Capítulo 14Owen Palmer Tempos atrásJá se passaram seis anos desde que vi minha coelhinha pela última vez. Durante esses anos não esqueci ela um só dia, eu nunca vou esquecer.Apesar da minha vida aqui em Seattle ser boa, de eu ter uma família, com um pai, mãe e irmãos como sempre quis. Mesmo assim não me sinto totalmente feliz. É como se uma parte do meu coração estivesse faltando, o que está. Além de tudo, penso em como ela está vivendo sem mim e sem a mamãe lá para protegê-la da Katrina, porque se depender da Vanda, é mesmo que nada, pois aquela parece cega para as atrocidades que a filha sofre. Sempre bajulando a Katrina, fazendo todos os seus gostos.Espero que as implicâncias da Katrina fossem por minha causa e assim ela agora tenha deixado minha coelhinha em paz.Como eu queria que o tempo passasse rápido para que eu pudesse ir até ela e trazê-la comigo, para juntos sermos felizes sem aquela cobra no nosso caminho!Estou ingressando na faculdade. Devido minhas boas notas, con
Capítulo 15Owen PalmerDias atuaisComo vou ser o orador da turma então vou ficar com o corpo docente até sermos chamados, o Dalton segue para se juntar a sua turma e Liz vai com nossos pais para os lugares reservados para as famílias e convidados.Depois do discurso do Reitor é a minha vez.— Primeiramente, Boa noite a todos. Gostaria de agradecer pelo privilégio de ser o orador de nossa turma nesta noite. Em nome dos formandos gostaria de agradecer a presença de todos que estão aqui, todos aqueles que se disponibilizaram para participar desta ocasião tão especial. Hoje concluímos mais uma etapa de nossas vidas e essa, sem dúvidas, é apenas uma das tantas vitórias que estão por vir. Ao longo de todos esses anos convivemos com muitas pessoas. Professores e colegas vieram e se foram, e deles levamos apenas as boas lembranças conosco. Hoje é também um dia de despedidas. Talvez amanhã ainda nos falemos, mas e daqui a uma semana? Ou quem sabe daqui a um mês. Será que nos reconheceremos d
Capítulo 16Torres.Depois de anos servindo ao meu país, vendo muitos amigos morrerem em serviço, consigo voltar para casa, sem ser dentro de um caixão.Fiz grandes amigos no meu tempo de combatente, alguns partiram cedo desse mundo, um deles foi TJ. Ele já era veterano, ficou um tempo afastado e voltou depois que a filha dele nasceu, ele estava radiante, deu-me uma foto da pequena Tessália, uma, bebê, linda de olhinhos azuis iguais aos dele. Lembro-me de suas palavras: "veja como sua afilhada é linda meu amigo". Eu era apenas um jovem soldado, dedicado ao meu serviço, e TJ, ele era meu fiel amigo, meu mentor, meu comandante.Semanas depois ele morreu em uma explosão de uma mina caseira. Era para ter sido eu, mas o TJ acabou me salvando e morreu no meu lugar.Depois que ele morreu, anos depois voltei para casa e então eu conheci minha hoje esposa Anita, nos casamos pouco tempo depois, mais logo com o passar de alguns meses, voltaram a me chamar para mais uma missão. Voltei para o serv
Capítulo 17TorresEle sai e fico olhando o relatório que tenho em mãos. E a cada página que leio me assusto ainda mais. Eu deveria ter ido procurar ela. Só espero não ser tarde demais.De dentro do carro vejo quando a família Palmer está vindo. Saio para os receber e assim que entramos no carro o Owen já quer logo saber se eu consegui as informações sobre o Steven. Não vou falar nada na frente da família. Principalmente na frente da Dra. Lindsay.— Se estivermos falando da mesma pessoa, gostaria de ir o mais rápido possível até a Geórgia. — Respondo.— Tem como você saber sobre uma pessoa apenas pelo nome e curso que está estudando?— Sim. De quem se trata? — Penso logo em pedir para Weller averiguar. Acho que ele vai ganhar um novo cliente.— Amanda Keller. Loira alta, na faixa dos 20 anos mais ou menos. Se forma o próximo ano em Jornalismo na WSU.— Pode deixar. — Respondo mesmo sem entender o porquê desse pedido. Mas o Owen, ele tem um sexto sentido para as coisas, eu digo que se
