ÁgataNão demora muito e Roger chega ao endereço onde ela mora, o trânsito hoje está ajudando bastante e nem de perto lembra a primeira vez que estive aqui.Mel insiste para que eu tome um banho e até escolhe a roupa dentro da minha mala, enquanto tomo banho.Depois que passou o susto, estou até gostando dessa nossa interação, sempre quis saber o que é ter uma amiga ou até mesmo uma irmã, mas não tive essa oportunidade e estar com Mel assim, é realmente agradável para mim.Ela dispensa o Roger assim que chegamos, dizendo que voltaria de táxi depois. Chegando à portaria, ela fala com alguém e logo sai me arrastando para dentro do barzinho, mal consigo olhar ao meu redor.Sentamos em uma mesa próxima do pequeno palco, um garçom se aproxima nos oferecendo o cardápio, peço um suco, faz tempo que comi e não quero dar vexame ao lado dela, sou muito fraca para bebida.— Você vem sempre aqui? — pergunto curiosa, já que parecia que ela conhecia a pessoa que estava na portaria.— Que isso, Ág?
BetoEstar com ela em meus braços é maravilhoso...Estava conversando com o Edu e estremeci quando identifiquei a melodia, desde que minha irmã me mostrou essa música, vivo escutando-a, pode até parecer coisa de mulherzinha, mas até baixei em meu celular.Nenhuma das sensações que havia sentido até agora, me preparou para a emoção quando as primeiras palavras começaram a ser cantadas, era ela... eu tinha tanta certeza, que saí da mesa, deixando Edu falando sozinho... E vê-la de olhos fechados cantando a nossa música, me tirou do chão, não consigo descrever o que estou sentindo, mas tenho uma certeza, nada e ninguém vai tirá-la de mim novamente.— Está vendo. — Ouço uma voz logo depois do pigarro que nos fez sair de nossa bolha. Contra minha vontade, solto os lábios de Ág e olho ao lado vendo Mel e Edu sorrindo para nós dois. — Eu sabia que daria certo. A sua mulherzinha é um ótimo cúpido — Mel fala batendo palmas, como se tivesse ganhado seu doce favorito, então, minha ficha realmente
BetoTento pegar o papel antes dela, mas não consigo, ela abre o papel que diz:“Uma voz tão linda quanto à dona”Ela me olha sorrindo.— Não está assinado e mesmo que tivesse, estou com você, entendeu? — diz me dando um selinho rápido.Ela olha para Mel e entrega o papel. Elas vão se unir contra nós? Estamos ferrados. Tanto Mel como Ág, tem o gênio forte — olho para Edu que está tão pasmo quanto eu diante da cumplicidade delas, parecem que se conhecem há anos.Melissa repete o que está escrito no papel fazendo com que Edu comece a sorrir.— Breguinha, hein? — Edu fala olhando pra mim.— Pois é, conseguimos fazer melhor do que eles — respondo para Edu, sem dar atenção para Ág.
ÁgataTento abrir meus olhos, mas não tenho forças, ouço a voz do Beto longe... Meu estômago está revirando — será que estou morrendo? — penso. Forço para abrir novamente os olhos e finalmente consigo.— Ai, Deus! Ainda bem que você acordou. — Estou deitada no colo da Mel, olho ao redor tentando identificar onde estou. — Como você está?— A... cho... que bem. — Minha boca está seca.— Você desmaiou — ela abaixa o tom da voz — de novo. Estamos te levando ao hospital.Olho para ela tentando entender o que é tudo isso, ela aperta minha mão.— Chegamos. — A voz do Beto me faz olhar em sua direção. — Você acordou, loirinha... venha. — Ele me pega no colo. — Vamos ver um médico.Edu e Mel entram corre
Beto— Está feliz? — Edu me pergunta, estamos os dois feitos bobos admirando nossas meninas.— Sim, muito — olho para ele —, nem sei como agradecer vocês dois.— Sendo feliz, vocês dois merecem essa felicidade que está estampada em seus olhares.Elas se aproximam e Ág vem direto para os meus braços, sua pequena mala está com um dos seguranças da Melissa.— Pedi para o Roger levar vocês até o pub — ela fala, abraçando Edu. — Edu comentou que você alugou um carro e deixou lá.— Obrigado, Mel — falo, sincero. — Por tudo... — Ela não diz nada, somente sorri.— Vamos, loirinha? — Ela assente e vejo que as duas fazem uma troca de olhar, como se conversassem entre si, a interação entre elas é realmente impressionan
Fico sem saber o que dizer diante de suas palavras, a beijo como se não houvesse amanhã, a cada segundo nos entregamos cada vez mais, Ág acaricia minha nuca fazendo com que eu me excite cada vez mais.— Amor... — falo separando nossos lábios. — Hoje eu quero cuidar de você — beijo seu olho —, está fraca — beijo seu outro olho —, passou mal mais de uma vez — beijo seu nariz —, hoje me satisfaço somente tendo você em meus braços. Agora, mocinha, já para o banho, enquanto eu arrumo a cama para você.— Sim, senhor — ela fala batendo continência, indo em direção ao banheiro, sorrindo.Arrumo a cama e os travesseiros deixando-os bem confortáveis para minha loirinha, vou até minha mala e pego uma roupa para vestir, estou com o corpo tenso e preciso tomar um banho também, assim que fecho a ma
ÁgataFaz muito tempo que não durmo tão bem como hoje, acordar recebendo carinhos do meu B, foi maravilhoso, tudo bem que estremeci quando percebi que ele fazia carinhos em minha barriga.Imagina quando ele souber que tenho um serzinho crescendo aqui dentro, fruto do nosso amor! — penso, acariciando meu ventre ainda plano. Ainda não consigo acreditar que estou grávida, parece um sonho e tenho medo de não conseguir ser uma boa mãe, nunca imaginei ter filhos tão nova.Sou trazida de volta quando escuto baterem na porta.— Loirinha! — Beto chama. Estou debaixo do chuveiro e a água está tão gostosa que acabo me esquecendo do tempo.— Estou terminando — grito de volta, já desligando o chuveiro.Enxugo-me rápido e saio enrolada na toalha, assim que abro, vejo o Beto sentado na cama, seus cabelos ainda bagunçados, assim que me vê levanta rápido e vem em minha direção.— Está tudo bem? — pergunta preocupado, me abraçando forte.— Sim, a água estava tão gostosa que acabei me distraindo.— Fiqu
ÁgataSomos interrompidos pelo próprio Marcelo que traz o nosso café, e num instante nossa mesa está repleta de pães, bolos, sucos, achocolatado, frutas, café, leite, frios e a minha paixão: uma cesta de pão de queijo.Separo um pouco de cada coisa em meu prato e encho uma xícara enorme com café com leite, isso funciona como combustível para eu enfrentar meu dia. Comemos em silêncio somente nos admirando, palavras não são necessárias neste momento, nossos olhares dizem tudo e a cada minuto que passa, consigo ficar mais apaixonada por esse homem em minha frente, coloco a mão em minha barriga alisando e fico imaginando qual será a reação dele quando souber que será pai. Ao mesmo tempo, sinto um frio na barriga, e se ele não quiser? Achar que ainda é cedo? Faço uma careta me forçando a esquecer essas ideias, não quero pensar nisso agora e não vou.— O que foi, loirinha? — ele chama minha atenção.— Nada...— Você estava fazendo uma cara estranha agora... — Droga, penso. Havia me esquecid