Um homem que aparentava ter cerca de trinta anos, com pele morena, sobrancelhas espessas e olhos grandes, exibia uma cicatriz de cerca de um dedo de comprimento na testa. Seu olhar parecia sempre carregar uma aura afiada de determinação.Emanuel, ao olhar para aquele rosto familiar, expressou um certo espanto. Ele conhecia aquele homem: Cauã, o presidente do Grupo de Segurança Visconde do País M. Mas Cauã também tinha outra identidade, ele era o líder da maior legião de mercenários do País M.Cinco anos atrás, durante um conflito na África do Sul, Emanuel cruzou caminho com Cauã, e foi nesse combate que a cicatriz na testa de Cauã foi adquirida.Cauã saiu do carro e ficou ereto diante de Inês com uma expressão respeitosa. - Chefe, faz tempo que não nos vemos.Chefe? Emanuel encarou Cauã com olhos afiados. Ele não podia acreditar que Cauã estava chamando Inês de chefe.- O que está fazendo aqui? - Inês perguntou.- Rahman disse que você está aqui sozinha e me pediu para te ajudar.Ra
Bruno e sua família estavam esperando do lado de fora.- Bruno, o que diabos significa a família Barbosa? - Hugo olhou desconfiado para eles.Bruno estreitou os olhos profundamente. - Amigo, você é inteligente o suficiente para entender que forçamos o Filipe a fazer aquilo no casamento como último recurso. Agora, estamos todos no mesmo barco. Trair você não nos beneficia de forma alguma.Hugo arqueou a sobrancelha. - E então?- Então, agora devemos nos concentrar em eliminar nosso inimigo em comum.- Meu pai está certo. Concordou Filipe, balançando a cabeça.- Tio Hugo, se Eliana não morrer, você e Joana sempre serão submissos a ela na família Ribeiro.Originalmente, ele não tinha planejado matar Eliana, mas ela o provocou publicamente, deixando-o envergonhado. Se ela estava determinada a não se casar com ele, então ela não tinha mais utilidade.- Se compartilhamos a mesma opinião, então...Hugo era interrompido quando o telefone tocou. Ele olhou para a tela de chamada e seu rosto m
Sob o comando de Hugo, ele esperava que os seguranças que estavam emboscados no quintal entrassem imediatamente. No entanto, após esperar um pouco, ninguém apareceu.- Alguém! Alguém! - Hugo gritou novamente, mas ninguém apareceu. Então, ele correu para o quintal.Lá, mais de dez seguranças que ele havia designado estavam espalhados pelo chão, nenhum deles sobreviveu. Um homem com uma jaqueta de couro estava de pé no meio dos corpos, olhando para ele sem expressão, com um olhar que parecia o próprio ceifador do inferno.Hugo, ao ver essa cena, começou a suar frio. Esses eram os seguranças de elite que ele mesmo havia selecionado, e eles foram eliminados silenciosamente.- Quem... Quem é você? - Hugo apontou para o homem, com a voz trêmula.Cauã não disse uma palavra e se aproximou dele. Uma aura assassina intensa o atingiu, e Hugo imediatamente alcançou sua roupa para pegar uma arma. No entanto, antes que ele pudesse sacar a arma, sentiu uma rajada de vento, e a arma desapareceu
Sem esperar pela recusa de Inês, Emanuel simplesmente a empurrou para o carro.Desta vez, Inês não resistiu. Ela estava exausta o dia todo e não estava com disposição para brigar agora.- Cauã, siga-nos de carro. - Disse ela a Cauã.Emanuel ficou com uma expressão sombria. - Você quer que ele fique na minha casa?Inês arqueou as sobrancelhas. - Você não quer?Esse cara aí tinha cada problema!Emanuel apertou o queixo, claramente relutante.Inês abriu imediatamente a porta do carro. - Se não quiser, esqueça. Vamos para um hotel.Emanuel bateu a porta do carro com força. - Vamos!Fabiano não hesitou e pisou no acelerador.Vinte minutos depois, Inês voltou para a casa de Emanuel e mandou o mordomo providenciar um quarto para Cauã.À noite, depois de jantar, Cauã estava fazendo exercícios no jardim.Inês não o via há três anos e queria testar suas habilidades. Ela trocou de roupa para um traje esportivo e enfrentou Cauã em alguns movimentos.- Não está mal. Melhorou em velocidade e for
