Capítulo 20Clayton saiu do encontro com os ladrões assassinos com um sorriso sinistro no rosto. Sentia-se invencível, certo de que havia encontrado a solução para seus problemas. Entrou no carro e dirigiu até o bar da cidade, onde planejava celebrar sua suposta "vitória" com uma boa bebedeira.No bar, Clayton encontrou seu lugar habitual e pediu uma rodada de tequila. Com cada gole, sua satisfação aumentava. Ele ria consigo mesmo, pensando na ironia de ter encomendado a morte de Jack sem sujar as próprias mãos.Após várias doses, Clayton tentava manter os olhos abertos, mas o gosto amargo na boca e a saliva espessa no canto dos lábios o incomodavam. Passando os dedos pelos olhos, percebeu que estavam cheios de remelas, resultado de ter esquecido de lavar o rosto e escovar os dentes, como de costume. Além disso, ainda vestia a mesma roupa suada e fedorenta do dia anterior, embora ele próprio não se importasse com o cheiro.Olhando ao redor, Clayton avistou uma das garçonetes. Observou
Capítulo 21Charlotte teve dificuldade em parar de ler antes do almoço; a história era incrível. Relutantemente, fechou o livro e foi almoçar com Jack. Durante a refeição, ela estava animada, comentando sobre os personagens e os acontecimentos do livro para o marido. Jack sorria, contente por vê-la tão feliz.Após o almoço, Jack saiu para consertar a cerca junto com Jesse, que ficava perto da casa. Charlotte aproveitou para continuar a leitura na varanda e mergulhar novamente no mundo literário.Ela estava profundamente imersa na história quando, de repente, percebeu dois homens desconhecidos na varanda, rindo para ela. Charlotte largou o livro e olhou ao redor, confusa e assustada.Ela se levantou rapidamente e tentou correr, o coração batendo acelerado, mas os homens se moveram mais rápido, bloqueando sua fuga. Um deles, um homem alto e robusto, segurou seu braço firmemente, enquanto o outro, mais baixo e com uma expressão ameaçadora, se aproximou ainda mais.— Calma, moça — disse o
Capítulo 22A xerife Victoria Colt estacionou o carro no estacionamento da delegacia. Ela saiu do veículo segurando seu chapéu, respirou fundo algumas vezes antes de colocá-lo na cabeça e adentrar o prédio. Sabia que havia muitos problemas esperando por ela para resolver.Desde que retornara ao Texas para se tornar xerife, sua vida se tornara uma série interminável de desafios. Não havia um momento de paz, nenhum descanso. Em seus trinta e seis anos de vida, sempre sonhara em liderar a cidade como xerife, e agora seu sonho se realizara, mas às custas de um ritmo de vida frenético e exigente.A xerife respirou fundo enquanto entrava na delegacia com seu típico ar autoritário. Ela perguntou se havia algo urgente para ela resolver enquanto se sentava à frente de sua mesa e iniciava o desbloqueio do computador.- Temos os detentos que vieram da Fazenda Colt e outro que foi preso após apertar o traseiro de uma jovem menor.- O que? - exclamou indignada, pois nunca tinha ouvido falar desse
Capítulo 23Clayton estava sentado na cela, remoendo sua situação, quando ouviu passos firmes ecoando pelo corredor. A porta de metal rangeu e a xerife apareceu com uma expressão severa, acompanhada de um homem de terno impecável.- Boa tarde, senhor Houston - disse o homem, ajeitando os óculos de uma forma desajeitada. - Sou Richard O'Connor, seu advogado.Clayton levantou-se rapidamente, sentindo alívio por finalmente estar a um passo de sair desse inferno e não precisar ver mais a cara da xerife ranzinza.- Como conseguiu entrar tão rápido? - perguntou num tom de alívio profundo.- Quando há dinheiro envolvido, tudo se resolve rapidamente - respondeu Richard com um sorriso frio. - Vamos tirá-lo daqui.Victoria olhou para Clayton com desdém antes de destrancar a cela. - Ele está sob sua responsabilidade agora, advogado. Se ele fugir, será o senhor que irá responder por isso.- Não se preocupe, xerife - disse Richard, entregando alguns documentos e arrumando novamente os óculos. - T
