Valentina comprou muitos ingredientes para o churrasco e, preocupada com a possibilidade de Luís não poder comer alimentos picantes, fez questão de adquirir condimentos suaves, preparando assim dois tipos de sabores.Além da comida, Valentina também comprou presentes para Luís. Como não sabia do que crianças daquela idade gostavam, optou por comprar várias coisas, deixando que ele escolhesse.Luís era introvertido e, além de não falar muito, geralmente não dava muita atenção a pessoas fora do seu círculo íntimo.Valentina se esforçou bastante, entre dar presentes e contar piadas, para agradá-lo, conseguindo finalmente que ele a aceitasse um pouco mais.O que Valentina desconhecia era que Luís não a rejeitava, sentindo que ela mantinha uma boa relação com sua mãe.Ela observava Luís, concentrado em montar o quebra-cabeça que ela havia lhe dado, pensando cada vez mais na semelhança dele com seu irmão.Aproveitando que Inês foi à cozinha buscar algo, Valentina perguntou a Luís:- Luís, v
- Aliás, como está a Noemia? - Perguntou Inês de repente, se lembrando dela e questionando casualmente.- Ouvi Fabiano dizer que ela já saiu do perigo e foi transferida da UTI.Inês ficou surpresa:- O estado dela melhorou?Valentina, que não gostava de Noemia, falou dela sem bom tom:- Depois de receber duzentos mililitros do seu sangue, como não poderia melhorar!Inês franziu a testa, preocupada. O efeito da Flor de Jade Fosca já tinha desaparecido do seu sangue, como poderia ter salvado Noemia?Valentina, vendo ela tão preocupada, perguntou:- O que foi, Inês?Inês soltou uma risada fria, com uma expressão enigmática:- Nada, só acho estranho. Noemia não estava em uma situação crítica por causa do envenenamento? Mas, se meu sangue já não tem mais o efeito da Flor de Jade Fosca, como pôde salvá-la?A menos que Noemia nunca estivesse realmente envenenada.Ela estava fingindo estar doente!Valentina olhou para Inês, surpresa:- Se é assim, por que você ainda doou sangue para ela? Duze
Valentina olhava para Inês, atônita:- Como assim? Meu irmão te ama tanto.Para conseguir o antídoto da Flor de Jade Fosca para ela, ele se colocou diante dos inimigos, se tornando alvo de ataques.No caso do assalto ao banco, sabendo que ela tinha uma bomba no corpo, ainda assim arriscou sua vida correndo para salvá-la...Valentina nunca tinha visto ele arriscar sua vida assim por alguém.Inês era uma exceção.Dizem que os observadores veem mais claramente.Valentina via nitidamente o sentimento de Emanuel por Inês.As palavras de Valentina fizeram Inês sorrir, mas havia uma certa melancolia nesse sorriso.- Emanuel sempre amou apenas Noemia. Eu, Inês, aos olhos dele, sou apenas uma ferramenta útil.“Uma ferramenta útil?”Valentina não entendia:- Inês, deve haver algum mal-entendido...- Valentina, não há mal-entendido. Eu ouvi com meus próprios ouvidos, ele estava disposto a trocar minha vida por notícias da Noemia. Quando Noemia e eu fomos sequestradas juntas, ele não hesitou em es
Sendo uma pessoa próxima de Matheus, Valentina, naturalmente, não deixaria de ser cortês. Se aproximou, então, e estendeu a mão:- Srta. Raquel, é um prazer. Meu nome é Valentina.Raquel sorriu e acenou com a cabeça, estendendo também a mão para cumprimentar Valentina com uma voz suave e delicada:- Olá, pode me chamar de Raquel.Após as apresentações, Valentina se sentou ao lado de Emanuel e perguntou:- Por que seu celular estava desligado?Emanuel, segurando um copo de vinho, com os olhos profundos e sombrios, respondeu:- Ficou sem bateria.Matheus riu e disse:- Que nada, ele desligou de propósito.Valentina, sem entender, olhou para Matheus:- Por quê?Matheus baixou a voz para explicar:- Noemia acordou e ligou várias vezes para o Sr. Emanuel. Ele ficou irritado, por isso não atendeu.Ao mencionar Noemia, Valentina imediatamente se lembrou de algo importante.- Aliás, irmão, vim aqui para falar sobre Noemia. Sua condição de saúde está suspeita desta vez!Os olhos frios de Emanu
