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James olhou para suas próprias mãos. Ainda estavam se curando dos ferimentos. O macho estava montado em seu cavalo, segurando as rédeas e seguindo devagar pela estrada Gal, ela levava para sua próxima aldeia. Onde faria exatamente as mesmas perguntas, com o retrato de Alice. Ele se remexeu na cela, e se lembrou do cheiro do macho na caverna... Não era o mesmo cheiro de antes, do quarto dela. James sentiu seu coração acelerando novamente, era sempre assim nos últimos dias quando pensava naquela fêmea, quando imaginava que ela não estava sobre sua proteção, sozinha à mercê de algum macho. Ele segurou com força as rédeas do animal, até que os nós de seus dedos ficassem brancos, suas mãos estavam com as marcas dos ferimentos causados por ele mesmo. Na caverna uma onda de raiva e frustração o consumiram, ao ponto de ele socar as paredes. Aquela raiva e descontrole o ameaçava dominar de novo, consumindo todo o seu corpo, fazendo seu sangue correr mais depressa, e se tornar
Dimitri encarou os olhos sombrios e determinados do comandante. Ele manteve a faca em sua garganta, e Dimitri sentiu algumas gotas de suor descer por sua testa, mas não se moveu. Manteve olhar no comandante, que pressionou sua lâmina contra sua pele. — Pensa que pode se cuidar sozinho? Sua pergunta tinha uma justificativa seu. Dimitri sabia que isso poderia acontecer quando violou o acordo deles. Quando Dimitri chegou na ilha atrás de seu pai, ele o acolheu para livrá-lo da ira de sua mãe. Contudo, ele partiu no momento que teve a chance. Clayton Chase era um macho dominador até a alma, e queria que tudo estivesse ao seu alcance. Dimitri respirou fundo, e devagar levantou suas mãos. O supremo Alfa suavizou a faca, então repentinamente abaixou a lâmina de sua garganta. Dimitri arfou, e passou as mãos no pescoço sentindo uma ardência onde a lâmina tocou, quando olhou para sua mão direita viu que havia um fio de sangue. Quando ele olhou, seus olhos se arregalaram l
O alfa estremeceu ao ouvir aquelas palavras. Nate viu nos olhos verdes de James, seu primogênito o ódio que ele sentia. Ele o olhava e se perguntava como Kat o havia amado, já que segundo ele, Nate não era digno daquele amor. E o alfa concordava com ele no fundo, mas dizer aquilo daquela maneira abriu uma ferida profunda em seu peito, uma ferida que nunca cicatrizava. Agora graças a ele, estava novamente aberta e jorrando sangue. Ele ficou quase sem ar, sentindo-se esmagado e golpeado. Suas palavras doeram como se ela tivesse morrido novamente. Nate se lembrou de como a perdeu, e como passara a vida sem demonstrar o suficiente seu amor, por conta da culpa que sentia. Ele engoliu em seco, e por alguns segundos foi incapaz de olhar para James. O lobo baixou o olhar para seus pés, como um covarde. Preso em uma teia de culpa e arrependimentos, sendo sugado pelas trevas que o cobriam dia e noite. Sendo engolido por aqueles sentimentos, enquanto sua mente viajava pelo s
Dimitri sentia as mãos do homem ao redor de seu pescoço, afundando sua cabeça na água. Eram mãos de ferro, que o prendiam submerso na água. Ele sentiu seus pulmões queimarem, enquanto lutava com seu agressor. Dimitri não conseguia pensar corretamente, seu coração batia descontrolado, seu cérebro implorando por ar. Ele segurou os braços do seu agressor, tentando puxá-lo, ou controlá-lo. Mas o homem, e Dimitri sabia que era um homem por causa de sua força, estava preparado para aquilo. Seus braços estavam envoltos de alguma coisa forte o suficiente para que as unhas de Dimitri não penetrassem. Ele havia vindo preparado para matá-lo. Então ela havia enviado um assassino para acabar com ele, sempre pensou que sua mãe o arrastaria de volta a Mihan, e o executaria na frente de todos. Mas talvez ele não valesse essa cerimonia, morreria esquecido em um rio. Completamente nu. Não se pode dizer que era uma surpresa... Ele se viu sozinho na escuridão, partindo para algum l
Ela sentiu braços quentes e fortes a envolverem, e por alguns segundos se sentiu segura. Mas infelizmente isso durou apenas alguns segundos, logo ela foi tomada pelo pânico voraz que a consumiu. Não eram apenas braços a segurando, eram braços de um macho a tocando. E todo o seu corpo foi tomado pela dor do passado, ela foi esmagada pelas lembranças, e embora o cheiro de Axel fosse o oposto do seu agressor, ela sabia que era um cheiro masculino. Aquilo foi o suficiente para que ela o afastasse, e não conseguisse olhar em seus olhos. Como poderia? Ela sabia que ele não era seu inimigo, ele a tinha salvado daquele lobo terrível, e ainda assim seu corpo lhe dizia para correr por causa de um simples toque. Ela se odiou ao perceber que a lobo não havia apenas levado sua inocência embora, mas seu futuro. O macho a olhou atento, sua expressão era cautelosa e Samanta sabia que ele não a pressionaria. Ela se apoiou no batente da porta decrépita, tentando fortalecer suas pernas.
