Capítulo 15Laura narrandoEu subo para cima da delegacia e saio, peço um táxi e desço na frente do orfanato que ficava no morro da fé.- Eu vim ver meu filho – eu falo para uma das mulheres.- Entre – ela fala.Ela me leva até uma sala onde tinha várias crianças brincando e vejo um menino dos olhos castanhos, muito parecido com Jn, ele me encara e abre um sorriso. Ele estava aprendendo a falar, já caminhava muito bem, ele se aproxima de mim e me abraça.- Meu amor – eu falo abraçando-o forte – você é tudo que eu tenho na minha vida – ele sorri pegando em meu rosto.Nem Saul sabia que meu filho estava aqui, ninguém sabia, o morro da fé, era um morro pequeno que ficava no Rio de Janeiro, eu tinha uma tia que morava aqui no morro e trabalhava aqui no orfanato, e assim ela cuidava do meu pequeno enquanto eu ainda estava vingando a morte do meu pai.Eu passo o dia brincando com ele, depois dou um banho nele e coloco ele para dormir.- Você precisa ir – minha tia fala – daqui a pouco chega
Capítulo 16Marcela narrandoUm outro homem, na verdade um guri, abre a porta e entra com um fuzil atravessado nas costas.- Comida – ele fala me jogando no meio das pernas.- Eu estou com as mãos amarradas – eu falo.- Se vira – ele fala fechando a porta e saindo.Eu olho para aquele sanduiche embalado e as minhas mãos amarradas, eu estava morrendo de fome, eu nem sei quantas horas estou aqui, eu tento folgar a corda mas era impossível, além de ter sido obrigada a me casar com aquele velho nojento do Roberto, agora eu seria morta pelos seus inimigos.Eu desisto de tentar desembalar o sanduiche quando o sanduiche resbala do pouco dos meus dedos que eu tinha conseguido segurar e cai no chão sujo, eu começo a chorar sem parar , porque eu estava morrendo de fome e não conseguia comer. Eu limpo as lagrimas que descia dos meus olhos.Eu me deito nesse colchão velho e começo a ver o sanduiche no chão, depois vejo o rato novamente andando , estava ficando cada vez mais escuro aqui dentro e e
Perigo narrando Ela mal encosta na comida, o seu olhar era de medo o tempo todo e toda vez que eu a encarava e via os seus machucados, me dava um flash na cabeça de toda a vez que eu machuquei a Malu, era como se o fantasma do meu passado tivesse voltando para me assombrar. - Eu vou te mostrar o seu quarto – eu falo e ela me encara séria. Eu fiquei na cabeça pensando no que Rd me disse que talvez eu deveria me aproximar dela, mas eu não queria isso, eu não queria me envolver com ninguém de hipótese nenhuma, ir aquele dia até a casa dele foi apenas um deslize e nada mais. Ela entra no quarto e ela para e me encara. - Eu vou ficar aqui? – ela pergunta. - Você pode voltar para o casebre lá encima, se você quer tanto – ela nega – aqui não tem ratos. - Meu pai – ela fala me olhando. - O que tem ele? – eu pergunto - Como ele está? – ela pegunta – como ele está? A casa? A bebida? Como meu pai está? - Ficou tão preocupada com a vida dele e você não sabe como seu pai está? – eu pergu
MARCELA NARRANDO- Você não deveria está triste? – ela pergunta- Triste? – eu pergunto- Por causa do seu marido – ela fala – ele está mal meu pai disse.- Sim – eu falo – mas é bom sorrir de vez enquanto. Você não acha? – ela me encara e apena assente com a cabeça. Ela era muito parecida com Perigo o pouco que conheço ele, era alegre e falava bastante na sua mãe que era casada com o primo do seu pai, eu não tinha entendido nada e na verdade ela tinha até mesmo me alegrado e me feito esquecer o porque eu estava aqui e como eu parei aqui.- Vamos sair? Tomar sorvete – ela fala.- Eu não posso – eu flao- Porque não? – ela pergunta- É – eu fico meio sem o que responder para ela – eu prefiro aqui, estou muito cansada.- Você não é velha para está cansada, gente velha que fica cansada – ela me olha – quer dizer, gente idosa, se minha mãe souber que eu chamei idoso de velha, ela me deixa de castigo.- Sua mãe está certa, devemos chamar de idosos ou de senhores – eu falo – e eles são cans