Capítulo 24Clayton observava a noite cair da imensa janela em seu escritório. Precisava desesperadamente do dinheiro que Jack lhe devia para pagar um agiota que o estava cobrando há dias. O agiota havia deixado claro que, se não recebesse o pagamento até o fim da semana, Clayton poderia se considerar um homem morto. A ansiedade consumia-o, pois não sabia como explicar que só teria a quantia na segunda-feira.Seu corpo e mente estavam tão tensos que, mesmo com a cara toda esfolada e um novo curativo no nariz, decidiu sair para tentar aliviar a tensão. Foi até a sala, pegou as chaves da sua 4x4 e saiu sem um destino certo. Dirigiu em direção à cidade, esperando que o ar noturno e a sensação de movimento pudessem clarear seus pensamentos e proporcionar algum alívio.Enquanto dirigia pelas estradas escuras, os faróis de seu carro cortando a escuridão, Clayton refletia sobre as opções que lhe restavam. Sabia que precisava encontrar uma solução rapidamente, mas cada ideia que surgia pareci
Capítulo 25Após segurar a taça, Charlotte olha para o marido com imenso carinho e amor, um sentimento que cresce mais a cada dia. O amor que sente por ele é lindo, e ele faz esse amor crescer ainda mais com seu jeito amoroso e carinhoso. Ela espera que ele seja assim para sempre.Ela mexe na taça, fazendo o líquido girar, e então encosta a taça na boca, saboreando vários goles do líquido de sabor agradável.- Hum... Que delícia.- Sabia que iria gostar - disse Jack, aproximando-se sem conseguir se controlar mais.Ele pega a taça da mão dela, ingere alguns goles e devolve a taça para Charlotte. Jack resolve brincar e enche a taça novamente, faltando dois dedos para transbordar.- Quero que segure a taça enquanto brinco com você. Vamos ver até onde vai sua concentração - disse com um sorriso divertido.Charlotte sorriu, aceitando o desafio. Ela segurou a taça com cuidado, olhando para Jack com um brilho travesso nos olhos. Jack a colocou sentada na mesa, se aproximou mais, roçando os l
Capítulo 26Na manhã seguinte, o dia amanheceu com uma temperatura agradável. Jack se levantou primeiro e deixou Charlotte dormindo. Como não havia terminado o trabalho no escritório na noite anterior, ele decidiu tentar concluir tudo antes mesmo de tomar café, enquanto a esposa ainda dormia.Enquanto esperava o computador ligar, lembrou-se da noite prazerosa. As imagens foram tão intensas em sua mente que ele ficou excitado. Ele se perguntava como era possível, em poucas semanas, estar tão louco por alguém. Sentia-se um homem sortudo por ter aquela mulher como esposa.Em meio aos seus pensamentos, escuta a porta do escritório abrir. Ele se levanta com um sorriso nos lábios, mas logo seu sorriso desaparece ao ver quem era.Amanda fica parada, observando o patrão. Ela dá um leve sorriso ao ver o contorno do pau dele na calça.- Jack... - disse, aproximando-se rapidamente. - Senti tanta saudade... Quero ser sua de novo.Jack a segura pelos ombros para mantê-la afastada. Seu semblante fi
Capítulo 27Enquanto isso, na fazenda, Julieta estranha a ausência dos patrões no almoço. Normalmente, seu querido Jack sempre avisa quando não vai comer com todos. Ela está observando Amanda há alguns minutos, que parece nervosa e desconfiada.Jesse não fala muito desde a tarde anterior, quando desmaiou de nervoso e não conseguiu ajudar o patrão a se livrar dos bandidos. Desde então, houve burburinhos dos colegas de trabalho. Alguns imitam frangos batendo asas e depois riem. Ele sabe que essa palhaçada é dirigida a ele e não tem como se defender. Nem sabe o que aconteceu para desmaiar e acordar horas depois. Sua pior vergonha foi quando o patrão foi conversar com ele sobre o assunto.— Parece que vai desmaiar de novo, jovem — disse um cowboy de meia-idade.— Não me atormenta. Tô cansado dessa palhaçada — respondeu em um tom baixo.— E pensar que você queria enfrentar o patrão para ficar com a mulher dele. No mínimo, você iria mijar nas calças só de ver o semblante sério dele. Uma coi