Rua Prosperidade, número 29.Uma antiga fábrica abandonada, sem ninguém por perto. Dois grandalhões de colete preto tiraram a mulher sequestrada do carro e a jogaram no chão.- Fica quietinha, senão eu te furo com uma bala! - Um deles disse. Valentina nunca tinha visto uma cena como essa e ficou tão assustada que não conseguia articular uma palavra. Antes, quando ela havia sido sequestrada por Eduardo, ela não estava com medo, porque sabia que ele não a machucaria. Mas dessa vez era diferente. Os caras que invadiram sua casa estavam armados. Eles definitivamente não eram sequestradores comuns.- Chefe, trouxemos a pessoa. - Disse o outro cara que possuía o cabelo tingido de dourado.Foi então que Valentina percebeu que havia um carro estacionado ao lado. A porta do carro se abriu, e uma mulher com um vestido vermelho saiu.Valentina arregalou os olhos ao vê-la. Era Lorena. “O que essa mulher está planejando fazer?” Lorena se aproximou de Valentina, olhando para ela com desprezo, chei
Lorena olhou para Valentina e riu alto.A proximidade entre Inês e Valentina era tão evidente que, se Inês chegasse e visse Valentina em apuros, sua reação seria digna de um espetáculo teatral.- Vamos nessa! - Lorena ficou de pé dando um sinal para o grandalhão que foi até Valentina, esfregando suas mãos, e a pegou, jogando-a em um colchão de espuma que estava ali perto. O outro grandalhão, loiro, entregou sua arma para o comparsa e também se aproximou.- Por favor, me soltem. Eu posso te dar todo o dinheiro que quiser. Por favor... Não se aproximem, socorro! Socorro! - Valentina lutava desesperadamente, com os pulsos marcados e sangrando pelas cordas. O homem loiro desamarrou as mãos de Valentina e, de forma provocadora, rasgou seu casaco. - Não tem ninguém por aqui. Você pode gritar o quanto quiser, mas ninguém virá te salvar. - O grandalhão moreno acariciou o rosto de Valentina. - Seja uma boa garota e aproveite o momento, se você não resistir, podemos tornar isso menos doloroso
Emanuel estava absorto em seu trabalho no escritório quando, de repente, ouviu o som do motor de um carro lá fora. Ele espiou pela janela e avistou Inês. “Onde ela está indo tão tarde da noite?” Preocupado, Emanuel desceu imediatamente e designou alguém para segui-la. Durante o percurso, ele notou que Inês avançou por cinco ou seis semáforos vermelhos, o que fez com que uma sensação ruim se apoderasse dele. Ela dirigia muito veloz. Emanuel a seguiu o quanto pôde, mas acabou chegando alguns minutos atrasado.Ao chegarem ao destino, Emanuel saltou do carro e ouviu os gritos desesperados de Valentina vindo de uma oficina abandonada: - Inês, chega! Pare de bater, Inês!Emanuel ficou tenso e correu para dentro rapidamente. Na oficina deserta, ele se deparou com Inês de pé, segurando um homem loiro. Uma mão agarrava a gola de sua roupa, enquanto a outra formava um punho, desferindo golpes ferozes em seu rosto. Um soco atrás do outro, Inês repetia mecanicamente o movimento, com um olhar
Ouvindo o médico falar assim, o coração tenso de Emanuel finalmente se acalmou, mas ao mesmo tempo, ele ficou cheio de preocupação.- Quando ela vai acordar? - Ele perguntou.- Bem... A situação da Srta. Inês é uma reação de estresse excessivo causada por forte estímulo. Provavelmente, ela só vai acordar amanhã à tarde. - Um dos médicos respondeu de forma esclarecedora.Emanuel assentiu, levantando a mão para indicar que eles deveriam sair. Os médicos enfermeiros saíram, deixando apenas Emanuel e Inês no quarto.- Inês. - Emanuel gentilmente segurou a mão machucada da mulher, abaixando a cabeça para depositar um beijo leve em seus dedos.Fabiano bateu suavemente na porta e entrou.- Sr. Emanuel.- Como está Valentina? - Emanuel perguntou.- Estou bem, mano.Valentina entrou, os médicos a aconselharam a descansar, mas ela estava muito preocupada com Inês. Se não fosse por Inês, ela teria sido vítima daqueles homens. - Como ela está? - Valentina olhou para a mão enfaixada de Inês. -
