— Não se preocupe, eu não vou contar a ela.— Mano, vamos embora, antes que a cunhada perceba. — Bruna puxava Daniel para fora, falando sem parar. — Quando uma garota fica doente, ela se sente frágil e magoada, Afonso esteve com ela por três anos, é claro que há memórias que não se apagam facilmente, procurá-lo logo que ficou doente é compreensível...— Ela procurou o Afonso primeiro? — Daniel parou, sua voz fria.— Parece que quando o médico estava verificando a ferida, estava um pouco aberta, e doía muito. Ela queria te ligar, mas acabou ligando para o Afonso sem querer.Bruna mentia sem piscar ou fazer movimentos desnecessários, e Daniel a olhava profundamente. Ele também havia estudado análise de microexpressões, e naquele momento, o olhar de Bruna era sincero e puro, sem vestígios de falsidade. Era difícil para Daniel não acreditar.Bruna tinha razão, não é fácil esquecer um relacionamento de três anos.Beatriz sempre foi orgulhosa, recusando-se a ceder perante Afonso, mas agora,
— Como você veio parar aqui?Ao ver Bruna, Beatriz não pôde evitar franzir a testa.— Vim te visitar, ué. Meu irmão está ocupado e não pôde vir.— Como você sabe?— Ele acabou de me dizer. Não te falou? Não tem problema, eu te conto do mesmo jeito. — O sorriso de Bruna soava especialmente irritante aos ouvidos de Beatriz. — Meu irmão também, né? Por mais ocupado que esteja, deveria se preocupar um pouco com você. Afinal, você fez uma cirurgia. Eu disse para ele vir te ver.— Não precisa, eu estou bem sozinha. — Beatriz a interrompeu diretamente. — Vou dormir. Se não tiver mais nada, pode ir.— Tudo bem, então eu venho te visitar amanhã de manhã. — Bruna saiu determinada e visivelmente feliz.Na manhã seguinte, Beatriz abriu os olhos e se surpreendeu ao encontrar Carlos sentado ao lado de sua cama.— Irmão Carlos, como você veio parar aqui?Ela tentou se sentar, mas a dor da cirurgia a fez respirar fundo de dor.— Não se mexa. — Carlos a interrompeu gentilmente.— Você não foi ao estúdi
— Essa pergunta deveria ser minha, não tem nada que você queira me dizer?Ela não tinha nada a esconder, estava de consciência tranquila. Mas e ele, com seus pensamentos obscuros sobre Bruna, ele tinha coragem de admitir?Daniel fechou os lábios, claramente não estava disposto a admitir que havia visitado ontem e até trouxe comida deliciosa.Ela estava saboreando o caldo de galinha que Carlos trouxera, sem saber da sua decepção ao partir ontem.— Minhas ações são transparentes, não tenho nada a esconder.Beatriz quase explodiu de raiva ao ouvir isso.Transparente uma ova. Ela imediatamente não quis mais vê-lo.— Vá embora, não preciso de você aqui.— Realmente, tem muita gente querendo te agradar aqui.— É, tem muitos, e daí? Não faz diferença se você for embora!Lembrando-se de que ele não apareceu o dia todo ontem, ela ficou furiosa. Amigos deveriam chegar imediatamente, até mesmo Afonso, aquele ingrato, veio, mas ele saiu cedo e não apareceu pelo resto do dia. Deixando Bruna aqui co
— Por que! — Carlos agarrou o colarinho dele com força.— Você sabia dos meus sentimentos, por que ainda assim procurou ela, tomando a pessoa que é minha.— Você está enganado, nós já estávamos casados antes mesmo de você gostar dela, é você quem está cobiçando a minha pessoa! — disse Daniel, enfatizando cada palavra com uma voz firme e poderosa.— Então por que vocês não me disseram diretamente, por que, brincar comigo?— Desculpe, por causa do casamento em segredo, não era conveniente divulgar. Eu te avisei, ela não é adequada para você, porque ela já é uma mulher casada.Carlos ficou surpreso, quando Daniel disse isso antes, ele pensou que Daniel tinha preconceito contra Beatriz, não imaginava que era isso.Beatriz também nunca lhe deu esperança, no dia seguinte já admitiu ter um namorado.Era ele... Era ele quem nunca quis desistir, sempre se enganando. Carlos ficou com uma expressão de derrota, mas logo se recuperou.Ele soltou um suspiro pesado: — Eu cheguei tarde, eu admito a de
