Enquanto falava, a mulher se dirigia para a beira do terraço, abraçando seus dois filhos. A altura de mais de dez andares fazia Amanda sentir as pernas fraquejarem só de pensar. Os dois filhos, ainda pequenos, balançavam perigosamente ao sabor do vento no topo do edifício, como se estivessem prestes a cair. Amanda sentiu um arrepio no coração e exclamou:- Irmã, não seja impulsiva. As crianças são inocentes!Naquele momento, a mulher estava completamente desesperada, sem se importar com a inocência das crianças. Ela ficou de pé na beira do terraço, segurando seus filhos.- O que você sabe? Como pessoas como você podem entender nosso sofrimento? É justamente porque as crianças são inocentes que quero levá-las comigo. Elas são tão pequenas e já perderam o pai. Deixá-las neste mundo significa mais sofrimento no futuro. Vão crescer como eu, sem nunca ver esperança!As palavras da mulher ecoaram como uma onda sonora, questionando a consciência de todos.- Não é assim! - Amanda falou ansiosa
Theo não levou Amanda para a Mansão dos Reis, mas sim diretamente para a Villa Doce. Ao saírem do carro, Theo a carregou nos braços sem que Amanda reagisse. Somente ao entrar no banheiro, ela finalmente questionou:- O que você está fazendo?- Vamos tomar um banho! - Disse Theo.- Eu posso fazer isso sozinha. - Respondeu Amanda.Theo riu suavemente:- Não é a primeira vez, eu ajudo você.Amanda então se deixou levar. Na banheira, Theo havia colocado água e essências, exalando um aroma suave e relaxante, antes de se sentarem juntos. Os dois permaneceram em silêncio, confortavelmente encostados um no outro.Quando a água começou a esfriar, Theo se levantou, secou Amanda e a levou para o quarto. O braço dela, ainda machucado de uma mordida anterior, agora tinha mais escoriações. Theo cuidadosamente aplicou medicamento nas feridas e, nesse momento, notou uma pequena cicatriz no braço dela, que até então estava escondida. Era uma marca antiga, agora visível devido à redução do inchaço.Com
Em meio à noite, por que o pai da família viria aqui?Os dois se apressaram em se levantar, trocar de roupas e descer as escadas. Na sala de estar no térreo, as luzes estavam acesas intensamente. Sentado no grande sofá central estava o pai, calmo, cercado por alguns guarda-costas.- Pai! - Theo o cumprimentou.O patriarca o examinou de cima a baixo, fixando o olhar, por fim, na ferida no braço de Theo.- Sente-se. Médico, por favor, examine-o cuidadosamente.- É apenas um ferimento leve, eu já cuidei dele. - Disse Theo.Mas o patriarca não estava disposto a relaxar:- Mesmo assim, deve ser tratado com cuidado. Não se esqueça da sua posição. - Disse ele, lançando um olhar penetrante em Amanda por um momento.Theo se resignou a sentar e deixar o médico examiná-lo. No final, até o médico concordou que era apenas uma ferida leve e fez um novo curativo.Antes de sair, o patriarca olhou seriamente para Theo:- Não te forço a voltar para casa, mas você repetidamente esquece suas responsabilid
- Socorro! - Amanda se virou e começou a correr. No entanto, acabou sendo envolvida nos braços de Theo.No dia seguinte, Amanda não queria de jeito nenhum descansar em casa e insistiu em ir trabalhar.Theo não tinha como impedi-la, e vendo que ela realmente melhorou, permitiu que ela fosse.Ao chegar na empresa, Amanda percebeu que não havia ninguém lá. Ela andou pelo local e, no fim, decidiu ligar para Cláudio.- A empresa está de férias?Do outro lado, Cláudio estava num ambiente barulhento, e após uma pausa, provavelmente para encontrar um lugar mais silencioso, ele respondeu:- Como assim você está ligando para mim? Seu corpo está melhor?- Foi só um pequeno ferimento, já estou na empresa trabalhando. Onde está todo mundo?Cláudio riu amargamente:- Parece que desta vez nossa empresa realmente vai acabar. Após o incidente de ontem, o gerente do nosso projeto veio até nós. Eles querem não só terminar a parceria, mas também que paguemos pelos prejuízos. Dizem que, por nossa causa, é
Theo?Amanda quase instantaneamente balançou a cabeça.- Não! Obrigada pela sua gentileza.A relação dela com Theo era realmente de negócios, mas esse negócio era apenas sobre assuntos da família Camargo. Depois que os assuntos da família Camargo fossem resolvidos, ela queria manter uma relação de igualdade e dependência com Theo.Mesmo que essa relação só pudesse durar um ano, ela já se sentia sem culpa.Além disso, a situação de Theo no momento também não era boa.No caminho de volta, o carro ficou em quieto. Até que, finalmente, Cláudio quebrou o silêncio. Ele riu de si mesmo:- Bem, isso vai fazer meu irmão e minha madrasta morrerem de rir. Mas eu não me importo, estou acostumado com essas coisas desde pequeno, então você não precisa se preocupar comigo.Amanda franzia a testa, Cláudio pensou que ela ainda estava de mau humor e disse.- Você tem uma boa base, vai ter um futuro melhor depois de deixar aqui...Amanda ainda permanecia em silêncio, e Cláudio franziu a testa.- Amanda?
