Inês HernandezAntes de minhas meninas serem sequestradas estava planejando um casamento pomposo, tudo preparado, mas cancelei, pois a minha preocupação com o regresso delas era muito maior Homero me entendeu perfeitamente, ele disse que só um casamento no Civil estava de bom tamanho e que isso não diminuiria o amor que sentimos um pelo outro. Quando finalmente elas foram resgatadas e começaram a se recuperar, marquei a data do casamento e chamei Isis e Sebastian para serem as testemunhas, fiquei imensamente feliz quando eles aceitaram e mais feliz ainda quando Isis finalmente aceitou Homero de verdade. Acho que a maternidade está fazendo bem para ela em todos os quesitos. Não vejo a hora de ver os rostinhos dos meus pequenos, mas não vamos apressar as coisas.— Amor, vamos Isis e Sebastian devem estar quase chegando. – Homero me chamou tirando de meu devaneio. — O que houve? – Ele pergunta olhando para mim.— Não há nada demais, estava apenas pensando em tudo que aconteceu com as men
Homero Cunha Quem não conhece a minha história e me vê casado com Inês pode pensar que é por interesse mas não é nada disso. Sou um cara órfão e sem família cresci em um orfanato em Portugal e quando fiz a maior idade simplesmente fui posto para fora, mas como já trabalhava em uma pizzaria acabei indo morar nos fundos dela, com o tempo voltei a estudar e com os estudos concluídos, pus currículo em várias empresas na esperança de arrumar um emprego melhor, porém não obtive sucesso e continuei na pizzaria até resolver largar tudo e vir para o Brasil. Aqui também não foi um mar de rosas no começo, morei em abrigos por algum tempo até conseguir me estabelecer, fiz algumas amizades e acabei fazendo um bico aqui e ali, até finalmente conseguir o emprego em uma padaria, senhor José me ensinou tudo o que sei, ele se tornou uma espécie de pai para mim e quando soube que meu desejo era ter uma panificadora, me ajudou me fazendo um empréstimo com esse dinheiro abri minha própria padaria trabalh
Isis Hernandez A festa da minha mãe foi a coisa mais linda, ver o seu sorriso estampado em seu rosto me deixa muito feliz. Assim que Sebastian saiu para levá-los, ajudei meus amigos a desmontar as coisas, Sebastian fez questão de contratar uma equipe de limpeza, mas ficamos com medo de estragar a decoração que a amiga de Joana nos emprestou. Estava na escada quando senti minha vista escurecer e acabei me desequilibrando, por sorte Marcos estava por perto e antes que eu caísse ele me acudiu. Rapidamente meus amigos se aproximaram perguntando o que estava sentindo, disse a eles que estava bem mas não acreditaram em mim e me mandaram ficar sentada. — Pessoal, estou bem sério. ─ Digo a eles que me olham torto. — Nem adianta dona Isis, você e Lidi vão ficar sentadas, deixem o resto conosco. – Joana diz e os outros concordam. — Foi apenas uma vertigem, estou bem, me deixe ajudar. — Eu também não me sentirei bem vendo vocês trabalharem enquanto fico sentada. – Lidiane se manifestou mais
Sebastian Roux Acordei e não vi Isis na cama, acredito que ela deva estar procurando algo para comer, visto minha roupa e desço pra cozinha, assim que me aproximo ouço um burburinho e sem querer ouvi uma boa parte da conversa delas. Então quer dizer que ela prefere ser auto-suficiente para não sofrer? O pior é que a entendo, pois também era exatamente assim e só estou mudando porque ela está ao meu lado. Quando vi a porta abrir subi alguns degraus rapidamente, pois seria vergonhoso ser pego em flagrante. O que posso fazer para que ela se abra verdadeiramente para mim? Quem sabe se eu a instigar,tia Rosa apareceu na porta e me cumprimentou indo direto para cozinha. Subi, fiz minhas higienes e fui para cozinha. — Após o café, iremos dar uma saída. – Digo pegando Isis de surpresa. — Não quero deixar a Lidi sozinha. – Ela olha para a amiga. — Não se preocupe comigo amiga, estarei com a tia Rosa fazendo biscoitos amanteigados. — Tem certeza amiga? – Ela pergunta mais uma vez e Lidi
