Liliane, atônita, observou o celular. Kerry parecia não ter dito a ela a que horas seria o voo amanhã à tarde...Ao ser despertada, Liliane perdeu o sono, se levantou e desceu as escadas. Ao ver a sala de estar toda bagunçada pela família Marques, ela massageou as têmporas e se dirigiu à cozinha.Antes mesmo de chegar na cozinha, Liliane sentiu um cheiro nauseante. Ao abrir a porta completamente, se deparou com o caos: oito galinhas trancadas na cozinha! O chão estava coberto de fezes de galinha e as aves até subiram no fogão, sujando a superfície branca!Liliane segurou com força a maçaneta da porta para não desmaiar de raiva! Se não fosse pelo horário inadequado, como ela poderia tolerar esse comportamento absurdo em sua casa?Ela fechou a porta da cozinha e subiu para o segundo andar, respirando fundo. Parecia que tinha que começar a fase de execução do plano!Às sete e meia.Liliane foi acordar os três pequenos. Alice mal conseguia levantar a cabeça, balançando a cabeça de for
- Se vamos ou não, não é da sua conta! - Respondeu Alice, fazendo bico.Paula fixou os olhos em Breno, ignorando completamente as palavras de Alice. Depois de olhar por um tempo, Paula de repente sorriu.- Garoto bonito, você acabou de chegar aqui. Vou te levar para almoçar como uma forma de boas-vindas, olhe só, já é meio-dia. - Convidou Paula.Ian e Alice quase riram ao ouvir isso. Quem era o anfitrião afinal?Breno, que já não era bom em recusar convites, apenas concordou com a cabeça de forma rígida depois que Paula falou.Ian e Alice ficaram surpresos.- Afinal, não confio em você para levar Breno para fora! Eu também quero ir! - Falou Alice, imediatamente, olhando para Paula com vigilância.Paula torceu a boca. Ela realmente não queria levar esses dois grudentos juntos. Mas, pensando bem, como ela não teria que pagar pela refeição, eles irem ou não, ela não se importava!Após a família Marques se arrumar, eles saíram para o restaurante com os três pequenos.Ao chegarem lá, os M
- Alice, veja aquilo, lembra da última vez que alguém ganhou 10 milhões aqui? - Disse Ian, elevando a voz de propósito para Alice.Depois de falar, Ian apertou a mão de Alice e fez um sinal com os olhos.- Lembro! - Alice entendeu de imediato, assentindo.Os ouvidos de Paula estavam muito aguçados. Ao ouvir o número 10 milhões, ela imediatamente dirigiu seu olhar para a máquina de raspadinha.Será que essa máquina poderia premiar 10 milhões?- Eu sei disso! Meu amigo já jogou, ouvi dizer que ganhou alguns milhares! - Acrescentou Diego, enquanto Paula ainda estava duvidando.As palavras de Diego dissiparam as dúvidas de Paula.Ian e Alice mal conseguiam conter o riso. Isso foi uma coincidência incrível.Vendo Ian e Alice rindo, Breno também sorriu.Paula foi até lá para dar uma olhada e comprou algumas raspadinhas de 5 reais.- Comprar só isso não vai funcionar e 5 reais não vão te dar um prêmio de 10 milhões. - Disse Ian. - Então, como funciona? - Perguntou Paula, franzindo a testa,I
Diego estava furioso, pois sua mãe havia acabado de transferir toda a fortuna deles! - O que você quer dizer? Em resumo, não conseguimos nada? - Exclamou Diego, olhado para Ian.- Como assim não conseguiram nada? Acabaram de receber trinta mil! Sua má sorte não é minha culpa, não podem me culpar por isso! - Retrucou Ian.- Você! - Paula estava prestes a desmaiar, trêmula, apontou para Ian, xingando. - Você é um vigarista! Raul estava tão atordoado que não conseguia dizer uma palavra.Ian retirou o sorriso e olhou com frieza para a família Marques.- Vocês escolheram jogar esse jogo, ninguém forçou vocês. Eu mal terminei de falar e vocês correram para jogar! Nem todos os sorteios são garantidos, vocês não entendem isso? - Retrucou Ian.Paula, agora, não conseguia mais absorver essas palavras.- Vigarista! Uma criança como você me enganando! Todo mundo, venham julgar! Venham julgar! - Choramingou Paula, com vez trêmula, apontando para Ian.As pessoas ao redor se viraram para ver uma mu
