De volta em casa, Lucinda ficou bastante feliz ao ver Carlos, preparando uma mesa farta e acolhedora.Carlos, com as mangas arregaçadas, ajudou na cozinha, não permitindo que Liliane participasse.Antes do jantar, Carlos levou as crianças para lavar as mãos, enquanto Lucinda carregava os pratos. - Lili, sei que há coisas que não deveriam ser ditas por mim. Mas, nos últimos anos, tenho observado muito e não consigo deixar de te lembrar. O Dr. Carlos é gentil e atencioso, cuida bem das crianças e de você. Você deveria considerar isso, especialmente pelos seus filhos. – Aconselhou Lucinda.Liliane ficou em silêncio por um momento. - Lucinda, ainda não terminei minhas coisas. Não quero envolver Carlos nisso. – Respondeu ela.- O Dr. Carlos sabe disso, mas ele nunca se importou. Você também precisa de alguém ao seu lado para compartilhar a pressão. – Insistiu Lucinda.- Eu já devo tanto a ele... – Disse Liliane, baixando os olhos.- Então, por que não dá a ele uma chance? Lili, não precis
- Você está fazendo isso pelas crianças? – Perguntou Liliane, surpresa.- Sim. - Carlos não escondeu, dizendo diretamente. - Se você não quer que eu ajude com as pressões da vida, então eu farei o máximo para ajudar com as crianças. Um calor percorreu o coração de Liliane. Não era exatamente uma paixão por Carlos, mas, para viver o dia a dia, ele parecia ser a melhor escolha como marido e pai.- Obrigada. – Agradeceu Liliane, com sinceridade.Carlos sorriu levemente. - Você sabe, não gosto quando você diz isso. É estranho. Além disso, eu faço isso por vontade própria. – Disse Carlos, sorrindo de leve. Depois de falar, ele tomou um gole de suco e continuou:. - Quando Breno vem?- Amanhã. – Respondeu Liliane. - Eu pegarei ele.- Me deixe ir, se puder evitar ir ao Jardim Azul agora, melhor. – Sugeriu Carlos, depois de ponderar por um tempo.- Prometi às crianças que faria isso. Além disso, Breno não te conhece, tenho medo de que ele se sinta desconfortável. – Recusou Liliane, balançando
Liliane subiu com calma para o escritório, abriu o computador e acessou os arquivos criptografados. Lá, estavam os relatórios de teste de DNA de Mavis, Eduardo e ela própria, juntamente com as evidências encontradas por Eduardo sobre a farsa de Mavis como a “salvadora”. O material mais significativo era o vídeo da relação entre Mavis e Pablo. Não tinha como negar, ela precisava agradecer ao Pablo por ter uma quedinha por manter evidências que ela poderia usar a seu favor.Em dois meses e meio, ela teria a oportunidade de ver a expressão de Mavis quando confrontada com essas provas.No entanto, uma grande dúvida permanecia em sua mente. Parecia que havia alguém por trás de Mavis, apagando em silêncio as evidências do assassinato, incluindo a troca de Breno. Mavis, sem dúvida, não ousaria deixar os membros das famílias Gabaldo e Lima saberem disso. Então, quem era essa pessoa agindo em segredo para ajudar ela?Liliane se levantou da cadeira, segurando uma xícara, enquanto ponderava
Sem esperar a resposta de Liliane, Alice correu rapidamente para bloquear a escada. Sua bochecha fofa ficou inflada de raiva.- Por que vocês estão levando minha mãe embora? – Perguntou Alice, aos policiais.Não apenas Alice, mas Ian e Breno também se aproximaram dos policiais, encarando eles com hostilidade. - Vocês não têm razão para levar minha mãe sem motivo. – Disse Ian, com frieza. - Motivo? – Perguntou Breno, ainda mais frio.As crianças, sem saber o que estava acontecendo, defendiam sua mãe, temendo que ela fosse levada embora. Carlos e Liliane, no entanto, estavam surpreendentemente calmos. Com um olhar mútuo, eles seguiram uma estratégia coordenada.Carlos foi à frente para acalmar as emoções das crianças, enquanto Liliane, com serenidade, desceu as escadas. - Posso acompanhar vocês, mas gostaria de saber qual crime estou sendo acusada? – Perguntou Liliane, diante dos policiais.- Recebemos uma denúncia, suspeitando que você é uma assassina que forjou a própria morte e
