William apertou os lábios finos, seus olhos negros profundos não revelavam qualquer emoção.- Eu só quero te perguntar uma coisa, qual é a sua relação com o G? - Questionou ele.Liliane ficou sem palavras.O que significava a relação dela com G? Como ela podia ter alguma relação consigo mesma? Podia ser que William tenha confundido outra pessoa com G?- Acho que não tenho a obrigação de responder sua pergunta. - Disse Liliane..- G é arrogante, com estreito de visão. Mesmo que ele tenha algum talento, não terá uma jornada duradoura. - Advertiu William, encarando ela.- Você realmente precisa analisar o futuro de um designer do ponto de vista de um empresário? - Retrucou Liliane, querendo rir ao ouvir suas palavras.Ela não cooperava com ele, então ela se tornava alguém limitado? Quem disse que ela precisava depender da Novitex para se tornar forte?Naqueles cinco anos, ela nunca se apoiou nele e mesmo assim, realizou seus sonhos, se tornando uma presença de destaque!- A menos que
Vinícius se endireitou ao ver Marcela enrolada no lençol e roupas bagunçadas pelo chão, entendendo imediatamente o que aconteceu.Era provável que ele tivesse transado com Marcela na noite anterior.- Estou te perguntando! - Gritou Marcela de novo, sem ouvir a resposta de Vinícius. Ele esfregou o traseiro ao se levantar, e Marcela, ao perceber algo, arregalou os olhos. - Você... Você! - Exclamou Marcela, incrédula, encarou Vinícius. - Você é um exibicionista? Não tem nenhum senso de vergonha? Vinícius permaneceu calmo, pegou suas roupas e começou a vestir com calma. - Já fizemos tudo, por que você está aqui agindo como se fosse pura? - Zombou ele.Ao ouvir isso, Marcela rangeu os dentes de raiva. - Você acha que todo mundo é igual a vocês? Eu sou virgem! Foi a primeira vez! - Gritou Marcela, furiosa.Depois de desabafar, Marcela pulou rapidamente da cama, se vestiu às pressas e saiu do quarto assim que terminou. Ao ouvir a porta sendo fechada com força, Vinícius riu de leve.Ele
À Tarde.Jorge entrou no escritório de William para relatar.- Senhor William, aquele senhor da Cidade Pompeia estará na Serafim hoje à noite. Você quer encontrar ele? - Perguntou Jorge.- Por que ele viria a Serafim? - Questionou William, franzindo a testa.- Dizem que ouviu falar de um cirurgião excepcional no Hospital Serafim. Seu filho tem um tumor e ele veio especialmente procurar um médico. - Explicou Jorge.- Descubra qual médico ele está procurando. - Instruiu William.- Entendido. - Respondeu Jorge.Ele estava prestes a sair quando William chamou ele.- E quanto ao teste de paternidade? - Perguntou William, em tom frio.- Já enviei alguém para acelerar o processo. Deve ficar pronto em três dias. - Respondeu Jorge.- Entendi, pode ir. - Disse William, voltando sua atenção para a tela do computador. Naquele momento, seu celular que estava sobre a mesa começou a tocar.Era a resposta para o e-mail que ele enviou para G na noite passada.“Por favor, escolha outro talento para a s
Para ajudar Kerry a se mudar, Liliane voltou para a Mansão Baía assim que saiu do trabalho. Ao entrar, Kerry se aproximou rapidamente.- G, onde estão as crianças? - Perguntou ele.- Elas estão na casa do William. A história é longa, vamos mover as coisas primeiro, depois conversamos. - Respondeu ela.Vendo que Liliane não estava disposta a falar, Kerry não insistiu. Depois de arrumar as coisas, Liliane pediu comida.Após uns dez minutos, ouviram batidas na porta. Liliane se levantou para atender, mas Kerry impediu ela. - Eu vou. - Kerry foi até a entrada, ao abrir a porta, se deparou com o homem que estava nos planos!- O que você está fazendo aqui... - Perguntou William que, ao ver Kerry, ficou com o semblante escuro.- Tio Kerry! - Antes que William pudesse terminar a frase, Alice, atrás dele, empolgada, apareceu. Kerry brilhou os olhos, pegou Alice. - Alice! Eu senti sua falta! Onde você e Ian foram? Me deixem contar uma boa notícia, logo moraremos juntos, nos veremos todos o
