Gustavo hesitou por um momento, seu rosto subitamente ficou sério. - E seu tio? Chama ele aqui para mim. - Pediu Gustavo. - Ele... - Hesitou Inês por um instante antes de dizer:- Ele fugiu para o exterior.Inês não ousou contar ao avô sobre a morte de Hugo. Afinal, Hugo era o próprio filho do avô, não importa quantos erros ele tenha cometido. A perda dos pais dela já havia feito o avô passar por um luto profundo, e Inês temia que ele não suportasse outra perda tão dolorosa.- Vovô, muita coisa aconteceu nesse tempo. - Disse Inês.Inês contou ao avô sobre todas as traições de Hugo, incluindo a tentativa de assassinato dela e envenenamento contra ele. Ela também revelou o incidente em que Hugo e Joana fugiram, levando consigo tudo do cofre do avô.- Caramba! Esse desgraçado! Que tragédia para a família! - Exclamou Gustavo, com o rosto corado de raiva ao ouvir tudo. Ele sabia que sua própria intoxicação estava ligada a Hugo, mas nunca imaginou que Hugo também tentaria matar Inês. - I
Emanuel não podia descer para receber os convidados, além disso, ele não queria encontrar com Pedro, então só restava Valentina descer.Na sala de estar do primeiro andar.Um homem de terno casual estava sentado no sofá, segurando uma xícara de café que o mordomo havia acabado de trazer, a saboreando cuidadosamente. O homem era muito bonito, com traços semelhantes aos de Ângelo, a pele era clara, parecia um galã que havia acabado de sair de um mangá.Ao ouvir passos, ele virou a cabeça e viu Valentina descendo as escadas.Pedro colocou a xícara de lado e se levantou, cumprimentando a com um sorriso.- Valentina, quanto tempo! - Exclamou Pedro.A última vez que Valentina e Pedro se encontraram foi há mais de uma década, na festa de aniversário do avô. Naquela época, Ângelo o trouxera para a família Antunes, esperando que ele se reconectasse com suas raízes, mas o avô não concordou.Depois disso, Pedro foi enviado para o exterior por Ângelo.Eles pensaram que nunca mais se veriam nesta v
- Onde está escrito que depois do divórcio não se pode casar de novo? - Resmungou Valentina.Ela estava convencida de que Inês e seu irmão formavam um par perfeito. Mesmo que estivessem temporariamente separados, ela tinha certeza de que seu irmão continuaria a perseguir Inês.- É, verdade. - Assentiu Pedro, desviando novamente o olhar para andar de cima e acrescentou:- O Sr. Emanuel está tão ocupado que não tem tempo nem para respirar?- Sim, infelizmente ele não tem tempo para nada mesmo. - Disse Valentina.Pedro pousou a xícara e se levantou. - Se é assim, não vou mais te atrapalhar. - Disse Pedro.- Pode ir, sem cerimônia. - Disse Valentina, se levantando também. Pedro caminhava em direção à porta, quando de repente parou, como se tivesse se lembrado de algo. - Mais alguma coisa? - Perguntou Valentina. Pedro se virou para Valentina com um sorriso malicioso. - Valentina, se precisar de ajuda no futuro, pode me chamar a qualquer hora. - Disse Pedro. - Você não vai voltar para
Na Cidade J.Gustavo passou tanto tempo na cama que seus músculos começaram a atrofiar. Ele ainda não conseguia andar, então decidiu se movimentar um pouco e pegou a cadeira de rodas. O dia estava bonito, depois do almoço, Inês levou o avô para o jardim para aproveitar o sol.Enquanto empurrava a cadeira, o avô perguntou sobre os últimos dois anos, mas Inês inventou uma desculpa rápida, evitando contar sobre o casamento e divórcio com Emanuel após sua perda de memória. Ela sabia que ela não teria mais nenhum envolvimento com Emanuel.Depois do passeio, Inês ajudou o avô a voltar para o quarto para descansar na parte da tarde. Ela planejava ir até a empresa, mas antes de sair, recebeu uma mensagem de Valentina no WhatsApp. Ao abrir, se deparou com um vídeo.Ao assistir, se surpreendeu ao ver Emanuel deitado inconsciente. Ao ver a palidez em seu rosto, seu coração apertou. O que havia acontecido com ele? Assistindo ao vídeo, dava para perceber claramente que Emanuel estava doente e
- Senhorita, o Sr. Emanuel disse que não podemos contar a ninguém sobre o ferimento dele. - Disse Lucas, se aproximando e franzindo levemente a testa.- Inês não é uma estranha, e eu nem contei a Inês sobre o meu irmão ter se machucado. Eu apenas disse que ele estava doente. - Explicou Valentina, olhando na direção do quarto, com pesar. Em seguida, acrescentou:- Meu irmão, quando estava desacordado, chamava o nome da Inês o tempo todo. Na verdade, ele sente falta dela. Só que ele tem medo de preocupar Inês, e ele não quer que ela saiba que ele está assim por causa dela.Lucas olhou para Valentina, um tanto confuso.- Se o Sr. Emanuel e a Srta. Inês se dão tão bem, por que eles se separaram? - Perguntou Lucas.Valentina suspirou.- Inês costumava gostar do meu irmão, mas ele não gostava dela. Agora, meu irmão se apaixonou por Inês, mas parece que Inês não gosta mais dele. - Respondeu Valentina.- É mesmo? - Hesitou Lucas por um momento e acrescentou:- Se a Srta. Inês não gosta do Sr.
