Capítulo 1
Capítulo 1marcela narrando
5 anos antes.....
Eu acordo com um barulho, olho para o relógio de mesa em cima do criado mudo do meu pequeno quarto e vejo que marcava 5h da manhã.
- Marcela – a voz do meu pai soava pela nossa casa. – Marcela, meu café.
Eu me levanto, pego o meu roupão e vou até a cozinha e quando eu entro, o cheiro de bebida e droga exala.
- Bom dia – eu falo.
- Anda sua inútil, eu quero meu café – ele fala se sentando.
Eu fico em silêncio e começo a fazer o seu café, minha mãe morreu quando eu era pequena, ela tinha câncer. Desde aí continuamos vivendo em nossa casa aqui no interior, mas as coisas nunca foram as mesmas, nunca mais teve alegria por aqui. Meu pai saia para beber todas as noites, voltava bêbado e drogado, todo dinheiro que recebia de sua aposentadoria como policial, ele gastava com isso, ele dava pouco dinheiro para dentro de casa e muitas vezes , não tinha nada dentro de casa.
Eu arrumo o café do meu pai e coloco sobre a mesa, o mesmo começa a tomar e a comer, sem falar nada. Eu saio de dentro da cozinha voltando para o meu quarto e troco de roupa, eu era quem fazia tudo aqui dentro, eu tinha uma pequena horta onde plantava algumas coisas para vender para os vizinhos e assim conseguia comprar algumas coisas para mim, dava pouco dinheiro mas já ajudava. Eu saio do quarto e olho para dentro do quarto do meu pai e vejo que ele está dormindo, eu coloco as minhas botas e vou fazer as minhas tarefas. A escola era muito longe daqui, então eu parei de estudar a um ano no segundo ano do ensino médio, minha mãe sempre teve o sonho de um dia poder me formar e eu sempre desejei isso também, mas apenas com 15 anos de idade, eu não tinha muito o que fazer.
Eu estava vestindo uma calça preta, com uma blusa branca e um casaco xadres, meus cabelos ruivos estão soltos e o vento batia neles, até que paro de varrer a área da casa , quando um carro muito bonito para na frente de casa, um homem alto se aproxima do portão e tira o óculos escuro que tinha em seu rosto.
- Bom dia – eu falo – posso ajudar? – O olhar daquele homem era muito estranho e me percorreu por inteiro.
- Eu gostaria de falar com Mateus, ele mora aqui. Não é mesmo? – ele pergunta.
- Sim, quem é você? – eu pergunto
- Meu nome é Roberto Antunes – ele responde – eu trabalhei com seu pai na delegacia.
Eu olho para ele sem acreditar que esse homem estava aqui, meu pai devia muito dinheiro a ele, muito mesmo e faz muitos anos e agora ele está aqui.
- Meu pai está dormindo, ele chegou muito tarde – eu falo – você pode voltar outra hora.
- Eu espero – ele fala abrindo o portão e eu vejo uma arma em sua cintura.
- Eu já disse que ele está dormindo – eu respondo nervosa e com medo do que ele poderia tentar fazer.
- Como é seu nome? – ele pergunta me encarando
- Marcela – eu respondo.
- Você é muito parecida com a sua mãe, eu lembro de você como uma bebê recém nascida – ele fala – eu já trabalhava na delegacia, tinha recém entrado quando você nasceu.
- O senhor pode voltar depois – eu falo para ele.
- Eu vou ficar! – ele fala firme e levantando um pouco a sua camiseta social e mostrando a arma que tinha na cintura. – Onde fica a sala?
- É o primeiro comodo da casa – eu falo para ele nervosa.
- Por favor, me acompanhe Marcela – ele fala apontando para dentro da casa e eu assinto com a cabeça, entrando na frente dele – senta – ele fala e eu encaro ele.
Eu sento e ele se senta na minha frente.
- O que o senhor quer falar com meu pai? – eu pergunto para ele.
Nesse momento eu olho para fora quando dois carros estaciona e mais alguns homens desce armados de dentro, meu coração sai pela boca.
