— Vocês estão sentindo o que? – Ela perguntou preocupada e logo nos sentimos culpadas.— Nada. Só queríamos que você parasse de discutir com o cara que visivelmente era louco. – Digo a ela que parou e me olhou de braços cruzados.— Como assim, vocês fizeram essa marmota? Eu queria ir naquele brinquedo e outra: aquele cara não era maluco coisa nenhuma. – Ela diz de cara fechada.— Eu sei que você queria ir, mas ele não ia sair dali e te conhecendo bem a confusão ficaria bem maior. – Lidi se manifestou.— Vocês são muito chatas, queria brigar pelo o meu direito de ir à lua. – Ela diz ainda irritada.— Sorvete de queijo com goiabada. – Disse assim que passamos em uma sorveteria artesanal.— Vocês são loucas, com certeza não vai ter. – Camille diz tomando a frente indo falar com a atendente e para a surpresa de todos tinha.— O sorvete de Romeu e Julieta sai muito aqui. – As meninas olharam para nós.— Sorvete de Romeu e Julieta? – Scarlett pergunta e a atendente explica que queijo com g
Os dias foram passando e chegou o dia do casamento da minha mãe, Sebastian e eu fomos direto para o cartório chegando lá encontro a minha mãe e Homero nos aguardando ansiosos.— Filha, você está linda e a minha netinha como está? – Ela alisou minha barriga e Julieta dá um chute. — Você gosta da vovó não é meu amor?— Está nervosa mãe? – Pergunto a ela que sorri?— Como se estivesse me casando pela primeira vez. – Ela diz trêmula e sorri.— Deixe o nervosismo para mim que estarei me casando pela primeira vez.— Já marcaram a data? – Ela perguntou animada.— Vamos esperar Julietta nascer, para ela vivenciar esse momento conosco.— Ai, filha, estou tão feliz por você ter encontrado um homem que realmente a fará feliz.— E eu por você ter encontrado Homero, sei que meu pai está feliz lá do céu. – Ela me abraça em agradecimento. — Ah, e como a senhora não quis fazer uma festa, meus amigos, Vivito e eu daremos um almoço para senhora.— Vocês são uns anjos. – Ela me abraça mais uma vez, fica
Hoje é o dia da festa de casamento da minha mãe, meus amigos e eu estamos empolgados e doidos para ver a cara de surpresa dela quando souber que o "almoço" é na verdade uma festa de casamento. As coisas estão uma verdadeira loucura, já brigamos algumas vezes e agora entrei em uma discussão com Yan, pois ele quer pôr as flores em um vaso que não combina com a decoração.— Esse jarro vermelho vai destoar do restante da decoração. – Digo a ele que está irredutível.— Mas esse jarro que você quer achei ridículo. – Yan faz cara de nojo.— Você é muito chato e o jarro não é nada feio, ele é salmão que é a cor da festa.— Mas não tem um brilho, está apagado.— Mas como eu disse vai ser esse mesmo – ficamos discutindo até Scarlett acabar com a nossa briga, pegando um jarro branco e mesmo nós protestando ela disse que seria esse. Ficamos chateados e nos juntamos para esticar as toalhas nas mesas, os meninos estavam que nem baratas tontas, correndo de um lado para outro fazendo tudo o que mand
Inês HernandezAntes de minhas meninas serem sequestradas estava planejando um casamento pomposo, tudo preparado, mas cancelei, pois a minha preocupação com o regresso delas era muito maior Homero me entendeu perfeitamente, ele disse que só um casamento no Civil estava de bom tamanho e que isso não diminuiria o amor que sentimos um pelo outro. Quando finalmente elas foram resgatadas e começaram a se recuperar, marquei a data do casamento e chamei Isis e Sebastian para serem as testemunhas, fiquei imensamente feliz quando eles aceitaram e mais feliz ainda quando Isis finalmente aceitou Homero de verdade. Acho que a maternidade está fazendo bem para ela em todos os quesitos. Não vejo a hora de ver os rostinhos dos meus pequenos, mas não vamos apressar as coisas.— Amor, vamos Isis e Sebastian devem estar quase chegando. – Homero me chamou tirando de meu devaneio. — O que houve? – Ele pergunta olhando para mim.— Não há nada demais, estava apenas pensando em tudo que aconteceu com as men