- Fiquem calados, ninguém acha que vocês são mudos! – Repreendeu Paula.- Vocês são parentes da mãe dessas três crianças? – Perguntou o policial, franzindo a testa.- Sim! – Paula admitiu. – Mas e daí? - Pelos relatos dos dois pequenos agora, estou desconfiado de que vocês querem dar um golpe no dinheiro da mãe deles! – Explicou o policial, com um sorriso frio. A família Marques arregalou os olhos e começou a explicar, mas o policial os ignorou e olhou para Ian, perguntando. - Sua mãe é rica? Compra carros e casas para eles? - Tio policial, minha mãe é a dona da empresa, eles só querem o dinheiro dela. – Disse Alice, em tom infantil e com seus olhos brilhantes. Com um biquinho, Alice logo ficou com os olhos cheios de lágrimas, continuando. – Policial, eles são muito maus... Minha mãe está sofrendo, vocês podem nos levar de volta? Tenho medo de que eles fiquem bravos e nos vendam...A expressão inocente de Alice tocou o coração dos policiais.- Fiquem tranquilos, vou garantir que volt
- Não se preocupe tanto, a mamãe pode lidar com eles. – Disse Ian, dando leves batidinhas na cabeça de Alice.Alice, com lágrimas nos olhos, cobriu a cabeça e encarou Ian.- Você está me provocando de novo! – Reclamou Alice.Enquanto os dois filhos brigavam, Breno permanecia calado, com Liliane se aproximando dele e o abraçando.- Mamãe... – Chamou Breno, surpreso.- Breno, no futuro, espero que você tenha coragem de recusar demandas injustas. Fico feliz que você compre comida para seus irmãos, mas não quero que se deixe usar pelos outros, está bem? – Disse Liliane, em tom suave. Liliane estava desconfortável, seu filho mais querido havia sido tratado como um tolo pela família Marques.Breno estendeu devagar sua mão e abraçou Liliane de volta, com os olhos avermelhados.- Sim, não quero mais preocupar você... – Disse Breno.No dia seguinte.Liliane foi despertada pela voz animada de Diego.Após se arrumar, desceu as escadas para encontrar Diego transmitindo ao vivo novamente, com Paul
Manhã, às dez horas.Liliane recebeu uma ligação da polícia sobre a investigação do incêndio na fábrica.Ao chegar à delegacia, um policial ofereceu água a Liliane e se sentou para conversar.- Sra. Liliane, lamento muito, mas até agora não conseguimos resolver o caso do incêndio. No entanto, há algumas questões intrigantes. – Avisou o policial.- Me diz o que você tem em mente. – Disse Liliane, dando um gole leve na xícara de chá.- Sra. Liliane, eu queria saber se há alguém ao seu redor que você acha suspeito? – Perguntou o policial.- Eu acredito que vocês já interrogaram meus funcionários. – Respondeu Liliane, olhando para cima, perguntando. - Quem vocês acham que é suspeito? - Analisamos com cuidado todos os depoimentos, mas gostaria que você desse uma olhada nessas duas declarações. – Disse o policial.O policial entregou dois documentos a Liliane. Ela, imediatamente, viu os nomes do vice-diretor da fábrica e de Nanda.- Qual é o problema com as declarações do vice-diretor e da
- O que aconteceu com a sua voz? A empresa está muito ocupada ultimamente? – Perguntou Kerry, surpreso.- Kerry, no dia em que você desligou o celular, a fábrica pegou fogo e recebemos uma grande quantidade de devoluções de pedidos. – Respondeu Liliane, esfregando a testa.- O quê? – Exclamou Kerry, chocado ao celular. – Eu mal saí e a fábrica teve um problema? Quem fez isso!Liliane afastou o celular para longe, para não ser perfurada pelos gritos de Kerry.Quando Kerry parou de gritar, ela colocou no viva-voz.- A pessoa responsável ainda não foi identificada. Vou te contar os detalhes quando você voltar. – Respondeu Liliane.- Caramba! – Xingou Kerry. - Desliguei o celular e aconteceu uma desgraça. A pessoa que fez isso está claramente tentando me incriminar, né?Liliane ficou surpresa por um momento e depois soltou uma risada.- Você reagiu tão rápido. Posso pensar que talvez você seja o culpado? – Brincou Liliane.- Ei, ei! G! Eu não sou uma pessoa ingrata e definitivamente não so