Capítulo 18Tessália JohnsonHoje estou completando meus dezoito anos, conseguir uma vaga na Universidade da Geórgia (University of Geórgia), já faz dois anos que curso medicina. Estou vivendo bem melhor esses dois anos. A Katrina muito pouco vem em casa, eu também não venho. Preferi ficar no alojamento da universidade e faço de tudo para não visitar minha mãe. Ela não muda nada, tudo dela é Katrina, então me dedico cada vez mais aos meus estudos e tenho a minha solidão como companheira constante.Hoje, porém, ela me fez vir, mas não sei porque, não estou gostando nada dessa sensação que estou sentindo. Chego já na hora da tal festa. Muitos convidados já estão presentes. Quando paro o carro minha mãe já vem para o meu encontro, me puxando de dentro do carro e isso faz com que eu solte minha bolsa lá mesmo e nem a chave eu tiro da ignição. Bato a porta e acompanho minha mãe a passos largos para a casa.— Tess, filha, você demorou muito para chegar. Nós preparamos uma surpresa para você
Capítulo 19Owen Palmer Hoje é o aniversário de Tess, por mim eu viajaria hoje mesmo para a Geórgia. Só que o Torres disse para só irmos na próxima semana. Ou seja, daqui a quatro dias. Vai ser difícil me concentrar em qualquer outra coisa pensando no que minha Tessália possa está passando. Alguma coisa, uma sensação, está me dizendo que ela está precisando muito de mim, ela precisa da minha proteção. Estou impaciente, e mal, muito mal humorado, nem conseguir colocar minha cabeça e meus pensamentos em ordem.— Filho o que você tem? Estou te sentindo tão agoniado.— Não sei mãe. Mas alguma coisa me diz que Tess está precisando muito de mim. Eu não sei porque dessa sensação. Eu só sinto.— Filho, deve ser a ansiedade de estar prestes a reencontrar ela. Fique calmo meu amor. Vai dá tudo certo.— Assim espero mãe. Mas só vou me acalmar quando eu arrancar ela daquele lugar. Quando minha coelhinha estiver aqui, segura e conosco.Só alguns dias, só mais uns dias e vou ver minha Tess. Essas
Capítulo 20Owen Palmer— Qual hospital, Torres?— Northwest Hospital & Medical Center.— Mãe, preciso ir até lá...— Nesse momento acho que é o certo a se fazer. Porque se for mesmo a Tess vocês já nem viajam mais para Geórgia e ela vai precisar da gente. — Diz mamãe ainda tentando me acalmar, mas vejo que depois da notícia ela está inclinada a acreditar em mim.— Vamos trocar de roupa e nós vamos. — Diz papai apertando o ombro de minha mãe.Como estou apenas com a calça do pijama, subo para também me trocar. Coloco a primeira roupa que encontro e desço para ver se já estão todos prontos. Não demora e saímos para o hospital.Chegamos e minha mãe vai para a recepção procurar saber se uma jovem deu entrada no hospital vítima de um acidente de carro, e qual o seu estado. A recepcionista fala que uma jovem deu sim entrada.— Qual o nome dela moça?— Vocês são o que dela?— Eu sou o namorado dela. Fala logo se é ou não minha namorada.— Como vocês chegaram aqui tão rápido e como souberam
Capítulo 21KatrinaEnquanto me arrumava para ir à Seattle fiquei imaginando o que tanto eu poderia fazer. Ultimamente venho fazendo alguns serviços para meu pai e aquele seria mais um.Com a desculpa de fazer alguma entrevista para o jornal da faculdade eu fui e vou em busca de pessoas interessadas em ganhar dinheiro, realizar seus sonhos. E nada melhor, do que receber uma excelente proposta justo quando está se formando.Todo mundo sonha alto e ganhar dinheiro, muito dinheiro, sempre é o principal objetivo.Poucos formandos já trabalham. A maioria ainda são bancados pelos pais ou fazem algo que não tem nada ligado ao seu curso escolhido. Essa é uma hora propícia para apresentar caminhos mais fácies para que esses sonhos possam ser realizados.Ao contrário da idiota que faz parte da minha família e a quem eu tenho o desprazer de chamar de irmã, eu sei de tudo o que meu pai faz, e fazer parte de tudo isso sempre foi o que eu quis. Ele ainda não me deixa por dentro de tudo, mas em brev