ponto, silenciando o ambiente. Liliane ficou parada à porta, perplexa. De quem sua mãe estava falando ao mencionar “a criança” ?Com certeza não poderia ser ela. Como ela poderia não ter laços de sangue com seu pai? Nos últimos anos, ele mudou muito de personalidade, era verdade, mas na infância, ele era um homem diligente e responsável.Liliane balançou a cabeça, não podia ficar especulando sobre certas coisas. Ao entrar, ela olhou para sua mãe, sentada na cama, com uma expressão sombria.- Mãe, você e o pai estão brigando de novo? - Perguntou Liliane.Ao ouvir a voz, Fátima virou de repente a cabeça, olhando cinfusa para Liliane. - Você, chegou e nem cumprimentou? - Disse Fátima.Liliane se sentou ao lado da cama, ficando em silêncio por um momento. - Mãe, que história é essa de laços de sangue? - Perguntou Liliane.Fátima desviou o olhar, evitando o contato visual. - Apenas um parente da família do seu pai, não tem nada a ver com você, não se preocupe
- Seu chefe? - Exclamou Fátima, surpresa.- Pessoas que cobram as dívidas do pai sempre me perseguem. Meu chefe é legal, então ele arranjou alguns seguranças para me acompanhar. - Explicou Liliane, com calma.- Que bom que está tudo bem. Da próxima vez, não desligue o celular, você me assustou. - Disse Fátima, aliviada.Liliane a tranquilizou antes de encerrar a chamada.Ela se aproximou da janela, nervosa, observando o movimento lá embaixo.Em menos de dez minutos, um carro preto de luxo entrou rapidamente no quintal. William saiu do carro, com uma expressão sombria, e entrou na mansão.Liliane fechou os olhos cansados, sabendo que outra batalha estava prestes a começar.Ela se virou, apreensiva, caminhando em direção à porta do quarto.Enquanto sua mão alcançava a maçaneta, a porta foi abruptamente chutada e aberta com um estrondo.A porta bateu em seu ombro, uma dor surda se espalhou por sua cabeça.Instintivamente, Liliane segurou o ombro, franzindo a testa enquanto encarava o hom
No hospital.Após lidar com os assuntos durante toda a noite, William foi verificar Mavis. Ao ver ele, Mavis se apressou em se sentar na cama.- William, você veio? - Disse Mavis, ansiosa.- Você pode deitar, não precisa se levantar. - Respondeu William, com calma.Ao perceber que William não se aproximava, um leve desapontamento passou pelos olhos de Mavis.- Estou bem, descansei a noite toda. - Suspirou Mavis. - Só que ontem, acabei causando problemas novamente.- Não procure ela mais. Ela não dirá nada de bom. Se lembre de se proteger. - Disse William, franzindo a testa.Mavis, timidamente, perguntou: - Posso considerar que você está se preocupando comigo? - Algumas coisas podem ser evitadas. - Disse William e seus olhos escureceram ligeiramente.Não ouvindo a resposta que desejava, a expressão de Mavis endureceu por um momento. Logo percebeu o rosto cansado de William.- William, você não descansou bem ontem? - Perguntou Mavis, com preocupação.- Estou bem. Se você estiver bem, v
Durante três dias consecutivos, William voltava para casa ouvindo Lucinda falar sobre a greve de fome de Liliane. Nos primeiros dias, ele conseguia suportar, mas já haviam se passado três dias!Ela estava disposta a sacrificar sua saúde por outro homem e em troca de liberdade? William subiu as escadas com um rosto sombrio, dispensou os seguranças e abriu a porta do quarto de Liliane.O quarto só estava iluminado pelo brilho do computador, revelando uma mulher encolhida na cama. Quando William se aproximou, sua atenção foi atraída por duas garrafas de remédio na frente do computador.Ao pegar as garrafas, ele franziu a testa ao perceber que eram analgésicos. Ele abriu uma das garrafas e viu que estava quase vazia. Seu rosto ficou mais sombrio.Após colocar as garrafas de volta, William foi até a beira da cama e sacudiu Liliane, que estava dormindo profundamente, devido à fome. - Se levante! - Chamou William.Liliane, tonta de fome, acordou ao ver o rosto bonito de William, pensando