Capítulo 20Owen Palmer— Qual hospital, Torres?— Northwest Hospital & Medical Center.— Mãe, preciso ir até lá...— Nesse momento acho que é o certo a se fazer. Porque se for mesmo a Tess vocês já nem viajam mais para Geórgia e ela vai precisar da gente. — Diz mamãe ainda tentando me acalmar, mas vejo que depois da notícia ela está inclinada a acreditar em mim.— Vamos trocar de roupa e nós vamos. — Diz papai apertando o ombro de minha mãe.Como estou apenas com a calça do pijama, subo para também me trocar. Coloco a primeira roupa que encontro e desço para ver se já estão todos prontos. Não demora e saímos para o hospital.Chegamos e minha mãe vai para a recepção procurar saber se uma jovem deu entrada no hospital vítima de um acidente de carro, e qual o seu estado. A recepcionista fala que uma jovem deu sim entrada.— Qual o nome dela moça?— Vocês são o que dela?— Eu sou o namorado dela. Fala logo se é ou não minha namorada.— Como vocês chegaram aqui tão rápido e como souberam
Capítulo 21KatrinaEnquanto me arrumava para ir à Seattle fiquei imaginando o que tanto eu poderia fazer. Ultimamente venho fazendo alguns serviços para meu pai e aquele seria mais um.Com a desculpa de fazer alguma entrevista para o jornal da faculdade eu fui e vou em busca de pessoas interessadas em ganhar dinheiro, realizar seus sonhos. E nada melhor, do que receber uma excelente proposta justo quando está se formando.Todo mundo sonha alto e ganhar dinheiro, muito dinheiro, sempre é o principal objetivo.Poucos formandos já trabalham. A maioria ainda são bancados pelos pais ou fazem algo que não tem nada ligado ao seu curso escolhido. Essa é uma hora propícia para apresentar caminhos mais fácies para que esses sonhos possam ser realizados.Ao contrário da idiota que faz parte da minha família e a quem eu tenho o desprazer de chamar de irmã, eu sei de tudo o que meu pai faz, e fazer parte de tudo isso sempre foi o que eu quis. Ele ainda não me deixa por dentro de tudo, mas em brev
Capítulo 22Katrina— Vai me entrevistar? Já te digo que não sou bom nessas coisas. Você deveria entrevistar meu irmão Owen, ele sim manda bem nesse lance de discurso e entrevista. Digamos que ele tem um dom.Pior que é verdade. Ele consegue fazer uma multidão se calar só para ouvi-lo falar. Sorrio.— Já fiz o meu trabalho. Você escapou dessa vez. Quem sabe uma próxima eu não entreviste seu irmão!Até parece que ele aceitaria! Eu preciso é dá um jeito de avisar em casa sobre essa possível visita e quem sabe apressar as coisas por lá.Ficamos um tempinho conversando próximo a porta, trocamos telefone e marcamos de nos encontrar. Quando levanto a cabeça, vejo o Owen me encarando com o cenho franzido e trato logo de sair dali antes que ele me reconheça, pois isso não seria nada bom para os meus planos. Me despeço de Dalton, pego meu celular e disco para papai.— Papai. Preste atenção. Eu descobri onde o Owen está, e acabei ouvindo uma conversa.— Olá Katrina. Do que você está falando? Ow
Capítulo 24Owen PalmerDepois que minha mãe sai para ir conversar com o médico eu fico com minha coelhinha lhe fazendo companhia. Eu devia ter ido atrás dela antes. Não deveria ter esperado tanto, quase a perdi, foi por pouco, muito pouco que ela escapou e ainda está correndo risco de vida. Com certeza aconteceu alguma coisa para ela fugir assim daquela família. Sim, fugir. Não tem outra explicação para ela despencar da Geórgia para cá, sem ligar nem avisar, mesmo que ela tenha por acaso descoberto onde eu estava, o que acho improvável.Fico conversando com ela, e pedindo a Deus para não a tirar de mim. Não foi por acaso ela ter vindo justo para a minha cidade, sei que Deus tem planos para nós e espero que nesses planos esteja escrito que viveremos muitos anos juntos. Somos conectados, eu sempre soube, como algumas pessoas dizem, somos reencarnação e tenho certeza que somos sim almas gêmeas, não existe outra explicação.— Por favor Deus não a leve de mim, não agora que eu ia reencont