O ar entre eles se tornou denso, como se houvesse um elefante entre os dois. Alice não conseguiu conter o rubor em suas bochechas, o que era patético. Ficar ruborizando na frente de algum macho era ridículo, isso só mostrava que as palavras dele lhe fizeram fazer isso. O macho a sua frente manteve um olhar profundo sobre ela, não desviando nem mesmo quando ela pigarreou e caminhou até a janela. Ela olhou para o entardecer no horizonte, muito ciente do olhar penetrante em suas costas. De repente ouviu passos atrás de si, e muitas perguntas começaram a rodar em sua mente. Não tinha lembranças daquele macho, mesmo ele dizendo que ela era sua. Todo o seu corpo começou a tremer, algo dentro dela lhe dizia que estava tudo errado. Mas o que estava errado? — Alice? A voz dele era profunda, e baixa. Ela se virou lentamente, apenas para se deparar com aqueles olhos cinza a fitando, eram como um milhão de estrelas brilhantes a olhando. O lobo esfregou as mãos umas nas outras,
Ele sentia sua cabeça latejando. Ao fundo podia ouvir o crepitar de uma fogueira, contudo, ainda não conseguia abrir os olhos. O homem estava deitado de lado, de maneira fetal, enquanto outro macho o observava. Todo o seu corpo doía, e ele gemeu de dor quando abriu os olhos. Dimitri sentiu seu estomago se revirar, e todo o seu corpo estremeceu enquanto ele vomitava. Sua cabeça parecia que ia explodir. A primeira coisa que ele notou foi. Estava nu, porém havia uma manta sobre ele. Ele a agarrou com mais força, a colocando ao redor de seus ombros, e quando ergueu o olhar viu que estava em uma clareira. A lua nova subia alta no céu estrelado. As arvores ao seu redor lhes davam a sensação de que estavam presos em uma tigela, e quando olhou para as sombras que provinham da floresta sentiu arrepios por todo o seu corpo. Foi nesse momento que ele se lembrou do que havia acontecido. Dimitri se levantou de imediato, com os punhos cerrados pronto para lutar com o seu agre
Axel trincou os dentes, enquanto todo o seu corpo se enrijecia. Ele sabia que Vlad o chamava, e podia sentir pelo tom de voz que havia desconfiança em seu irmão mais novo. O lobo respirou fundo, sabendo que devia parecer o mais natural possível e se virou. Vlad estava vestindo uma cota de malha, e calças pretas. Sua espada estava em sua bainha na cintura, e ele a segurava de modo involuntário. Seus machos o aguardavam perto do portão. — Irmão. — disse Axel olhando em seus olhos. Vlad diminuiu a distância entre os dois, seu olhar preso ao de Axel. O lobo sabia que estava sendo avaliado, e resolveu puxar conversa, para ter certeza do que Vlad sabia. — Está tendo sucesso, com sua busca? Ao ser questionado, Vlad semicerrou os olhos e o encarou. Então lentamente caminhou ao seu redor, e Axel sentiu que ele o estava avaliando. Axel não se moveu, deixando-o avaliá-lo. Vlad parou em sua frente, e levantou o olhar para seu rosto. Sua expressão era séria, seu olhar pareci