Passei Eles passaram a tarde toda percorrendo as lojas, mas Emanuel só comprou metade das coisas da lista.À noite, ao chegar em casa, Inês estava exausta e se jogou na cama. - Querido, que tal deixarmos de comprar o restante? O que compramos hoje já é mais do que suficiente. - Disse ela.Ele tinha preparado coisas demais. O que eles já haviam comprado não caberiam nem na sala da família Ribeiro.Se levarmos para a casa da família Ribeiro, nem a sala será grande o suficiente. Emanuel olhou para a lista no celular e franziu a testa: - Será que é o bastante? Eu sinto que o que está na lista não é suficiente.Inês se sentou e olhou para ele, rindo: - Querido, você está muito nervoso, não está?- Realmente estou muito nervoso! - Confessou Emanuel, segurando a mão de Inês com um suspiro.Apesar de ter encontrado o Sr. Gustavo algumas vezes, Emanuel ainda não conseguia entender o que se passava na mente daquele homemesse ancião. Inês abraçou a cintura de Emanuel, com o rosto encostado no
Inês sorriu de maneira educada, mas com um toque de constrangimento. Quando Pedro disse que ia perseguir ela, ele estava falando sério? - Eu não recebo flores de ninguém além do Emanuel. - Recusou ela.- Isso é realmente uma pena. - Pedro olhou para o buquê em suas mãos, com uma expressão de pesar. - Aquelas palavras que você disse no jardim do hotel naquele dia, eram todas falsas? - Perguntou Pedro.- Eu sabia que ele estava atrás de mim, eu queria que ele ouvisse. - Disse Inês.Pedro ficou atordoado por um momento, ele achou que ele havia arquitetado a briga dos dois, mas ela havia feito aquilo de propósito. Ela que havia arquitetado toda a situação.- Afinal, o que o Emanuel tem que te faz gostar tanto dele? - Perguntou Pedro. Ele não entendia por que Inês gostava tanto de Emanuel.Inês não queria perder tempo com ele, não iria ficar lá respondendo a perguntas sem sentido.- Você não disse que ia me contar quem era o vendedor do alucinógeno? - Ela foi direto ao ponto.Aquela era a
Pedro tomou um gole de chá e disse com calma:- Inês, chamei você aqui hoje porque quero te contar que na família Antunes há uma doença mental hereditária. Essa condição só passa para os homens, e geralmente, apenas o primeiro filho nascido do sexo masculino herda.As pupilas de Inês se contraíram. Uma doença mental hereditária que passava apenas para o primeiro filho nascido.Isso significava que o Emanuel...- Meu pai, meu avô, todos foram os primogênitos da família, e herdaram essa doneça. Emanuel, como o primogênito da família Antunes, não é exceção. - Pedro continuou.A respiração de Inês deu uma pausa. Ela lembrou de uma vez quando Emanuel teve uma mudança repentina de humor, e isso acabou desencadeando o incidente com o veneno de Rei das Serpentes nela.Recentemente, quando ela havia terminado o relacionamento, Valentina disse que ela o havia estimulado, resultando em um descontrole emocional que exigiu uma injeção de tranquilizante para o calmar.Naquela época, Inês ficou intr
- Ah, você subestima demais meus sentimentos pelo Emanuel. Inês soltou uma risadinha irônica.- Inês, Emanuel é só um maluco. Em que ele é melhor do que eu? Você vai... - Pedro encarou Inês com uma expressão sombria.- Cala a boca! - Interrompeu Inês. Furiosa, ela jogou o chá que estava à sua frente no rosto dele. Ela agarrou a gola da camisa de Pedro com brutalidade. - Pedro, se eu te ouvir dizer de novo que o Emanuel é um maluco, eu vou te deixar louco e aleijado!Pedro encarou os olhos ferozes de Inês, claramente sentindo a aura assassina que emanava dela.- Não acredita? Então experimenta! - Inês falou pausadamente, emitindo um aviso ameaçador.- Entendi, eu entendi. - Pedro assentiu lentamente.Inês o soltou e virou as costas para sair.- Inês. - Pedro a deteve, seus olhos castanhos revelando sentimentos complexos. - Se você e Emanuel são tão apaixonados, então desejo que tenham uma vida longa juntos!Inês riu friamente, e sem olhar para trás, deixou a sala.A porta se abriu e se
Assim que Inês saiu do clube ela recebeu uma ligação de Rahman.- Inês, encontramos o comprador da receita 73! - Disse Rahmanele.FinalmenteDepois de tanto tempo, ele havia encontrado. encontraram.- E a receita? - Inês perguntou apressadamente.- Conseguimos recuperar a receita, mas não pegamos o comprador. Ele nos escapou de nós. Além disso... - Rahman hesitou um pouco. - Apesar de termos encontrado o original da receita,a receita original, suspeito que a outra pessoa já a tenha copiado.A receita 73 não era simples, e continha mais de um tipo de prescrição. Era tão grossa quanto um livro, com detalhes de mais de uma dezena de combinações de remédios. O LSD, um alucinógeno, era apenas uma delas.Desde o início, Inês suspeitava que a receita seria copiada. O que a preocupava era a cópiao original. As dezenas de receitas deixadas por seu mestre eram meticulosamente elaboradas, e nenhuma cópia poderia ser perdida.- Por enquanto, guarde o original da receita a receita original com você.