- Uma divida de alguns anos – ele fala – seu pai vive me enrolando e agora chegou a hora dele me pegar.
- O senhor não entende, nós não temos dinheiro – eu respondo para ele.
- Onde o seu pai coloca o dinheiro que ele recebe todos os meses? – ele pergunta – em bebida, drogas?
- Ele ficou muito mal com a morte da minha mãe – eu respondo a ele – ele não tem o dinheiro – ele me encara.
- Ele vai ter que achar uma forma de me pagar – ele fala e faz sinal para que aqueles homens entre para dentro da casa.
- Vão embora – eu falo e ele tira a arma da cintura. – Por favor.
- Traga o pai dela – ele ordena e os homens entram para dentro de casa.
- Não – eu falo me levantando e ele faz sinal e um deles se aproxima de mim.
- Você é uma moça tão bonita Marcela, por favor se senta – ele fala e eu olho para ele.
Escuto os gritos do meu pai.
- Quem são vocês? – ele falava e eles trazem ele e jogam ele no meio da sala.
Roberto se levanta e vem em minha direção parando atrás de mim, com as mãos em seus ombros, enquanto eu me tremia toda sentada no sofá olhando para o meu pai.
- Mateus, quanto tempo meu amigo – Roberto fala para ele e meu pai encara ele.
- Você – ele fala.
- Nós temos uma divida para acertar – ele fala – estou cansado de tantas desculpas, faz anos e a dívida so aumenta.
- Eu não tenho como pagar – Mateus fala – a única coisa que eu tenho é essa casa e a minha filha.
- Pai – eu falo negando com a cabeça.
E Roberto passa a mão pelos meus ombros e eu seguro as lagrimas.
- Essa casa não vale de nada – ele fala – eu quero meu dinheiro.
- Eu já disse que não tenho dinheiro – meu pai fala – eu não tenho como pagar a sua divida.
- Paga a divida ou morre – ele fala.
- Não, por favor – eu falo tentando olhar para Roberto mas ele me vira para frente, e tinha um homem apontando a arma na cabeça do meu pai.
- Observa bem – ele fala em meu ouvido.
- Por favor – eu falo fechando os olhos.
- Você tem ou não como pagar a divida? – Roberto pergunta a ele e se afasta de mim, eu vejo que ele faz sinal e os homens me encaram.
- Eu já disse que a única coisa que eu tenho é essa casa e a minha filha – meu pai fala – para te oferecer.
- Pai, olha o que o senhor está falando – eu falo nervosa – olha o que o senhor está falando – meu pai nem olha na minha cara.
Roberto encara meu pai, me encara.
- Levem ela – Roberto fala fazendo sinal.
- Não , não encosta em mim – eu me levanto tentando fugir mas os homens me agarram. – me solta, me solta seus filhos da mãe. Me solta. Pai, por favor não – eu falo implorando – pai.
- Levem ela – Roberto fala.
- Pai, não deixa , pai por favor não – eu falo gritando enquanto eles me carregavam em direção ao carro – me solta – eu tentava me soltar – pai, por favor não. Pai .
Eles me colocam dentro do carro e eu tento sair, mas cada um entra de um lado, eu tento me debater mas eles conseguem me amarrar, Roberto sai de dentro da casa entrando no carro a frente.
- Pai – eu gritava e meu pai sai na porta – pai, por favor não – eu falo chorando e ele continua parado na porta vendo o carro em que eu estava se afastar.
Os caras estão com as armas na mão e eu engulo seco, engolindo as minhas lagrimas junto.
