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Ele ficou muito consciente das batidas do coração da fêmea a sua frente. Seu rosto ao ouvir aquelas palavras se tornou pálido, até seus lábios perderam a cor gradualmente. Seu olhar violeta, antes tão firme sobre ele agora vagava pelo chão daquela floresta coberta de neve. Seus cabelos escuros caíam como ondas negras de obsidiana ao seu redor, sua pele pálida se assemelhava a neve ao seu redor. Ele a viu juntar as mãos, e as segurar de modo nervoso. Aquela não era a reação que ele estava esperando, estava aguardando que ela o atingisse com algum golpe, ou protestasse. Mas aquela Alice parecia apenas surpresa, e constrangida. Quando ele a chamou pelo nome, ela ergueu o olhar violeta para ele, a luz do sol refletiu em seus olhos e foi como se o céu estivesse se abrindo a sua frente. Foi como se estivesse diante do nascimento de duas pedras preciosas e raras, e aquilo o deixou instantaneamente sem fala, apenas conseguiu ficar parado a olhando. Quando ela havia ficado tão resplan
Ela sentia seu corpo dolorido, mas não mais que seu coração. O cheiro daquele macho invadiu seu nariz novamente, e desta vez ela sentiu as dores atingirem seu estomago, fazendo-a se contorcer naquela cama. Ela se curvou e rolou para o lado, as dores em seu estomago a fazendo vomitar violentamente. Samanta abriu os olhos no instante que sentiu as mãos em suas costas, ela se virou ainda se sentindo tonta, e nauseada. A fêmea se encolheu nas peles daquela cama, e outro cheiro invadiu seu nariz. Um cheiro mais suave, e agridoce. Ela puxou as cobertas até o pescoço, tentando espantar o frio que sentia, tentando de modo inútil diminuir aqueles tremores em seu corpo. Mesmo no fundo sabendo que aqueles calafrios não eram devido ao frio, de nada tinha a ver com o clima. Ela percebeu que o macho Axel havia se aproximado da cama, apenas seu toque a fez estremecer, quando ela olhou em seus olhos doces, percebeu como ele recuou. Ela também não conseguia encará-lo por muito tempo,
Uma espada em seu coração. Era exatamente assim que ela se sentia, como se uma espada estivesse cravada em seu coração, e mesmo querendo tirá-la dali, não conseguia. Era um peso e dor invisível aos olhos. Algo que havia se mesclado ao seu corpo, e naquele instante ela viu aquele macho dizer aquelas palavras. Mas como ele poderia sentir aquilo? Como ele poderia entender o que ela sentia ou sofrer com seu sofrimento? Foram essas perguntas que Samanta se fazia, enquanto o macho segurava seus pulsos, ele ergueu seu olhar castanho e ela viu lágrimas brilhando neles. Axel tinha um rosto divino, tão diferente daquele macho que estava sujo e com uma aparência de louco, o rosto de Axel era bem cuidado, suas características eram masculinas e harmoniosas. Seus cílios escuros, sobre os olhos melancólicos agora. A água do rio estava na altura de sua barriga, enquanto nela estava quase no pescoço, ele ergueu suas mãos e sobre a luz do sol ela viu suas unhas vermelhas. Samanta não g
James olhou para suas próprias mãos. Ainda estavam se curando dos ferimentos. O macho estava montado em seu cavalo, segurando as rédeas e seguindo devagar pela estrada Gal, ela levava para sua próxima aldeia. Onde faria exatamente as mesmas perguntas, com o retrato de Alice. Ele se remexeu na cela, e se lembrou do cheiro do macho na caverna... Não era o mesmo cheiro de antes, do quarto dela. James sentiu seu coração acelerando novamente, era sempre assim nos últimos dias quando pensava naquela fêmea, quando imaginava que ela não estava sobre sua proteção, sozinha à mercê de algum macho. Ele segurou com força as rédeas do animal, até que os nós de seus dedos ficassem brancos, suas mãos estavam com as marcas dos ferimentos causados por ele mesmo. Na caverna uma onda de raiva e frustração o consumiram, ao ponto de ele socar as paredes. Aquela raiva e descontrole o ameaçava dominar de novo, consumindo todo o seu corpo, fazendo seu sangue correr mais depressa, e se tornar
