O alfa observa o corpo inerte de Benjamin cair do cavalo, ele b**e em golpe surdo na grama. A densa escuridão de uma noite sem lua não esconde mais as feras que estavam a sua espreita. O coração do alfa b**e em um ritmo acelerado, e tudo a sua volta acontece lentamente, como se o mundo estivesse entrado em uma completa desordem no momento que o lobo mais sensato de sua alcateia é morto da maneira mais vil e covarde. Nate arreganha as presas, sentindo o seu sangue ferver em suas veias, suas mãos apertam a rédea do animal, e ele puxa sua espada longa e afiada. Ele grita quase ao mesmo tempo que seu inimigo, o grito feminino fica totalmente ofuscado pela sua voz grave e áspera, seu coração está em chamas, e aquilo só poderia ser apagado pelo sangue dos rebeldes. Dos arbustos escuros, e das arvores sinistras dezenas de lobos surgem, empunhando espadas e gritando ferozes, seus olhares são de ódio e desejo de sangue. A sua frente uma fêmea esguia de olhos violeta empunha uma espa
A loba respira, enquanto suor e sangue descem por sua testa. Ela sente Henrique firme ao seu lado, e percebe que ele está fazendo um grande esforço para se manter de pé, ferimentos de prata demoravam a se curar quando não eram mortais. Ela arrisca e olha para ele, que assente com seu olhar cinza escuro. A escuridão é densa, mas mesmo assim seus inimigos estão muito claros a sua frente. O choque de Axel Villin havia durado apenas alguns segundos, e a expressão de Vlad é impassível, não tinha ideia do que ele estava pensando. Vlad avança, e antes que Alice consiga sequer se defender Henrique se coloca a frente, aparando o golpe de Vlad. Vlad não possuía qualquer ferimento, parecendo ter acabado de entrar na batalha, com certa facilidade ele empurra Henrique para longe, e o chuta no rosto. Vlad arremete sua espada contra o lobo, que se desvia, Alice avança e o acerta no braço. O macho esbraveja, sentindo a prata da espada dela queimar, e quando Alice olha em seus olhos,
O coração dela batia forte em seu peito, enquanto sentia o sangue quente descer por seu ombro. A sua frente estava os corpos dos lobos que ela matou, e do outro lado estava James Turner fugindo com o seu pai. Alice não podia acreditar que ele lançara uma flecha de prata contra ela, mesmo que o seu lado racional estivesse ciente de que ele havia feito aquilo para proteger seu pai, ainda assim, machucava. Seu coração ardia em chamas, e não conseguia acreditar que ele fora tão longe para proteger seu pai, afinal, ele estava tentando matá-la... Tinha certeza disso. Será que se ele não tivesse lançado aquela flecha, ela o teria matado? Ela se perguntou. Ela respirou fundo, e de repente seus joelhos cederam e ela sentiu mãos a ampararem, ao seu lado estava Henrique. Muito ferido, mas ainda reunia forças para sustentá-la. Ela deixou que ele a segurasse, enquanto percebia a quão fraca estava. Lentamente Henrique a colocou sentada na grama, enquanto todos os rebeldes gritavam e
A luz do sol é forte sobre todas aquelas estacas, enquanto Alice caminha em direção ao castelo Turner. Ao seu redor várias cabeças de guerreiros que ela conhecia desde criança estão sobre estacas, enfileiradas várias vezes pelos campos em frente ao portão principal. Seus lobos estão eufóricos atrás dela, caminhando como vencedores, enquanto gritam a vitória do assalto ao castelo do alfa. Ninguém nunca fizera aquilo, em séculos de rebeliões. Ela caminha sentindo a dor da flecha em seu ombro, Henrique havia puxado a flecha de prata no caminho, e ela a segurava em sua mão. Quando a notícia da tomada ao castelo foi transmitida a eles, todos gritaram, menos Alice. Ela sabia que veria todos que já conheceu mortos, até aqueles que a maltrataram. Ela reconheceu seus rostos mortos... Os portões foram abertos, e ela sentiu uma estranha sensação quando entrou. A última vez que estivera ali era uma serva, maltratada e humilhada. No pátio, estavam todos os lobos de Asher Harrison.