- Kerry, leva as crianças para a sala para brincar, por favor. – Disse Liliane.Kerry estava prestes a concordar quando notou uma pequena figura atrás de William. - Quem é aquela pessoa? – Perguntou Kerry, intrigado.Liliane seguiu o olhar de Kerry e viu Breno em silêncio atrás de William. - Breno? – Chamou ela, se apressando em se aproximar dele.- Sim. – Respondeu Breno, obediente, dando um deu um passo à frente.Liliane, com o coração amolecido, pegou ele nos braços. - Vamos, venha comigo. – Disse Liliane. Então, ela olhou para William e acrescentou. – Minha casa é pequena, se não se importar, você também pode entrar.William recuou seu olhar frio e distante, sem dizer uma palavra, adentrou a mansão. Se aproximando, a hostilidade em seus olhos gelados fez Kerry se arrepiar involuntariamente. Kerry, um tanto inseguro, engoliu em seco e seguiu William, levando Alice pela mão enquanto Ian brincava.- Lucinda não está? – Perguntou William, depois de se sentar no sofá e percorrer o
À tarde.Liliane e o departamento de produção realizaram uma reunião, prevendo que em dez dias a primeira remessa de roupas encomendadas estaria pronta. A estimativa surpreendeu Liliane, ultrapassando suas expectativas.- A velocidade de produção é importante, temos poucos funcionários aqui, mas não force eles a fazer horas extras. – Alertou Liliane, olhando para o diretor de produção.Ela não saía correndo atrás só de velocidade, priorizava a qualidade das roupas e o bem-estar dos trabalhadores.- Entendi, Sra. Liliane. Seguiremos suas regras, horários normais e sem trabalho noturno. – Respondeu o diretor.Liliane assentiu, depois se virou para Nanda, sua recém-contratada secretária. - Nanda, avise o departamento de segurança para ficar atento à situação na fábrica durante este período. Não podemos descuidar. – Instruiu ela.Nanda, uma mulher na casa dos trinta, ostentando um corte de cabelo curto que denotava uma firmeza evidente. Liliane escolheu ela para ficar ao seu lado porque
Ela reuniu seus pensamentos e seguiu os passos de William em direção ao prédio de internação.No elevador, parou apenas quando alcançaram o último andar. As portas se abriram, Liliane ficou atônita diante do que via.Praticamente, era um amplo apartamento dividido por paredes de vidro em cinco salas. Havia plantas e árvores lá dentro, banhadas por uma luz solar suave, criando uma atmosfera acolhedora. Contudo... Isso parecia um lugar de internação?Dizia que estavam ali de férias não seria exagero.Com os médicos se movendo entre as salas, Liliane avistou Lucinda deitada na cama usando uma máscara de oxigênio. Ela se apressou em direção ao quarto.Ao ouvir os instrumentos emitindo um som suave, o coração tenso de Liliane também se acalmou.O médico, que estava registrando o caso, se virou ao ouvir a chegada de William, se inclinando com respeito. Em seguida, explicou a situação em alemão.Durante a conversa, o médico expressou confusão e descontentamento em alguns momentos. Lilia
- Claro! – Respondeu Liliane, animada.Após conversar um pouco com os três pequenos. Só então ela deixou o hospital.Ao chegar à porta do hospital e se preparar para chamar um carro, uma figura branca colidiu com ela. Liliane foi empurrada para trás, mas conseguiu se equilibrar após alguns passos.No entanto, a pessoa que atingiu ela acabou se sentando com força no chão. Liliane se virou para ver uma mulher em trajes de dormir, parecendo desgrenhada, caída diante dela. Mesmo com os cabelos bagunçados, Liliane notou a beleza refinada do rosto da mulher, embora seus olhos estivessem cheios de terror e confusão.- Desculpe... – A voz da mulher tremia intensamente e seus olhos ficaram avermelhados num instante.- Está tudo bem, como você está? – Disse Liliane, balançando a cabeça. Ela estendeu a mão para a mulher, acrescentando. – O chão está frio. Me deixe te ajudar a se levantar. No entanto, para surpresa de Liliane, sua tentativa de ajudar fez com que a mulher tremesse violentamente.