Homero Cunha Quem não conhece a minha história e me vê casado com Inês pode pensar que é por interesse mas não é nada disso. Sou um cara órfão e sem família cresci em um orfanato em Portugal e quando fiz a maior idade simplesmente fui posto para fora, mas como já trabalhava em uma pizzaria acabei indo morar nos fundos dela, com o tempo voltei a estudar e com os estudos concluídos, pus currículo em várias empresas na esperança de arrumar um emprego melhor, porém não obtive sucesso e continuei na pizzaria até resolver largar tudo e vir para o Brasil. Aqui também não foi um mar de rosas no começo, morei em abrigos por algum tempo até conseguir me estabelecer, fiz algumas amizades e acabei fazendo um bico aqui e ali, até finalmente conseguir o emprego em uma padaria, senhor José me ensinou tudo o que sei, ele se tornou uma espécie de pai para mim e quando soube que meu desejo era ter uma panificadora, me ajudou me fazendo um empréstimo com esse dinheiro abri minha própria padaria trabalh
Isis Hernandez A festa da minha mãe foi a coisa mais linda, ver o seu sorriso estampado em seu rosto me deixa muito feliz. Assim que Sebastian saiu para levá-los, ajudei meus amigos a desmontar as coisas, Sebastian fez questão de contratar uma equipe de limpeza, mas ficamos com medo de estragar a decoração que a amiga de Joana nos emprestou. Estava na escada quando senti minha vista escurecer e acabei me desequilibrando, por sorte Marcos estava por perto e antes que eu caísse ele me acudiu. Rapidamente meus amigos se aproximaram perguntando o que estava sentindo, disse a eles que estava bem mas não acreditaram em mim e me mandaram ficar sentada. — Pessoal, estou bem sério. ─ Digo a eles que me olham torto. — Nem adianta dona Isis, você e Lidi vão ficar sentadas, deixem o resto conosco. – Joana diz e os outros concordam. — Foi apenas uma vertigem, estou bem, me deixe ajudar. — Eu também não me sentirei bem vendo vocês trabalharem enquanto fico sentada. – Lidiane se manifestou mais
Sebastian Roux Acordei e não vi Isis na cama, acredito que ela deva estar procurando algo para comer, visto minha roupa e desço pra cozinha, assim que me aproximo ouço um burburinho e sem querer ouvi uma boa parte da conversa delas. Então quer dizer que ela prefere ser auto-suficiente para não sofrer? O pior é que a entendo, pois também era exatamente assim e só estou mudando porque ela está ao meu lado. Quando vi a porta abrir subi alguns degraus rapidamente, pois seria vergonhoso ser pego em flagrante. O que posso fazer para que ela se abra verdadeiramente para mim? Quem sabe se eu a instigar,tia Rosa apareceu na porta e me cumprimentou indo direto para cozinha. Subi, fiz minhas higienes e fui para cozinha. — Após o café, iremos dar uma saída. – Digo pegando Isis de surpresa. — Não quero deixar a Lidi sozinha. – Ela olha para a amiga. — Não se preocupe comigo amiga, estarei com a tia Rosa fazendo biscoitos amanteigados. — Tem certeza amiga? – Ela pergunta mais uma vez e Lidi
Isis HernandesEstávamos voltando para casa depois do dia maravilhoso que tivemos quando peço a Sebastian para irmos a praia do Arpoador e ele me leva até lá. Assim que chegamos tiro meus tênis e sento na beirada do mar Sebastian repetiu o meu gesto e sentou ao meu lado, enquanto a água gelada batia em meus pés, deixei meus pensamentos livremente.— Você já teve medo Sebastian? – Pergunto a ele.— Muitas vezes, e de uns tempos pra cá meu medo é constante. — Do que tem medo? – Olho para ele enquanto aguardo a resposta.— Tenho muitos medos Isis, medo que você se canse de mim e resolva me deixar, medo de não ser o pai e o marido que deveria ser, medo de ser odiado por nossa filha, medo de perder os meus pais, e por aí vai. – Ele diz e olha para mim. — E você?— Tenho alguns também. – Digo apenas.— Eu te contei alguns dos meus, agora me conte os seus? – Ele pede.Tão estranho contar sobre meus medos para alguém, mas se quero ter um relacionamento longo e duradouro preciso me abrir para