6. JONAS

Depois que cheguei do Olavo, fui para a casa, no dia seguinte vou à casa de Ingrid novamente atrás de saber como é o nome da moça que beijei, mas foi em vão ela me deu a dica de ir atrás das imagens das câmeras da boate, aí já é demais, deixei quieto e na semana realizei alguns trabalhos e publicidades e uma delas é para o laboratório do meu pai.

Recebo o convite de comparecer a um luxuoso luau organizado pela, a minha amiga Ingrid farei o impossível para comparecer, pois amo praia, e um luau então nem se fala, só não esperava que a mesma ia me pedir um favor para levar uma amiga dela que está sem carro, uma tal de Mariza, ela implorou tanto que me convenceu a dar carona a essa garota, adoro viajar sozinho, mas terei que realizar esse favor.

Cumpri todos os meus compromissos, tomo banho fico todo cheiroso, contratei a terapeuta para ficar aqui em casa com a minha mãe, pois meu pai, ignora a mesma, me despeço dela entro no meu carro, olho endereço que me foi repassado, não é um bairro qualquer, quando chego em frente ao prédio peço na portaria que chame, a tal da Mariza entrei novamente no carro, quando la se vem ela, não acreditei no que vi, ela é a tal Mariza, Mia, quem diria que temos amigos em comum, a mulher é gata viu, ela ficou toda sem jeito ao me ver, nós dois não nos suportamos de jeito nenhum, ela é mandona e chata me fez até abrir a porta do carro para ela, coisa que nunca fiz a mulher nenhuma nunca soube o que é romantismo, no caminho foi punk cutuquei a onça com a vara curta, ela me tirou do sério também, tentei deixá-la sozinha na estrada, depois dela quase acerta a sua sandália na minha testa, mas não consegui dei a volta no carro, coloquei ela a força dentro, ela ficou em silêncio e acabou dormindo durante a viagem inteira pense numa mulher teimosa, mas beija bem.

Quando chegamos, ela dorme como uma pedra, fiquei um pouco preocupado porque nunca vi uma mulher dormir tanto.

– Acorda chegamos, Mariza chegamos.

Ela abre os olhos, olhou ao seu redor.

– Meu carro é tão macio assim para você dormir tanto, se está esperando que eu abra a porta do carro para você descer, desista. Não abrirei.

Percebo que ela não está muito bem, ela não fala nada, desmaia, entro de novo para dentro do carro desesperado, a garota está gelada, coloco o cinto novamente conheço muito bem santos a levei no pronto-socorro, mais próximo, o que essa garota tem, aí eu, mato a Ingrid, chego no hospital enfermeiros a levam para dentro e demora uns minutos uma enfermeira me chama.

– Sua amiga já está melhor, ela teve uma queda de pressão, o nome correto é hipotensão, mas creio que isso aconteceu por ela tomar alguns medicamentos sem receita medica, quando usados da forma incorreta, e prolongada, podem causar pressão baixa.

– Remédios e que remédios são esses? Pergunto curioso.

– Antidepressivos, remédios para dormir, por favor peça a ela que volte ao seu médico, já ela terá alta se quiser ir vê-la.

O que essa garota pensa da vida, quando abro a porta do quarto, ela está deitada, me sento numa poltrona ao lado da cama, ela ficou em silêncio.

– Está se sentindo melhor?

– Sim, um pouco tonta, mas bem, se quiser ir embora, deixe o endereço da casa de praia que vou de uber não quero atrapalhar o seu dia.

– Em minutos você terá alta.

Ela realmente não está nada bem, não discutiu comigo, nem me chamou de nada, ela teve alta, abri a porta do carro para ela entrar, fechei e fui para o meu apartamento aqui em Santos que é de frente para o mar.

– Para onde está me levando?

– Para o meu apartamento, acha que vou te levar nesse estado para uma casa cheia de gente do jeito que está, a casa da Ingrid olha a sua cor. – Ela se olha no espelho.

– Eu não te conheço, o que irá fazer comigo?

– Estou te fazendo um favor pela sua saúde, você não faz o meu tipo, não se preocupe e para completar tem dois quartos, irá ficar sozinha em um.

– E quem disse que você faz o meu também, você é sem graça e seu beijo é sem gosto, o pior é que a Ingrid irá pensar que eu cai na sua lábia.

– Se você não estivesse doente te deixaria no meio da rua, a sua sorte é que não sou um covarde.

– Eu não estou doente, foi só uma queda de pressão.