Na delegacia.Liliane permanecia sentada, olhando com calma para os dois policiais à sua frente. Mesmo após uma hora de interrogatório, eles se recusavam a liberar ela, mesmo sem evidências substanciais. - Há mais alguma pergunta? – Perguntou Liliane, preocupada com seus filhos.- Lamentamos, mas não podemos deixar você ir. – Respondeu a policial feminina, com severidade.- Vocês já investigaram tudo minuciosamente. Existe algo que ainda desconfiem? – Questionou Liliane, olhando com indiferença para eles. Cinco anos atrás, Eduardo ajudou ela a forjar uma identidade, com amigos no exterior garantindo que cada detalhe de sua vida como Camila estivesse perfeitamente organizado, por isso, Liliane podia estar calma agora.O policial masculino olhou mais uma vez para os documentos e registros, sem conseguir encontrar falhas. Ele então consultou a colega. - Não há problemas, ela é apenas parecida. Deixamos ela ir. – Sugeriu o policial masculino.- Você não está esquecendo de algo? – Pergu
- Delegado Jacarias? – Falou a policial feminina logo em seguida, surpreendida. Liliane seguiu o olhar dela.Diante dela, estava um homem de meia-idade ligeiramente corpulento e um rosto bonito, mas sério, logo atrás dele.Quando seus olhares se encontraram, Liliane recolheu os dedos abruptamente, seus olhos se alargaram de leve.Como William poderia estar ali?Ele não estava em uma viagem de negócios?Jacarias olhou para a policial, franzindo a testa. - Ivana, o que você está fazendo? Solte a pessoa imediatamente! – Repreendeu Jacarias.- Delegado, essa pessoa é idêntica a assassina que morreu devido ao parto anteriormente... – Respondeu Ivana.- O que você quer dizer com “idêntica”? – Repreendeu Jacarias. - Esta é a namorada do Sr. William! Você está inventando coisas!Ivana olhou para William com suspeita, depois para Jacarias. - Delegado Jacarias, a assassina chamada Liliane anteriormente também tinha alguma ligação com o Sr. William. Você não está preocupado que ele esteja prot
Os olhos de Liliane tremeram, rapidamente escapando do domínio de William como se tivesse levado um choque.Ela encarou ele com vigilância e frieza. - Sr. William! Por favor, se comporte! – Disse Liliane.O tom familiar fez um sorriso leve aparecer nos olhos de William. Será que ela percebeu que ao pronunciar “Sr. William” em um momento de urgência, revelou demais?William não constrangeu ela mais. Ele se endireitou olhando para Jorge. - Dirija até a Mansão Baía. – Ordenou William.- Você está me investigando? – Perguntando Liliane, olhando com fúria para ele.- Sim. – Respondeu William, honestamente.- Desprezível! – Xingou Liliane. – Você nunca aprenderá a respeitar! - Eu não preciso saber! – A respiração de William caiu para zero, ele rosnou. – Só sei que te procurei por cinco anos! - Você não precisava me procurar! – Respondeu Liliane, com frieza.- Liliane, não seja ingrata! – Comentou William, a raiva brilhava nos olhos dele.- Eu pedi para você me procurar? – Retrucou Lilia
Liliane repreendendo William na frente de tantas pessoas fez o rosto dele escurecer num instante.- Você levou meu filho sem minha permissão e agora está me culpando? – Retrucou William, encarando ela com frieza.- Sinto muito por não ter te avisado com antecedência! – Desculpou Liliane, apertando os dentes. - Mascomo pai, questionar a criança assim logo de cara, você não acha que isso poderia assustar ele? Você não sabe a situação atual de Breno? Pode pelo menos dar um pouco de calor e carinho para a criança?- Ele é meu filho, por que você está tão agitada? – Questionou William, semicerrando os olhos.Liliane ficou sem palavras. Oh não, ela estava tão preocupada com a criança que esqueceu que William ainda não sabia sobre sua relação com Breno.- Eu só estou te aconselhando a não deixar a criança se sentir rejeitada. – Disse ela, mudando rapidamente de assunto. William soltou um sorriso frio, se aproximando de Liliane. - Agora estou curioso para saber por que você se preocupa tant