- Quanto às suas preocupações... - Inês forçou um sorriso. - Nós não vamos ter filhos.Gustavo olhou para a neta com o coração apertado.- Emanuel sabe sobre você?Inês sabia o que o avô queria perguntar e assentiu com a cabeça, e disse:- Ele sabe. Vovô, aconteceu algo há algum tempo...Inês contou ao avô sobre o assalto a banco que havia ocorrido na Cidade J recentemente.Gustavo acompanhava as notícias diariamente e já estava ciente do incidente, mas ouvir Inês dizer que ela estava entre os reféns o deixou com um arrepio na espinha. Quando ela contou que os sequestradores a amarraram com uma bomba-relógio, ele ficou gelado de medo, com suor frio escorrendo pelo rosto.- Vovô, aquilo me fez enxergar o que eu realmente quero e também perceber os sentimentos do Emanuel por mim. Por isso, aceitei o pedido de casamento dele. - Disse ela.Inês não conseguia encontrar motivos para recusar alguém que a amava tanto.Gustavo olhou intensamente para Inês e ficou em silêncio por um longo tempo.
Ao relembrar os eventos do passado, Gustavo ficou cheio de raiva.- Se não fosse pelo seu avô, seu pai e aqueles dois tios seus, a família Ribeiro não teria se mudado para Cidade P. - Disse ele.Emanuel olhou fixamente para Gustavo com uma expressão séria, e disse: - Ouvi dizer que a avó da Inês tinha uma relação profunda com o meu avô quando eram mais jovens.Com a menção à falecida esposa, Gustavo fechou a cara, e lançou um olhar irônico para Emanuel.- Profunda, mesmo. Jane e o seu avô eram inseparáveis desde a infância. Se não fosse por mim, Jane teria provavelmente se tornado sua avó! - Disse Gustavo.Jane era a avó da Inês, ou seja, a esposa de Gustavo. No final das contas, era apenas um triângulo amoroso digno de uma novela.Emanuel franziu a testa e disse confuso:- Vovô Gustavo, na minha memória, meus avós tinham um relacionamento muito bom.- Claro que sim, senão eles não teriam o seu pai, nem os seus dois tios que tiveram vidas tão curtas!Emanuel apertou a mandíbula, sem d
- Chefe, você sempre foi tão tranquilo, por que está tão agitado hoje? - Questionou Cauã.Inês deu uma olhada nele e se jogou no sofá. - Não faço ideia do que meu avô disse ao Emanuel lá em cima. - Disse ela.Ela estava um pouco preocupada.- Chefe, e se, no final, Sr. Gustavo ainda não concordar com você e o Emanuel juntos, você vai deixar ele? - Cauã perguntou.- Não há “e se”! - Antes que Inês pudesse responder, a voz de Emanuel veio de cima.- Querido. - Assim que viu Emanuel, Inês caminhou rapidamente até ele. - O que meu avô te disse? Ele concordou com o nosso casamento?Emanuel olhou para Inês, bagunçou o cabelo dela e olhou carinhosamente para ela. - Concordou.- Mesmo?! - Os olhos de Inês brilharam ao olhar para cima. - E onde está meu avô?- Ele disse que quer um tempo sozinho. - Emanuel deu um leve beijo nos lábios dela e continuou. - Inês, precisamos discutir a data do casamento.- Ótimo. - Respondeu ela alegremente....Inês e Emanuel marcaram o casamento para o dia 28 d
Inês olhou para Rahman, pensou por um momento e disse: - Durante os dois anos em que perdi a memória, João cuidou dos assuntos da Seita Invisível, e acho que ele pegou gosto pela coisa. Ele tem habilidades de gestão melhores que as minhas. Só que ele é muito casual, odeia problemas. No entanto, ele agora é o mestre da Seita Invisível, mais cedo ou mais tarde terá que assumir completamente o controle.Rahman franziu a testa e reclamou: - O título dele é só um enfeite.Quem estava na Seita Invisível não sabia que quem realmente comandava as coisas era a Inês.- Não importa se é só um enfeite. Ele tem as habilidades dele e ninguém ousa desafiar ele, além disso, ele tem o apoio de Thiago. - Disse ela, depois de pensar por um momento.Rahman olhou para Inês e perguntou:- Então, por que você está dizendo tudo isso? O que você quer fazer?- Eu quero sair da Seita Invisível. - Disse Inês.- João não vai concordar! - Respondeu Rahman.Definitivamente não!Não só João não concordava com a saí
