MARY COLLINS Sorrio de forma travessa, indo com o meu carro atrás do meu tio, acertando bem na sua traseira. No mesmo momento ele olhou para trás, um pouco assustado mas com um enorme sorriso no rosto. É visível o quanto ele está tão feliz quanto eu. _ Isso vai ter volta.—Fala em tom de promessa. Mordo o lado direito dos meus lábios, tombando a cabeça para o esquerdo. O desafio em meu olhar é claro, tanto que ele começa a girar o seu volante para fazer a volta e vir atrás de mim. Rapidamente começo a andar de costas mesmo, sem me importar com a possibilidade de acabar batendo em outra pessoa. Nesse momento eu só quero fugir dele. Na verdade, apenas no carrinho b**e bata. Para a minha sorte, o brinquedo chegou ao final e os carrinhos pararam de andar. Sai animada, olhando para ele com um enorme sorriso nos lábios. Infelizmente não fizemos nenhum tipo de aposta, eu teria ganhado fácil. _ Você tem muita sorte, baixinha.— Implica comigo, abraçando-me pelo ombro. Nosso dia es
MARY COLLINSOlho para o meu pandinha, resistindo a vontade de o pegar a abraçar. Sei que se eu fizer isso, vou acabar me entregando ao sono. Sou sincera ao falar que estou cansada, do tipo muito. Mas quero me manter acordada para aproveitar esse finalzinho do dia e o fazer companhia. O distrair com uma conversa e evitar que também fique com sono. Entramos em uma pequena briga pelo nome do meu urso, o que acabou nos distraindo durante todo o caminho. Isso porque ele sugeria um e eu logo recusava, dando diversos motivos. A mesma coisa acontecia quando eu fazia a sugestão. Quando fomos nos dar conta, o assunto tinha tomado um rumo mais aleatório ainda e já estamos na garagem do seu prédio. _ Ainda acho Fred uma ótima escolha.— Meu tio fala enquanto entramos no elevador. _ Não, é um nome muito comum.— Nego com a cabeça, certa de que esse não será o nome do meu urso.— Ele se chamará Lovely. Toda vez que eu ver ele, meu coração vai se encher de amor pelo dia de hoje._ Gostei.— Sorrir.—
MARY COLLINS _ Obrigada, meninas. — Agradeço a maquiadora e a cabeleireira, assim que elas terminam de me arrumar para a minha grande festa que não sai mais dos tlaboides. Finalmente chegou o dia da grande festa, vou viver isso logo e depois não terei mais que me preocupar com os preparativos. Meus pais estão nervosos, acho que os investidores são mais importantes do que estava pensando. Elas se despedem e saem para se trocar e poderem curtir um pouco. Minha mãe não gosta muito, na vredade ela odeia, mas sempre entrego um convite para o pessoal que trabalha comigo, assim eles podem aproveitar um pouco. Não me sentiria bem sabendo que viram tudo de perto e não vão poder participar, no máximo olhar tudo de longe. Meus pais não gostam muito disso, de acordo com eles temos que saber separar as coisas. Mesmo que falem um pouquinho, acabam aceitando o meu pedido e fazendo o que peço. Estou dando o espetáculo que eles gostam tanto, é o mínimo que podem fazer por mim. Saio da cadeira gi
MARY COLLINS _ Mãe, pai.— Paro perto deles, que estão conversando com dois sócios. _ Mary, minha princesa, como você está linda.— Minha mãe, que está usando um lindo vestido preto, elogia. Encomendamos os nossos vestidos com o mesmo estilista, um muito renomado em Milão. O seu é um vestido justo preto e todo brilhante, longo, com uma fenda do lado direito enorme, indo até a sua coxa. Possui um decote em formato de v, sendo de alças finas. _ A senhora também está linda.— A abraço rapidamente, sentindo um beijo carinhoso ser depositado na minha testa. _ Sua mãe tem toda razão, Mary.— Meu pai segura nas minhas mãos.— Está parecendo uma princesa, a minha princesa. Ele solta uma das minhas mãos, incentivando-me a rodar com a outra. Faço conforme ele me pediu, girando lentamente, vendo o meu vestido acompanhar os meus movimentos, enchendo-se todo de ar de uma forma que fez com que tudo parecesse mágico. Ao parar, vejo o seu sorriso orgulhoso e amoroso. Eles não são os melhores pais