A lua cheia estava muito próxima, e Sam olhou para fora da pequena cabana. Tinha que partir logo, antes que aqueles lobos soubessem sua real identidade. Ela suspirou, e voltou seu olhar para o interior do casebre que havia sido designado para ela desde que Dimitri e César os haviam deixado no vilarejo.N Ela se sentia completamente doente, e pensava dia e noite em Axel. Sam caminhou de volta para sua cama, e sentiu novamente aquele aperto em seu coração, a certeza de que todos a abandonaram. De repente, Nimerio entrou na casa, e Sam se levantou de imediato. O macho trazia no olhar algo muito sombrio, e antes que pudessem trocar qualquer palavra, outros lobos entraram em seguida. Eram três lobos, vestidos com cota de malha e espadas em suas cinturas. Seus olhares eram hostis e Sam teve a certeza de que havia sido descoberta. O maior deles se aproximou, e Sam olhou instintivamente para Nimerio. Nimerio engoliu em seco, e Sam percebeu que seu olho esquerdo estava machucad
O coração de Sam quase parou. Grávida? A loba se virou imediatamente e fitou o lobo chamado César. Ele a soltou de seus braços, enquanto ela sentia o sangue abandonar seu rosto... Ele semicerrou os olhos, e fez uma pergunta que para ela pareceu inacreditável de tão asquerosa. — É dos rebeldes, minha senhora? Ela arfou, e balançou a cabeça de modo frenético. — O preço dela acabou de aumentar! Maravilha. — exclamou Dimitri. Sam estremeceu, e antes que pudesse pensar mais no assunto, o macho a sua frente inquiriu: — Por que mentiu que era uma serva? A pergunta dele pareceu tola para ela. — Ela acreditou que você a mataria, é claro. — interrompeu Dimitri. — Não mato fêmeas, seu tolo. — rebateu César. Dimitri apenas deu de ombros, e voltou a exclamar: — Não importa. O clã Villin vai comprá-la por um bom preço. Dimitri já ia se afastando quando César rebateu: — Não vamos vende-la, vamos escoltá-la de volta ao marido. É o correto. Sam não conseguiu acreditar
Ele fincou a espada no coração do lobo, e viu como seu olhar estava aterrorizado. Axel ouviu o exato momento que o coração do macho parou de bater, o exato momento que sua lâmina de prata perfurou o coração do lobo. Outra aldeia que ele havia atacado, e como todas as outras sem qualquer pista de Sam. Axel estava ajoelhado junto ao corpo do macho, e mesmo tendo ameaçado sua vida muitas vezes, o lobo maldito não sabia de nada sobre o desaparecimento de Sam. Ele olhou ao redor, vendo todas aquelas casas sendo incendiadas, e seus moradores arrastados e mortos diante de suas famílias... Ele havia ordenado tudo aquilo? Ele estava fazendo tudo aquilo? Axel olhou para suas mãos que seguravam a espada com tanta dentro do corpo do macho, que já não estava mais vivo. O macho puxou sua espada do corpo do morto, e o sangue vermelho cintilou na luz do sol. Não importava o que ele havia se tornado, apenas o seu objetivo importava. Precisava encontrar Sam, precisava encontrar sua fêmea.
Ele ouvia os uivos dos lobos, e a lua cheia brilhou naqueles olhos sanguinários e animalescos. Asher viu seus machos lutando ao seu lado, acertando flechas em todos os lobos transformados por causa da lua cheia. Ele ouvia os gritos, e via como cada vez mais deles escalavam os muros, o macho se virou para seus guerreiros. No momento que viu os lobos escuros tentando arrombar o portão, mesmo que parte dele os queimasse, ele levantou a mão e fez sinal. — O óleo! — berrou Asher. Os seus soldados derramaram o óleo em cima dos lobos que tentavam ultrapassar derrubando o portão de ferro, então Asher se voltou para seus machos que seguravam tochas. Ele fez outro sinal e gritou para eles, foram jogadas as tochas em cima dos lobos. O fogo se acendeu lambendo todos aqueles corpos animalescos, seus gritos ferozes eram ensurdecedores. Asher observou enquanto os lobos recuaram, sendo engolidos pelas chamas. Aquela pequena vitória não era nada, em comparado as legiões de lobos que e