Capítulo 20Plutão NARRANDO- Moret – eu falo chamando ele e ele me encara.- O que tá pegando? – ele pergunta.- Quem é aquela que vem no orfanato? – eu pergunto apontando para uma loira que saia do orfanato e que eu estava observando ela sempre por aqui e até mesmo me encarando.- Laura , sobrinha da Arlete que trabalha ali – ele fala - Porque? – ele pergunta.- E o que ela faz aqui? – eu pergunto – visita tanto a tia assim?- Parece que vem visitar um menino – ele fala.- Descobre tudo sobre ela – eu falo – além do que está nos arquivos, chama a tia dela para o juízo final lá encima e faz ela abrir a boca, nem que tenha que fazer o pior.- Porque isso? – ele pergunta.- Não sei não, essa mulher me cheira a coisa ruim – eu falo- Vou fazer isso – ele fala.Eu encaro ele descendo em direção ao orfanato, a presença dela aqui era quase diariamente nos últimos meses e confesso que só agora eu comecei achar que tinha maldade em suas visitas e até mesmo muito mistério rolando, se tem uma
Capitulo 21Laura narrando- O que você precisa buscar para a gente ir embora? – Roberto pergunta me encarando.- Uma pessoa – eu falo e ele me encara.- Que pessoa? – ele responde,- Meu filho – eu falo.- Uma criança? – ele pergunta.- Sim – eu respondo.- Não vai com a gente – ele fala.- Como? – eu pergunto.- É isso mesmo que você escutou – ele fala – eu não quero criança nenhuma nos acompanhando ou atrapalhando o nosso plano, vamos desaparecer por alguns meses e depois retornamos e uma criança vai atrapalhar todos os nossos planos.- Mas e´o meu filho – eu falo.- E daquele bandido, e eu não vou ter filho de bandido perto de mim – ele fala me encarando – se você quer ir comigo, quer a minha proteção, o meu dinheiro – ele me olha – o seu filho fica e você esquece que ele existe.- Eu não posso fazer isso – eu falo.- Então, fica aqui sozinha e você morre pelas mãos do jn e de todos a sua quadrilha – ele fala e eu olho para ele negando.- É o ultimo aviso que eu vou te dar – ele f
10Capitulo 22Laura narrandoEu chego no aeroporto chorando muito e o tempo todo eu fui pensando em meu filho.- O que aconteceu que está chorando? – Roberto fala.Eu olho para ele sem saber o que iria dizer a ele, mas eu sabia que se eu pedisse a sua ajuda, ele ajudaria a matar meu filho e nunca a encontrar.- A despedida é dolorida – eu falo me sentando ao seu lado dentro do avião.- Tenho certeza que quando crescer seu filho vai entender – ele fala – pensa que pelo menos você estará viva.Eu sei que eu fui negligente em ter abandonado ele naquele orfanato, mas eu queria proteger a sua vida, proteger ele de todo mal que Roberto poderia causar ou até mesmo essa vingança e acabei que fiquei sem meu filho.Antes de ser escurraçada para fora do morro, aquele filho da puta daquele dono do morro, me olhou e me encarou bem sério enquanto segurava os meus braços e meu corpo estava contra o meu carro, a arma dele apontando para minha cabeça.‘’ De graças a Deus que seu filho não será criado
11Perigo narrandoEu precisava conversar com o pessoal do morro da rocinha , tinha algo muito errado, eu jogo tudo em cima da mesa do meu escritório porque queria evitar usar a boca, até ter certeza que Yuri não era um traidor, mas começo achar tudo estranho. Eu olho tudo que peguei no morro da fé mas vejo que não tinha nada de errado, tudo batia com as informações e no celular de Laura não tinha muita informação do que ela fazia lá, apenas a sua localização, eu puxo os parentes de Laura e realmente encontro essa tia dela, então elas eram parentes mesmo.O silencio de Roberto era algo que era mais surreal ainda, ele estava em silêncio e não falava nada, nada nada.Eu saio para fora e subo as escadas, olho para o quarto de Marcela e vejo ela olhando pela janela do seu quarto para fora do morro.- A visão é bonita, não é mesmo? – eu pergunto e ela me encara.- As pessoas parecem feliz – ela fala – é isso que importa.- Para quem vivia no meio do luxo, viajando, com paisagens linda, olh