– Acho que não, já que você não tem pontinhas e sim manchas bem grandes nos olhos e no corpo, vamos ver outro. – Disse enquanto trocava para a próxima foto.– Husky siberiano? Hum acho que não, seus olhos nem são claros e você tem pelo mais escorrido. – Troquei novamente para a próxima foto.– Bernese da montanha, claro que não esse também tem marrom no focinho. – Nem comparei já que não se pareciam em nada.– Bulldog francês, me diz você fala francês? – Perguntei e ele tombou a cabeça para o lado.– É acho que não, é você nem parece velho esse aqui tem cara de idoso já olha! – Disse virando o celular e mostrando para ele que olhou e abanou o rabo.– Será que você concorda comigo? Bom deixa para lá vamos continuar. – Rolei para a próxima foto.– Hum! Border Collie, esse é muito fofo! Olha parece com você! – O mostrei e o filhote soltou um latido bem fininho como se concordasse.– Então achamos com quem você parece?! – Disse olhando as fotos de filhotes que realmente se pareciam muito
– Então você teve uma infância boa. – Ethan falou pensativo.– Você teve? – Perguntei enquanto colocava o prato de lado e prestava atenção no homem.– Acho que se falarmos sobre isso, o clima vai ficar muito pesado. – Falou claramente querendo desviar do assunto, concordei cum um aceno de cabeça, não o julgava por não querer falar da sua infância eu mesma não queria entrar naquele assunto.– Bom! Então vamos falar de outra coisa, o que você faz durante o dia? – Perguntei agora apoiando a cabeça no dorso da minha mão sobre a mesa.– Acho que não é muito interessante, não tenho muitos passatempos. – Ethan deu de ombros.– Ah! Com certeza você gosta de fazer alguma coisa, só está tentando esconder, pode falar não vou rir de você. – Disse tentando lhe encorajar, já que eu queria conhecer mais do homem queria arrancar tudo o que fosse possível.– Gosto de ler, de correr pela manhã sem rumo, observar a paisagem, criar alguma coisa com as mãos, realmente não sou alguém interessante. – Falou
– Muito bem, se sinta confortável que a viagem vai ser bem rápida! – Avisou já ligando o carro.Estava realmente agradecida por conhecer o senhor Joseph, ele era um senhor tão gentil e fofo, a esposa dele tinha muita sorte de ter um marido tão bondoso, enquanto o homem dirigia ele dividia sua atenção ao volante e a manter uma conversa agradável, me contando sobre como a esposa dele cozinhava comidas deliciosas e como os filhos eram lindos e felizes, ouvi-lo me fazia sentir imensa vontade de conhecer sua família, mais sei que não seria assim, afinal ninguém iria gostar de ter em sua casa uma mulher que mal conhecia. Quando chegamos em frente ao ateliê, o senhor Joseph parou o carro e eu lhe paguei o valor da corrida, nós desejamos um ótimo dia e nos despedimos, entrei pela porta do ateliê sorrindo sem notar que Draven estava ao lado da porta.– Acredito que com esse sorriso poderia fazer milhares de pessoas felizes. – Ouvi a voz do meu chefe bem ao meu lado fazendo meu coração disparar
– E eu escolhi a imagem de uma mulher para representar a delicadeza e sutileza que mesmo que ela tenha um sentimento infeliz ainda é bela e delicada como deveria ser. – Terminei finalmente de falar explicando tudo o que queria passar com o meu esboço.– Acho que não tenho muito o que falar. – Draven se pronunciou depois de um tempo me deixando preocupada.– Kaina é Brendon me diga o que acharam? Gostaria de ouvir suas opiniões. – Meu professor é chefe pediu, e isso me deixou muito ansiosa, olhei para os meus colegas com expectativa e vi Brendon levantar a mão.– Pode falar. – Draven lê deu a liberdade.– O sentimento que o esboço está trazendo de fato é um sentimento muito pesado, mas os três elementos juntos trouxeram uma leveza e força, eu gostei particularmente da ideia. – Falou simplesmente me fazendo sorrir.– Obrigada! – O agradeci assim que o homem me olhou me dando um simples sinal de cabeça, olhei para a outra mulher ali além de mim, esperando que a mesma falasse.– Kaina. –