Valentina achava que Inês só chegaria a Cidade J por volta das onze ou doze da noite, mas, para surpresa dela, Inês apareceu logo após o jantar. O helicóptero pousou no heliporto do jardim da mansão, e Valentina correu na direção dela.- Inês, finalmente você chegou! - Exclamou Valentina.- Como está Emanuel? O médico já o viu? O que ele disse? - Perguntou Inês, enquanto caminhava para dentro da casa. Rahman seguia atrás dela, fazendo comentários sarcásticos.- Quem é Emanuel? Como é que ele fica sem médico por perto? Parece que você está exagerando. - Murmurou Rahman.Impaciente, Valentina lançou um olhar feroz para Rahman. - Inês, meu irmão está lidando com um transtorno psicológico. O médico disse que um coração quebrado e machucado precisa do remédio certo para ser curado. - Disse Valentina.Rahman revirou os olhos repetidamente, sem forças para mais sarcasmo.Agora, ele tinha certeza de que Emanuel estava definitivamente enganando Inês para que ela voltasse.- Onde ele está agor
Este beijo foi dominante e autoritário. Inês estava firmemente enlaçada nos braços de Emanuel, quase sem fôlego, com metade do corpo pressionada contra o peito dele.- Você... Já chega! - Exclamou Inês, o afastanto.Esse homem abusado, não sabia a hora de parar. Vendo que Inês estava quase sem fôlego, Emanuel a soltou relutantemente, olhando profundamente para seus lábios avermelhados com um sorriso malicioso.- Inês, foi você quem me provocou primeiro. - Disse Emanuel.- Seu sem vergonha! - Disse Inês, sorrindo.Inês se esforçou para se soltar das mãos de Emanuel, e se levantou abruptamente. O braço ferido de Emanuel foi acidentalmente tocado por Inês, causando uma intensa dor que o fez cerrar os dentes imediatamente.- O que aconteceu com você? - Perguntou Inês, preocupada.Inês já suspeitava que Emanuel estava machucado e, percebendo sua expressão franzida, imediatamente sentiu que algo estava errado.Emanuel, suportando a dor, riu. - Mais uma vez, você me afastou, isso machuca u
Inês sabia que Emanuel nunca tinha tido problemas para dormir, tampouco usado rémedios para essa finalidade. - Nos últimos dias, tenho tido dificuldades para dormir, então o médico me receitou esse remédio. - Explicou Emanuel, olhando para o frasco de remédio que Inês segurava em suas mãos.- Sim, o Sr. Emanuel, não tem dormido muito bem nos últimos dias. - Disse o médico, que tinha acabado de cuidar do ferimento de Emanuel.Inês assentiu e, depois que o médico saiu, se sentou ao lado da cama.- Estenda a mão, vou sentir seu pulso. - Disse Inês. Emanuel encarou Inês com um olhar sério, como se estivesse sorrindo.- Inês, eu gosto quando você se preocupa comigo. - Disse Emanuel.- Você poderia ser mais sério? - Respondeu Inês diretamente, segurando a mão esquerda de Emanuel. Ela não conseguiria se tranquilizar a menos que checasse pessoalmente sua pulsação.Emanuel abaixou um pouco a cabeça, olhando fixamente para os dedos de Inês em seu pulso. Se ele estava envenenado, não seria dete