Estava em pé de frente a janela do meu quarto no segundo andar, dali de cima podia ter uma ampla visão da casa da minha nova vizinha, devo confessar que achei Ayanne Reese interessante, e podia ver claramente em seus olhos que ela tinha muito a esconder, não sabia ao certo o que podia ser mais havia uma pequena suspeita. Foi a primeira vez que alguém me chamou para jantar mesmo que fosse indiretamente, minha aparência sempre afastava as pessoas o máximo que podia, e eu mesmo já havia me acostumado com essa solidão não que a presença de Flora e Megan não fosse o suficiente, mais sabia que a vida era muito além da minha casa é e de duas pessoas que um dia podem ir embora. Fiquei surpreso comigo mesmo quando passei aquela manhã com Ayanne em sua casa e como a minha aparência não a afetava em nada, parecia tão natural, era tão convidativo estar perto dela, era normal ficar chateado quando a vi com aquele cara esnobe? Draven Leblanc, aquele homem era cheio de máscaras, e aqui como era u
Eu havia me tornado um monstro, mas algumas pessoas não me viam assim e eu ao menos podia ser gentil com as mesmas já que não tinha muita coisa que poderia dar em troca. Quando dei por mim estava em frente a floresta que ficava atrás da cidade, ela não era muito longa nem muito visitada já que ficava perto da escola abandonada, era um lugar isolado e ficou pior quando ouve alguns casos de assassinato de mulheres naquela região e principalmente dentro da escola, nunca encontraram o assassino e nunca tiveram alguma vítima para contar a história, só havia uma coisa que ligavam as mulheres, todas eram novas na cidade. Já teve pessoas e alguns policiais que suspeitaram de mim e ainda tem, mas como nunca foi provado, não fui preso, talvez era de se esperar já que não era morador nativo da cidade e tinha um passado conturbado, talvez fosse a pessoa mais estranha de toda a cidade. Respirei um pouco recuperando o fôlego quando ouvi alguma coisa vindo de um arbusto próximo, olhei em volta e
Entrei em casa, e segui para a cozinha, olhei nos armários procurando algum pote que pudesse usar e peguei um prato fundo do tempo do meu tio, coloquei o cachorro na bancada e liguei a água enchendo o prato, quando terminou coloquei ao seu lado.– Toma garoto, vou pegar alguma coisa para você comer. – Disse vendo o animal só aproximando do prato e cheirando antes de começar a tomar.Enquanto ele estava distraído tomando água olhei na geladeira o que poderia dar, achei duas bananas e peguei a garrafa de leite, mesmo que ele tenha tomado água talvez ele queira um pouco de leite também, enquanto colocava as coisas em cima do balcão ouvi três batidas na porta.– Pode entrar! – Liberei imaginando ser Ayanne, e acertei quando a mulher abriu a porta segurando uma bolsa.– Oi! Como ele está? – Disse se aproximando e olhando curiosa para o animal.– Ele tá bem, acabou de tomar água, eu peguei duas bananas, mas sei que não vai ser o suficiente o que será que podemos dar para ele?. – Perguntei m
– Pronto achei o kit, agora vou precisar da sua ajuda. – Falei interrompendo sua conversa, como se estivesse totalmente alheio ao que estava acontecendo, a mulher se levantou sem jeito e concordou com a cabeça.– Okay, o que eu tenho que fazer? – Perguntou se aproximando e olhando curiosa enquanto eu tirava o antisséptico e os curativos para fora.– Você segura ele enquanto eu passo o remédio, ele não pode de mexer por nada, você consegue? – Perguntei a vendo balançar a cabeça totalmente motivada em me ajudar, acredito que não seria difícil cuidar de um machucadinho tão pequeno mais queria que ela fizesse parte daquilo ela parecia feliz em ajudar.Ayanne segurou o filhote enquanto fazia carinho com seu polegar parecia querer deixá-lo confortável já que ela o estava prendendo seu corpinho de lado mantendo sua perna esticada.– Fica calmo tá, vai ser rapidinho! – Acalmava o animal com uma voz bem fofa.– Será que é muito grave? – Perguntou me olhando apreensiva, estávamos os dois abaixa