No fim das contas quando começamos a beber ficamos mais soltos e começamos uma conversa animada, além daquele copo tomei talvez mais dois, havia realmente gostado daquilo mesmo que sentisse minha cabeça girar, estava animada e quando a música começou a tocar mais alto animando as pessoas a dançarem não hesitei quando minha amiga me puxou para a pista pequena dançamos animadas quando dois caras começaram a encostar em nós me deixando muito incomodada.– Ei! Saí-ii da-qui! – Minha voz bêbada e arrastada não fizeram os dois homens irem embora.– Que isso gracinha, vamos nos divertir! – Disse se aproximando mais, o empurrei e vi Draven e Brendon vindo ao nosso socorro, puxei Kaina e passei pelos homens.– Ei! Volta aqui, florzinha. – O homem alto e barbudo careca com uma jaqueta de couro segurou minha mão.– E-i ma-né sol-ta e-la! – Kaina falou levantando os braços irritada mesmo estando bêbada, o homem não obedeceu apenas sorri enquanto seu amigo vinha em nossa direção. – Vamos solta e
– Blargh! Blargh!! – E todo o conteúdo que estava em meu estômago foi parar em minha calçada.– Acho que não tô bem. – Murmurei sentindo novamente a vontade de vomitar.– Tá feliz agora! – Ouvi Draven brigar com o meu vizinho, enquanto eu sentia o álcool diminuir e me dar mais raciocínio lógico e com certeza, mas ânsia de estar no meio daquilo tudo.– Acho que a culpa é sua, você quem levou ela. – Ethan falou calmamente enquanto segurava meu cabelo para trás com o intuito de não deixá-lo sujar, e com certeza agradeceria se não estivesse ocupada me curvando e sentindo, mas com vontade de colocar tudo para fora.– Me dá minha bolsa. – Pedi levantando meu troco e estendendo a mão para Draven que assim que ouviu me devolveu.– Vamos eu te levo em casa. – Falou me puxando.– Não precisa, eu já estou em casa. – Respondi me soltando e deixando os dois homens para trás, enquanto cambaleava em direção à minha porta vendo tudo girando e me sentindo péssima, com certeza não repetiria aquilo nunc
Já que o mesmo abriu sua porta e me olhou atentamente como se estivesse me analisando minuciosamente, lhe dei um tchauzinho o cumprimentando e estava pronta para começar a andar rumo ao centro mais então ouvi sua voz.– Espera! – Sua voz me fez parar automaticamente na calçada de lado para a sua casa, quando o ouvi se aproximando virei meu corpo e sorri amargamente e morrendo de medo com as mãos suadas.– Bom dia senhor Black. – O saudei sentindo um gosto amargo na boca.– Você está bem? – Perguntou já em minha frente, engoli em seco, pois ali já sabia que o homem havia com toda a certeza do mundo me visto ontem.– Sim! Tudo bem! Algum problema, senhor Black? – Falei secando minha mão em minha calça, angustiada e envergonhada de estar em sua frente.– Bom, nenhum, mais… – O cortei com medo de ouvir o que já estava imaginando.– Ah, que bom! Então eu estou um pouco atrasada, mas a gente pode conversar a noite com mais calma! – Disse começando a andar enquanto o homem me olhava confuso,
Quando Brendon chegou Draven entrou junto na sala, Kiana fazia uma cara como se nada tivesse acontecido, mas sabia que por dentro a mulher deveria estar se mordendo de nervosismo e vergonha mesmo que pareça que ela não tenha feito nada comprometedor o suficiente, bom tentei seguir igualmente já que não queria entrar no assunto.– Bom já que todos estão aqui, vou mostrá-los os quadros que temos como disse anteriormente não pode ser um quadro pequeno nosso cliente gosta de coisas grandes. – Draven explicava enquanto seguia para o fundo da sala nos levando junto.– Esses são os tamanhos 120CMX80cm e 150CMX100cm. – Draven retirou um pano que os cobria para não pegar poeira, eram muitos e aqueles eram os maiores era praticamente do meu tamanho que era um e sessenta, se escolhesse o maior com certeza teria dificuldades mais se não fosse para ter desafios preferia ainda estar trabalhando na lanchonete.– Podem escolher o que precisar. – Meu professor deu passagem, Kiana e Brendon estavam ind