Rahman, com uma postura irritada e mãos na cintura, disse: - Se vocês dois se casarem, não me mandem convites, eu não vou comparecer!Inês riu levemente. - Você pode não vier, só mande o presente pelo correio, já está bom. Rahman estava quase explodindo de raiva por causa de Inês.- Inês, você vai colher o que plantou, estou te avisando! - Disse ele.Inês ficou sem palavras.Já que Rahman estava na Cidade J, ela não o deixaria escapar facilmente. Mesmo que ele não quisesse, ela o forçou a ajudar ela em algumas coisas.Os preparativos para o casamento estavam a todo vapor, e os convites do casamento foram enviados gradualmente.Quando Pedro soube a data do casamento de Inês e Emanuel, ele estava ocupado lidando com uma crise na empresa.Em apenas dois dias, o Grupo Antunes havia perdido três projetos de colaboração. Ângelo ficou furioso e ordenou que Pedro investigasse.Pedro convocou todos os executivos para uma reunião e, depois de uma série de críticas severas, ordenou que eles de
Paul olhou para Thiago com um sorriso sarcástico no rosto. - Thiago, eu realmente admiro você. O que você está procurando? Como consegue ser o capacho desse cara sem coração por tantos anos? - Questionou ele.Thiago, com uma expressão fria, respondeu: - Paul, cuidado com suas palavras. Afinal, João é seu irmão.O mestre de Paul era o pai adotivo de João, em teoria, eles eram irmãos.Na verdade, antes da morte de Manuela, eles tinham uma relação muito boa. Mas tudo isso chegou ao fim após a morte de Manuela.Paul olhou para as costas de João, sarcástico.- Irmão? Acha que ele merece ser chamado de irmão? - Sua voz estava carregada de sentimento. - Se não fosse pelo respeito ao nosso mestre e à Inês, eu já o teria matado ele há muito tempo!João se virou para encarar Paul, mas seus olhos não expressavam nada. Não havia emoção em seu rosto. - Minha vida está aqui, você pode pegar a qualquer momento. Não vou revidar! - Disse ele.Ele olhou para a lápide atrás de Paul, ele devia uma vida
João levantou o queixo e permaneceu de pé, esperando a decisão de Paul.Paul engatilhou a arma e, no instante seguinte, Thiago correu para se colocar na frente de João.- Paul, você não ousaria! - Exclamou ele.João franziu a testa.- Thiago, saia do caminho! Não me faça repetir pela terceira vez!Thiago olhou intensamente para João, cheio de confusão em seus olhos.Paul estava furioso, e talvez realmente atirasse nele. Mas ele também conhecia o temperamento de João, e não ousaria desobedecer.Thiago recuou e ficou atrás de João, olhando fixamente para a arma nas mãos de Paul.Paul segurava a arma, olhando nos olhos de João. Sua aura era sombria.Os dois ficaram em impasse por um tempo, mas Paul eventualmente abaixou a arma.- Eu não vou te matar. Se eu te matar, minha irmã não voltará à vida. - Paul jogou a arma para Thiago e encarou João com frieza. - João, eu nunca vou te perdoar. Viva sua vida, só espero que ela não seja fácil demais. Ouvi dizer da minha mestra que sua segunda per
Paul olhou para a expressão de João e soube que tinha acertado em cheio.Mesmo assim, a mestra ainda não contou a eles que ia se casar.- Inês vai se casar? É sério mesmo? - Disse Thiago.A surpresa também estava estampada no rosto dele.Paul mexeu os cabelos longos com um ar provocador. - Claro que é sério. Eu estava na Cidade J um tempo atrás, nos encontramos, e ela mesma me contou.João semicerrou os olhos, um lampejo perigoso brilhou em seu olhar.- Quem é o noivo?Paul lançou um olhar desafiador para João. - Noivo? Bom, com certeza não é você!Sem falar mais nada, Paul acelerou o carro e partiu. Em um piscar de olhos, as luzes traseiras do carro sumiram na estrada.João não perdeu tempo e pegou o celular para ligar para Inês. No entanto, ninguém atendeu.Thiago olhou para João e comentou:- A essa hora ela deve estava dormindo. Já é noite na Cidade J.João apertou o celular com força, e olhar se tornou sombrio ao extremo.Inês estava prestes a se casar, e provavelmente o noivo er