Após Rahman se recuperar de seus ferimentos, acabou sendo confinado pela família, o que o impediu de buscar por Inês.Ao ouvir as palavras de Rahman, Inês sorriu levemente e disse:- Você realmente acha que eu teria medo de Emanuel agora?- Isso é difícil de dizer. E se você se apaixonasse por ele novamente?Inês deixou o elevador, segurando o telefone, e afirmou:- Isso é impossível!Do outro lado da linha, Rahman murmurou:- Se eu não soubesse o quanto você amou Emanuel antes, talvez acreditasse em você. Inês, algumas experiências, uma vez vividas, são suficientes. Você não precisa arriscar sua vida e depois se arrepender, principalmente porque o arrependimento não adianta de nada.Inês acolheu os conselhos pacientes de Rahman com certa resignação.Tentando não despertar Luís com o som da chamada, ela não entrou em casa, optando por ir à janela do corredor.- Rahman, pode ficar tranquilo. Mesmo que eu permaneça solteira pelo resto da minha vida, não voltarei para Emanuel.- Então, po
- Inês, eu realmente quero te estrangular! - A fúria contida nos olhos de Emanuel parecia prestes a explodir a qualquer momento.Contudo, após proferir essas palavras, ele subitamente soltou suas mãos.Inês desabou de joelhos no chão, se apoiando no piso frio, enquanto tossia.Por um instante, ela pensou que Emanuel de fato a estrangularia.Os passos dele se afastaram gradativamente.Inês ergueu a cabeça, observando o corredor vazio que já não tinha a presença de Emanuel.“Louco maldito!”, Inês amaldiçoou mentalmente.Recolheu suas coisas que estavam espalhadas pelo chão e, usando a parede como apoio, se ergueu.Ao lembrar do que Emanuel havia dito, um sorriso frio se delineou no rosto de Inês.Estratégia?Desde que o conheceu, exceto pela exigência feita sobre o território do Grupo Ribeiro, ela nunca teve a intenção de manipulá-lo.De fato, como diziam, a falta de amor gera a desconfiança.Após se recompor no corredor, Inês retornou ao apartamento.Foi checar Luís em seu quarto e, ao
Bryan desceu do carro, lançando um olhar sombrio e indiferente à pessoa que estava na porta.- Sr. Bryan, o senhor chegou. Por favor, entre.O dono da Cidade da Sorte o recebeu com um sorriso, fazendo um gesto para que ele entrasse.Caminhando para dentro, Bryan indagou:- As pessoas da Seita Invisível já chegaram?- Ainda não.Bryan franziu a testa, olhando para o relógio em seu pulso.O horário marcado para o encontro era às oito e quinze. Ele esperava que o outro lado não se atrasasse.A Cidade da Sorte era o maior território do Grupo Ribeiro. Por isso, Bryan foi pessoalmente para a transferência.O dono da Cidade da Sorte conduziu Bryan ao escritório com toda a cortesia.Embora no futuro o Grupo Ribeiro não fosse mais gerenciar o lugar, ele estava ciente que o poder deles era quase equivalente ao da Seita Invisível, e de que inevitavelmente haveria conflitos entre eles no futuro. Portanto, a melhor estratégia para sobreviver a longo prazo era não ofender nenhum dos lados.Bryan er
Vera sorriu de forma extremamente encantadora:- Você acha que, se eu morresse, você e as pessoas que trouxe conseguiriam sair vivos daqui?O ar estava carregado de um forte cheiro de pólvora.O proprietário da Cidade da Sorte, ao perceber a tensão crescente, temia que uma briga começasse, resultando em feridos entre seus subordinados.Ele interveio rapidamente, sugerindo:- Sr. Bryan, Sra. Vera, por favor, vamos até o escritório para conversar.Afinal, ainda precisavam assinar um contrato, não era possível permanecer parados na entrada.Todos se dirigiram rapidamente ao escritório.Assim que se sentaram, Vera solicitou:- O contrato, por favor.Bryan ergueu a mão e um de seus subordinados prontamente lhe entregou uma pasta.- Estou muito curiosa para saber como Inês conseguiu persuadir Emanuel a ceder o território do País F para vocês.Vera observou o homem à sua frente e, embora preparada, não conseguiu evitar sentir um desconforto.- Essa pergunta deve ser feita a Emanuel.“Homens,