Capítulo 24❤Tessália Johnson ❤Sinto meu corpo pesado e dolorido. Ouço uns bips e sinto um toque no meu rosto e alguém está segurando a minha mão. O toque é bom, uma sensação de paz me invade, como a muito tempo não sentia.Owen! É meu ursinho. Mas como?Como ele soube de mim?Ouço ele me chamando para voltar para ele. Eu tento, tento, mas a escuridão é mais forte e me consome. Está tão difícil, estou tão cansada, eu quero voltar, só que não consigo, a nevoa não deixa. Dói ouvir sua voz sofrida e não poder dizer que estou aqui, que estou ouvindo, que também quero vê-lo, mas a névoa vem e me leva mais uma vez para a escuridão.*****Ouço mais vozes, e reconheço, é a voz, tia Lindsay. Meus amigos. Eu não sei como, mas Deus me trouxe até eles. Obrigada Deus. Obrigada papai. Agora eu preciso acordar. Me ajude a acordar. Eu preciso vê-los.— Mãe, porque ela não acorda? Porque ela não volta pra mim? — Owen, meu ursinho lindo.Quero tanto vê-lo, saber como ele está. Deve ser muito lindo por
Capítulo 25Owen PalmerFico no corredor que dá acesso a sala para onde minha mãe levou a Tess e ao meu lado está Torres, parado, calado, tão preocupado quanto eu.Desde quando encontramos a Tess que ele não sai do meu lado. Quando ele não está, o Marcos, um novo segurança que ele contratou fica conosco. Sei que ele também está ansioso para falar com a Tess. E ele logo irá fazer isso. Sinto que meu anjo terá um paizão ao seu lado a partir de agora, ela não terá só a mim para protege-la, terá toda a família e por falar em família vejo eles chegando.— Filho, como ela está?— Oi pai, ela está com mamãe agora.— Fique calmo, você tem que passar segurança para ela e não medo. Confie na sua mãe, filho, ela sabe o que está fazendo.— Eu sei pai. Eu confio na mamãe. Só queria estar lá com elas.— Vamos sentar aqui e aguardar, vem.Ficamos todos sentados por umas 3 ou 4 horas, nem sei direito o tempo, só sei que para mim foi uma eternidade, até minha mãe aparecer.— Mãe, me diz como foi. Ela
Capítulo 26Tessália Johnson ❤Chegou o dia de tirar o curativo dos meus olhos e eu estou muito, mas muito ansiosa, com medo de não ter resolvido e ao mesmo tempo, ansiosa que tenha dado certo e que eu vou poder ver o ursinho, a tia Lindsay e todos os outros que ainda não conheço.Acordo e sinto que tem uma pessoa ao meu lado e não é o Owen, fico receosa, mas logo ela fala e relaxo.— Sou eu, a enfermeira Bruna. Bom dia, como está se sentindo?— Bom dia. Eu estou bem. Onde está o Owen?— Dormindo na cama dele. Por milagre ele ainda não acordou. Deseja alguma coisa?— Queria ir ao banheiro. Você me ajuda?— Claro que sim. Vamos, deixa eu te ajudar a se sentar.Me sento na cama com a ajuda da Bruna, e ajeito a roupa que estou vestindo antes de colocar meus pés no chão e lentamente caminhar com ela para o banheiro, onde faço minha higiene pessoal, com ela me ajudando o tempo todo, inclusive no banho, tomando cuidado com os curativos em meu corpo, onde ainda tem alguns cortes que foram pr
Capítulo 27 TessáliaConto tudo que aconteceu desde que Lindsay e Owen foram embora. Conto do noivado, da armação para me casar com o Olavo, do inferno que foi minha vida por todo esse tempo. Percebo algumas vezes quando Owen trinca os dentes e aperta as mãos fechando-as em punho. Como se quisesse esmurra algo ou alguém. O que não duvido.— E a sua mãe Tessália? — Pergunta o segurança que se chama Torres.— Ela não é minha mãe — murmuro triste, sentindo meu peito doer — Pelo menos é isso que ela me passa e para mim, eu sou órfã de pai e mãe. Para mim ela morreu e a última pá de terra eu joguei quando fiz meus dezoito anos.— Você tem certeza querida? Afinal, ela é sua mãe.— Ela é uma criatura fútil, mesquinha, gananciosa, manipulável, iludida com o que o dinheiro pode comprar, sem caráter, sem vontade própria. Depois que vocês foram embora, as coisas só pioraram naquela casa. Quando a Katrina foi embora para Portland, eu pensei que ia ter um pouco de paz, mas veio o inferno do noiva