– Você gosta de mentir, a enfermeira falou que você está tomando remédios sem receita médica, drogas para dormir, pois para mim isso é droga.

– Não sabe nada da minha vida, por favor fique calado.

Entramos no estacionamento do meu apartamento, desço do carro, vou logo abrir a porta do carro para essa chata, ela sai e ainda debocha de mim.

– Ainda bem que não precisei mandar você abrir a porta.

– Não enche hein garota, já me atormentou demais, você é uma bomba, isso sim.

– Meu nome é Mariza.

Entramos no elevador e quando chegamos no apartamento ela vai até à varanda, fico de olho nela vai que ela pula, o juízo dela é meio pouco.

–Gostou.?

– Tem bom gosto, você é privilegiado por morar de frente para o mar.

– Seu quarto é aquele ali, acho melhor você ir descansar, a viagem foi um pouco cansada.

Ela seguiu para o quarto e eu fui para o meu, tomei um banho, que bomba foi essa que pintou no meu caminho, essa garota é problema, não basta a minha mãe, venho para me divertir, me tornei socorristas de doente.

Faço umas compras a delivery de frutas, alguns legumes, hortaliças e camarão, preparei um risoto.

Preparo a nossa comida, está um pouco tarde para o almoço, estou com fome, a Mariza desconcertou tudo o que eu teria programado, estou cozinhando, o celular toca é a Kelly como essa garota conseguiu o meu número.

– Alô.

– Cadê você Miller, pensei que ia vir.

– Tive um imprevisto, mas a noite estarei aí sem erro nenhum tá ok, a gente se encontra Contínuo terminando de preparar o risoto, observo ela saindo do quarto, ela fica observando tudo ao seu redor, ela anda por todo o apartamento e se deita no sofá, só falta ela passar mal de novo.

Quando termino de preparar o risoto a chamei para comer um pouco, ela se levanta e começa a comer noto que ela saboreia cada garfada que ela dar.

– Está ruim? Ou não? — Pergunto.

– Está ótimo, parabéns, você cozinha bem.

– Até que enfim, um elogio.

Ela me olha, e fica em silêncio, percebo que ela melhorou, está até mais corada após nos alimentarmos, já era final de tarde, peguei a minha prancha, coloco só uma bermuda.

— Irá surfar? — Mariza pergunta.

– Vou! Por que? algum problema?

– Quero ir, junto não ficarei sozinha aqui não.

– Estou indo me acompanhe. – Ando na frente e ela vem atrás de mim, coloco a prancha na areia, ela vai a um quiosque e compra água de coco e se senta na areia, e vou para o mar, surfar, ela fica de longe me observando.

Quando saio do mar ela molha os seus pés na água do mar, abre os braços sentindo o vento do mar, ela nota que sai do mar.

– Quero ficar um pouco mais.

– Não deixarei você sozinha, não quero ser responsável pelo seu sumiço.

– Está me chamando de irresponsável, acha que não sou capaz de me cuidar sozinha.

Ela vem até a mim.

– Você pode passar mal de novo ou já esqueceu do que passou hoje.

– Não estou doente, você é que é um insuportável.

– Então tá não falarei mais nada, fica aí então…

Saio de lá e quando olho para trás ela me acompanha, entro no elevador e não demora muito ela chega atrás e vai direto para o quarto, ela está com a cara de quem irá aprontar, tranco a varanda, pois não confio em deixar aberta, fecho tudo e vou tomar banho e quando saio ela me espera com a mochila.

– Para onde vai já está quase na hora do luau.

Vou para casa, vou a rodoviário, vou de ônibus.

– Não sei quem é você, mas você enlouquece qualquer um em segundos, nunca, vi algo igual, você tem problemas, sábia, precisa se tratar, tudo bem, vai embora, fica a vontade uma só tarde com você, eu me cansei.

Abro a porta, ela sai, aperta no botão do elevador, acabo que retrocedo na minha decisão de deixá-la ir.

– Mariza deixa para ir embora amanhã deixa de ser teimosa, fica no meu apartamento, se não quiser ir para a casa da Ingrid, aqui não vai te faltar nada, eu passarei a noite toda fora mesmo, seguro no seu braço, vou lhe dar dez minutos para estar pronta, ela ficou pronta com vinte minutos.

A mulher é muito linda, mas o que tem de linda tem de teimosa, lembro do nosso beijo na boate.

– O que está vendo, estou tão feia assim, ou quer que eu troque de roupa.

– Está tudo perfeito, vamos. – Falo desconcertado.

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