Segunda havia chegado e meu despertador fez questão de me acordar bem na hora certinha para ir ao ateliê, estava um pouco cansada mesmo não fazendo quase nada no dia anterior, ainda deitada na cama ouvindo o som irritante do alarme o desliguei em um tapa olhei para a claridade da janela e o tempo não estava nada bonito, parecia que ia chover, a temperatura da manhã estava fria e me arrependi de tirar a coberta sentindo todo meu pelo se arrepiar.– Meu Deus, que frio é esse! – Levantei protestando e segui para o banheiro, tirei minha roupa de dormir e segui para o chuveiro ligando na temperatura morna já que não queria congelar.– Acho que o inverno chegou. – Murmurei começando meu banho.Quando terminei havia uma leve fumaça no banheiro, saí enrolada e andei até a pia, limpando o vidro embaçado e vendo meu rosto rosado pela água morna, peguei a pasta e minha escova de dente rosa, com a toalha na cabeça e outra no corpo com os dentes escovados sai do banheiro indo para meu guarda-roupa
– Mas somos artistas e os desafios é o que nos move e tenho certeza que vocês são capazes, caso contrário não estariam aqui. – Draven disso enquanto olhava para cada um de nós agora, tentando nos motivar, mas sinceramente estava nervosa.– Quanto tempo nós temos? – Perguntei apreensiva.– Duas semanas, usem esse tempo para pesquisar e principalmente colocar as ideias em prática para no final executar com perfeição, quero um esboço para a próxima aula, as telas não podem ser em tamanhos médios, nosso cliente quer algo grande e bem feito, o estúdio ficará aberto até às onze da noite, eu posso ou não estar aqui mais a porta será trancada nesse horário sempre caso vocês terminem mais cedo as chaves estarão em minha mesa tragam de volta no dia anterior, podem começar. – Disse nos deixando a sós na sala.– E então! Sei que é cada um por si, mas podemos nos ajudar. – Ouvi a voz de Kiana logo após Draven nos deixar, me virei para a mesma, para vê-la nos olhar.– Concordo, no final quem vai fi
Perguntei estranhando o cheiro do chá, era doce, mas tinha um toque amargo, não era ruim.– Isso é chá de limão com mel – Disse se sentando ao meu lado.Tomei mais um gole sentindo o gosto cítrico nem parecia que tinha limão ali dentro, o gosto era ótimo e me fazia sentir quente e confortável, sorri no processo.– Parece que você gostou, não preciso mais me preocupar. – Draven disse com um sorriso no rosto parecia aliviado em saber daquilo.– Obrigada senhor Leblanc, por me trazer em casa e me fazer um chá. – Disse o olhando docemente, aquele era um lado que o homem não me mostrou quando estávamos no restaurante aquele dia e era incrivelmente encantador.– Se você quer mesmo me agradecer, não me chame, mas de senhor Leblanc, não sou mais velho que fazer, sou apenas seu chefe e professor. – Disse apoiando a cabeça no braço e no encosto do sofá.– Mas não… – O homem me interrompeu.– Não tem isso, olha para mim! Não quero ser tratado como senhor e assunto encerrado. – Disse segurando me
Coloquei a xícara próxima ao nariz e o cheiro era de fato ótimo, então seguindo por esse raciocínio tomei o primeiro gole e me surpreendi quando o gosto invadiu minha boca.– Nossa! Isso é muito bom? Como não senti nada do gosto do alho, é quase inexistente! – Falei boba, olhando, o gosto mais presente ali era a do mel e do limão com um pouco do gengibre, Ethan sorriu antes de falar.– Avisei que era bom, agora toma tudo que isso vai te fazer ficar melhor, diferente daquele outro chá que você tomou. – Disse revirando os olhos.“Chá? Eu tomei outro chá? Há! O que Draven fez para mim, mas como ele sabia? Me perguntei enquanto fazia uma expressão confusa.”– Eu vi na mesinha quando a coloquei no sofá, deu para sentir o cheiro, era muito simples não teria muito efeito. – Falou como se ele tivesse muita experiência em chás e resfriados.– E como você sabe disso tudo? – Perguntei curiosa com o seu comportamento.– Vai me dizer que você também sabe curar resfriados. – Provoquei enquanto sorr