Inês acordou, e Emanuel imediatamente instruiu o médico a fazer alguns exames nela. Ao saber que ela estava bem, o coração de Emanuel finalmente se acalmou. Valentina ajudou Inês a se sentar, dizendo: - Inês, você estava tendo um pesadelo, não conseguíamos te acordar. Você nos assustou muito.- Desculpe, Valentina, foi por minha causa que você passou por isso. - Inês olhou para o rosto inocente de Valentina, sentindo um aperto no coração. Se aquela noite cinco anos atrás fosse apenas um sonho, seria ótimo. Afinal, se não fosse pela Lorena querendo se vingar, ela não teria capturado a Valentina para ameaça-la. - Não fale besteira. Não foi sua culpa. Se você não tivesse chegado a tempo, eu poderia ter passado por algo terrível. Graças a você, eu estou bem. Inês, você é minha estrela da sorte. - No momento em que Inês apareceu, Valentina sentiu como se tivesse visto um anjo, se sentindo incrivelmente segura. Inês gostava muito da personalidade otimista e alegre de Valentina. Não impo
Emanuel estava prestes a falar, mas engoliu as palavras.Inês não respondeu às palavras dele. Ela estava evitando.No momento seguinte, ele se levantou e começou a tirar a roupa.- O que você está fazendo? - Inês agarrou o lençol e se afastou rapidamente.- Não queria descansar? Estou aqui para te fazer companhia. - Emanuel jogou o casaco sobre a cadeira e puxou o lençol ao lado dela- Você não precisa me fazer companhia... - Inês tentou empurrá-lo. - Mas eu preciso de você ao meu lado. - Emanuel segurou o pulso dela e a puxo para dentro de seus braços. - Inês, eu cuidei de você a noite toda, agora estou exausto. - Dizendo isso, ele abaixou a cabeça em seu pescoço, seus braços fortes a envolvendo firmemente, quase a prendendo em seu corpo.Inês estava irritada e frustrada, tentou empurrá-lo mas sem sucesso. “Quando foi que esse sujeito se tornou tão insolente?” Ela pensou. Em pouco tempo, os seus ouvidos foram preenchidos pelo respirar regular do homem.Inês olhou para o rosto de Ema
Valentina ouviu aquela voz irritante e seu rosto mudou levemente, murmurando uma maldição baixa em seu coração. Isadora Bastos, segurando o capacete com uma mão, avançou em sua direção com um ar arrogante. - Há quanto tempo, Valentina! O que foi, não me reconhece mais? - Isadora provocou com um sorriso irônico. - Não me atrapalhe. - Valentina a olhou com raiva. - Um fracasso como você não tem o direito de gritar na minha frente! - Isadora zombou com um sorriso irônico. - O que tem de errado em ser um fracasso? - Valentina, indignada, retrucou. - Eu não acredito que você, Isadora, possa ganhar nesta pista para sempre!Inês arqueou as sobrancelhas. Ela rapidamente reconheceu a menina, era Isadora, a garota com quem o ex de Valentina a traiu.Um ano atrás, Valentina havia ido até a corrida para se divertir e, para sua surpresa, encontrou seu ex e a amante da época. Embora tenha passado tanto tempo, Valentina inicialmente não se importava com eles. No entanto, Isadora a desafiou de man
Isso foi o primeiro amor da Valentina? - Inês se virou para dar uma olhada em Valentina e zombou. - Seu gosto por caras... Era realmente ruim mesmo!- Eu também acho! - Valentina concordou.Ao ouvir Isadora contar o que aconteceu antes, Ricardo olhou incrédulo para Inês com uma mão enfaixada.- Ela vai competir de carro com você? - Ele perguntou. - Inês, melhor não competir com ela. - Valentina segurou a mão de Inês novamente, tentando aconselhá-la. - Fique tranquila. - Inês deu uns tapinhas no ombro de Valentina. - A humilhação de um ano atrás, hoje vou recuperar para você com juros. - Presunçosa! - Isadora resmungou friamente, lançando um olhar malicioso para Inês e Valentina. - Vamos lá, como será a competição? Qual será a aposta? - Você não é a melhor em corridas de carro? Então, vamos competir em corridas de carro e... - Inês não conseguiu terminar a frase quando Isadora interrompeu. - Se você perder, terá que ficar no palco dançando strip, dançar por uma hora e tirar tudo,