Isis HernandesEstávamos voltando para casa depois do dia maravilhoso que tivemos quando peço a Sebastian para irmos a praia do Arpoador e ele me leva até lá. Assim que chegamos tiro meus tênis e sento na beirada do mar Sebastian repetiu o meu gesto e sentou ao meu lado, enquanto a água gelada batia em meus pés, deixei meus pensamentos livremente.— Você já teve medo Sebastian? – Pergunto a ele.— Muitas vezes, e de uns tempos pra cá meu medo é constante. — Do que tem medo? – Olho para ele enquanto aguardo a resposta.— Tenho muitos medos Isis, medo que você se canse de mim e resolva me deixar, medo de não ser o pai e o marido que deveria ser, medo de ser odiado por nossa filha, medo de perder os meus pais, e por aí vai. – Ele diz e olha para mim. — E você?— Tenho alguns também. – Digo apenas.— Eu te contei alguns dos meus, agora me conte os seus? – Ele pede.Tão estranho contar sobre meus medos para alguém, mas se quero ter um relacionamento longo e duradouro preciso me abrir para
Sebastian RouxNa madrugada não senti Isis na cama, então fui direto para a sala de cinema e a encontrei dormindo emaranhada com seus amigos, em todos esses anos nunca tinha visto uma amizade tão forte assim, eles se completam de uma forma que não sei explicar, o que falta em um o outro completa nem irmãos sanguíneos são dessa forma e o melhor exemplo são os meus amigos Matteo e Lucca, embora sejam irmãos ambos não se davam muito bem e após o ocorrido anos atrás eles pararam de se falar de vez. Fecho a porta para que não os acordem e volto a dormir. No dia seguinte estava tomando o café com tia Rosa quando começou o falatório e eu sabia que eles estavam acordando.— Sebastian meu filho se acostume por que esses quatro são assim desde que se conheceram. – Tia Rosa diz bebericando o seu café.— Não se preocupe, já me habituei.— Que bom para você, pois eles não se desgrudam, a única vez que eles se desgrudaram foi quando Lidiane foi morar com Tomás. – Me lembrei da história que Isis me
Isis HernandezHoje é o dia da nossa viagem, Sebastian estava descendo nossas últimas malas, Lidi já estava nos esperando com algumas malas, assim que chegamos chamamos o carro de aplicativo para nos levar, nossa empolgação estava grande Sebastian pedia para nos controlarmos para não passar mal. Colocamos as nossas bagagens nos carros e partimos para o aeroporto.Assim que chegamos vemos quase todos lá faltam apenas Yan e Afonso, Scarlett assim que nos vê nos abraça e manda Travis nos ajudar com as malas, pergunto a ela por Luke e ela diz que ele ficou com minha cunhada. Os dois atrasados chegam e olho para eles sugestiva.— Nem nos olha assim sua safada, Afonso que enrolou para sair de casa. – Yan disse enquanto tirava as malas do carro.— Mas eu nem disse nada. – Dou um sorriso para ele que revira os olhos.— Nem vem fingir inocência. – Os meninos foram falar uns com os outros e Sebastian se aproximou.— Quando chegarmos, quero te levar a um lugar que vai gostar bastante.— Hum! Já
No dia seguinte quando descemos o pessoal estava dando risadinhas para nós e eu sabia o que significava aquilo, olhei para eles e dei de ombros.— Nem vem, porque todo mundo aqui transou, ontem ou quer dizer quase todos – olhei para as meninas e Lidi que me olhavam de forma estranha — não me olhem assim, falei quase todos.— Nós só ficamos ouvindo as sinfonias de vocês. – Lidiane diz enquanto Indis e Idril estavam sem graça.— Calma pessoal quem ainda não transou, vai fazer isso daqui a pouco relaxem. – Digo brincalhona e os outros concordam.— Não vou fazer sexo aleatóriamente. Agora tenho meu filho e preciso pensar nele em primeiro lugar. – Lidi diz e todos olham para ela.— Amiga, já te disse que se precisar o meu amigo tem tara por mulheres grávidas ele pode tranzar com você de boa – Joana não perde a chance, ela acha que vai converter a Lidi para o time dos safados.— Nem todos são liberais como você amor – Julia tocou o ombro da esposa.— Azar o dela que vai continuar com essas