WILLIAM MARTINS O toque tão suave de sua palma em cima da minha, estranhamente faz com que eu sinta a região em si formigar. Minha mão repousada não sua cintura, com um aperto suave, mas com força o suficiente para garantir que o seu corpo continue perto do meu até o fim dessa valsa, embora minha vontade seja que não tenha mais fim. Seu olhar preso ao meu, com um sorriso tão doce nos lábios que me faz bem de uma forma que não sou capaz de explicar. Sinto que estou em uma atmosfera diferente apenas por tê-la em meus braços. Uma magia me envolve, fazendo com que tudo ao redor pareça tão insignificante ao se comparar com a ternura da jovem mulher que permite ser conduzida por mim nessa valsa. O mundo todo é reduzido a nada quando estamos falando dela.Toda a tristeza que eu sentia desapareceu com os seus sorrisos. Mary foi um sopro de felicidade para a solidão que me envolvia. Ela retornou para a minha rotina e trouxe com si um pouco de toda vontade de viver e descobrir o mundo que os
WILLIAM MARTINS_ Vamos sair daqui?— Ofereço. _ No meio da festa?_ Claro.— Concordo.— Você já fez o discurso e cantou o parabéns, ninguém vai sentir a nossa falta. Para mim parece perfeito. Eu não quero continuar aqui, ela também não, então vamos sair. Sem falar com ninguém para não tentarem nos convencer do contrário, apenas sair e fazer qualquer coisa. O que quer que seja, se ela estiver ao meu lado eu sei que será incrível. Sentindo-me uma criança que está prestes a ganhar um presente incrível, a encaro visivelmente ansioso por sua resposta. Para a minha surpresa e total felicidade, Mary concorda com um sorriso. _ Vamos.— Sorrir.— Eu não sei para onde, mas vamos. _ Vem.— Seguro em sua mão, começando a andar na sua frente. Algumas pessoas nos param no meio do caminho, mas de uma forma muito educada nos livramos do assunto e demos continuidade ao assunto. Quando finalmente chegamos no estacionamento, onde não tem ninguém além dos empregados, suspiramos aliviados. _ Uma moto?—
MARY COLLINS Puxo o ar com força, agradecendo internamente pela minha maquiagem. Se não fosse por ela, tenho certeza que estaria mais do que vermelha nesse momento. Não sei explicar porque ele está me olhando assim, muito menos os efeitos que traz. Sinto o meu corpo em chamas, com formigamento no local em que sua pele está em contato com a minha. Existe tanto desejo nesse olhar que me deixa sem palavras, mas cheia de expectativas. Coloco minha mão no seu peitoral, sentindo o quão forte ele é. Vou descendo pelo seu peitoral, entrando na camisa. Os gominhos são bem formados, tão fortes devido a sua malhação constante. _ Mary.— Em forma de sussurro, com os seus lábios desenhando cada letra de meu nome, chama por mim de uma forma sensual. Sinto todo o meu corpo arrepiar em lugares os quais nunca imaginei que seria possível. Uma carga de energia me atinge e me sinto viva como nunca, necessitada para sentir o contato de nossos lábios. Desejo que ele me toque de uma forma mais íntima,
MARY COLLINS_ Já chegamos, princesa.— Sua voz rouca me traz de volta dos meus pensamentos. _ Nem percebi.— Sorrio sem graça. Sai da moto, lhe entregando o capacete. Meu tio guardou junto com o seu e assim pegamos o elevador, indo direto para a sala da sua cobertura. Ao chegarmos, a primeira visão que tivemos foi dos meus pais parados na sala, um pouco preocupados. _ Graças a Deus.— Minha mãe suspira aliviada assim que me vê, vindo me abraçar. _ Onde vocês estavam?— Meu pai pergunta um pouco mais irritado. A papai, o senhor não vai querer saber. _ Senti-me um pouco mal, então pedi ao meu tio que me levasse a algum lugar.— Minto. Não tenho o costume de mentir para os meus pais, essa foi a segunda vez já que no meu aniversário não fui sincera com relação ao que fiz. Todavia, sei que falar a verdade agora não é a escolha mais sensata. Eles me matariam por sair sem mais nem menos._ Era só subir ao seu camarim e respirar um pouco, depois voltava para a sua festa. Seus convidados pe