Dimitri encarou os olhos sombrios e determinados do comandante. Ele manteve a faca em sua garganta, e Dimitri sentiu algumas gotas de suor descer por sua testa, mas não se moveu. Manteve olhar no comandante, que pressionou sua lâmina contra sua pele. — Pensa que pode se cuidar sozinho? Sua pergunta tinha uma justificativa seu. Dimitri sabia que isso poderia acontecer quando violou o acordo deles. Quando Dimitri chegou na ilha atrás de seu pai, ele o acolheu para livrá-lo da ira de sua mãe. Contudo, ele partiu no momento que teve a chance. Clayton Chase era um macho dominador até a alma, e queria que tudo estivesse ao seu alcance. Dimitri respirou fundo, e devagar levantou suas mãos. O supremo Alfa suavizou a faca, então repentinamente abaixou a lâmina de sua garganta. Dimitri arfou, e passou as mãos no pescoço sentindo uma ardência onde a lâmina tocou, quando olhou para sua mão direita viu que havia um fio de sangue. Quando ele olhou, seus olhos se arregalaram l
O alfa estremeceu ao ouvir aquelas palavras. Nate viu nos olhos verdes de James, seu primogênito o ódio que ele sentia. Ele o olhava e se perguntava como Kat o havia amado, já que segundo ele, Nate não era digno daquele amor. E o alfa concordava com ele no fundo, mas dizer aquilo daquela maneira abriu uma ferida profunda em seu peito, uma ferida que nunca cicatrizava. Agora graças a ele, estava novamente aberta e jorrando sangue. Ele ficou quase sem ar, sentindo-se esmagado e golpeado. Suas palavras doeram como se ela tivesse morrido novamente. Nate se lembrou de como a perdeu, e como passara a vida sem demonstrar o suficiente seu amor, por conta da culpa que sentia. Ele engoliu em seco, e por alguns segundos foi incapaz de olhar para James. O lobo baixou o olhar para seus pés, como um covarde. Preso em uma teia de culpa e arrependimentos, sendo sugado pelas trevas que o cobriam dia e noite. Sendo engolido por aqueles sentimentos, enquanto sua mente viajava pelo s
Dimitri sentia as mãos do homem ao redor de seu pescoço, afundando sua cabeça na água. Eram mãos de ferro, que o prendiam submerso na água. Ele sentiu seus pulmões queimarem, enquanto lutava com seu agressor. Dimitri não conseguia pensar corretamente, seu coração batia descontrolado, seu cérebro implorando por ar. Ele segurou os braços do seu agressor, tentando puxá-lo, ou controlá-lo. Mas o homem, e Dimitri sabia que era um homem por causa de sua força, estava preparado para aquilo. Seus braços estavam envoltos de alguma coisa forte o suficiente para que as unhas de Dimitri não penetrassem. Ele havia vindo preparado para matá-lo. Então ela havia enviado um assassino para acabar com ele, sempre pensou que sua mãe o arrastaria de volta a Mihan, e o executaria na frente de todos. Mas talvez ele não valesse essa cerimonia, morreria esquecido em um rio. Completamente nu. Não se pode dizer que era uma surpresa... Ele se viu sozinho na escuridão, partindo para algum l
Ela sentiu braços quentes e fortes a envolverem, e por alguns segundos se sentiu segura. Mas infelizmente isso durou apenas alguns segundos, logo ela foi tomada pelo pânico voraz que a consumiu. Não eram apenas braços a segurando, eram braços de um macho a tocando. E todo o seu corpo foi tomado pela dor do passado, ela foi esmagada pelas lembranças, e embora o cheiro de Axel fosse o oposto do seu agressor, ela sabia que era um cheiro masculino. Aquilo foi o suficiente para que ela o afastasse, e não conseguisse olhar em seus olhos. Como poderia? Ela sabia que ele não era seu inimigo, ele a tinha salvado daquele lobo terrível, e ainda assim seu corpo lhe dizia para correr por causa de um simples toque. Ela se odiou ao perceber que a lobo não havia apenas levado sua inocência embora, mas seu futuro. O macho a olhou atento, sua expressão era cautelosa e Samanta sabia que ele não a pressionaria. Ela se apoiou no batente da porta decrépita, tentando fortalecer suas pernas.