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Os primeiros raios de sol atravessavam o seu quarto. Fazia apenas um dia que o casamento de Madeline e o herdeiro do clã Van Beck haviam se casado, e ela havia sido levada para sua propriedade. Agora a notícia da guerra iminente em Garden a pressionava. Mais uma vez ela e Axel teriam que se separar, havia apenas uma única vantagem nessa situação. Vlad também teria que partir com o irmão. Ela suspirou. Seu coração se comprimiu no peito, a agonia se formando em seu interior, e a mesma sensação esmagadora de antes quando ficaram separados a cobrindo novamente. Ela sentiu que não conseguiu respirar novamente, afinal, ele partiria assim que acordasse. Sam fechou os olhos com força, tentando voltar a dormir quando seu coração começou a bater forte demais. Por que se sentia assim? Ele não morreria... Mas estava indo para uma guerra... Seus olhos se ficaram úmidos, enquanto ela se afogava em insegurança e preocupação. Não podia perdê-lo... Não aguentaria. Sam estava s
A fêmea respirou fundo, enquanto avançava sobre a floresta escura. Alice segurava sua espada em uma mão, enquanto a cota de malha a apertava um pouco, mas sabia que aquilo era para sua proteção, afinal, os lobos do alfa tinham espadas e punhais de prata... Ao seu redor, escondidos nas sombras da noite estavam toda a alcateia Harrison, seu povo disposto a lutar para que a liberdade exista. Eles caminhavam há quase dois dias, e naquela noite atravessariam o pântano de Dalin, e chegariam de surpresa na rota de Nal, surpreendendo os lobos do alfa. O coração dela batia forte, sabia que estavam em um número muito inferior das forças dos Turner, e enquanto estavam marchando em direção ao pântano, ela percebeu que tudo dependia dela. Dependia do poder que fora dado a ela, e se conseguiria usar como uma arma novamente. Ela suspirou, enquanto seu coração batia cada vez mais alto. Alice começou a caminhar mais a frente, tentando se afastar dos machos, não precisava que eles ouvissem o mart
O caminho a sua frente era claro, mesmo que a noite estivesse escura. Alice ouvia a respiração dos lobos atrás dela, dezenas de machos ao seu comando. Ao olhar para trás não viu Asher e seu grupo, e isso a assustou ainda mais.Ela estava com aquela sensação estranha de que ele escondia algo, mas não questionou o quê.Ela respirou fundo, ainda sentindo a sensação do pântano em seu corpo. Duas noites difíceis demais para chegarem aquele ponto do bosque escondidos, se os clãs passassem daquele lugar seria impossível derrota-los.Ela segurou forte o punho da espada, e esperou pacientemente.Logo os clãs chegariam.Ao seu lado ela viu o brilho da lâmina de Henrique, e o sangue em seus olhos.Esperava de todo o seu coração que aquele macho burro e teimoso não partisse com tudo para cima de Ahmet Coltrane. O povo de Garden precisava de um macho tão corajoso e leal com eles como o infeliz era. Mesmo sentindo a mágoa pelas mentiras dele, ela não desejava sua morte.[...]O alfa olhou para a est
Ela sentia o vento gélido em seu rosto, enquanto seus músculos estavam enrijecidos.A loba estava pocisionada escondida nas árvores e pedras esperando a procissão do Alfa passar, impediriam eles naquele ponto.Não entrariam em Garden, e não se fortaleceriam.Ela respirou fundo, e apertou o cabo de sua espada com força, enquanto semicerrava os olhos para tentar focar na escuridão.Era uma noite gélida e sem lua, e o frio era cortante.Ao seu lado o macho de olhos cinza permanecia imóvel, e seu olhar era semelhante ao de um predador, aguardando sua presa.Alice olhou para os lados, e constatou que Asher não estava mais a vista, e segundo o macho, atacaria pelos flancos.Mas ela sabia que não era verdade, havia um plano oculto que ele estava colocando em prática.De repente começaram a ouvir o barulho de cascos se aproximando, o farfalhar de escudos e uma marcha.Alice engoliu em seco, e olhou para Henrique ao seu lado.O lobo também ouvia, o inimigo estava próximo.Apenas alguns segundos
