Tentando seguir

Capítulo 5

Levantei fui para o banheiro, tomei um banho fiz a barba hoje vou realmente conhecer o amor da minha vida pois se é o que restou de nos é o meu maior amor do mundo, chega de me lamentar ela precisa de mim!

Vesti meu terno e o caminho todo fui imaginando como ela seria o dia que ela nasceu eu mal olhei pra ela a dor que me consumia era tão grande que foi impossível pra mim me aproximar mas já passou da hora de ser fraco preciso reagir por nos dois.

Quando chego lá todos me olham surpreso, vou entrando pois já sei o caminho, ao entrar no berçário minha mãe estava lá com a pequena nos braços.

-Meu filho que bom te ver chegou na hora exata podemos levar a Clarinha pra casa!

Minha mãe se vira com ela para mim, e ela era copia de Julia mais com os meus olhos a peguei dos bracos da minha mãe.

E comecei pedindo perdão:

-Oi minha pequena perdoe seu pai pela ausência mais prometo que de hoje em diante enquanto eu respirar estarei ao seu lado seremos nos dois, para sempre juntos.

Acaricio sua cabecinha e ela vai fechando os olhinhos como se sentisse segurança nos meus braços e eu sorrio meu primeiro sorriso depois de tudo só podia ser para ela, e vão ser todos daqui para frente...

Assino tudo para alta dela e vamos para nossa casa Clarisse me ligou dando os parabéns e querendo saber o que faz com os processos, mandei que passasse tudo para os outros advogados da empresa pois tirarei uma licença de pelo menos três meses.

Ela nem me questiona imagino que já esperava que eu tomasse essa atitude qualquer um sabe que minha filha precisa de mim.

-Mãe eu não quero atrapalhar sua vida mais.

-Você não esta atrapalhando nada, eu vou ficar aqui mais um tempo e não ouse dizer o contrário.

Meus pais eram o maior exemplo de amor para mim quando meu pai se matou devido a problemas na empresa e a descoberta de um câncer incurável sofremos bastante eu ainda estava na faculdade, a dois anos minha mãe começou a namorar e eu não aceitei, como ela ousava fazer isso?

Eu a abandonei me afastei dela e quase não nos falávamos, mas quando tudo aconteceu ela não pensou duas vezes em estar do meu lado.

O destino e suas peripécias...

-Vou chamar a Agda para me ajudar a limpar o quarto tirar a poeira antes de levar ela para lá Fernando você fica bem com ela?

-Claro que sim só não tirem nada do lugar eu quero que fique do jeito que a Julia queria!

-Esta bem meu filho não se preocupe.

Ela e Agda subiram limpar e fiquei com Clara nos braços e do nada comecei a cantar para ela que dormia suavemente no meu colo.

Eu sei que desse momento em diante eu viverei por ela.

-Fernando.

-Fernandooo!

-Oi mãe.

-Em que mundo esta?

-Falei que esta na hora do banho dela, quer ajudar?

Eu nem ouvi minha mãe descer as escadas de tão hipnotizado que eu estava por ela...

-Claro que sim vamos lá.

Subo com minha mãe tínhamos feito uma adaptação no quarto dela ou melhor no banheiro do quarto colocamos a banheira de bebê em uma bancada e ao lado espaço para trocar e vestir ela tudo com pequenas borboletas azuis como Julia amava tudo aquilo foi sonhado por ela desenhado por ela era difícil estar ali sem ela...

-Filho escolhe a roupa que ela vai colocar.

-Esta bem...

Ao abrir o guarda roupa eu vi tudo que compramos juntos mas como vou saber o que usa com que eu não fazia ideia do que pegar mas com certeza Julia saberia...

Pego algumas peças que acho que estão certa e volto até o banheiro minha mãe estava finalizando o banho e nem assim ela chorou...

-Me de aqui filho as roupas.

Entrego a minha mãe que sorri e eu fico sem entender...

-Filho vestido?

-Ela é uma menina não é?

-Esse vestido e grande e esta frio filho...

-Eu não sei fazer isso seria a Ju...

-Agda pode pegar por favor e me mostrar.

-Claro senhor vamos lá.

Não termino a frase e acompanho Agda até o guarda roupa novamente.

-Aqui senhor nessa porta estão as roupas para o tamanho dela, precisamos de calça e blusinha de pijamas e um macacão desses aqui qual o senhor quer?

Olhei os macacões pendurados e escolhi o de ursinha rosa que foi primeiro que compramos fazendo a cena passar na minha mente, afastado da memória e entrego para Agda que pega um par de meia e uma faixa e leva para minha mãe.

-Agora sim olha só que Fofura da vovó!

Minha mãe finaliza passando uma colônia por cima da roupinha dela e me entrega:

-Quer dar a mamadeira para ela filho?

-Será que eu consigo?

-Só vai saber se tentar.

Me sento na poltrona coloco a almofada que Julia dizia ser de amamentação e Agda me entrega a mamadeira já pronta.

Minha mãe me ajuda como colocar na boquinha dela era tão pequena como que só aquilo ia alimentar meu cisquinho?

Ela mama tudo e choraminga e eu pergunto para minha mae:

-Será que ela quer mais?

-Não agora você vai fazer ela arrotar e dormir.

-Mas ela acordou agora pouco.

-Mas e assim mesmo no começo eles dormem mais do que ficam acordados...

O tempo foi passando, dias semanas eu fui aprendendo mas a realidade e que minha mãe precisa ir pra casa e eu preciso voltar a trabalhar, Clara esta completando três meses o sorriso dela me lembra Julia a todo instante é um presente para mim o que não dói como eu imaginava que seria mais me da forças todo dia.

-Filho eu vou precisar voltar pra casa tem muita coisa amontoada na empresa que eu preciso resolver esta na hora de procurarmos uma babá.

-Eu sei mãe, também preciso voltar a trabalhar, venho pensando nisso, mas só de imaginar deixar ela com uma estranha eu já me desespero.

-Vamos achar alguém qualificada, Rebeca tem aquela agências de cursos de técnicas em enfermagem vamos ligar para ela e pedir que indique a melhor.

-Faça isso mamãe e peça o contato e já marque a entrevista para amanhã mesmo...

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