Paul se encontrou sem palavras diante do olhar afiado de Inês.- Caramba, mestra, você sempre me deixa sem palavras. Nada escapa nada aos seus olhos. - Ele suspirou. Enquanto falava, Paul tirou um cigarro da bolsa, mas antes mesmo de conseguir pegar o isquiro, Inês o pegou.- Emanuel tem uma doença mental hereditária, não é? - Questionou Inês.- Se você já sabe disso, por que está me perguntando? - Paul deu de ombros.Inês ficou em silêncio. Aquilo era a confirmação que ela queria.- É grave? Pode ser tratado? - Não é grave, e pode ser tratado. Se você intervisse, eu não teria mais nada para fazer aqui. - Paul foi direto.- Eu descobri isso hoje, a condição dele. - Inês disse, e devolveu o cigarro para ele.Se ela soubesse antes da situação de Emanuel, certamente teria começado o tratamento mais cedo.- Mestra, ouvi dizer pelo Bryan que você e Emanuel estão namorando. Quando isso começou? - Perguntou ele.- Não somos namorados. - Corrigiu Inês.Paul ficou confuso.No momento seguinte
A irmã de Paul se chamava Manuela. Ela costumava ser uma garota muito animada e adorável, mas depois de sofrer algumas desilusões amorosas, foi tomada pela depressão. Com os cuidados e a companhia de Paul, ela estava quase se recuperando, mas, infelizmente, sua jovem vida foi interrompida por um acidente de carro.O responsável pelo acidente não foi era ninguém menos que João, ou melhor, a segunda personalidade de João. Inês não estava por perto dele naquela época e não entendia conhecia muito bem as circunstâncias do acidente. Ela ficou sabendo de tudo mais tarde, através de Thiago. Foi por causa desse incidente quePor causa disso Paul nutria um ódio profundo por João.Se João não fosse o filho adotivo de seu mestre, Paul certamente o teria matado para vingar a morte de Manuela. Inês olhou para Paul, sem saber o que dizer. Embora tenha tivesse sido um acidente, resultou na morte da irmã dele a irmã dele morreu afinal, e ela não poderia imaginar a dor que ele estava sentindosentia. S
- Então, vocês estão meio que se casando de novo, né? - Paul ouviu e fez um som com a boca, dizendo.- Sim. - Concordou Inês, acenando com a cabeça.Depois de tantas reviravoltas, no final, a pessoa ao seu lado ainda era ele. E isso deixava ela muito feliz.Emanuel foi rápido, em menos de vinte minutos, ele estava no restaurante.- Aqui! - Inês o avistou e se levantou, acenando.Emanuel foi até eles, e ao ver Paul sentado em frente a Inês, naturalmente ficou um pouco atordoado.- Oi, cunhado. - Cumprimentou Paul com um riso seco.- Cunhado? Emanuel olhou para as duas pessoas à sua frente, um tanto confuso.- Querido, me deixe apresentar, este é meu colega mais novo, Paul. - Inês apresentou os dois.- Vocês estudaram medicina juntos?- Sim. - Respondeu Inês. Ela puxou Emanuel para se sentar e disse sorrindo. - Paul começou um ano depois de mim.- Eu só arranhei a superfície, enquanto a mestra Inês passou mais tempo ao lado do mestre e realmente aprendeu tudo. - Acrescentou Paul.- Na o