Se continuasse lá, não dava para saber o que mais poderia acontecer.— Você veio em uma hora ruim, eu estava justamente indo fazer um exame, veja e depois pode ir embora…Ela tentava despachá-lo, mas antes que pudesse terminar, Débora chegou. Ela pensou que Débora faria um escândalo, mas em vez disso... ela veio carregada de suplementos caros, extremamente gentil.— Débora... ouça-me, preciso explicar... — Afonso estava um pouco constrangido, embora sentisse que não tinha nada a esconder, ainda assim achava que seu comportamento havia sido inapropriado.Débora, no entanto, sorriu levemente, aparentemente despreocupada. — Você também, viu? Ao vir visitar Beatriz, deveria ter me avisado. Eu também me preocupo com ela e não o impediria, pelo contrário, viria contigo visitá-la. Beatriz, você está bem? Se não fosse por querer buscar Afonso para casa, nem teria descoberto que ele veio te ver. Tanto Afonso quanto eu nos preocupamos contigo e desejamos sua recuperação. Só poderemos ficar tranq
Como alguém poderia ajudar nisso?Daniel a apoiou, levando-a para o banheiro, e então começou a ajudá-la a tirar as calças.— Não precisa, não precisa!— A cirurgia foi no abdômen, se você se inclinar, vai doer. Eu te ajudo. Além disso, considerando nosso relacionamento, ainda há motivo para timidez? — Ele arqueou as sobrancelhas para ela, claramente falando a verdade.Ela perdeu sua inocência, foi ele quem a ajudou a trocar de roupa e a lavar. Ela também o ajudou com suas necessidades fisiológicas. Eles tinham um relacionamento íntimo.Mas ela ainda sentia vergonha!— Se está envergonhada, feche os olhos. Quando eu fui baleado, você também cuidou de mim.— Eu... eu mesmo faço.Ela corou, ainda envergonhada, e Daniel, sem escolha, concordou em deixá-la, mas não saiu de perto.Ela ficou vermelha como um tomate: — Você pode sair agora.— Não, eu me preocupo que você possa se machucar se cair.Beatriz ficou à beira de um colapso, sem conseguir convencê-lo a sair, então, por fim, desistiu.
Beatriz chorou por um bom tempo, até finalmente parar.— Desculpe... sujei sua camisa.Sua camisa estava toda molhada.— Não tem problema, é bom chorar, já passou.Ele enxugou seu rosto, que estava tão inchado quanto o de um gatinho.— Está com fome? Vou preparar algo para você comer.Daniel estava prestes a sair quando seu telefone tocou; era seu avô. Daniel atendeu a videochamada.— Não quero ver você, quero ver minha nora. — Assim que a chamada foi atendida, Velho Senhor falou com uma expressão de desdém.Daniel, um tanto resignado, virou a câmera para Beatriz.— Vovô. — Beatriz chamou docemente.Fernando viu que os olhos de Beatriz estavam vermelhos como os de um coelho e imediatamente ficou preocupado: — Bia, ele te maltratou? Por que você está chorando, seus olhos estão inchados.— Não, não, eu só torci o pé por acidente, não tem nada a ver com Daniel. — Beatriz não mencionou a pequena cirurgia para não preocupar o idoso.— Verdade?— Verdade, verdade.— Como ouvi dizer que vocês
— Quem escolheu isso para você?— Eu consultei Lucas, ele disse que se nos vestíssemos de casal, o vô naturalmente acreditaria que nosso relacionamento está bom.— Faz sentido, vou trocar.A blusa branca dela tinha um padrão discreto de folhas de bambu e franjas penduradas nos punhos, combinando perfeitamente com o Talismã que ela usava no pescoço. Seu cabelo estava casualmente preso, fixado com um simples grampo de jade branco.Quando ela apareceu, o olhar de Daniel imediatamente se fixou nela, incapaz de se desviar. Ela era linda e tinha um corpo maravilhoso, qualquer estilo de roupa lhe caía bem. Vestida assim, parecia ter saído de uma pintura.— Estou bonita?— Linda. — Ele se aproximou e a abraçou pela cintura fina.— O que você está fazendo? — Ela estava um pouco nervosa.— É melhor se acostumar desde agora, para não dar bandeira quando chegarmos no asilo. — Dito isso, Daniel saiu abraçando-a.Bruna também se arrumou cuidadosamente, com um vestido de princesa fofo e cabelos preso