Inês voltou para o quarto, lavou o rosto com água fria e encarou sua imagem no espelho, com olhos complexos e conflituosos.O que Emanuel quis dizer com aquelas palavras há pouco? Será que ele realmente se apaixonou por ela? E o que acontecerá com sua paixão, aquela mulher do seu coração?Quanto mais Inês pensava nisso, mais irritada ficava. Após terminar de se arrumar, Emanuel entrou no quarto, segurando um copo de leite.Emanuel entregou o leite a Inês e pegou o secador de cabelo que estava em suas mãos, começando a secar seu cabelo. Se ele estava disposto a cuidar dela, Inês estava mais do que feliz em aproveitar. Enquanto bebia o leite, continuou a mexer no celular.Era provável que fosse a primeira vez que Emanuel secava o cabelo de alguém, e seus movimentos eram um pouco desajeitados. A intensidade com que ele manuseava o cabelo também deixava a desejar.Inês reclamou: - Com cuidado! Não concentre demais o ar em um só lugar, ainda está úmido aqui.Inês puxou de leve o cabelo
Depois de desligar o telefone, Inês jogou o aparelho descuidadamente na mesa de centro, fazendo um som nítido.Emanuel enrolou um fio de cabelo ao lado de sua têmpora com o indicador e sorriu de forma irônica. - Amor, está com ciúmes?Inês passou a mão pelo cabelo meio úmido e empurrou Emanuel. - Vaza!- Mulher sem coração, me usa e depois me descarta.- Parece que você não hesitou em me usar há pouco.Emanuel não se importou com a provocação, desligou o secador de cabelo e, com dedos bem definidos, acariciou o couro cabeludo de Inês. - Vou te fazer uma massagem.Inês soltou um gemido de prazer, sentindo uma sensação deliciosa percorrer sua espinha. Seu corpo relaxou automaticamente, e ela se aconchegou nos braços dele.- Quem diria, Sr. Emanuel, você é um mestre nisso. Deveria considerar se tornar um massagista.Emanuel notou o quanto Inês estava desfrutando da massagem e, após um breve silêncio, perguntou: - Dado o esforço que estou fazendo para te agradar, você não deveria respo
- Inês, cuidado!O grito tenso de Emanuel ecoou repentinamente atrás dela.Inês mal teve a chance de se virar quando uma força avassaladora a derrubou no chão.No exato momento em que os dois caíram, um tiro rasgou o silêncio da noite.- Chefe!Cauã saltou rapidamente do carro, sacando sua arma na direção do som dos disparos."Pum, pum!"Os tiros ressoaram novamente.Emanuel agarrou Inês e rolaram pelo gramado, escapando dos tiros.Os seguranças da mansão ouviram o tumulto e saíram em fila, formando um cerco ao redor de Emanuel e Inês.- É uma emboscada, no telhado daquele prédio do outro lado da mansão! - Cauã apontou para a casa isolada do outro lado.O grupo de seguranças mirou na direção indicada por Cauã e abriram fogo.Após uma intensa troca de tiros, o telhado ficou em silêncio.- Me solte!Inês empurrou o homem que a protegia com firmeza em seu peito, mas ouviu um gemido abafado.Inês sentiu um arrepio na espinha. - Emanuel! Você está ferido?Emanuel levantou a cabeça, com o m
Inês na Seita Invisível nunca se mostrava com seu verdadeiro rosto, então, exceto por alguns de seus confidentes próximos, ninguém a tinha visto.Inês ficou surpresa. - O que você disse?- Eu já verifiquei a identidade, é realmente alguém da nossa Seita Invisível. Seu paradeiro foi fornecido por Hugo, e quanto à pessoa que o contratou, eles usaram uma transação com conta virtual na dark web, estou investigando.Inês franziu a testa.- Não é o Hugo?- Não é.Faz sentido, se Hugo tivesse a capacidade de contratar um assassino da Seita Invisível, ele não teria se envolvido com aqueles Tubarões-Jaguars há dois anos.Mas, se não era o Hugo, quem poderia ser?Seja quem fosse, essa pessoa definitivamente conhecia o Hugo.- Traga o Hugo aqui!- Ok.Inês desligou o telefone e ficou parada no corredor por um momento, esperando que suas emoções se acalmassem, antes de voltar para o quarto.No quarto, Emanuel ainda estava inconsciente, e a última garrafa de soro estava quase acabando.Inês sentou