Capitulo 2Marcela narrandoUm ano se passou desde que eu estou casada com Roberto, ele me fez casar com ele oficialmente, ele me exibia para todos como sua esposa e o casamento era perto nos olhos dos outros, a verdade é que eu vivia o pior pesadelo da minha vida ao lado dele. Eu nunca mais tive noticias do meu pai e toda vez que eu questionava a ele sobre isso, sobre noticias do meu pai, ele me lembrava que meu pai nunca se importou comigo e ainda me deu como pagamento á ele e nem cogitou a possibilidade dele me levar.- Você está linda hoje - ele fala e eu sorrio fraco para ele terminando de tirar os pelos do seu paletó. - O jantar de hoje é muito especial - eu o encaro - eu irei ganhar um prêmio.- Parabéns - eu respondo e termino de tirar o pelo e ele me encara.- Se comporte - ele fala- Eu irei - eu falo sorrindo fraco para ele.Ele passa a mão pela minha barriga.- Logo nosso filho vai está aqui junto com a gente - eu engulo seco.E sim, eu descobri que eu estava grávida a dua
Capítulo 3PERIGO NARRANDO Acendo um baseado na sacada do meu quarto e encaro o Complexo da maré, o dia está amanhecendo e junto com ele o movimento dos moradores e vapores. Por aqui o dia amanhecia lindo e na minha visão a vista que eu tinha era a melhor do mundo. Eu nasci e fui criando dentro dos morros e daqui eu não sairia por nada nesse mundo, ficaria até morrer e depois de morto , criaria raiz por aqui- Pai – Joana fala entrando no quarto com um urso em suas mãos e eu jogo o baseado pela sacada.- Oi meu amor – eu falo- Que cheiro é esse? – ela pergunta- O perfume daquele homem lá embaixo – eu falo passando álcool na mão.- Por que passa álcool na mão? – ela pergunta.- Por causa dos vermes , sua mãe não briga com você o tempo todo dizendo que precisa limpar as mãos? – eu pergunto.- Sim, ela briga o tempo todo – Joana fala sorrindo – que tenho que lavar as mãos antes de comer, depois de comer, quando entra dentro de casa, até o tio Rodrigo precisa fazer.- Viu como é import
Laura NARRANDO- Você precisa se vingar do Perigo – eu falo para Roberto que me encara.- Eu vou fazer isso – ele fala – eu disse que eu vou fazer e eu vou.- Precisa fazer isso o quanto antes – eu respondo nervosa – ele matou Kaio, o seu melhor amigo e o meu pai, ele é um filho da puta.- Você precisa manter a calma, se não o nosso caminho será a morte – ele fala – eu estou assumindo novamente o meu posto de delegado e logo vou começar as operações e eu te prometo que ele não vai se safar.Eu me aproximo dele colocando a mão sobre a sua gravata.- Você promete? – eu pergunto para ele.- Eu prometo – ele responde – vamos acabar com todos eles e vingar todas as mortes do nosso lado.Eu sorrio para ele.- É tudo que eu quero – eu respondo – eu preciso disso para ter paz e continuar a minha vida.Ele passa a sua mão pelo meu rosto levemente.- Fique tranquila minha princesa – ele beija a minha testa – eu irei vingar a morte do meu amigo e do seu pai, todos eles vão se arrepender por tudo
Perigo narrandoAmante do Traficante, [14/03/2023 14:21]Três dias se passaram e eu estava seguindo os passos de Marcela, ela não saia o tempo todo de casa e o pouco que saia, era para ir ao médico, salão e as vezes ao shopping, meu celular toca e vejo que era o número de Malu.- Malu? – eu pergunto quando atende.- Papai – Joana responde.- oi meu amor – eu falo sorrindo.- Vem me buscar papai – ela fala no telefone.- Mas eu te deixei faz três dias em casa – eu respondo – você sabe que eu e sua mãe a gente tem combinado.- Estou com saudades papai – ela fala – eu quero ver você.- Eu passo ai no final do dia, ok? – eu falo para ela.- Vou te esperar papai – ela fala – eu te amo.- Eu também pequena – eu respondo.Quando eu soube que Roberto voltou e estava junto de Laura, eu fiquei pensando que alguma coisa ambos estão aprontados para nos atingir e eu só não conseguia entender qual era a ligação de Laura com tudo isso, mas não poderia ficar quieto, eu iria agir antes de Roberto.- P