O alfa observa o corpo inerte de Benjamin cair do cavalo, ele b**e em golpe surdo na grama. A densa escuridão de uma noite sem lua não esconde mais as feras que estavam a sua espreita. O coração do alfa b**e em um ritmo acelerado, e tudo a sua volta acontece lentamente, como se o mundo estivesse entrado em uma completa desordem no momento que o lobo mais sensato de sua alcateia é morto da maneira mais vil e covarde. Nate arreganha as presas, sentindo o seu sangue ferver em suas veias, suas mãos apertam a rédea do animal, e ele puxa sua espada longa e afiada. Ele grita quase ao mesmo tempo que seu inimigo, o grito feminino fica totalmente ofuscado pela sua voz grave e áspera, seu coração está em chamas, e aquilo só poderia ser apagado pelo sangue dos rebeldes. Dos arbustos escuros, e das arvores sinistras dezenas de lobos surgem, empunhando espadas e gritando ferozes, seus olhares são de ódio e desejo de sangue. A sua frente uma fêmea esguia de olhos violeta empunha uma espa
A loba respira, enquanto suor e sangue descem por sua testa. Ela sente Henrique firme ao seu lado, e percebe que ele está fazendo um grande esforço para se manter de pé, ferimentos de prata demoravam a se curar quando não eram mortais. Ela arrisca e olha para ele, que assente com seu olhar cinza escuro. A escuridão é densa, mas mesmo assim seus inimigos estão muito claros a sua frente. O choque de Axel Villin havia durado apenas alguns segundos, e a expressão de Vlad é impassível, não tinha ideia do que ele estava pensando. Vlad avança, e antes que Alice consiga sequer se defender Henrique se coloca a frente, aparando o golpe de Vlad. Vlad não possuía qualquer ferimento, parecendo ter acabado de entrar na batalha, com certa facilidade ele empurra Henrique para longe, e o chuta no rosto. Vlad arremete sua espada contra o lobo, que se desvia, Alice avança e o acerta no braço. O macho esbraveja, sentindo a prata da espada dela queimar, e quando Alice olha em seus olhos,
O coração dela batia forte em seu peito, enquanto sentia o sangue quente descer por seu ombro. A sua frente estava os corpos dos lobos que ela matou, e do outro lado estava James Turner fugindo com o seu pai. Alice não podia acreditar que ele lançara uma flecha de prata contra ela, mesmo que o seu lado racional estivesse ciente de que ele havia feito aquilo para proteger seu pai, ainda assim, machucava. Seu coração ardia em chamas, e não conseguia acreditar que ele fora tão longe para proteger seu pai, afinal, ele estava tentando matá-la... Tinha certeza disso. Será que se ele não tivesse lançado aquela flecha, ela o teria matado? Ela se perguntou. Ela respirou fundo, e de repente seus joelhos cederam e ela sentiu mãos a ampararem, ao seu lado estava Henrique. Muito ferido, mas ainda reunia forças para sustentá-la. Ela deixou que ele a segurasse, enquanto percebia a quão fraca estava. Lentamente Henrique a colocou sentada na grama, enquanto todos os rebeldes gritavam e
A luz do sol é forte sobre todas aquelas estacas, enquanto Alice caminha em direção ao castelo Turner. Ao seu redor várias cabeças de guerreiros que ela conhecia desde criança estão sobre estacas, enfileiradas várias vezes pelos campos em frente ao portão principal. Seus lobos estão eufóricos atrás dela, caminhando como vencedores, enquanto gritam a vitória do assalto ao castelo do alfa. Ninguém nunca fizera aquilo, em séculos de rebeliões. Ela caminha sentindo a dor da flecha em seu ombro, Henrique havia puxado a flecha de prata no caminho, e ela a segurava em sua mão. Quando a notícia da tomada ao castelo foi transmitida a eles, todos gritaram, menos Alice. Ela sabia que veria todos que já conheceu mortos, até aqueles que a maltrataram. Ela reconheceu seus rostos mortos... Os portões foram abertos, e ela sentiu uma estranha sensação quando entrou. A última vez que estivera ali era uma serva, maltratada e humilhada. No pátio, estavam todos os lobos de Asher Harrison.