- Você adivinhou tudo, uma pena que Mário ainda pense que você está preocupado, realmente sem graça.Enquanto conversavam, Joaquim de repente ficou surpreso:- Por que a cunhada veio?Seguindo sua voz, de fato viram Amanda e Cláudio caminhando juntos.Antes disso, eles já tinham visitado outro lugar, mas sem sucesso.Agora, era Cláudio quem tinha se esforçado para descobrir que o grande herdeiro da família Marques, Vitor Marques, estava aqui jogando golfe. Então, eles vieram sem parar, não é?Esta era a última chance deles.Aproveitando o momento de descanso de Vitor, Cláudio tomou a iniciativa de cumprimentá-lo.- Sr. Vitor!Vitor estava ciente da situação da família Soares e sabia que Cláudio não era muito bem-vindo. Portanto, ele não mostrou uma boa expressão facial. Apenas acenou com a cabeça levemente:- Ah, Cláudio, ouvi seu irmão dizer que você tem estado ocupado com uma empresa imobiliária recentemente. Como você teve tempo de vir aqui hoje?Parecendo já estar acostumado com es
Era uma situação que realmente não era adequada para falar.Amanda reprimiu a dúvida em seu coração, olhando preocupada para Theo. No entanto, a expressão de Theo não mudou, ele apenas sorriu levemente.- Sr. Vitor, não precisa ter medo de mim, só quero saber se os clientes do senhor sabem que ele gosta de difamar os outros covardemente?- Você... - Vitor queria reagir, mas por causa de Mário ainda estar lá, acabou se contendo. - Theo, você me aguarde. Isso entre nós não acabou!- Estou esperando!Depois de dizer isso, Vitor foi embora com Mário. Mário olhou para trás para Theo, com uma expressão de dúvida no rosto.Quando eles se afastaram, Theo finalmente disse:- Como vocês vieram parar aqui?Amanda mordeu o lábio:- Não é nada, só tinha algo para discutir com o Sr. Vitor, agora estamos de saída.Como ainda era horário de trabalho, ela não entrou em detalhes.Depois que eles se afastaram, Joaquim disse, sorrindo:- Parece que sua cunhada tem algo que quer esconder de você!Theo fran
Cláudio estava confuso:- Qual é o objetivo de vocês, afinal?- Obviamente, é o desenvolvimento conjunto e também estabelecer uma base sólida para nós no País A. - Após dizer isso, ele passou o contrato de compra para Cláudio. - Por favor, dê uma olhada. O contrato tem todas as nossas promessas anteriores. Além disso, concordamos com o seu plano de reforma do armazém. Se no futuro você desejar deixar o Grupo Martins e começar seu próprio negócio, o Grupo TEM não o impedirá.As condições eram realmente as mais favoráveis possíveis, Cláudio sabia disso e estava ciente de que ninguém ofereceria algo melhor.Amanda, embora relutante, sabia que o Grupo Martins estava agora nas mãos de Cláudio. E eles haviam dito que, no futuro, poderiam continuar como antes.Cláudio olhou para Amanda:- O que você acha?Amanda sorriu:- Eu respeito a sua decisão.- Então, eu aceito! - Disse Cláudio. - Quando podemos assinar o contrato?Resolver isso mais cedo significava que ele poderia se reerguer mais rap