Marcela narrandoEu chego em casa e o carro de Roberto está na garagem, mas ele naõ estava no quarto e eu agradeço mentalmente por isso, ele estava em seu escritório e deveria está resolvendo milhões de coisas ao mesmo tempo e assim ele me deixa em paz.Eu vou para o banho e ligo o chuveiro, tiro a minha roupa e tomo um banho relaxado, coloco uma roupa fresca e pego meu celular e vejo que tinha uma mensagem de um número desconhecido, eu acho estranho e quando vejo era uma foto e vejo que era daquele motorista de Uber cujo o nome era Miguel, eu acho estranho porque não dei meu numero a ele.- Como você conseguiu o meu número? – eu pergunto para ele na mensagem.Roberto entra no quarto e coloco meu celular no silencioso.- Noticias dos exames? – ele pergunta.- Ainda não – eu respondo.- Espero que dessa vez você me de um filho – ele fala.- Eu te dei uma vez, você que me fez perder, não esqueça disso – ele me encara.- Você tem sorte que hoje estou de bom humor – ele fala.Eu fico em s
PERIGO NARRANDO‘’ Estou em casa a noite toda sozinha. O meu quarto é a primeira da janela esquerda.’’Eu vejo a mensagem sem acreditar.- O que foi? – Ph pergunta parado na minha frente.- Olha isso – eu falo mostrando o celular.- Você não vai né? – ele pergunta – acho que isso seria muita loucura, você ir até lá, na casa do policial, se envolver com a mulher dele e se o cara chega? Você vai preso e ela morta.- Relaxa – eu falo. – os meus informantes já me avisaram que ele saiu de casa.- E avisaram quando ele volta?- ainda não – eu sorrio – mas duvido que ele chegue. Confia em mim.- Tu tá na seca todos esses anos, desde que parou de ficar com a Malu – ele fala – tu tá louco para dar uma, tanta mina nesse morro, vai querer ir pegar a mulher do policial?- Isso é um plano – eu falo e ele começa a rir.- Que ótimo plano, beneficiário você totalmente – ele fala.- Você pode fazer um também, quer ir no meu lugar? – eu pergunto – já não sei o que Julia ia achar.- Vai a merda Perigo –
Amante do Traficante, [14/03/2023 14:21]Eu sorrio fraco para ela e dou um beijo nela e ela corresponde o meu beijo, depois eu me afasto.- Quando você precisar ruivinha – eu falo – pode me chamar, me ligar, gritar, mandar um pombo correio, qualquer coisa que eu vou vir até você – ela sorri,.Eu saio pela janela e ela não me responde nada, eu desço e vou até o carro e quando olho para janela, ela já estava com as cortinas fechadas. Ph anda com o carro.- Uau que despedida – ele fala – cena ícone de filme de romance.- Vai a merda – eu falo para ele.- Mas conseguimos uma informação, ele está nesse momento armando algo contra nós – Ph fala.- Precisamos agir rápido – eu falo.- E o que você pretende fazer? – ele pergunta.- Sequestrar ela – eu falo- Levar ele até o morro? – Ph pergunta – isso é loucura.- Ele não sabe com quem ela vai está – eu falo – até porque ele não sabe do meu envolvimento com ela, imagina... Podemos jogar a isca para qualquer lugar.- Você quer deixar ele louco
Perigo NARRANDOEu estaciono a moto na frente da casa de Malu e Rd, e Joana vem toda cheia de marra me cobrar porque não vim ontem.- Você prometeu que vinha ontem pai – ela fala com os braços cruzados.Eu encaro ela e tento me lembrar que essa criança tinha menos de 6 anos de idade.- Desculpa meu amor – eu falo me abaixando – ontem o papai teve uns problemas e tive que resolver, mas eu vim hoje.- Você prometeu e não cumpriu – ela fala ainda com os braços cruzadas e nem olhando em meu rosto - como você pode fazer uma coisa dessa? – eu abro um sorriso para ela.- Me perdoa meu amor – eu falo passando a mão em seu rosto – você sabe que o papai te ama muito e que você é a única mulher da minha vida, a única que importa, é a mais especial – ela vai se derretendo toda – eu prometo que vou compensar e vamos fazer coisas muito legais, tudo que a sua mãe não deixa, vamos fazer lá em casa.- Dormir depois da meia noite? – ela pergunta eeu assinto – comer dois hamburguer, duas batata frita,